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Biden anuncia nova meta de redução de emissões dos EUA | Café com ESG, 20/12

Nova resolução da CVM sobre créditos de carbono; Reestruturação das empresas estatais nucleares

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,3% e 0,6%, respectivamente.

• No Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (10) a resolução que ajusta condições de financiamento com recursos do Fundo do Clima e altera taxas de juros a título de remuneração do Fundo para geração de energia renovável e outros setores  - segundo o Ministério da Fazenda, a norma tem como objetivo alinhar as condições financeiras dos financiamentos do Fundo do Clima ao cenário macroeconômico e “garantir a atratividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo”.

• No internacional, (i) o governo do presidente Joe Biden apresentou ontem (19) a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) dos EUA, meta de redução de emissões de gases de efeito estufa prevista pelo Acordo de Paris  - segundo autoridades do governo, a meta visa reduzir as emissões entre 61-66% até 2035 (vs. 50-52% anteriormente), em relação aos níveis de 2005, sendo de válida menção a possível alteração posterior pelo presidente eleito Donald Trump; e (ii) os líderes dos polos de fábricas de automóveis da Alemanha, Itália e República Tcheca pressionaram Bruxelas, na quinta-feira, para que renuncie às penalidades financeiras impostas às montadoras que não cumprirem as metas de emissões da UE a partir do próximo ano – para Olaf Scholz, chanceler alemão, não faz sentido aumentar as dificuldades que o setor enfrenta.

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Brasil

Empresas

Termelétricas aumentaram emissões por GWh em 2023, com maior uso de carvão

"O parque termelétrico brasileiro emitiu 4,8% a mais por gigawatt-hora (GWh) produzido em 2023, em comparação ao ano anterior, com usinas a carvão operando por mais tempo, aponta levantamento do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). Enquanto usinas a gás natural registraram queda de 20% na operação, as usinas a carvão mineral tiveram aumento de 11%. Lançado nesta quinta (19/12), o 4º Inventário de emissões atmosféricas em usinas termelétricas mostra que foram foram emitidas 671 toneladas de CO2 por GWh gerado (tCO2e/GWh). Em 2022, o número era de 641 tCO2e/GWh. E destaca que nove das dez usinas que mais emitem por GWh produzido empregam carvão. Apesar do aumento de emissões por GWh, houve queda no acionamento das térmicas, o que resultou também em uma redução de 10% nas emissões totais associadas à geração fóssil. “Devido aos maiores níveis de água de reservatórios para geração hidrelétrica e da ascensão de fontes renováveis, 2023 foi um ano de baixo acionamento de termelétricas. Mas, em períodos de estiagem, como ocorreu este ano de 2024, a geração dessa modalidade aumenta e, como consequência, as emissões são maiores também”, explica Raissa Gomes, coordenadora do estudo e pesquisadora do Iema. Em 2023, a queima de carvão, óleo combustível e gás natural para geração de eletricidade em 67 termelétricas foi responsável pela emissão de 17,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente, ante 19,9 milhões de tCO2e em 2022. Quase metade das usinas responderam por 96% desse volume de emissões, sendo que apenas dez emitiram 71% do CO2e — metade delas a carvão mineral e a outra, a gás."

Fonte: Eixos; 19/12/2024

Parques eólicos da SPIC terão turbinas produzidas pela chinesa Goldwind na Bahia

"Dois novos parques eólicos em construção pela State Power Investment Corporation of China no Rio Grande do Norte receberão em 2025 os primeiros aerogeradores produzidos no Brasil pela também chinesa Goldwind, anunciaram as empresas nesta quinta-feira (19). Batizados de Paraíso Farol e Pedra Amolar, os empreendimentos da SPIC terão 17 aerogeradores, somando 105,4 megawatts (MW) de capacidade instalada, e ficarão em Touros (RN). A previsão é de investimentos da ordem de R$ 755 milhões. As obras devem ser começar em janeiro, e os primeiros aerogeradores devem ser entregues no terceiro trimestre do próximo ano. O início de operação de ambos os parques é esperado para 2026. A Goldwind instalará no local turbinas com 6,2 MW de potência cada e diâmetro de rotor de 182 metros, sendo os maiores equipamentos do país tanto em tamanho quanto em capacidade, disseram as empresas. Os aerogeradores da SPIC serão os primeiros produzidos pela Goldwind na fábrica de Camaçari (BA), que foi inaugurada em agosto deste ano e é a primeira unidade da empresa fora da China. A Goldwind aposta no potencial de geração eólica do Brasil apesar de uma conjuntura de mercado ruim para o setor eólico no Brasil, com desaceleração de novos projetos da fonte devido à sobreoferta de energia, o que afetou toda a indústria fornecedora e levou ao fechamento de fábricas e saída de grandes companhias do país nos últimos anos. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia na época, a Goldwind teria uma capacidade na Bahia de 150 unidades por ano, produzindo equipamentos com potência de 5,3 a 7,5 MW cada."

