Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,21% e 1,09%, respectivamente.
• No Brasil, em carta enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidades do mercado financeiro manifestaram apoio à Resolução 193 da autarquia, que estabelece a obrigatoriedade de divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade segundo os padrões internacionais do ISSB (International Sustainability Standards Board) – o grupo diz que a flexibilização ou revogação das normas representaria um “retrocesso relevante” para o funcionamento eficiente do mercado de capitais brasileiro.
• No internacional, (i) o Japão avançou para a fase final que permitirá a maior usina nuclear do mundo retomar suas operações, após uma votação regional realizada hoje, marcando um momento histórico no retorno do país à energia nuclear quase 15 anos depois do desastre de Fukushima – a usina Kashiwazaki-Kariwa estava entre os 54 reatores desligados após a paralisação da planta Fukushima Daiichi, no pior desastre nuclear desde Chernobyl; e (ii) a administração Trump suspendeu na segunda-feira contratos de arrendamento de cinco grandes projetos de energia eólica offshore que estão em construção na costa leste dos EUA, devido ao que chamou de preocupações com a segurança nacional, fazendo com que as ações de empresas eólicas offshore despenquem.
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Brasil
Empresas
Entidades criticam pedido de flexibilização nas normas de sustentabilidade
“Em carta enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidades do mercado financeiro manifestaram apoio à Resolução 193 da autarquia, que estabelece a obrigatoriedade de divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade segundo os padrões internacionais do ISSB (International Sustainability Standards Board). O grupo diz que a flexibilização ou revogação das normas representaria um “retrocesso relevante” para o funcionamento eficiente do mercado de capitais brasileiro. A carta foi assinada em conjunto pelo Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec) e Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). O documento foi preparado em sequência à manifestação apresentada na semana passada pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), que solicitava flexibilização na adoção das normas. A Abrasca pediu à CVM uma adoção voluntária pelas companhias abertas, pelo menos inicialmente, o que representaria “equilíbrio adequado” entre a necessária convergência internacional e a realidade do mercado nacional e dos desafios legislativos atuais impactando as áreas de contabilidade e finanças das companhias abertas.”
Fonte: Valor Econômico; 22/12/2025
Ação da Vale dispara após acordo para compra de complexo eólico na Bahia
“As ações da Vale (VALE3) disparam nesta segunda-feira e ajudam a amenizar as perdas do Ibovespa, após a Aliança Energia, joint venture entre a companhia e a Global Infrastructure Partners (GIP), firmar um acordo para a compra de um complexo eólico da Pontal Energy na Bahia. Segundo fato relevante, o complexo eólico adquirido está em operação e conta com 46 aerogeradores da WEG, cada um com potência de 4,2 megawatts, somando uma capacidade instalada de 193,2 megawatts. O valor da transação não foi divulgado. Por volta das 15h, a ação ordinária da Vale subia 3,46%, cotada a R$ 73,27. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,17%, aos 158.164 pontos.”
Fonte: Valor Econômico; 22/12/2025
Hapvida anuncia troca no comando e nomeia CFO como novo CEO
“A Hapvida (HAPV3) anunciou nesta segunda-feira (22) troca no comando da companhia de planos de saúde, com a saída de Jorge Pinheiro para a entrada do vice-presidente financeiro Luccas Augusto Adib no lugar, em um processo que será conduzido “ao longo de 2026”, afirmou a empresa em fato relevante. Pinheiro passará a ser “exclusivamente” o “chairman executivo” do grupo, no lugar de Candido Pinheiro, também ao longo de 2026. Segundo a empresa, Adib terá entre as prioridades “acelerar as transformações” da Hapvida com foco em temas que incluem revisão de produtos e disciplina na alocação de capital.”
Fonte: InfoMoney; 22/12/2025
MyCarbon, BB e Brandt firmam convênio para financiar práticas sustentáveis
“A MyCarbon, subsidiária da Minerva Foods para a originação e comercialização de créditos de carbono, firmou uma parceria com o Banco do Brasil (BB) e a empresa de tecnologia agrícola Brandt para financiar a adoção de práticas agropecuárias regenerativas no país. O objetivo é promover ganho de produtividade com resiliência climática, redução de emissões, além da possibilidade de geração de créditos de carbono.”
