Ao longo dos anos, o mercado financeiro brasileiro passou a atrair milhares de profissionais pela grande estruturação que o setor adquiriu nos últimos tempos. Após o processo de desbancarização, que abriu a concorrência para o surgimento de corretoras, plataformas de investimento e fintechs, nunca se teve tanto interesse em saber de que forma é possível, atualmente, de atuar no mercado financeiro.
E já adiantamos: as oportunidades se expandiram muito, abrindo uma competição mais acirrada para a entrada no setor, porém com fácil acesso a materiais de estudo e diversas formas de adquirir um passe para o fascinante mundo das finanças. A seguir, entenda melhor como que faz para trabalhar no mercado financeiro e o que você precisa faze para conseguir realizar esse feito.
O que é preciso para trabalhar no mercado financeiro?
Para trabalhar no mercado financeiro, não há uma regra predefinida e cada caso é um caso na hora de atrair os avaliadores para as vagas. E os caminhos têm ficado mais abertos com políticas de inclusão e de maior fit cultual, isto é, muitas vezes os seus valores podem contar até mais do que uma experiência prévia no mercado, o que abre mais as oportunidades.
Mas, como em todo setor, há caminhos que, geralmente, acabam atraindo mais os olhares atentos dos gestores e dos RHs das companhias. Abaixo, vamos mostrar alguns dos pontos que podem fazer você chegar mais perto de trabalhar no mercado financeiro.
Perfil para o mercado financeiro
Apesar de as carreiras no mercado financeiro serem conhecidas pela boa remuneração, não basta você só querer ganhar dinheiro. É preciso ter um perfil que se enquadre na lógica do dia a dia do trabalho e das atribuições. Por exemplo, uma das principais característica, considerada praticamente um pré-requisito, é saber lidar com pressão, afinal, você trabalhará de forma direta ou indireta com bastante dinheiro e, muitas vezes, de terceiros, o que aumenta ainda mais a responsabilidade.
Listamos abaixo outras características de um perfil padrão para o mercado financeiro, lembrando que não necessariamente você precise de todas elas para exercer o trabalho. No entanto, uma combinação delas e quanto mais você se identificar com elas, mais próximo você estará do perfil mais procurado pelas empresas do mercado financeiro:
- Agilidade no raciocínio
- Facilidade com números
- Boa comunicação
- Alguém que goste de desafios e de se atualizar
- Hábil negociador
- Alta capacidade analítica
Diploma em áreas específicas
Não há nenhuma regulação que especifique que para trabalhar no mercado financeiro é necessário ter um diploma no currículo ou algum curso específico. Mas ter cursado pelo algumas das seguintes faculdades como Administração, Economia, Ciências Contábeis ou Engenharia, é um fator primordial para facilitar o acesso ao mercado financeiro, ainda mais se a faculdade for renomada.
É possível você ter feito Medicina, Direito ou Jornalismo, por exemplo, e trabalhar nesse mercado de finanças? Sim. Na verdade não há impeditivos acadêmicos. O que torna mais difícil o acesso desses profissionais é o conhecimento e perfil exigidos para algumas vagas. Contudo, é possível encontrar profissionais de outras áreas que sejam autodidatas e que tenha adquirido experiência para trabalhar no mercado financeiro por meio de cursos e vídeos, por exemplo.
O importante é ter em mente que quanto mais conhecimento, capacidade e confiança o seu currículo demonstrar, maior será a sua chance de conseguir trabalhar no mercado financeiro. E ter um curso superior em áreas correlatas à ocupação é uma das melhores formas de se abrir às oportunidades.
Outras línguas
Trabalhar no mercado financeiro significa, em muitos casos, se conectar a vários tipos de pessoas e de nacionalidades diferentes. Por isso, saber falar e entender outras línguas pode ser um diferencial. O inglês, sobretudo, é importante pois no contato com estudos, materiais de empresas e reuniões com clientes essa língua é frequentemente usada.
Certificações
Embora muito desejáveis e, dependendo do cargo e da vaga, tratados com grande prioridade, talvez todos os outros pontos citados acima sejam um pouco mais subjetivos porque depende muito de quem está avaliando e das políticas de contratação da empresa.
No entanto, as certificações são obrigatórias para exercer algumas funções como de agente autônomo de investimentos, Trader ou Analista de Investimentos. Esses cargos são regulados por algumas instituições do mercado como Ambima, Apimec e Ancord. Pela sua importância, mostramos abaixo brevemente todas as certificações e quando é necessário tê-las no mercado financeiro.
O que é uma certificação financeira?
