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Empresas Excel – Julho 2023

Veja aqui nossas recomendações para empresas de um portfólio diversificado e conservador em investimentos neste mês.

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Para além do capital de giro, existem estruturas jurídicas que alocam seu capital para objetivos e prazos específicos. Por isso, a diversificação de portfólio deve ser levada em consideração na alocação dos recursos. Pensando em oferecer com essas características, a carteira Excel é indicada para empresas que desejam retornos no portfólio sem abrir mão da segurança.

Portfolio pensado para investir os recursos da estrutura jurídica buscando maiores retornos, mas sem abrir mão da segurança. Esse portfólio combina diversificação com baixa volatilidade. Sua maior exposição deve ser ativos pós fixados já que oferecem maior segurança, porém outras classes de ativos não são dispensáveis, pelo contrário, são necessárias para otimizar os retornos. Logo, nossas sugestões de alocações combinam qualidade de gestão e diversificação de portfólio, sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

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O que vimos do mês anterior

O final do mês de junho, que marca o final do primeiro semestre de 2023 coroou um começo de ano bastante positivo para os ativos de risco no Brasil.

No mês que ficou para trás o Ibovespa subiu 9% em reais, o dólar à vista caiu quase 5,6% contra o real e a curva de juros apresentou mais um mês de fechamento nos seus vencimentos com a diminuição dos riscos políticos e fiscais brasileiros, a melhora nos dados de inflação e a percepção da aproximação do primeiro corte na taxa de juros, com grande probabilidade de ocorrer em agosto, além  da melhora e resiliência dos dados de atividade econômica e mercado de trabalho do Brasil. Com isso, a marcação a mercado dos títulos trouxe retornos relevantes para a renda fixa prefixada e híbrida (IPCA+), tendo o Tesouro Prefixado 2026, por exemplo, variado 2,32% no mês, contra um CDI de 1,17%.

Destaque também para o desempenho dos fundos imobiliários que em junho acumulou ganho de mais de 4% no seu principal índice, o IFIX, coroando um 2º semestre de fortes altas, com destaque aos fundos de tijolos que apresentaram altos retornos com o aumento das apostas nos cortes da Selic a frente.  

Não podemos negar os riscos que existem e podem seguir nos meses seguintes, como o de uma recessão no exterior, que podem pesar nos preços das commodities, principalmente do petróleo. Isso sem falar nos riscos domésticos, como a reforma tributária, que, se por um lado pode afetar negativamente no micro pontualmente alguns setores, por outro lado, no macro, pode impactar positivamente a produtividade e o crescimento do Brasil.

No mercado internacional, junho reforçou a percepção de que em muitos países, principalmente nos desenvolvidos, os juros ainda precisarão subir mais ou ao menos ficar altos por mais tempo, como sinalizado pelos principais banqueiros centrais em um evento, na última semana do mês. Na principal economia do mundo, a dos EUA, a inflação segue em queda, mas ainda mostrando resistência nos itens ligados a serviços. Na Europa, não tem sido muito diferente.

A “tão aguardada” recessão da economia dos EUA parece estar cada vez mais sendo empurrada para frente, talvez para meados de 2024, mas com um mercado imobiliário passando por grandes desafios, produção industrial americana contraindo e estimativas de lucro das empresas também em queda com margens apertadas, fica difícil imaginar que a maior economia do mundo conseguirá escapar de uma recessão, mesmo que branda e não tão duradoura.

Entretanto, as bolsas americanas parecem ignorar esses dados e ainda seguem firme, pautadas majoritariamente pelas teses ligadas à inteligência artificial. No mês de junho, o S&P 500 teve alta de 6,5%, enquanto o Nasdaq subiu 6,6%. No primeiro semestre os índices também avançaram impressionantes 15,91% e 31,73%, respectivamente. Os principais índices das bolsas europeias também apresentaram retornos positivos em junho e estão positivas no semestre, demonstrando que parece ser necessária uma piora mais efetiva na atividade econômica global e nos resultados das empresas para que os ativos de risco comecem a precificar tais riscos.

Mais construtivos com Brasil, sem euforia. Um pouco mais temerosos com os mercados globais, porém sem pânico. E assim, entramos na segunda metade do ano.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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