Fonte: Globo Rural; 22/12/2025
Política
Eco Invest Brasil encerra ano com R$ 14 bi em projetos e previsão de novo leilão em 2026
“O Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (22/12) que o Eco Invest Brasil encerra 2025 com mais de R$ 14 bilhões já financiando projetos de alto impacto econômico, social e ambiental, e que, diante da carteira de projetos em expansão e resultados consistentes, avalia a realização de novos leilões no âmbito do programa em 2026. Segundo o Tesouro, a expectativa para o próximo ano é ampliar o alcance do programa, incorporando setores ainda não atendidos e fortalecendo instrumentos financeiros voltados a projetos inovadores, em fase inicial, que sejam alinhados ao desenvolvimento sustentável, à transição energética e à bioeconomia.“O Eco Invest provou que está além de um programa de financiamento”, afirma o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em nota. “Ele reposicionou o Brasil no centro das decisões globais sobre financiamento climático, mostrando que o País tem escala, projetos e capacidade institucional para transformar capital em impacto real. Os números de 2025 comprovam que essa agenda saiu do discurso e entrou na economia.” Segundo o Tesouro, ao final de 2025, o programa soma mais de R$ 75 bilhões mobilizados para o financiamento de projetos, sendo R$ 46 bilhões captados no exterior.”
Fonte: Eixos; 22/12/2025
Internacional
Empresas
Japão se prepara para reiniciar a maior usina nuclear do mundo quase 15 anos após Fukushima
“O Japão avançou para a fase final que permitirá a maior usina nuclear do mundo retomar suas operações, após uma votação regional realizada hoje, marcando um momento histórico no retorno do país à energia nuclear quase 15 anos depois do desastre de Fukushima. A usina Kashiwazaki-Kariwa, localizada a cerca de 220 km a noroeste de Tóquio, estava entre os 54 reatores desligados após o terremoto e tsunami de 2011, que paralisaram a planta Fukushima Daiichi, no pior desastre nuclear desde Chernobyl. Desde então, o Japão reiniciou 14 dos 33 reatores ainda operáveis, na tentativa de reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados. A usina Kashiwazaki-Kariwa será a primeira a ser operada pela Tokyo Electric Power Co (TEPCO), que administrava Fukushima. Nesta segunda-feira, a assembleia da província de Niigata aprovou um voto de confiança no governador Hideyo Hanazumi, que havia apoiado a retomada no mês passado, viabilizando, na prática, a reativação da usina. Embora os legisladores tenham votado a favor de Hanazumi, a sessão da assembleia, a última do ano, expôs as divisões da comunidade sobre a retomada, apesar das novas oportunidades de emprego e da possível redução das contas de eletricidade.”
Fonte: Valor Econômico; 22/12/2025
Política
Japão apoiará usuários de energia limpa com US$ 1,3 bilhão em subsídios de investimento
“O Japão planeja fornecer 210 bilhões de ienes (US$ 1,34 bilhão) para ajudar empresas que estão usando energia limpa para financiar investimentos, em um esforço para aumentar a demanda por energia renovável e estimular o crescimento nas áreas regionais, disse um funcionário do governo no final da segunda-feira. Os subsídios foram projetados para ajudar o país, o quinto maior emissor mundial de dióxido de carbono, a alcançar suas metas de energia limpa e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis importados após enfrentar contratempos em projetos eólicos e solares. O programa fornecerá fundos ao longo de cinco anos a partir do ano fiscal de 2026, disse Juntaro Shimizu, diretor do grupo de políticas de Transformação Verde (GX) do Ministério da Economia, Comércio e Indústria. Empresas que dependem inteiramente da eletricidade descarbonizada e contribuem para regiões onde a energia é gerada serão elegíveis para subsídios que cobrem até metade de seus gastos de capital, disse ele. Operadores de data center que atendam aos mesmos critérios também se qualificarão. O governo planeja começar a solicitar pedidos de empresas elegíveis no próximo ano fiscal. O Japão quer que as renováveis representem até 50% de sua matriz eletrifica até o ano fiscal de 2040, com a energia nuclear fornecendo mais 20%, contra 22,9% de renováveis e 8,5% de energia nuclear no ano fiscal de 2023.”
