Nos últimos dias, realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre a Bolsa brasileira. Nesta edição, obtivemos 340 respostas únicas.
Alocação em Renda Variável continua em baixa. O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável aumentou em +7p.p. M/M atingindo um patamar de 38%. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 50%, -7p.p. M/M. Por fim, apenas 12% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, +0p.p M/M.
Interesse em Renda Fixa ainda em alta. Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (80%, +3p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (61%, -1p.p. M/M); 3) Fundos Multimercado (50%, +6p.p. M/M); 4) Fundos Imobiliários (47%, -2p.p. M/M) ; 5) Investimentos Internacionais (19%, --2p.p. M/M); 6) Criptoativos (15%, -2p.p M/M); 7) Fundos de Renda Variável (12%, +3p.p. M/M); e 8) Ouro (3%, -2p.p. M/M).
Perspectivas quanto ao Ibovespa mais negativas. Pela primeira vez no ano, a maioria dos assessores, 33%, agora acredita que o Ibovespa ficará entre os 110.000 e 120.000 pontos até o final de 2022, um aumento de +8p.p. para essa faixa com relação a última pesquisa realizada em abril. Em seguida, 26% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 120.000 e 130.000 pontos, uma queda de -18p.p M/M. A média de palpites calculada foi de 114.912 pontos, uma queda de -5,9% em relação a abril (122.108 pontos na pesquisa passada).
Desaceleração econômica global continua a ser o maior risco para investidores. Em relação aos riscos, o destaque continuou a ser a desaceleração econômica, chegando a 33%, um aumento de +1p.p M/M. Eleições presidenciais foi visto como o segundo maior risco em 24% (+5p.p. M/M), seguida da alta de juros nos Estados Unidos em 17% (+2p.p. M/M).
Junho continua sendo mais foi um mês volátil para os mercados, com investidores globais cada vez mais preocupados com os juros subindo e riscos maiores de uma recessão econômica nos Estados Unidos. Nesse mês, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, decidiu subir a taxa de juros da economia americana em 0,75 p.p, trazendo a taxa para 1,50% a 1,75%, caracterizando o maior aumento do juros desde 1994.
Diante desse cenário de crescimento global mais desafiador, o Brasil sofreu em junho junto com os mercados globais. O aumento de riscos de recessão levou a uma queda nos preços de commodities, puxando o desempenho da Bolsa brasileira para baixo. Além disso, riscos domésticos voltaram ao radar de investidores, com discussões de mais gastos fiscais à medida que nos aproximamos do período eleitoral.
Contudo, como mencionamos em nosso último Raio XP, assim como temos indicado desde o ano passado, a Bolsa brasileira segue apresentando níveis muito atrativos de negociação, tanto para métricas de renda variável quanto ao compararmos com a renda fixa. Continuamos a ver o Brasil como barato a partir das seguintes métricas: 1) o Brasil é barato comparando o atual Preço/Lucro (P/L) com sua média histórica; 2) é barato removendo commodities e bancos; 3) quase todos os setores negociam com seu P/L próximo ou abaixo de suas médias históricas; 4) os múltiplos do Brasil negociam com descontos significativos em relação ao mercado americano e os mercados emergentes; e, por fim, 5) comparando com a Renda Fixa, o Ibovespa continua com um Prêmio por Risco bem acima da média de longo prazo também.
Alocação em Renda Variável continua em níveis baixos
Os investidores permanecem mais um mês cautelosos em ativos de risco. Segundo os assessores, 69% de seus clientes possuem entre 0% e 25% de alocação em Renda Variável (+6p.p. M/M), 21% possui entre 25% e 50% (-8p.p. M/M), 6% entre 50% e 75% (+1p.p. M/M) e por fim, 4% entre 75% e 100% (+1p.p. M/M).
O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável aumentou em +7p.p. M/M atingindo um patamar de 38%. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 50%, -7p.p. M/M. Por fim, apenas 12% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, +0p.p M/M.
Interesse em Renda Fixa continua em alta
Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (80%, +3p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (61%, -1p.p. M/M); 3) Fundos Multimercado (50%, +6p.p. M/M); 4) Fundos Imobiliários (47%, -2p.p. M/M); 5) Investimentos Internacionais (19%, --2p.p. M/M); 6) Criptoativos (15%, -2p.p M/M); 7) Fundos de Renda Variável (12%, +3p.p. M/M); e 8) Ouro (3%, -2p.p. M/M).