Fonte: InfoMoney; 19/12/2024

Lançada a primeira fase do ‘cadastro positivo’ de sustentabilidade do agro

"Se quiser comprovar que está em conformidade socioambiental, um produtor rural hoje precisa caçar seus dados e documentos em muitos bancos de dados públicos, entre nacionais e estaduais. Diante de regulamentações e demandas de mercado cada vez mais exigentes, principalmente vindas de fora, este se tornou um requisito para fechar negócios. Para simplificar a tarefa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou nesta quinta-feira (19) a primeira fase da plataforma Agro Brasil + Sustentável, que tem como objetivo reunir em um só local as informações de conformidade, boas práticas e rastreabilidade de produtores rurais. Como sua adoção é voluntária, ela vai funcionar como uma espécie de “cadastro positivo” de sustentabilidade do agronegócio. Com o conjunto de dados atestando o cumprimento das normas socioambientai, o produtor pode acessar alguns benefícios – como fazer negócios com mercados restritivos e obter crédito com melhores condições. Os produtores que aderirem à plataforma poderão acessar seus próprios dados e dar acesso a eles para contrapartes, como clientes, bancos, órgãos públicos e outros atores de sua cadeia de fornecimento. “A plataforma não tem só a pretensão de responder às exigências da União Europeia, mas também de unificar as bases de dados, de criar uma ferramenta onde você consiga acessar a diversas informações do governo para fazer uma checagem socioambiental da propriedade rural”, diz Bruno Galvão, advogado da Blomstein. Pensada em três módulos, hoje foram lançados os dois primeiros – de conformidade e boas práticas – reunindo informações de base de dados nacionais."

Fonte: Capital Reset; 19/12/2024

CVM condena ex-executivo e absolve ex-presidente da Vale por tragédia de Brumadinho

"O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou, por maioria, Peter Poppinga, ex-diretor-executivo de ferrosos e carvão da Vale, a uma multa de R$ 27 milhões por falta do "dever de diligência" em processo sobre o rompimento da barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro de 2019. O então presidente da companhia, Fabio Schvartsman, foi absolvido por unanimidade da mesma acusação. O placar final foi de 3 a 1 pela condenação de Poppinga e 4 a 0 para absolver Schvartsman. O julgamento foi retomado nesta quinta-feira (19) depois de um pedido de vista do diretor Otto Lobo em 1º de outubro. Na ocasião, o diretor-relator, Daniel Maeda, afirmou, em seu voto, que não é esperado que o administrador seja “altamente especializado” em todos os temas sob sua supervisão, especialmente em uma diretoria executiva com quase 70 mil funcionários, mas que tenha conhecimentos gerais sobre as atividades desenvolvidas por sua área. “Conforme estabelecido em precedentes desta CVM, a falta de competência técnica e/ou a inexperiência profissional não pode ser usada como argumento para afastar as responsabilidades e deveres dos diretores estatutários”, disse Maeda, em seu voto. Otto Lobo, ao retomar seu voto nesta quinta-feira (19), acompanhou o relator e ressaltou que, embora Poppinga não tenha recebido “red flags” (avisos) sobre a condição da barragem B1, a situação deveria ter chamado a atenção do diretor, principalmente, devido ao acidente semelhante ocorrido em 2015 com uma barragem da Samarco em Mariana (MG)."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

CBA abre concorrência para contratar energia renovável

"A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), uma das maiores produtoras de alumínio do país, abriu uma concorrência para contratar cerca de 100 megawatts-médios (MW-Med) de energia renovável, apurou o Valor. Em equivalências energéticas, esse volume seria suficiente para abastecer quase 675 mil residências populares por ano. Segundo fontes ouvidas em condição de anonimato, a nova contratação de energia deve ser direcionada para fontes renováveis, como eólica e solar. Entre os “players” que estão na concorrência, estão Casa dos Ventos, Atlas Renewable Energy e Elera Renováveis, entre outros. Esse modelo oferece duas vantagens estratégicas: redução de custos operacionais, já que os autoprodutores são isentos de determinados encargos setoriais, e maior segurança no suprimento energético, assegurando previsibilidade e estabilidade às operações. Por outro lado, como os custos do sistema permanecem os mesmos, o montante não pago pela CBA acaba sendo rateado pelos outros consumidores. Como uma indústria eletrointensiva – grande consumidora de energia –, a CBA já opera com um grande parque de geração, contando com 21 ativos que somam 1,4 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Deste total, 0,6 GW são operados diretamente pela CBA, enquanto 0,8 GW estão sob a administração de consórcios."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

