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Expert Talks | Orizon (ORVR3): CEO e CFO exploram as avenidas de crescimento adiante, e o cenário é promissor

Na primeira live da nossa mais nova série, Expert Talks, executivos da Orizon conversaram com as analistas de Research da XP sobre como a empresa gera valor na cadeira de resíduos sólidos

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Mina de Resíduos

A Orizon, listada esse ano na B3 sob o ticker ORVR3, atua no setor de Resíduos Sólidos e é a única empresa brasileira com capital aberto nesse segmento em território nacional. Na conversa de hoje com o CEO, Milton Pilão, e o CFO, Leonardo Santos, foram abordados maiores detalhes sobre o campo de atuação da empresa, assim como sua perspectiva de crescimento.

De acordo com Milton, os chamados “ecoparques” (propriedades da empresa responsáveis pelo recebimento, tratamento e aproveitamento de resíduos) são como “minas de minérios”. “A diferença é que ao invés de retirar o minério da terra, nós recebemos resíduos, o nosso minério”, ele diz. Uma vez instalados e licenciados, os aterros têm vida útil em média de 30 anos. “Por isso é uma mina. Uma vez instalado [o ecoparque], todos em torno da região passam a enviar resíduos para lá, ao invés de enviá-los para lugares mais longes”. Pilão ainda adicionou que, do lado da demanda, a empresa não corre o risco de ter falta de insumo, mesmo em meio à crises, como a que estamos vivendo agora, uma vez que resíduos são sempre gerados pela sociedade.

Em complemento às receitas advindas das disposição de resíduos em seus aterros sanitários, a companhia também obtém receitas complementares advindas da (i) geração de biogás produzido pela decomposição de resíduos; (ii) venda de energia que vem da transformação do biogás; (iii) venda de crédito de carbono (ao captar o biogás, a empresa evita o envio de gases de efeito estufa na atmosfera, com destaque para o metano); (iv) venda de resíduos industriais transformados em matéria prima para indústrias de base; (v) venda da parte reciclável dos resíduos recebidos para ser reutilizado; e (vi) venda do combustível produzido através da transformação do resíduo, o chamado CDR (combustível Derivado de Resíduo).

O Novo Marco Regulatório

Em 2010 foi sancionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei 12.305/2010), legislação que estabeleceu metas ambiciosas para a resolução das questões socioambientais inerentes à gestão dos resíduos sólidos. A PNRS é um marco regulatório no setor e traz instrumentos que visam incentivar a indústria da reciclagem, a gestão integrada dos resíduos sólidos e a universalização dos serviços públicos de limpeza urbana. Em julho de 2020 foi aprovado o Novo Marco do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020), cuja regulação reflete diretamente os negócios da Orizon.

Ao ser questionado sobre essa nova lei, Leonardo diz que o marco regulatório traz novas possibilidades de melhoria no que tange o setor de saneamento e traz metas específicas para o setor de resíduos sólidos do Brasil, como por exemplo, a meta de fechamento de lixões até 2024, o que vemos como muito positivo. Também trata dos aspectos de recuperação de resíduos e impulsiona a criação do segmento “Waste-to-Energy” (queima de resíduos para geração de energia) no país, o que também é muito positivo. “O marco de saneamento corrobora para a estratégia da Orizon e as nossas atividades vão de encontro ao que é esperado nessa nova regulação brasileira”, ele reforça.

A Solução para o Fim dos Lixões

É inegável que a Orizon possui um DNA ESG intrínseco ao negócio, além ser uma forte contribuinte para a economia circular. Milton diz ter notado, na época em que a empresa passava por uma rodada de reuniões com investidores, que a agenda ESG é um grande diferencial para muitos dos investidores. “Nosso trabalho agora está sendo organizar melhor as informações que serão disponibilizas ao mercado. Somos um dos maiores geradores de crédito de carbono do país e um dos maiores geradores de energia através de resíduos do Brasil”, ele diz.

O forte peso no pilar ambiental é nítido, mas a frente social não está muito atrás. Milton continua dizendo que a empresa faz “uma série ações sociais, principalmente para inserir um ecoparque em determinada região: populações que antes viviam na beira de lixões passam a respirar melhor quando o ecoparque entra em operação. Além disso, elas são inseridas no mercado de trabalho através do trabalho no ecoparque. […] Nosso negócio é realmente disruptivo quando se fala de preservação do meio ambiente.” Com relação ao pilar de governança, os executivos afirmam que a empresa sempre esteve em linha com as auditorias externas, mas esse é o pilar que está avançando mais recentemente, principalmente por conta do comprimento de todas as exigências regulatórias no IPO.

Em nossa opinião, a emissão de créditos de carbono da Orizon é uma grande oportunidade para a empresa, dadas as perspectivas positivas para este mercado à frente. Do lado da demanda, ela tem sido impulsionado por (i) empresas, que estão intensificando esforços para mitigar suas atividades intensivas em carbono e definir metas de redução de emissões com base científica, a fim de cumprir metas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa; e (ii) investidores, considerando seu crescente interesse por investimentos verdes. Por outro lado, a oferta ainda é limitada.

Milton explica que, hoje, a Orizon comercializa seu crédito de carbono no mercado voluntário com uma base de preço na ordem de $2 a $2,30/ton. Comparativamente, o mercado regulado europeu já está na ordem de $45/ton. “Então, uma vez que a expectativa é que a regulação se torne internacional, poderemos acessar um mercado com um preço muito maior do que aquele em que operamos hoje. Dessa forma, temos um grande potencial de ganho por termos um grande volume de geração de crédito de carbono”, ele diz.

Primeiro Projeto da América Latina de Recuperação Energética

Por fim, espera-se que o futuro da Orizon esteja atrelado a um aumento da participação de soluções mais tecnológicas, como o maior aproveitamento energético dos resíduos, através de usinas de recuperação energética ou Waste-to-Energy (WtE) e tratamento térmico por meio do Combustível Derivado de Resíduos (CDR).

A primeira planta de Waste-to-Energy está sendo construída e é uma das mais importantes no plano de crescimento da empresa. Esta se trata da primeira usina de queima de resíduos para geração de energia da América Latina, em uma parceria público-privada (PPP), a sem implantada no município de Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

Os executivos afirmam possuir um vasto cardápio de crescimento esperado para o futuro da companhia, baseado no (i) crescimento orgânico através da implementação de novas plantas (de todos os tipos), o que já garante uma grande expansão nas operações, sendo necessário apenas o cumprimento dos prazos de implantação; (ii) a entrada em operação do novos ecoparques, licenciados há mais de 5 anos, considerando a meta de ter um ecoparques entrando em operação todo ano ao longo dos próximo anos, e (iii) crescimento inorgânico por serem pioneiros no mercado de capitais e os mais consolidados no mercado.


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