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Ibovespa cai 1,0% na semana, na contramão dos mercados globais, que subiram com leituras positivas do CPI americano

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: -1,0% | 117.711 pontos

O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1,0%, aos 117.711 pontos, na contramão dos mercados globais que foram puxados por leituras mais positivas da inflação americana.

Por aqui, o dado de IPCA acima do esperado removeu apostas de um corte mais forte da taxa Selic na reunião do Copom em agosto. A inflação brasileira recuou 0,08% em junho, um pouco acima das expectativas do mercado (-0,1%) e do nossa estimativa (-0,13%). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 3,9% para 3,2%. Apesar do processo de desinflação em curso, a inflação do setor de serviços continua acima da meta e reforça o cenário de corte de juros gradual à frente. Do lado fiscal, o mercado acompanhou as discussões da reforma tributária, que foi aprovada pela Câmara na semana anterior e agora segue para o Senado.

Globalmente, o tema também foi a inflação, com os mercados repercutindo a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI). O CPI de junho continuou a tendência de queda, caindo pra 3,0% na variação anual para a inflação cheia, e 4,8% na medida núcleo. De maior relevância, o índice de serviços básicos excluindo alugueis, que tem sido mais persistente, também desacelerou para 3,2%. Além disso, o PPI também veio menor do que o esperado, subindo apenas 0,1% no acumulado de 12 meses,  o menor ganho desde 2020. Isso foi mais um sinal de enfraquecimento das pressões inflacionária nos EUA, levando os mercados americanos a terem uma semana bem positiva, subindo mais de 2%. Já os índices europeus também foram influenciados pelo otimismo em relação ao Fed.

Ainda nos EUA, foi aberta a temporada de resultados do 2º trimestre. Como acontece em toda a temporada, os grandes bancos americanos deram a largada, com bancos como JPMorgan, Citi e Wells Fargo surpreendendo as expectativas até agora. De forma geral, o consenso espera que as empresas do S&P 500 apresentem uma contração de ao redor de -6,4%, o que seria a pior temporada desde o 3º trimestre de 2020. Porém, o mercado também  espera que esse seria o último trimestre de quedas nos lucros desde o 4º trimestre de 2022.

Por fim, na China, tivemos a publicação de dados de exportações e importações que novamente mostraram fraqueza, caindo mais forte do que o esperado em 12,4% e 6,8%, respectivamente, na variação anual. Os dados continuam a reforçar o cenário de retomada mais lenta da economia. Porém, os índices chineses terminaram a semana com ganhos, sustentadas por notícias de alívio na regulação do setor de tecnologia.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 14/07/2023.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana em queda de -1,71% em relação ao Real, em R$ 4,79/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/37 fechou 14,5 bps na semana, atingindo 10,79%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 14/07/2023.


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi positivo em cerca de R$ 2,4 milhões; para investidores institucionais o saldo foi negativo em cerca de R$ -3,0 milhões e investidores Pessoa Física foi positivo em R$ 0,6 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados de fluxo até 14/07/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na seara internacional, teremos a divulgação do PIB da China no domingo à noite, o qual deverá trazer repercussões aos preços de ativos emergentes, incluindo os brasileiros. Já na quarta-feira, serão divulgadas as leituras de inflação na Zona do Euro e no Reino Unido, ambas regiões que, na nossa visão, devem persistir no ciclo de aperto monetário. Nos Estados Unidos, a agenda de indicadores será relativamente mais leve, com destaque aos dados de produção industrial e vendas no varejo de junho, a serem publicados na terça-feira.

No Brasil, poucos indicadores relevantes na semana. Destaque para a publicação do IBC-Br de maio na segunda-feira. Estimamos que a proxy mensal do PIB, calculada pelo Banco Central, tenha ficado praticamente estável ante abril (-0,1%). Na comparação com o mesmo período de 2022, por sua vez, prevemos expansão de 4,1%. O PIB total cresceu moderadamente no 2º trimestre, segundo os nossos cálculos (0,3% versus o 1º trimestre). Teremos também o IGP-10 de julho na terça-feira, para o qual o mercado espera aceleração para -1,0% m/m ante de -2,2% m/m em junho.

Fonte: Bloomberg, Research XP.

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