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Desafios para a política fiscal no Brasil e no mundo

Jeferson Bittencourt, Ivo Chermont, Vilma Pinto e Rodolfo Margato discutiram a política fiscal no Brasil e no mundo e seus impactos na política monetária; confira

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A responsabilidade fiscal no Brasil e no mundo foi um dos tópicos mais discutidos ao longo deste ano. No painel “Desafios para a Política Fiscal, no Brasil e no Mundo”, Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia da ASA Investments; Ivo Chermont, sócio e economista-chefe da Quantitas; Vilma Pinto, diretora da Instituição Fiscal Independente do Senado Federal (IFI); e Rodolfo Margato, economista da XP, discutiram a política fiscal e seus impactos na política monetária.

O painel começou com a discussão sobre a preocupação com a elevação global dos juros estruturais, fenômeno atribuído à expansão fiscal ao redor do mundo. Ivo Chermont enfatizou duas mudanças principais que podem ter impactado o aumento dos gastos governamentais: (i) os curtos ciclos políticos, como forma de os governantes buscarem se manter no poder, e (ii) o envelhecimento da população, que aumenta os gastos assistenciais e com previdência. Essa combinação sugere que, daqui para frente, as taxas de juros estruturais serão mais altas e que a inflação poderá se tornar mais elevada com mais frequência.

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Cenário desafiador nas contas públicas

No contexto brasileiro, os participantes concordaram que a evolução das contas públicas revela um cenário desafiador. Embora a arrecadação tributária tenha crescido, esse aumento foi inferior ao inicialmente esperado pelo governo, e os gastos, especialmente com previdência, também se mostraram acima das expectativas previstas no orçamento de 2024. Para Vilma Pinto, as medidas de bloqueio e contingenciamento adotadas pelo governo visam apenas o cumprimento pontual do limite inferior da meta fiscal e do teto de gastos, sem um compromisso real com a sustentabilidade fiscal de longo prazo.

A falta de um esforço fiscal consistente levanta questões sobre a credibilidade do novo arcabouço fiscal, que está apenas no seu primeiro ano de vigência. Ademais, Jeferson Bittencourt e Ivo Chermont enfatizaram como as próximas eleições municipais representam um risco para uma política fiscal responsável.

Por fim, os participantes alertaram que a política fiscal expansionista pode pressionar ainda mais a inflação por meio de um impulso à atividade econômica — mesmo com a política monetária restritiva que vivemos hoje — levando à necessidade de uma política monetária ainda mais restritiva. A necessidade de uma governança eficaz e de um compromisso com a responsabilidade fiscal é essencial para enfrentar os desafios futuros e garantir a estabilidade econômica do Brasil.

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