26/07, 18h|Previdência privada aberta: mudanças regulatórias e impacto para o investidor

As transformações da indústria de previdência privada no Brasil e o potencial de crescimento desse mercado foi o tema do segundo painel do evento Viver de Renda da XP.

A indústria de previdência privada no Brasil soma mais de R$ 2 trilhões em investimentos e conta com 28 milhões de segurados, sendo 22 milhões por meio de planos comercializados por seguradoras, destacou o diretor-executivo da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) , Carlos de Paula. Esse mercado ainda tem muito espaço para crescer considerando a transição demográfica do Brasil, com aumento da expectativa de vida da população brasileira. “Em oito a 10 anos devemos ter outra reforma”, destaca o diretor da Fenaprevi. “É importante as pessoas se conscientizarem que previdência não é negócio de idosos, previdência é negócio de jovem”, diz. Veja a live e saiba como planejar a aposentaria através dos fundos de previdência.

Veja os melhores momentos do painel

Confira o painel na íntegra

Fundo de previdência é bom veículo para quem quer viver de renda

O patamar mais baixo da taxa básica de juros, a reforma da Previdência e o aumento da expectativa de vida da população brasileira reforçaram a urgência do planejamento da aposentadoria. Nesse cenário, os fundos de previdência privada são instrumentos adequados para quem quer aumentar a renda no futuro ou garantir recursos para eventuais necessidades por determinado prazo.  “O Brasil sempre viveu uma economia com taxa de juros alta, em que tarefa de viver de renda era mais fácil. Hoje, com taxa de juros mais baixa, esse objetivo parece difícil de ser atingido, e a previdência privada é um dos veículos muito bons para viver de renda”, Rodrigo Saldanha, head de Previdência na XPCS.

Previdência privada não é apenas para quem quer renda vitalícia

Quando se pensa em plano de previdência muito gente acha que ele serve apenas para garantir uma renda vitalícia na aposentadoria, mas essa é apenas uma das possibilidades. Existe também a opção de contratar um fundo de previdência para garantir uma renda temporária, por determinado prazo, em diferentes momentos da vida, ou até garantir que um ente familiar receba os recursos em casos de falecimento, explica Amâncio Paladino, diretor de investimentos da XP Seguradora. “A finalidade da renda é ser um seguro”, diz Paladino.

Importante cotar com várias seguradoras para ver qual oferta é mais vantajosa

Quando um segurado contrata um plano de previdência mirando uma renda vitalícia, a seguradora leva em conta a expectativa de vida para aquele cliente , o prazo do investimento e a taxa de juros daquele momento para calcular o valor presente do montante que será acumulado, afirma Nelson Emiliano Costa, diretor técnico atuarial da MAG Seguros e MAG Fundos de Pensão.

Nos Estados Unidos, por exemplo, existem mais modalidades de previdência que usam como referência a variação de cotas de fundos, índices econômicos ou de renda variável para planejar o resgate de cotas daquele valor por determinado período, destaca Paladino.

No Brasil, as seguradoras têm a obrigatoriedade de considerar o pagamento de renda reajustado pela inflação.

Por isso, a possibilidade de contratar em diferentes momentos permite que a precificação fique mais justa e mais atrativa, destaca Saldanha.

“As vezes, a contratação de uma renda temporária pode oferecer valores melhores que a renda por prazo certo”, destaca Paladino.

Por isso, é importante fazer uma simulação de quanto seria a renda paga no plano contratado antes de se aposentar e fazer a cotação com mais seguradoras e, se for o caso, fazer a portabilidade para aquela que for mais vantajosa, afirma Costa, da MAG Seguros. “Sessenta dias antes de se aposentar a seguradora é obrigada a mandar uma simulação de quando seria a renda paga”, diz Costa.

Sistema de previdência foi testado na pandemia e é seguro

O Brasil oferece uma estrutura forte de supervisão da indústria de previdência privada, fiscalizada pela Susep, e que se provou sólida durante a pandemia. “Tivemos mais de R$ 2,6 bilhões de indenizações de seguro de vida por conta da Covid-19 e o sistema foi testado e aprovado”, diz de Paula, da Fenaprevi.