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1º título soberano de transição estreia no Japão; Programa de carbono neutro da WEG (WEGE3) recebe impulso do BNDES | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Japão emite o 1° título soberano de transição do mundo voltado para setores com altas emissões de carbono

Na mídia: Em Tóquio, primeiros títulos soberanos de transição do mundo fazem sua estreia – Reuters, 14 de fevereiro (link)

Nossa visão: No dia 14 de fevereiro, o Japão concluiu a captação de US$5,4 bilhões na emissão do primeiro título soberano de transição do mundo (que se refere a fundos mobilizados para reduzir as emissões de setores mais poluentes) com vencimento em 10 anos. Com o objetivo de ajudar a indústria local alcançar a descarbonização e implementar o programa Transformação Verde, que visa reduzir as emissões do país, cerca de 52% dos recursos serão destinados à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias emergentes, incluindo baterias e altos-fornos movidos a hidrogênio para a produção de aço, enquanto o restante será destinado a subsídios verdes. Em nossa visão, como os títulos de transição visam a mudança progressiva para fontes de energia mais limpas de grandes emissores, vemos esse tipo de título como fundamental para impulsionar a descarbonização da economia mundial. De forma geral, esperamos que a emissão: (i) sirva como referência para outros países, transmitindo informações como o tipo de atividade e o nível de divulgação que o mercado espera; e (ii) desbloqueie o potencial para mais emissões em outros mercados, tanto de títulos de transição corporativos quanto soberanos. Por fim, com um número cada vez maior de países se dedicando ao financiamento climático, vemos os títulos soberanos, independentemente do tipo (transição, verde, social ou SLB), como uma ferramenta eficaz para mobilizar o investimento para a descarbonização, conforme mencionado em nossa nota 'Destaques da reunião com a S&P Global sobre o mercado de renda fixa sustentável' (link).

#2. WEG (WEGE3) obtém financiamento de R$118,8 milhões do BNDES para impulsionar programa carbono neutro

Na mídia: BNDES aprova financiamento de R$ 118,8 milhões para WEG– Valor Econômico, 16 de fevereiro (link)

Nossa visão: Com o objetivo de reduzir em 52% as emissões de gases de efeito estufa (escopos 1 + 2) até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050, o programa de neutralização de carbono da WEG recebeu um financiamento de R$118,8 milhões do BNDES. Em nossa visão, é esperado que o montante impulsione as iniciativas da empresa para reduzir suas emissões, com destaque para a aceleração do desenvolvimento de motores elétricos na unidade de Jaraguá do Sul. De modo geral, reforçamos nossa visão da WEG como bem posicionada para se beneficiar do movimento global a caminho da eletrificação, sendo um dos nomes melhor posicionado na perspectiva ESG na cobertura da XP.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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