Petrobras assina acordo com CSN para estruturar parceria em planta de hidrogênio no Paraná

"A Petrobras assinou nesta quinta-feira (19) um protocolo de intenções com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a subsidiária CSN Inova Soluções como parte de uma primeira etapa para estruturar uma parceria de negócios visando à implantação de uma planta de hidrogênio de baixo carbono em escala comercial no Paraná. O hidrogênio de baixo carbono pode ser utilizado em processos industriais ou como combustível e será obtido por meio da eletrólise da água a partir de fontes renováveis de energia elétrica, informou a Petrobras em comunicado. A iniciativa tem o objetivo de apoiar os esforços de descarbonização das operações e produtos da CSN e da Petrobras. A celebração deste acordo está alinhada ao Plano Estratégico 2050 e ao Plano de Negócios 2025-2029 da petroleira, “que visam preparar a Petrobras para liderar a transição energética justa, reduzindo suas emissões e ampliando a oferta de produtos mais sustentáveis”."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

Petrobras inicia operação da unidade de abatimento de emissões na Refinaria Abreu e Lima

"A Petrobras iniciou a operação da unidade de abatimento de emissões atmosféricas (Snox) da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada na cidade de Ipojuca, em Pernambuco. O abatimento de emissões permitirá que a refinaria aumente o processamento atual em 27 mil barris por dia, respeitando o limite de emissões atmosféricas definido pelo órgão ambiental local, passando para 115 mil barris por dia. A Snox é a primeira unidade de abatimento de emissões do refino brasileiro e das Américas, com a capacidade de transformar óxido de enxofre e óxido de nitrogênio em ácido sulfúrico, adicionando, assim, um novo produto no portfólio a ser comercializado pela companhia. O ácido produzido, dentre outras utilidades, é um importante insumo para tratamento e geração de água potável. No processo de eliminação do enxofre, a unidade produz também energia na forma de vapor, que será utilizada nas instalações da refinaria reduzindo o consumo de gás para produção de energia, contribuindo para tornar a Rnest mais eficiente energeticamente."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

Regulação do carbono beneficia mercado voluntário, dizem especialistas

"Apesar de dizer respeito principalmente ao chamado universo regulado dos créditos de carbono, ou seja, ligado a projetos de governo, a recém-sancionada Lei 15.042/2024 possui interfaces com o mercado voluntário. Feito entre entes privados, e já mais consolidado, esse mercado deverá ganhar um novo fôlego quando a lei for totalmente implementada - algo que deve demorar ainda alguns anos. Especialistas no setor ouvidos pelo Valor afirmam que o mercado voluntário já está em uma nova fase, com projetos muito mais bem estruturados e com vários novos sistemas internacionais de regulação e certificação em operação. Os chamados créditos podres, que fizeram até o preço do carbono despencar nos últimos anos, deixaram inclusive de contaminar todo o processo e até a questão do preço já está mudando no dia a dia das negociações. O mercado voluntário não funciona como se fosse uma bolsa de valores convencionais. A compra e a venda, mesmo sendo intermediada por algumas organizações, ocorre entre comprador e vendedor do crédito de carbono. A aprovação da regulamentação brasileira, além de colocar o país no caminho de atingir as metas apresentadas no cenário internacional, também será importante para o próprio mercado voluntário, afirma Talita Priscila Pinto, coordenadora do Observatório de Bioeconomia da FGV. “É uma aprovação que proporciona maior credibilidade e transparência para o mercado como um todo e ela vai beneficiar empresas que buscam voluntariamente compensar suas próprias emissões”, explica."

