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Análise (Crédito): Irani Papel e Embalagem S.A.

Saiba aqui tudo o que precisa pra tomar sua decisão de investimentos em renda fixa na Irani: indicadores operacionais, financeiros e riscos.

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A Irani é uma das principais empresas brasileiras do segmento de embalagens sustentáveis de papel e papelão ondulado, constituindo se como único player dedicado integralmente ao setor listado no Novo Mercado, o mais elevado nível de Governança Corporativa da B3.

Destaques positivos

  • Resiliência da atuação, fruto de sua experiência e conhecimento setorial
  • Solidez dos indicadores financeiros, com boa disciplina financeira desde o Re-IPO em 2020
  • Tendência positiva do setor, com dinâmica favorável para reciclagem / sustentabilidade e consolidação do e-commerce

Pontos de atenção

  • Exposição a condições macroeconômicas
  • Riscos de execução do plano de investimentos “Plataforma Gaia”
  • Oscilação do custo da matéria-prima (aparas)
  • Concorrência no setor de atuação
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Resultados 1T24:
A reportou resultados mistos, com melhora no comparativo trimestral (4T23), mas piora no comparativo anual (1T23). O desempenho operacional foi pautado principalmente por um controle rígido sobre custos e despesas, compensando preços mais baixos A/A e T/T e impulsionando uma margem EBITDA que consideramos sólida de 30,5% (vs. 29,1% no 4T23).
Os volumes de embalagens de papelão ondulado (+9,0% A/A) acabaram por compensar a o pior desempenho do segmento de resinas (-2,0% A/A).
Papelão ondulado: o volume de vendas totalizou 41,5 kt (-7% T/T, +9% A/A), acima dos números da Empapel (+6% A/A). A participação de mercado da Irani diminuiu ligeiramente para 4,1% no 1T24, de 4,3% no 4T23. O preço médio da Irani (CIF) foi de R$ 6.739/t (-1% T/T), enquanto os preços de aparas aumentaram para R$ 553/t (+2% T/T), em comparação com os preços de Anguti de R$ 581/t (+4% T/T).
Papel para embalagens: os volumes de vendas atingiram 30,4kt (+6% T/T), dado o aumento do Projeto Gaia III. O aumento nas vendas veio tanto em papel flexível (+4% T/T) quanto em papel rígido (+12% T/T), apesar da menor produção (-5% T/T) dada a parada semestral da caldeira HPB, que durou 8 dias em fev’24. Nos preços, os preços médios do papel rígido aumentaram 4% T/T, enquanto o papel flexível caiu 2% T/T.
Resina: As vendas atingiram 3,9 kt (+139% T/T), enquanto os preços aumentaram 7% T/T para goma resina e caíram 1% T/T para terebintina. A produção caiu 10% A/A, devido às chuvas no Rio Grande do Sul, enquanto as vendas caíram 2% A/A, diante dos problemas relacionados aos embarques do Porto de Itajaí e do Porto de Navegantes, que obrigaram a empresa a migrar volumes para o Porto de Itapoá. A empresa espera que as entregas se normalizem nos próximos meses.
A dívida líquida/EBITDA manteve-se estável em 2,1x no 1T24 (vs. 2,1x no 4T23, ainda abaixo da meta de 2,5x da Irani e de 4,0x de seus covenants). O Capex foi de R$ 45 milhões no 1T24, comparado a R$ 65 milhões no 4T23.
Em março de 2024, a empresa aprovou o programa de recompra de ações para 2024 (data de início em 25 de março de 2024), bem como a reforma Gaia XI (MP#5), que ocorrerá na unidade Papel SC e deve aumentar a produção de papel em 7%, e capex estimado em R$ 84 milhões.

Quem é a Irani?

Fundada em 1941 na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, a Irani tinha como objetivo inicial a implantação de uma fábrica de papel na região. Ao longo de sua história, a Companhia diversificou as suas atividades geograficamente e em termos de produtos, posicionando-se como um dos principais competidores nos mercados de papel e embalagem.

Em 1994, a Companhia passou por um processo de reestruturação societária, com a aquisição de seu controle pelo Grupo Habitasul.

Os anos de 1995 a 2018 foram um período de consolidação do modelo de atuação integrado da Irani, que adicionou ao seu portfólio os segmentos de papelão e cogeração de energia, através de aquisições e desenvolvimento próprio.

Em 2019, as operações da unidade fabril para fabricação de embalagem e papelão ondulado localizada na capital de São Paulo, adquirida em 2010, foram descontinuadas. Os ativos relacionados (terras, florestas e a planta fabril) foram vendidos, resultando em uma entrada de caixa na ordem de R$ 134 milhões. Em 2020, a Companhia realizou uma série de eventos buscando refletir a sua identidade e governança, bem como apresentou o Projeto Plataforma Gaia, plano de investimentos 2020-2024, focado em uma série de otimizações de modo a consolidar a competitividade da Companhia nos próximos anos, constituindo-se em um novo marco para a Companhia.

Fonte: Site RI Irani, elaboração XP

Com a Plataforma finalizada, a Irani estima os seguintes aumentos de capacidade de produção: 20% em matéria-prima (celulose); 21% em Papelão Ondulado; 23% em papel flexível, que possui maior margem, compensado pela redução de 15% de papel rígido, melhorando o mix de produção de papeis. Além disso, a Companhia espera atingir 100% de suficiência em energia elétrica renovável, o que permitirá a não exposição aos riscos de suprimento de energia no Brasil, bem como eficiência em custo (energia representa ~10% dos custos totais), com uma energia limpa e renovável. 

Presença e Atuação

A Irani atua de forma integrada, com terras e florestas próprias ou arrendadas, as quais proporcionam segurança no fornecimento de madeira para produção de celulose de fibra longa, tanto em quantidade e qualidade quanto em preço, assegurando eficiência operacional. O segmento de Papel recicla aparas (papel usado) como matéria-prima para fabricação de boa parte dos produtos, principalmente aqueles utilizados para a produção de Papelão Ondulado, no conceito de economia circular. ­Suas unidades de negócio são divididas em Papelão Ondulado, Papel e Resinas.

Quem são seus acionistas?

A Irani é controlada pela Irani Participações e pelo Grupo Habitasul, que pertence à família Druck e atua no segmento de desenvolvimento imobiliário e hotelaria.

­Historicamente, a gestão financeira da Irani é realizada de forma apartada à da Habitasul, que inclusive já passou por momentos de alavancagem financeira elevada, tendo conseguido endereçar esta questão sem o envolvimento da sua subsidiária Irani naquele momento mais desafiador.

Indicando uma governança mais robusta, em 2020, a Irani aderiu ao Novo Mercado da B3, que reúne as companhias com o mais alto nível de governança corporativa. No Novo Mercado, as empresas participantes podem emitir apenas ações ordinárias, ou seja, que dão direito a voto a todos os acionistas.

Fonte

Irani

Habitasul

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