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Mercado global de veículos elétricos: Vendas desacelerando e a (crescente) influência chinesa

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Principais mensagens do evento realizado pelo Bloomberg para as perspectivas do mercado de elétricos ao redor do mundo

Nos últimos anos, o mercado de veículos elétricos (VE) passou por uma rápida expansão, impulsionada pela crescente aceitação do consumidor, avanços na infraestrutura e ambientes regulatórios globais favoráveis. No entanto, a recente desaceleração no crescimento das vendas levanta a dúvida se o mercado está se aproximando de um ponto de inflexão. Para explorar a dinâmica desse mercado e a influência da China como o maior produtor (e também o maior mercado) de veículos elétricos do mundo, participamos na semana passada do webinar Autos EV Outlook da Bloomberg. Abaixo, destacamos as principais mensagens do evento.

Vendas de veículos com motor a combustão estão em declínio. De acordo com a BNEF, as vendas globais de veículos movidos a combustão caíram 30% em relação ao seu pico em 2017, sendo bastante improvável que elas voltem aos níveis pré-pandemia. Em vez disso, a BNEF espera que a frota de veículos a combustão permaneça relativamente estável até 2027, quando deve começar a encolher.

Enquanto isso, as vendas de VEs continuam crescendo, embora em ritmo mais lento. Os VEs (incluindo veículos 100% elétricos movidos a bateria e os híbridos plug-in) seguem conquistando participação de mercado (market share), representando cerca de 20% de todos os veículos vendidos em 2024, um salto significativo em relação a 2019, quando representavam apenas 2% do total das vendas. No entanto, para 2024, espera-se que as vendas de VEs cresçam em um ritmo mais modesto, com um aumento de cerca de 21% em relação ao ano anterior, em comparação com 32% A/A em 2023 e 61% A/A em 2022. Apesar desse crescimento mais lento, as vendas de VEs leves no curto prazo devem continuar aumentando em cerca de 20% ao ano, superando as vendas totais de carros (que crescem cerca de 4% ao ano), principalmente devido a: (i) China (60% do mercado de VEs); e (ii) motoristas de aplicativos, como Uber e 99, que adotam VEs 3-5x mais rápido do que o público em geral, principalmente devido aos baixos custos operacionais no longo prazo.

Endereçando os principais gargalos da demanda. Liderança da BNEF comentaram que a indústria automotiva vem superando diversos gargalos para a adoção do consumidor, incluindo: (i) grandes investimentos em infraestrutura de recarga, com 600.000 pontos de recarga públicos instalados ao redor do mundo apenas no primeiro semestre de 2024; (ii) aumento da autonomia dos VEs, que deve chegar a 440 km em 2024, em comparação com 245 km em 2018 e 160 km em 2010; e (iii) avanços na tecnologia de baterias que têm custos cada vez menores, especialmente na China, onde o preço das baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP) caiu 44% em 2024 em relação a 2022, chegando a US$ 53/kilowatt-hora.

Desenvolvimento de políticas que incentivam a adoção de VEs. Destacando o papel crucial dos mandatos governamentais no aumento da adoção de VEs, a BNEF destacou algumas das principais iniciativas regulatórias globais, incluindo: (i) a proibição da União Europeia da venda de novos veículos movidos a gasolina e a diesel a partir de 2035; (ii) grandes subsídios financeiros e políticas industriais que apoiam montadoras de elétricos na China; e (iii) a Política Federal de VEs dos EUA, que estipula a meta de ter 50% de todos os carros novos vendidos até 2030 com emissão zero.

Protagonismo chinês acirra a concorrência com montadoras tradicionais. Em 2023, a China foi responsável por 58% dos 13,7 milhões de carros elétricos leves vendidos globalmente. Tal domínio vem impondo desafios para as montadoras tradicionais, cujos lucros estão diminuindo na China devido à queda da participação de mercado (ao mesmo tempo em que montadoras locais ganham relevância). De acordo com a BNEF, é improvável que a China continue sendo um mercado viável para marcas estrangeiras no longo prazo, levando muitas delas a sair do maior mercado automotivo do mundo. Como exemplo, vale destacar que as vendas da General Motors (GM) caíram de 4 milhões de unidades vendidas em 2017 para aproximadamente 1,5 milhão nas projeções de 2024. Em contrapartida, as marcas nacionais seguem em ritmo de crescimento acelerado, com a BYD ultrapassando a Volkswagen e se tornando a marca de carros mais vendida da China em 2023, intensificando a concorrência e desafiando a posição da Tesla como líder global em elétricos.

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