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Carteira Defensiva (Conservador/Moderado)- Fevereiro 2022

O perfil defensivo é voltado para o investidor que quer buscar ganhos no longo prazo, porém tem como principal objetivo se defender de perdas acentuadas.

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A política de investimentos Defensiva é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) possuem a compreensão da necessidade do risco no portfólio para alavancar rentabilidade, mas preferem um risco controlado, ou que (ii) já investem há um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto/médio prazo (36 meses). Com uma dinâmica conservadora para moderada, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, mas acrescenta ativos de risco para otimizar a rentabilidade.

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A maior defesa de um portfólio é a diversificação. Por esse motivo, a sugestão de portfólio para a carteira defensiva busca equilíbrio na alocação por meio da escolha de classes e ativos que possuam diferentes dinâmicas de rentabilidade. Com foco em alocação de curto/médio prazo, a carteira busca oferecer rentabilidade acima do CDI sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

O que vimos do mês anterior

No mês passado sugerimos ao investidor que saísse de guarda-chuva, fazendo alusão à provável tempestade (volatilidade) que enfrentaria em 2022. Talvez a melhor sugestão fosse sair com guarda-chuva, roupa de praia, casaco de frio e óculos de sol, tudo ao mesmo tempo. Isso porque janeiro de 2022 se mostrou um mês de bastante volatilidade, no qual todos os principais riscos globais e locais que monitoramos deram as caras em algum momento, trazendo uma boa prévia do que poderá vir a ser o ano.

Incertezas sobre o regime fiscal e orçamento do Brasil para 2022 seguiram em pauta com demandas políticas sobre a desoneração da folha salarial, que foi prorrogada por mais 2 anos, além dos aumentos de remuneração aos servidores públicos dentro do orçamento federal, assunto que segue ainda sem definição. Também em janeiro tivemos a divulgação do o IPCA de 2021, que encerrou o ano em 10,06% ano contra ano, no maior patamar desde 2015. Os fatores estruturais que pressionam a inflação a ficar em patamares elevados continuam presentes e a difusão, medida que reflete o ‘espalhamento’ da inflação entre todos os bens e serviços da economia continua alta (75%). Prova disso foi o IPCA-15 divulgado já no final do mês que também veio acima das expectativas

Isso sem falar que os números de casos de Covid bateram recordes históricos também em janeiro aqui no Brasil, com alguma elevação nos casos de óbitos, porém longe dos patamares anteriores, o que vem reforçando a tese sobre a menor letalidade da variante ômicron, aliada à vacinação em massa da população brasileira.

A despeito de tudo isso e com os preços dos ativos de risco brasileiros bastante descontados, houve um forte fluxo de capitais para o Ibovespa, principalmente de estrangeiros, o que culminou na maior variação mensal (+6,98%) desde dezembro de 2020. Esse movimento também pressionou o dólar que caiu quase 5% em janeiro, encerrando o mês cotado a R$5,30. Os títulos do Tesouro Direto prefixados acima de 2023 e todos atrelados ao IPCA tiveram retornos negativos em janeiro com a abertura das curvas de juros.

Nos EUA, com a maior inflação norte americana dos últimos 40 anos (CPI ficou em 7%), o Fed assumiu um tom mais duro (hawkish) e sinalizou alta de juros antes do previsto, com início em março, e potencialmente maior do que o previsto anteriormente, além de promover uma redução no seu balanço patrimonial, provavelmente a partir da segunda metade do ano.

Mesmo os dados sólidos de crescimento da economia dos EUA, com PIB crescendo 6,9% em relação ao mesmo período de 2020 e produção industrial crescendo 5,5% em todo o ano de 2021, o resultado mais forte desde 1984, não foram suficientes para conter o movimento de realização por parte dos investidores nas bolsas americanas. Com isso o S&P500 teve o pior desempenho desde março de 2020 variando -5,30% e o Nasdaq caindo 8,98%. As commodities, principalmente as energéticas como o petróleo e o gás natural, tiveram um mês de novas altas, o que segue pressionando mais ainda a inflação global.

Tensões geopolíticas (res)surgiram na fronteira entre Rússia e Ucrânia e podem trazer novos ingredientes para o já agitado cenário macro de 2022.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

Alocação Atual da carteira defensiva

Evolução da Alocação Histórica

Evolução da Alocação Histórica da carteira defensiva
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