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Ações do Google e Microsoft caem em início negativo dos resultados das big techs – 🌎 Radar Global

Microsoft, Google, Spotify, General Motors e Visa divulgam seus resultados.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -0,6% e Europa -0,1%) após surpresas negativas nos resultados da Microsoft e da Alphabet, controladora do Google, que apontaram para os desafios enfrentados pelas principais empresas de tecnologia à medida que a economia desacelera. A temporada seguirá hoje com Meta e Kraft Heinz. Ainda em solo americano, dados econômicos mais fracos alimentam a narrativa de uma possível desaceleração do aperto monetário por parte do Federal Reserve. Nesta terça-feira, o índice de confiança do consumidor recuou para 102,5 pontos vs. 106,5 das projeções. Na Europa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que poderá postergar a data do anúncio do novo plano fiscal, que atualmente está agendada para o dia 31 de outubro. A temporada de resultados também ganha tração no continente europeu, das 65 empresas do STOXX 600, que já reportaram seus resultados, 55,4% superaram as estimativas de lucro. Na China, o índice de Hang Seng (+1,0%) encerra em alta, após o Banco Central Chinês afirmar que priorizará a saúde do mercado de capitais e os reguladores reiterarem que o investimento em ações chinesas permanece como uma boa alternativa no longo prazo. O sentimento positivo com o anúncio foi levemente compensado por um salto nos casos da Covid-19 em Pequim.

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EMPRESAS

Microsoft cai 6% depois de anunciar projeção fraca para os próximos resultados: a Microsoft (NASDAQ: MSFT, BDR: MSFT34) atendeu as expectativas de receita e de lucro no trimestre reportado, com a receita total crescendo 11% (ano/ano), enquanto a receita líquida caiu 14%, para US$ 17,56 bilhões. Com relação à orientação, a Microsoft vê US$ 52,35 bilhões a US$ 53,35 bilhões em receita para o trimestre atual, abaixo das expectativas do consenso de US$ 56 bilhões segundo a Refinitiv. De acordo com o CEO Satya Nadella, as tendências cíclicas estão afetando os negócios de consumo da Microsoft.

O negócio de Intelligent Cloud da Microsoft, que inclui a nuvem do Azure, gerou US$ 20,33 bilhões em receita trimestral. Isso representa um aumento de 20%, pouco abaixo do consenso de US$ 20,36 bilhões. Foi a primeira vez que a receita trimestral de Cloud, incluindo Azure, assinaturas do Office 365, partes comerciais do LinkedIn e Dynamics 365, ultrapassaram 50% da receita geral da empresa.

Google cai após resultado desapontar as estimativas: Com lucro por ação abaixo das expectativas, a Alphabet (NASDAQ: GOOGL, BDR: GOGL34), controladora do Google, disse que diminuiria as contratações e controlaria as despesas, sinalizando estar se preparando para tempos difíceis à medida que a economia desacelera. Um ponto positivo foi a oferta de nuvem do Google, que perdeu US$ 699 milhões, melhor do que as projeções dos analistas que apontavam para um prejuízo de US$ 814,25 milhões. O negócio ainda não obteve lucro, e o Google ocupa um distante terceiro lugar no mercado de nuvem, atrás da Amazon (NASDAQ: AMZN, BDR: AMZO34) e da Microsoft (NASDAQ: MSFT, BDR: MSFT34). Ainda assim, a iniciativa da nuvem é vista como uma das melhores apostas para o crescimento da empresa à medida que o negócio principal de pesquisa amadurece.