Uma certificação financeira é um atestado de conhecimento e de capacidade de determinada função dentro do mercado de investimentos, gestão de carteiras e recomendações de investimento. Cada certificação tem um objetivo específico e vai dos profissionais mais iniciantes aos mais avançados. Elas são exigidas pelo Banco Central (Bacen) e outras entidades regulatórias a fim de garantir a qualidade dos profissionais nas suas funções.
Por que tirar uma certificação?
É muito simples: tirar as certificações financeiras abrirá portas no mercado financeiro como nenhum outro quesito o fará. São elas que as empresas olharão com mais objetividade porque certas funções, como gerir carteiras e recomendar investimentos, exigem algumas dessas certificações. Por isso, é fundamental conhecê-las para saber qual atenderá melhor suas expectativas profissionais.
Ancord
Para você atuar como um agente autônomo de investimentos (AAI), profissional ligado às corretoras que ajuda a distribuir os produtos financeiros aos clientes, é preciso tirar a certificação da Ancord. O AAI, conhecido como assessor de investimentos também, não pode, por regulamentação, indicar e recomendar produtos, apenas informar, esclarecer e ser o intermediário entre a corretora e o cliente.
CPA-10 e CPA-20
As certificações consideradas portas de entrada no mercado financeiro são a CPA-10 e CPA-20. Ambas são da Anbima, entidade independente do mercado financeiro que atua para autorregular o setor, entre outras funções como garantir a qualidade de algumas das mais prestigiadas certificações financeiras.
São destinadas aos profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimento em agências bancárias ou plataformas de atendimento sobre finanças. A grande diferença é que a CPA-10 é para quem atua com o público em geral, sem categorização de renda, e a CPA-20 já é mais específica para clientes com renda mais alta. Em ambas, no entanto, não se pode indicar investimentos. Elas apenas atestam um bom conhecimento em produtos financeiros.
CEA
Um pouco mais avançada, a CEA (Certificação de Especialista em Investimentos) abrange as mesmas funções da CPA-10 e CPA-20, mas com a diferença de poder indicar investimentos. Os profissionais CEA geralmente assessoram os gerentes de contas na seleção dos ativos.
CFG
A CFG (Certificação ANBIMA de Fundamentos em Gestão) é uma certificação para quer i os iniciantes na área de gestão de recursos de terceiros. O profissional certificado tem o conhecimento da base técnica do setor que é diferencial para ocupar diversos cargos em gestoras, também conhecidas como assets managements. Essa nova certificaçao da Anbima é importante porque ela é pré-requisito para conquistar a CGA e/ou a CGE, abrindo as portas para quem quer atuar, de fato, com gestão de recursos de terceiros. No entanto, é importante ressaltar que a CFG não é obrigatória para nenhuma função e nem habilita o profissional a ser gestor.
CGA
A CGA é uma certificação para quem quer se tornar um gestor de investimentos. Dessa forma, quem a tem pode tomar decisões estratégicas como a compra e venda de ativos financeiros de uma carteira de investimentos. É o primeiro passo para quem pensar um dia em gerir um fundo de investimento.
CGE
A CGE (Certificação de Gestor para Fundos Estruturados), também da Anbima, habilita profissionais a atuarem com gestão de recursos de terceiros na indústria de produtos como Fundos Imobiliários, fundos de investimento em participações (FIPs) e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC).
CNPI
O Certificado Nacional do Profissional de Investimento (CNPI), da APIMEC, é uma das mais importantes certificações por ser bastante abrangente e habilitar o profissional às seguintes funções:Administração de Recursos, Consultoria, Análise e Pesquisa Financeira, Investment Banking, Finanças Corporativas, Administração de Riquezas, Relações com Investidores
Vendas e Operações nos Mercados Financeiros e de Capitais.
É muito indicado para deseja trabalhar como analista e especialista em análises de ações na Bolsa e demais ativos. É possível tirar três tipos dessa certificação: a CNPI (para analistas fundamentalistas), CNPI-T (para analistas técnicos) e CNPI-P, que abrange analistas fundamentalistas e técnicos).
CFP
A CFP é uma das certificações mais concorridas e prestigiadas no Brasil. Ela não é obrigatória para nenhum cargo, porém quem a tem recebe o prestígio de ser certificado como planejador financeiro e de alocação de ativos internacionalmente. A associação Planejar é quem cuida de todo o processo dessa certificação.
CAIA
Uma certificação bastante específica e reconhecida no mundo todo, a Chartered Alternative Investment Analyst (CAIA) é destinada para quem pretende comprovar capacidade técnica para analisar e recomendar investimentos alternativos, como Private Equity, por exemplo.
CFA
Quem almeja chegar no auge do mercado financeiro precisa de uma certificação CFA, que é reconhecidamente no mundo todo como a maior distinção de um analista de investimentos.
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