"Todo desenvolvimento tem que estar centrado no humano", afirma presidente da Microsoft no Brasil

Um mundo híbrido, onde o virtual e o real se misturam. Assim é o presente e também deve ser futuro, segundo executivos das gigantes Microsoft e Meta.

Durante a Learnings Seassion “O Futuro na Visão dos Gigantes”, os executivos Conrado Leister, Country Manager da Meta no Brasil, e Tânia Cosentino, presidente da Microsoft, discutiram as evoluções tecnológicas trazidas pela pandemia, e compartilharam suas visões quanto as principais tendências e desafios para o avanço tecnológico no Brasil.

Segundo Tânia, as tecnologias permitiram a continuidade de diversas atividades quando o presencial não era possível por causa da Covid-19. “O Microsoft Teams entra com protagonismo, tornando-se até ferramenta de missão crítica, para ter continuidade nos negócios, continuidade no ensino”. Para ela, “todo desenvolvimento tem que estar centrado no humano”.

Além de Tânia e Leister, esteve no palco também Renato Cunha, Chief Strategy Transformation and Operating Officer da XP Inc.

A importância da multidisciplinaridade

Em um mundo cada vez mais dinâmico e personalizável, os dois convidados ressaltaram a importância de aumentar a multidisciplinaridade dos times de trabalho. Do lado tecnológico, Conrado destacou que times mais diversos contribuem para trazer soluções mais criativas e consistentes para a realidade de diferentes tipos de clientes, citando como exemplo os diversos desafios envolvendo o desenvolvimento de óculos de realidade virtual, que precisam ser funcionais para diversos perfis de usuários. Já Tânia destacou que a promoção de times multidisciplinares exigem também a ruptura com paradigmas do passado, pois trazem a necessidade do uso novas métricas e metas de avaliação de desempenho.

“Primórdios do Metaverso”

Apesar da grande popularização do termo, a visão de Conrado é de que ainda estamos no primórdio da capacidade total do chamado Metaverso. Segundo ele, a tecnologia necessária ainda é o principal gargalo, com muito desenvolvimento de software e hardware sendo feitos. O executivo se mantém confiante no potencial do Metaverso para um prazo de 5 a 10 anos.

Desafios para o avanço tecnológico

Os dois convidados foram unânimes em destacar a educação como principal gargalo para a evolução tecnológica no país, com as empresas continuamente investindo na formação interna de seus profissionais, diante da falta de capacitações profissionais de qualidade voltadas para o segmento de tecnologia.

Além disso, maior cuidado com privacidade de dados, e investimentos em cibersegurança também foram mencionados como desafios importantes. Por fim, Conrado destacou que a instabilidade jurídica e a falta de legislações bem definidas também são empecilhos para o desenvolvimento do setor no Brasil, com as empresas muitas vezes tendo que estar na vanguarda da tomada de decisões sensíveis.