Dia das Mães: como investir melhor para você e para o seu filho

Ao mesmo tempo que chefiam mais da metade dos lares brasileiros, as mulheres representam 23,5% dos investidores da Bolsa. Onde está o dinheiro dessas mulheres, mães ou não? Nos lares, obviamente, mas também em opções consideradas mais seguras, como poupança e, ao investir melhor, talvez na renda fixa. Não há dúvidas que a mulher se emancipou em muitos campos, mas por que, na hora de investir, o assunto não parece ser feito para você?

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Mesmo como provedoras e financeiramente independentes, muitas mulheres ainda não se estabeleceram ou se enxergam como investidoras. Por isso, separamos diversos momentos da maternidade e simulamos investimentos possíveis, que tornariam a fase mais tranquila (ao menos, financeiramente).

1- Tornar-se mãe

Assim como muitas mulheres se descobrem mães de forma inesperada, ao receber um exame com positivo ou uma ligação de sucesso no processo de adoção, outras lutam para chegar à maternidade. Felizmente, existem inúmeros recursos médicos para tornar esse sonho de algumas ainda mais próximo.

Seja por desafios na parte médica ou pela vontade de adiar a chegada de um filho para um momento financeiro ou afetivo mais confortável, as mulheres têm se tornado mães mais tarde. Contudo, as conversas sobre providências de saúde e de dinheiro para se preparar para esse adiamento ou possível dificuldade ainda são tabu. Mas não deveriam ser.

Entre os cenários que simulamos, estimamos quanto custaria um tratamento padrão para engravidar em 30 mil reais, levando em consideração o valor médio de 15 a 20 mil pela fertilização e o alto custo dos medicamentos envolvidos.

Essa simulação, como todas as outras desse conteúdo, considera o retorno esperado de IPCA + 6% ao ano. Dessa forma, com aportes regulares de 184,65 reais mês a mês, em um prazo de 10 anos seria possível atingir o objetivo. Ainda que o desejo de ser mãe apareça bem depois e não haja esse longo período para se planejar, é possível, com disciplina, constância e boas opções de ativos, chegar ao valor esperado.

2- Preparando a chegada de um filho

A chegada de um filho requer adaptações e preparativos. Alguns são clássicos e esperados, como a preparação do quarto, adquirir itens de listas de enxoval como roupas e produtos de higiene. Outros, surgem de forma inesperada, como a maternidade real acontece.

Por melhor planejada que uma mãe seja ao se preparar, quando nasce um filho, nascem as surpresas. Dentre as diversas situações que uma recém-mãe enfrenta, a amamentação, por exemplo, pode exigir mais auxílio profissional e médico do que o esperado. Por isso, algumas pessoas dizem que informação é o verdadeiro item essencial de um enxoval. Nós acrescentamos mais um, junto a fraldas e mantinhas: reserva de emergência.

Para esse cálculo, consideramos um valor referencial, que deverá ser adequado e adaptado a cada realidade e possibilidade financeira. Muitas situações desagradáveis, infelizmente, não podem ser previstas, como um nascimento prematuro, por exemplo, mas ter uma reserva financeira pode tornar o momento um pouco mais fácil de lidar.

3- Mudança de rota

Muitas mulheres não retornam ao seu posto ou cargo anterior após a maternidade. Seja por opção, por querer mais tempo junto ao filho ou por não se encontrar mais na carreira anterior, ou, infelizmente por não encontrar mais espaço no mercado de trabalho, muitas mães fazem (ou pretendem fazer) uma mudança de rota.

Algumas retornam aos estudos para tentar ingressar em uma nova carreira, outras procuram empreender. Existem mães que conseguem negociar jornada, em funções e empresas com maior flexibilidade. Nesses momentos, por inesperados que são, assim como comentamos sobre o enxoval, ter uma reserva financeira para essa finalidade pode significar mais liberdade e melhores escolhas.

Na simulação que fizemos, consideramos o cenário no qual a mulher consegue se planejar para essa mudança antes da chegada do seu filho, durante o período de três anos. Novamente, destacamos que valores, tanto de aportes quanto valor final, devem ser adequados à sua realidade, considerando o estilo de vida e possibilidades financeiras.

Nesse caso, com aportes de 1.274,21 reais, sem aporte inicial, investidos no prazo de 3 anos, chegaríamos ao valor de R$ 50.000,00.

4-Criando uma reserva para seu filho

Anteriormente, falamos sobre auxiliar seu filho a iniciar sua vida financeira. Criar uma reserva para filhos não é novidade para muitos pais, sendo um hábito comum em outros países e, até mesmo no Brasil, com o uso da poupança.

A reflexão que trazemos aqui é que a mãe, como mulher financeiramente independente, pode buscar as melhores opções para fazer essa reserva, mesmo que tenha um companheiro e/ou auxílio do pai da criança. Por isso, nessa simulação, buscamos aportes que sejam possíveis e que ajudem o investir a se tornar um bom hábito a ser cultivado e passado, de mãe para filho.

Nesse caso, com aportes de 105,00 reais, sem aporte inicial, investidos no prazo de 18 anos, chegaríamos ao valor de R$ 40.000,00.

Seja qual for o momento da sua maternidade, se ainda é um sonho distante ou se você já tem uma criança correndo pela casa enquanto lê este conteúdo, investir é para você. A distância entre ter um sonho e alcançar um objetivo pode ser encurtada com disciplina e realização de aportes periódicos.

Outro ponto que destacamos é, como você pode perceber pela diferença nas simulações realizadas, o tempo é seu melhor amigo (mas pode ser um inimigo), seja no investir ou na criação dos filhos. E, como você já sabe como mãe, fazer um pouco a cada dia pode te trazer muito no futuro.

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