Visa vê crescimento dos gastos desacelerar à medida que os consumidores são atingidos pela inflação: Apesar das ações reagirem positivamente depois da empresa superar as expectativas de receita e lucro, a Visa (NYSE: V, BDR: VISA34) viu no último trimestre a maior desaceleração do crescimento dos gastos desde a pandemia, reflexo do impacto da inflação nos consumidores. O volume transacionado aumentou 10,5%, para US$ 2,93 trilhões no período, próximo mas abaixo do crescimento de 11% que o consenso esperava e uma queda em relação ao crescimento de 12% que apresentado no trimestre anterior. Esse foi o crescimento mais lento desde que a Visa registrou desde o primeiro trimestre fiscal de 2021, quando o número foi de menos de 5%. Ao planejar 2023, a Visa “não levou em consideração uma forte desaceleração econômica ou recessão”, disse CEO da companhia, complementando " Se tal declínio ocorrer, terá algum impacto”. Outro ponto de atenção é que a companhia tem desembolsado mais em descontos para persuadir bancos e varejistas a direcionar um número maior de transações em sua rede. Esses incentivos aumentaram 20%, para US$ 2,86 bilhões.

General Motors surpeende positivamente e reitera projeções: A montadora de veículos reportou um faturamento de US$ 41,9bi vs. US$ 42,4bi, em linha com as projeções; o lucro líquido por ação foi de US$ 2,25 vs. US$ 1,89, uma surpresa de 19% sobre as expectativas. A superação das projeções de lucros acompanhada pela decepção em receitas tem sido uma tendência durante a pandemia de coronavírus para a montadora, já que a oferta limitada de veículos levou a vendas mais baixas, mas lucros mais altos devido ao mix de produtos focado em SUVs e picapes. Neste trimestre, a companhia enfatizou que a demanda por seus produtos continuou forte, apesar das preocupações econômicas externas e do aumento das taxas de juros. Mas seu lucro diminuiu no terceiro trimestre, à medida que seu estoque de veículos aumenta lentamente de baixas recordes.

Apesar dos ventos contrários do mercado, a GM também conseguiu capturar cerca de 8% do mercado de veículos elétricos dos EUA, vendendo cerca de 15 mil veículos elétricos no terceiro trimestre. Isso é superior à participação de mercado de aproximadamente 4% da GM no terceiro trimestre de 2021. Por fim, a empresa reiterou suas projeções para o ano fiscal de lucro líquido entre US$ 9,6 bi e US$ 11,2 bi e EBIT US$ 13 bi e US$ 15 bi.

Spotify reporta compressão de margens e prejuízo maior que o esperado: A empresa de streaming reportou uma receita de US$ 3,04bi, em linha com o consenso; o prejuízo líquido por ação foi de US$ -0,99 vs. US$ -0,82 esperados. A empresa disse que a perda trimestral foi atribuída a maiores custos com funcionários de sua equipe global de vendas de anúncios, bem como investimentos e aquisições de plataformas, maiores custos de publicidade e impacto cambial negativo. As margens também foram afetadas pelo crescimento de publicidade mais lento do que o previsto “devido ao ambiente macro desafiador”.

A empresa adicionou mais 23 milhões de usuários ativos mensais no trimestre, alcançando 456 milhões, um aumento de 20% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Os assinantes premium cresceram 13% para 195 milhões, um aumento de 13% em relação ao ano passado e um milhão de assinantes a mais do que o esperado, impulsionado pelo podcasting e liderado pela América Latina. Para o quarto trimestre, o Spotify prevê 479 milhões de usuários ativos mensais, 202 milhões de assinantes premium e € 3,2 bilhões em receita total. Também previu margem bruta de 24,5%, que seria inferior aos 24,7% do terceiro trimestre. Além disso, A empresa está considerando aumentos de preços nos EUA, com o CEO Daniel Ek dizendo que o Spotify tinha “poder de precificação significativo”.

Quer ver o calendário de resultados do 3º trimestre das ações internacionais? Clique aqui.

ANÁLISE

Fonte: Bloomberg, XP Research.

S&P 500 avança em sua semana mais importante da temporada de resultados: Nesta semana teremos cerca de 46% da capitalização de mercado total do índice americano reportando seus resultados. Com a concentração dos resultados desta parcela relevante em apenas uma semana, poderemos presenciar uma volatilidade elevada, caso o sentimento se torne negativo novamente com lucros abaixo do esperado.

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