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Os pontos positivos são: (i) Rumo com EBITDA de R$2,2bi (+24% A/A), com volumes recordes e dinâmica positiva de tarifas; (ii) Localiza com lucro líquido de R$735mn (+24% T/T) com margens esperadas mais altas vs. o fraco 2T24 (tanto em Aluguel quanto em Seminovos); e (iii) Priner com resultados relevantes (e despercebidos, em nossa visão) de sua recente aquisição (EBITDA +100% T/T). Do lado negativo, observamos (i) HBSA, já que os baixos níveis de calado no Sul devem ter afetado os resultados (EBITDA -10% A/A; -13% vs. consenso); (ii) Vamos, com lucro líquido de R$175 milhões (-15% T/T) devido à contínua devolução de ativos e concessionárias ainda fracas; e (iii) Azul, com EBITDA de R$1,5 bilhão (-10% A/A) em meio a um desempenho de RASK fraco e pressão de custos tanto de câmbio quanto de combustível.
(+) Localiza (RENT3 | Compra; R$ 89,00) Esperamos melhores resultados para a Localiza. (i) Em Rent-a-Car (RaC), vemos um desempenho positivo, uma vez que a Localiza continua aumentando as tarifas médias (+4% T/T e +18% A/A) com volumes sazonalmente positivos (+5% T/T). Consideramos um forte crescimento do EBITDA de 21% T/T (com margem +7p.p. T/T) causado pela maior quantidade de custos/despesas “não recorrentes” enfrentados no 2T24; (ii) em Aluguel de Frotas, vemos um desempenho sólido contínuo tanto em tarifas (+2% T/T) quanto em volumes (+2% T/T) levando a uma expansão do EBITDA de 9% T/T (margem +3p. p. T/T); (iii) Em Seminovos, prevemos um aumento nas vendas de carros usados (+6% T/T) à medida que os esforços de renovação da frota continuam. Além disso, vemos uma margem EBITDA de Seminovos positiva de 3,5% (+0,7p.p. T/T). No geral, prevemos um lucro líquido de R$735 milhões (+25% T/T e +5% A/A).
(+/=) Movida (MOVI3 | Compra; R$ 17,60) Esperamos um trimestre positivo para a Movida (EBITDA +34% A/A), embora relativamente em linha com os resultados positivos mostrados no 2T24. Destacamos: (i) em RaC, outro trimestre com forte desempenho tarifário (+2% T/T e +6% A/A), compensando volumes ligeiramente menores (-2% T/T, apesar do efeito sazonal positivo). Esperamos um desempenho de EBITDA estável no trimestre (margem estável T/T); (ii) em Aluguel de Frotas, esperamos outro trimestre de resultados consistentes tanto em volume (+2% T/T) quanto em tarifas (+2% T/T), levando a um crescimento de EBITDA de 3% com uma margem estável T/T; e (iii) em Seminovos, prevemos um aumento nos volumes (+3% T/T), beneficiando-se dos esforços de renovação da frota da empresa, com preços estáveis T/T e uma leve compressão sequencial da margem para 1,1% (-0,3p.p. T/T).
(-) Vamos (VAMO3 | Compra; R$ 15,00) Esperamos um desempenho sequencial de lucro líquido menor para R$175 milhões (-15% T/T e 29% abaixo do consenso). (i) Na divisão de Aluguel, vemos um desempenho estável do EBITDA T/T, com a contínua devolução de ativos compensando parcialmente o crescimento de novos contratos. (ii) Na divisão de Concessionárias, apesar de uma leve melhora com EBITDA de R$17 milhões vs. R$11 milhões no 2T24, continuamos esperando margens fracas de 2,3% (vs. 1,5% no 2T24).
(+) Rumo (RAIL3 | Compra; R$ 35,00) Prevemos um EBITDA positivo de R$2,2 bilhões (+24% A/A). Vimos um trimestre com volumes recordes, devido à aceleração da venda de milho nas fazendas e volumes relativamente fortes de soja. Além disso, prevemos uma forte tarifa de R$163/RTK (+18% A/A), com base em: (i) um desempenho estável do diesel no T/T, que é contratualmente repassado às tarifas; e (ii) fundamentos positivos de oferta/demanda para a logística de grãos (observamos que uma sazonalidade menor do que a usual no 3T vs. 2T se deve a uma surpresa positiva no 2T24). Além disso, vemos um EBITDA positivo de R$2,2 bilhões com base em um melhor desempenho de margem para 59% (+2% A/A).
