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Economia em Destaque: Lula anuncia ministérios, PEC da transição aprovada no Senado

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário inernacional, a flexbilização da política de Covid zero na China e seus impactos sobre a atividade econômica foi principal tema. Expectativas para a reunião do Fed na próxima semana também movimentaram mercados.

No Brasil, a transição de governo continuou sendo destaque com anúncio dos primeiros ministérios e aprovação no Senado da PEC que permite que o governo aumente gastos no próximo ano. O Copom se reuniu e decidiu por manter a taxa de juros inalterada em 13,75%.

Cenário internacional

Setor de serviços nos EUA continua forte

De acordo com a pesquisa de serviços do Institute for Supply Management (ISM) dos EUA, o setor de serviços expandiu em ritmo mais rápido em novembro, provavelmente impulsionado pela temporada de feriados. O indicador ficou em 56,5, após 54,4 em outubro (leituras acima de 50 indicam expansão). Além disso, o componente emprego melhorou para 51,5 (de 49,1) e o componente preços pagos permaneceu em 70, ambos os indicadores sugerindo intensas pressões salariais (o setor de serviços é muito mais intensivo em mão de obra do que o setor industrial). Setor de serviços e mercado de trabalho fortes desafiam o Fed  (banco central americano) em sua tarefa de reduzir a inflação e podem obrigar a autoridade monetária a continuar subindo juros em 2023.

Mudanças na política de Covid zero na China

A China anunciou flexibilização das restrições Covid-zero do presidente Xi Jinping, incluindo pela primeira vez o fim da quarentena doméstica. As medidas vêm em resposta aos danos econômicos causados pelos controles pandêmicos. Além dos efeitos sobre a economia, o Covid zero levou protestos sociais últimas semanas.

A reabertura da China deu sustentação aos mercados de ações e de commodities esta semana.

Enquanto isso, no Brasil…

Brasil Macro Mensal: Início turbulento

Publicamos o relatório Brasil Macro Mensal, com revisões nas principais variáveis macroeconômicas. Entre os destaques, a política fiscal mais expansionista deve postergar o espaço para cortes de juros. Prevemos agora que a taxa Selic permanecerá em 13,75% até o final de 2023 (10,00% antes), e que recuará gradualmente apenas em 2024. Porém, se o regime fiscal mudar, os juros nominais podem ficar mais altos por mais tempo. Neste caso, o Banco Central pode inclusive retomar o ciclo de alta de juros no ano que vem. Para acessar o relatório completo, clique aqui.

PEC da transição é aprovada no Senado

O Senado Federal aprovou a PEC da Transição, em dois turnos, nos mesmos moldes previamente acordados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Destaques apresentados à matéria, que visavam promover alterações no valor e no prazo de validade da PEC, foram rejeitados. O texto seguirá para a Câmara dos Deputados, onde deverá ser apreciado na próxima semana, para que a versão final seja aprovada até 16 de dezembro. A proposta eleva o teto de gastos em cerca de R$ 145 bilhões para os próximos dois anos, mas a possibilidade de utilização de receitas extraordinárias e recursos do PIS/PASEP fora do teto pode culminar em expansão fiscal ao redor de R$ 200 bilhões. Ademais, o texto exige que o Poder Executivo apresente, até agosto de 2023, um projeto de lei com novo arcabouço fiscal.

Lula anuncia primeiros ministérios

O presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva, anunciou os primeiros ministros de seu novo governo, com Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa), Flávio Dino (Justiça) e Mauro Vieira (Itamaraty). Lula afirmou que tomou a decisão de apresentar alguns ministros para que eles “comecem a trabalhar para montar o governo” e criar condições para a estrutura de seu novo mandato, destacando que agora Haddad terá a incumbência de montar sua equipe, muito aguardada pelo mercado.

Na coletiva de imprensa, Lula afirmou que definirá a quantidade final de ministérios e apresentará alguns novos nomes após a diplomação. Também sinalizou que o ministro do Planejamento deverá ser bastante alinhado com o ministério da Fazenda.

Copom mantém Selic em 13,75%

O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil – Copom – manteve a taxa Selic em 13,75% pela terceira reunião consecutiva, conforme amplamente esperado. O comunicado pós-decisão destacou riscos fiscais crescentes no ambiente doméstico, com a sinalização de que o comitê deve manter a taxa básica de juros no atual nível (contracionista) por um longo período para garantir a convergência da inflação à trajetória de metas. Isto, devido ao fato de que uma expansão das despesas do governo representa um impulso de renda no curto prazo, com efeito na demanda agregada, gerando pressão inflacionária. Além disso, a política fiscal expansionista eleva preços de ativos, o grau de incerteza e expectativas de inflação, e pode aumentar a taxa de juros neutra da economia. Com isso, a necessidade de juros nominais mais altos para conter o avanço inflacionário.

Nossa expectativa é que a taxa Selic se mantenha estável nos próximos meses. Para mais detalhes sobre o impacto da decisão de juros sobre os investimentos e mercados, ver nossa live pós-Copom com os especialistas da XP no link abaixo.

Vendas no varejo crescem de acordo com as expectativas

O IBGE divulgou dados das vendas no varejo referentes à outubro, que cresceram moderadamente, com sinais mistos entre as categorias: apenas 5 entre os 10 grupos pesquisados apresentaram crescimento no mês. As vendas no varejo restrito (excluem veículos e materiais de construção) subiram 0,4% em outubro ante setembro, o terceiro avanço consecutivo após uma sequência de duas leituras negativas. Já as vendas no varejo ampliado (incluem veículos e materiais de construção) registraram alta de 0,5% em outubro ante setembro. As categorias mais ligadas à renda continuaram impulsionando o varejo, enquanto as ligadas ao crédito apresentaram desempenho pior, respondendo ao aperto das condições monetárias.

IPCA de novembro desacelera mais que o esperado

O IPCA subiu 0,41% m/m em novembro (XP: 0,50%; consenso: 0,53%). O acumulou alta de 5,9% em 12 meses, contra 6,5% no mês anterior. Os principais desvios vieram dos grupo de preços livres; em preços administrados, o principal desvio veio da gasolina, que teve alta mais fraca que o esperado. A difusão, medida que indica o espalhamento da Inflação, caiu de 68% para 59%,

Esperamos que o IPCA acumule alta de 5,4% em 2022, 5,2% em 2023 e que volte para o intervalo de metas em 2024 (ainda que no topo), em 4%.

O que esperar para a semana que vem?

Na próxima semana, os destaques serão as reuniões de política monetária do Fed, da Zona do Euro e do Banco da Inglaterra. Na seara de dados econômicos, teremos a inflação ao consumidor na Zona do Euro e nos EUA referente a novembro, produção industrial e vendas no varejo na China, referentes a novembro, assim como a prévia de dezembro de índices de gerentes de compras (PMIs) de países desenvolvidos.

No Brasil, a expectativa é que a PEC da transição seja aprovada no Congresso, sem grandes alterações. Na semana, serão divulgadas a ata da última reunião do Copom, dados da pesquisa mensal de serviços (PMS) de outubro e a proxy mensal do Banco Central para o PIB referente a outubro.

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