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Carteira Defensiva (Conservador/Moderado)- Novembro 2022

O perfil defensivo é voltado para o investidor que quer buscar ganhos no longo prazo, porém tem como principal objetivo se defender de perdas acentuadas.

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A política de investimentos Defensiva é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) possuem a compreensão da necessidade do risco no portfólio para alavancar rentabilidade, mas preferem um risco controlado, ou que (ii) já investem há um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto/médio prazo (36 meses). Com uma dinâmica conservadora para moderada, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, mas acrescenta ativos de risco para otimizar a rentabilidade.

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A maior defesa de um portfólio é a diversificação. Por esse motivo, a sugestão de portfólio para a carteira defensiva busca equilíbrio na alocação por meio da escolha de classes e ativos que possuam diferentes dinâmicas de rentabilidade. Com foco em alocação de curto/médio prazo, a carteira busca oferecer rentabilidade acima do CDI sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

Marcado por ter sido o mês de eleições gerais no Brasil, no qual tivemos o 1º e 2º turnos, outubro foi um mês mais volátil para os ativos de risco brasileiros do que no resto do ano. No 1º  turno, vimos um cenário muito mais apertado do que pesquisas previam para a corrida presidencial, sendo que o 2º  turno confirmou Lula como o próximo presidente do Brasil. Daqui para frente, a volatilidade pode se manter em alta tanto para o mercado de ações, quanto para o câmbio e para a curva de juros, diante de incertezas ainda elevadas sobre o futuro da política econômica, especialmente a gestão fiscal.

Por falar em juros, em outubro o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela segunda reunião consecutiva, conforme amplamente esperado. A comunicação pós-reunião também manteve praticamente a mesma sinalização de setembro, indicando que o comitê deve manter as taxas nos níveis atuais (contracionistas) por período suficiente para garantir a convergência da inflação para a trajetória de metas no horizonte relevante (nota-se, 2024). A flexibilização monetária, no entanto, vai depender em boa parte da nova âncora fiscal que precisará ser apresentada pelo novo presidente. Sobre índices de preços, depois de três meses de deflação, a inflação medida pelo IPCA-15 voltou a registrar variação mensal positiva, em 0,16%, o que levou a variação em 12 meses para 6,85%.

Na bolsa, o Ibovespa terminou com variação mensal de +5,5%, enquanto o IDIV fechou em +4,0% e o índice de fundos imobiliários (IFIX) fechou o mês no zero a zero. Já o Dólar à vista teve um mês de desvalorização frente ao Real e terminou a R$ 5,16, uma queda de -4,2% em relação ao mês passado.

Fora do Brasil, os mercados globais também tiveram um mês positivo em meio à temporada de resultados do 3T22 melhor do que o esperado até agora nos EUA, apesar da inflação ao consumidor nos EUA ter vindo mais forte do que o esperado no mês, frustrando as expectativas de uma desaceleração no ritmo de alta de juros pelo Fed. Indicadores de alta frequência apoiam a tese de que as pressões no mercado de trabalho e na alta de preços devem começar a diminuir nos próximos meses, entretanto, esses desenvolvimentos ainda não se refletiram nos dados oficiais. Dada a ênfase na “dependência de dados” das autoridades, o Fed provavelmente será forçado a aumentar as taxas de juros em 75bps pela quarta vez consecutiva em sua reunião logo no início de novembro.

Por lá, as bolsas fecharam fortemente positivas, com Dow Jones, S&P500 e Nasdaq variando +14,0%, +8,0% e +3,9%, respectivamente

Na Europa, destaque para a renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, que teve o mandato mais curto da história do país, sendo forçada a sair depois que seu programa econômico minou a reputação de estabilidade econômico e financeira do país. Ela havia prometido cortes de impostos e subsídios à energia financiados por empréstimos, mas em poucas semanas foi forçada a demitir seu ministro das Finanças e abandonar quase todo o programa após os mesmos planos derrubarem a libra e elevarem os custos de empréstimos britânicos e taxas de hipoteca em uma velocidade sem precedentes. Ainda em outubro, a inflação ao consumidor da zona do euro atingiu um novo recorde (10,7% a.a.), refletindo os custos de energia mais altos e uma demanda doméstica ainda sólida, o que contribuiu para que o Banco Central Europeu elevasse mais uma vez sua taxa de juros em 0.75pp, para 2%, sinalizando também que a política monetária continuará apertada.

Por fim, a China concluiu o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, no qual  Xi Jinping garantiu um terceiro mandato inédito como líder do partido, nomeando seus aliados para cargos de liderança e removendo políticos conhecidos por apoiar reformas mais favoráveis ao mercado. Já o PIB chinês se recuperou em um ritmo mais forte do que o esperado no terceiro trimestre, crescendo 3,9% em relação ao ano anterior, superando a previsão de 3,4%, e maior do que o crescimento de 0,4% no segundo trimestre. No entanto, a demanda doméstica diminuiu no final do trimestre, à medida que a política de covid-zero ainda vigente voltou a ganhar força, enquanto o crescimento das exportações desacelerou e o setor imobiliário do país esfriou ainda mais, ainda apontando para uma difícil recuperação da economia chinesa.

Olhando adiante, se já não bastasse a Copa do Mundo, fortes emoções são esperadas nos mercados para o mês de novembro, em um cenário político e econômico ainda marcado por elevada incerteza no Brasil e no mundo. Haja coração!

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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