(-) Hidrovias do Brasil (HBSA3 | Compra; R$ 4,90) Estimamos um trimestre de resultados fracos para a HBSA. Do lado positivo, esperamos um desempenho sólido no Corredor Norte, em função de um ambiente tarifário forte e contínuo (+25% A/A), mesmo com um desempenho de volume um pouco mais fraco (-6% A/A), com a receita líquida aumentando 18% A/A e EBITDA ajustado de R$178 milhões (+23% A/A). Por outro lado, antecipamos números fracos no Corredor Sul, uma vez que os níveis reduzidos de calado devem prejudicar o desempenho operacional. Vemos volumes reduzindo 67% A/A, com receita líquida -62% A/A e EBITDA ajustado -96% A/A. No geral, esperamos uma receita líquida operacional de R$456 milhões (-16% A/A) e EBITDA ajustado (incluindo JVs) de R$195 milhões (-26% A/A).
(+/=) CCR (CCRO3 | Compra; R$ 16,60) Esperamos resultados positivos para a CCR no 3T24. Para rodovias, esperamos que a receita líquida aumente 10% A/A, impulsionada por (i) um desempenho positivo do tráfego de 4% A/A (em linha com o desempenho relatado pela ABCR de +4% A/A); e (ii) um aumento médio de 5% A/A nas tarifas (7 das 11 concessões têm reajustes tarifários no trimestre). Nos outros segmentos, esperamos: (i) um desempenho ligeiramente mais fraco do EBITDA de Mobilidade Urbana (-4% A/A); e (ii) um forte desempenho do EBITDA de Aeroportos (+15% A/A). No geral, esperamos uma receita líquida de R$4,0 bilhões (+9% A/A), EBITDA de R$2,4 bilhões (+5% A/A) e lucro líquido de R$555 milhões (+11% A/A).
(+/=) Ecorodovias (ECOR3 | Compra; R$ 11,10) Esperamos que a Ecorodovias apresente resultados positivos no 3T24. Destacamos o forte desempenho das rodovias, com a receita líquida crescendo 16% A/A, impulsionada por (i) um sólido desempenho de tráfego comparável já reportado de +6% A/A (vs. +4% A/A da ABCR); (ii) o ramp up da concessão EcoRioMinas; e (iii) um aumento de 3% A/A nas tarifas, principalmente afetado pela abertura de novas praças de pedágio na EcoRioMinas com menor tarifa média. No geral, prevemos uma receita líquida de R$1,7 bilhão (+16% A/A), com EBITDA de R$1,2 bilhão (+18% A/A) e lucro líquido de R$255 milhões (+17% A/A).
(+) Santos Brasil (STBP3 | Compra; R$ 18,00) Esperamos que a Santos Brasil apresente resultados positivos no trimestre. Para Operações Portuárias, esperamos um sólido crescimento da receita líquida de +50% A/A, impulsionado por: (i) crescimento de 26% A/A nos contêineres movimentados; (ii) crescimento de 38% A/A nos volumes armazenados; e (iii) expansão tarifária de 21% A/A favorecida por renegociações ascendentes com armadores em 2023. Como resultado, o EBITDA aumentou 67% A/A para R$381 milhões, com a margem crescendo sequencialmente (+4,7%p.p. T/T e +6,2p.p. A/A), impulsionado pela maior alavancagem operacional dos fortes volumes, especialmente por diluir o crescimento dos custos de pessoal visto no 2T24. Nos outros segmentos, observamos: (i) crescimento de 10% A/A no EBITDA de Logística; e crescimento de 2% A/A no EBITDA de TEV. No geral, esperamos EBITDA de R$405 milhões (+57% A/A) com margem de 53% (+4,9 p.p. A/A) e lucro líquido de R$215 milhões (+54% A/A).
(+) JSL (JSLG3 | Compra; R$ 14,00) Prevemos resultados positivos para a JSL no 3T24. Este trimestre é marcado principalmente pelo início operacional pleno de um fluxo relevante de contratos maiores que foram implementados/ramp-up durante o 2T24, e que anteriormente estavam impactando negativamente os custos. Como resultado, esperamos que esse trimestre apresente uma melhora considerável nos resultados T/T e expansão de margem. No geral, para o trimestre, observamos: (i) receita líquida de R$2,4bi (+10% T/T); (ii) EBITDA de R$463mn (+16% A/A) com margem de 20% (1p.p. T/T); e (iii) lucro líquido de R$71mn (+118% T/T).