Fonte: Reuters; 23/12/2025
Japão vai testar viabilidade da extração de terras raras da lama do fundo do mar
“O Japão planeja construir uma instalação de processamento de lama marinha contendo terras raras em sua ilha mais oriental até 2027. São recursos no fundo do oceano, a 6 mil metros de profundidade, com o objetivo de garantir segurança econômica. O governo construirá a instalação em Minamitorishima, parte do remoto arquipélago de Ogasawara, por meio de seu Programa de Promoção da Inovação Estratégica (SIP). A China responde por cerca de 70% da produção global de metais de terras raras, essenciais para veículos elétricos e muitas outras indústrias de alta tecnologia. Lama rica em terras raras, como o disprósio, usado em ímãs para motores de veículos elétricos, pode ser encontrada na costa de Minamitorishima. A lama ali também não contém praticamente nenhum material radioativo ou outras substâncias nocivas, o que facilita seu processamento. O SIP considera a mineração de recursos marinhos de terras raras um desafio fundamental. Em janeiro e fevereiro, a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha-Terrestre realizará testes de mineração utilizando um navio de pesquisa em águas profundas na zona econômica exclusiva de Minamitorishima para recuperar uma pequena quantidade de lama. O navio utilizará um tubo submerso até o fundo do mar para coletar uma mistura de lama rica em terras raras e água do mar.”
Fonte: Valor Econômico; 23/12/2025
EUA congelam cinco grandes projetos de energia eólica offshore e ações mergulham
“A administração Trump suspendeu na segunda-feira contratos de arrendamento de cinco grandes projetos de energia eólica offshore que estão em construção na costa leste dos EUA, devido ao que chamou de preocupações com a segurança nacional, fazendo com que as ações de empresas eólicas offshore despenquem. A suspensão foi o golpe mais recente para os desenvolvedores de energia eólica offshore que enfrentaram repetidas interrupções em seus projetos de bilhões de dólares sob o presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou considerar as turbinas eólicas feias, caras e ineficientes. Autoridades estaduais, legisladores democratas, empresas eólicas offshore e grupos comerciais do setor criticaram a medida como injustificada. O Departamento do Interior dos EUA afirmou que a decisão foi resultado de reclamações do Pentágono de que o movimento de enormes pás de turbinas para projetos eólicos offshore, assim como as torres altamente refletoras que as sustentam, causam interferência de radar que pode dificultar a identificação e localização de ameaças à segurança. A pausa dará às agências federais relevantes “tempo para trabalhar com locatários e parceiros estaduais para avaliar a possibilidade de mitigar os riscos à segurança nacional representados por esses projetos”, disse o departamento em comunicado. “O principal dever do governo dos Estados Unidos é proteger o povo americano”, disse o secretário do Interior Doug Burgum no comunicado.”
Fonte: Reuters; 22/12/2025
“Em um parque industrial em Chifeng, Mongólia Interior, um bilionário está iniciando a próxima fase da revolução verde da China. Zhang Lei transformou a Envision em uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo. Agora, o empreendedor está usando energia eólica para produzir a chamada amônia verde, vendendo-a para uso em fertilizantes, produtos químicos e como combustível para transporte marítimo. “Isso é mais do que um marco tecnológico”, disse Zhang no início deste ano. “Alternativas escaláveis e verdes agora são reais e operacionais.” Embora as tecnologias de combustíveis limpos ainda estejam evoluindo, especialistas dizem que empresas como a Envision mostram como a China está usando sua energia renovável abundante e de baixo custo e biocombustíveis para ajudar a descarbonizar uma maior parte de seu vasto setor industrial. Embora os combustíveis limpos sejam significativamente mais caros do que as alternativas a combustíveis fósseis, as empresas chinesas estão preparando o terreno para dominar as cadeias globais de suprimentos de tecnologia limpa.”
Fonte: Financial Times; 22/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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