Nesse mês, o destaque continuou sendo o alto interesse em Renda Fixa. Isso pode ser explicado pelo aumento da taxa de juros Selic, que subiu rapidamente de 2,0% no ano passado aos atuais 13,25%, tornando a Renda Fixa mais atrativa, além de sinalizações de que os juros devem continuar a subir mais ainda pra controlar a inflação.
Na outra ponta, o interesse em Investimentos Internacionais e criptomoedas continuam caindo. Isso reflete o desempenho bem negativo dos mercados fora do Brasil até agora nesse ano. Olhando mais especificamente para as criptomoedas, essa classe de ativo vêm passando por um período de alta volatilidade à medida que o cenário macroeconômico se deteriora, e tem sofrido junto com as ações com o sentimento de aversão ao risco ao longo dos últimos meses.
Interesse em investimentos internacionais continua em baixa
Neste ano, apesar do mercado já estar começando a precificar uma recessão em algumas das principais potências do mundo, com as bolsas internacionais sofrendo em 2022, continuamos a acreditar na importância estrutural de ter exposição ao mercado fora do Brasil. Em termos de tamanho, o Brasil representa menos de 1% do mercado de ações global, e investir só em ações brasileiras é ignorar de 99% das oportunidades oferecidas por diversas empresas globais. E ter exposição diversificada em ativos, regiões e moedas diferentes tende a ser a estratégia vencedora.
Diante de um cenário cada vez mais negativo no exterior, o interesse de assessores e seus clientes em diferentes tipos de investimentos internacionais caíram fortemente no último mês. Segundo a pesquisa desse mês, os resultados foram: 1) Fundos Internacionais (36%, -9p.p. M/M); 2) Dólar (32%, -2p.p. M/M); 3) BDRs (23%, -5p.p. M/M); e 4) ETFs (23%, +3p.p. M/M). Por fim, 34% dos que responderam disseram que não estão interessados em investimentos internacionais, um aumento de +10p.p M/M.
Também decidimos incluir novamente na pesquisa desse mês quais são as temáticas de investimentos mais procurados pelos clientes na visão dos assessores, os maiores são: 1) Commodities (66%, +0p.p M/M); 2) Tecnologia (48%, -1 p.p M/M) e 3) Criptoativos e Blockchain (27%, -10p.p M/M).
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Ibovespa acima dos 110.000 pontos até o fim de 2022?
Segundo a pesquisa desse mês, 33% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 110.000 e 120.000 pontos até o final de 2022, um aumento de +8p.p. com relação a última pesquisa realizada em maio. Em seguida, 26% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 120.000 e 130.000 pontos, uma queda de -18p.p M/M. Outros 20% acreditam que o índice ficará entre 100.000 e 110.000, +13p.p M/M, 12% acredita que ficará abaixo dos 100.000, +9p.p M/M, e 7% acredita que terminará o ano entre 130.000 e 140.000 pontos (-11p.p M/M). Por fim, os 2% restantes acreditam que o Ibovespa terminará 2022 acima dos 140.000 pontos.
A média de palpites calculada foi de 114.912 pontos, uma queda de -5,9% em relação a abril (122.108 pontos na pesquisa passada).
Foco no cenário econômico global e riscos políticos domésticos
Em relação aos riscos, o destaque continuou a ser a desaceleração econômica, chegando a 33%, um aumento de +1p.p M/M. Eleições presidenciais foi visto como o segundo maior risco em 24% (+5p.p. M/M), seguido da alta de juros nos Estados Unidos em 17% (-2p.p. M/M).
Em relação aos propulsores da Bolsa, na visão dos assessores, os maiores são: 1) cenário econômico global (35%, +0p.p. M/M); 2) resultado das eleições presidenciais (30%, +4p.p. M/M); 3) cenário econômico brasileiro (26%, -5p.p. M/M) ; 4) fim da pandemia (5%, -2p.p. M/M) e 5) outros (3%, +1p.p. M/M). Esses resultados mostram que os assessores estão atentos ao cenário internacional em relação ao que pode interferir no desempenho da Bolsa em 2022, mas também estão começando a olhar mais para o cenário interno, à medida que as eleições se aproximam.
A edição de maio da pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 26 de junho de 2022, via um formulário eletrônico contendo dez questões e obteve 340 respostas únicas.
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