(=) Simpar (SIMH3 | Compra; R$ 18,40) Prevemos resultados neutros para a Simpar, com desempenho positivo do EBITDA (+4% T/T e +30% A/A), embora com um lucro líquido ainda pressionado de R$16 milhões (vs. R$62 milhões no 2T24 e -R$137 milhões no 3T23). Destacamos: (i) na Movida, uma performance consistente de aluguel tanto em RaC quanto em Aluguel de Frota; (ii) na Vamos, desaceleração no crescimento de Aluguel causada por devoluções de ativos nos últimos trimestres, embora com uma leve recuperação na margem de Concessionárias; (iii) na JSL, vemos o resultado positivo vindo das novas operações implementadas nos últimos trimestres; e (iv) na Automob, aumento no EBITDA vindo de uma dinâmica competitiva um pouco menos pressionada.
(-) Azul (AZUL4 | Neutro; R$ 6,60) Esperamos resultados fracos para a Azul. Prevemos um ligeiro declínio do RASK de 1% A/A decorrente de: (i) diminuição da taxa de ocupação de 0,8p.p. A/A; (ii) desempenho estável de tarifas A/A, em parte causado por uma exposição ainda reduzida a Porto Alegre e Rio Grande do Sul, regiões com tarifas acima da média, causada pelo fechamento momentâneo de aeroportos devido à catástrofe enfrentada no estado durante o 2T24; e (iii) receitas ex-passageiros estáveis A/A. Além disso, vemos uma pressão de custos com CASK +4% A/A (CASK ex-Combustível +4% A/A e CASK Combustível +4% A/A) impactado principalmente pela pressão decorrente do aumento nos preços de FX (média de +14% A/A) e Combustível (média de +3% A/A). No geral, vemos um EBITDA de R$1,5 bilhão (-6% A/A) com uma margem de 29% (-3p.p. A/A), e -11% vs. consenso).
(+) Priner (PRNR3 | Compra; R$ 19.30) Esperamos resultados positivos, com lucro líquido de R$20 milhões (+9x A/A). Este é o primeiro trimestre consolidando os resultados da Real Estruturas, o que vemos como uma surpresa positiva, uma vez que os números já reportados mostram um forte crescimento da receita bruta, com um 3T24 anualizado de ~R$550 milhões vs. R$350 milhões em 2023. Vemos um desempenho positivo da receita (+86% e +26% em uma base comparável) devido a: (i) a implementação dos contratos previamente atrasados durante o 2T24; e (ii) a consolidação da Real Estruturas. Como resultado, prevemos EBITDA de R$59 milhões (+100% A/A) com margem de 15% (+4p.p. A/A), uma vez que a empresa recém-adquirida tem um perfil de margem mais elevado em comparação com a Priner antes da M&A.
(=) Mills (MILS3 | Compra; R$ 21,00) Vemos resultados neutros para a Mills no trimestre. Prevemos um desempenho positivo de receita (+18% A/A) em função de: (i) uma expansão contínua da base de contratos; (ii) a consolidação da aquisição da JM Empilhadeiras; e (iii) por outro lado, ainda observamos um desempenho pressionado para as PEMT/PTA menores devido ao ambiente competitivo mais difícil. Vemos EBITDA +8% A/A (margem -4p.p. A/A) que atribuímos a: (i) aos motivos mencionados acima; (ii) às sinergias operacionais ainda limitadas da JM após a consolidação; e (iii) ao crescimento da exposição aos ativos da YL com menor margem EBITDA unitária. No geral, vemos o lucro líquido atingindo R$71 milhões (+11% A/A).
(=) Armac (ARML3 | Compra, R$ 15,00) Esperamos resultados neutros para a Armac. Vemos um desempenho positivo da receita devido a: (i) expansão da base de contratos com foco em contratos de operação contínua de longo prazo; e (ii) a consolidação da Terram impactando todo o trimestre. Continuamos a ver uma compressão da margem EBITDA, uma vez que a empresa continua a se concentrar em contratos de LT com margens mais baixas (embora um perfil de ROIC mais alto seja esperado desses contratos), levando o EBITDA a +13% A/A e a margem a -8p.p. A/A.