Fonte: Valor Econômico; 20/12/2024

ANP vai adotar regulação experimental para CCUS

"A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta quinta (19/12) a atualização do relatório sobre a implementação do marco regulatório de CCUS no país, publicado em abril, para incluir aspectos da Lei do Combustível do Futuro (14.993/2024), sancionada em outubro. De acordo com a norma, caberá à ANP conceder autorização para empresas que desejam atuar nesse setor. Os diretores decidiram adotar uma regulação experimental para tratar projetos pilotos que chegarem à agência. “Vamos usar projetos pilotos para aprender e editar essa norma”, disse o relator, Daniel Maia, sobre a edição de uma resolução específica sobre o tema. A análise dos projetos será baseada nas regras já existentes e nas experiências internacionais sobre regulação de CCUS. Foi definido que a porta de entrada dos projetos será a Superintendência de de Tecnologia e Meio Ambiente (STM) – ao menos enquanto a reestruturação organizacional da agência não é concluída. Uma das propostas em discussão é a criação de uma área na ANP dedicada especificamente à transição energética, que poderá receber os projetos relacionados à CCUS."

Fonte: Eixos; 19/12/2024

Resolução detalha metas para uso obrigatório de óleo usado na produção de biodiesel

"Resolução 13/2024 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), publicada nesta quinta (19/12), define as metas para a futura política de obrigatoriedade do uso de óleos e gorduras residuais (OGRs) na produção de biodiesel, combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A medida visa ampliar a oferta de matérias-primas de baixo carbono, reduzir a emissão de gases do efeito estufa e contribuir para a geração de emprego e renda, segundo o governo. A resolução determina que o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publiquem, em até 180 dias, uma portaria interministerial estabelecendo as metas de uso de OGRs para os produtores de biodiesel, SAF e diesel verde. O prazo poderá ser prorrogado por igual período. Um primeiro desafio será a logística reversa de recolhimento e tratamento do óleo de cozinha usado. Se bem sucedida, a inserção da matéria-prima na produção do biodiesel tende a colaborar com a preservação ambiental. O óleo usado, quando descartado incorretamente, é altamente contaminante, especialmente para água. Serão avaliados impactos econômicos, como custos logísticos, e a disponibilidade do óleo residual, em relação a localização das usinas. A fixação da proporção mínima de OGRs a ser utilizada na produção dos combustíveis será precedida de Análise de Impacto Regulatório (AIR), conforme previsto no decreto 10.411/2020. A AIR também deverá contemplar a proposta de procedimentos de fiscalização do cumprimento das metas."

Fonte: Eixos; 19/12/2024

Vereadores de São Paulo alteram metas de ônibus elétricos e demandam infraestrutura de concessionárias

"Aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo na quarta (18/12), o projeto de lei 825/2024, do vereador Milton Leite (União), retira meta intermediária de substituição dos ônibus do transporte público para tecnologias de baixo carbono e define prazos para que concessionárias de energia elétrica e gás da capital paulista forneçam infraestrutura de abastecimento. Esta última medida afeta Enel (eletricidade) e Comgás (distribuidora de gás natural), que estão sujeitas a regulações federal e estadual, respectivamente. O projeto, que ainda depende de sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), altera a Lei de Mudanças Climáticas de 2018, que previa que, até 2038, a frota de serviços públicos precisaria reduzir em 100% suas emissões de CO2 de origem fóssil em relação a 2016, com uma meta intermediária, de 50% em 2028. A nova redação substitui a meta de 2028 por “reduções graduais e significativas na emissão de poluentes” até culminar no corte de 100% em 2038. E libera as empresas para adquirirem ônibus a diesel, para substituir até metade de sua frota, caso eles sejam menos poluentes do que os atuais — mas não define um percentual de corte de emissões nem um prazo. Essas aquisições ocorrerão “excepcionalmente, durante o prazo de implantação dos projetos” de infraestrutura. Para garantir o abastecimento, a legislação municipal define prazos de 90 dias, a contar da sua publicação, para que as empresas de ônibus entreguem às concessionárias (Enel e Comgás) suas demandas para infraestrutura de carregamento, no caso dos elétricos, e fornecimento de gás natural."

Fonte: Eixos; 19/12/2024

CMN ajusta condições de financiamento com recursos do Fundo do Clima

"O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (10) resolução que ajusta condições de financiamento com recursos do Fundo do Clima e altera taxas de juros a título de remuneração do Fundo para geração de energia renovável e outros setores. Segundo o Ministério da Fazenda, a norma tem como objetivo alinhar as condições financeiras dos financiamentos do Fundo do Clima ao cenário macroeconômico e “garantir a atratividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo”. O ministério divulgou, em nota, que as taxas de juros a título de remuneração do Fundo sairão de 6,15% para 6,50% aos financiamentos destinados a desenvolvimento urbano resiliente e sustentável, indústria verde, logística de transporte, transporte público e mobilidade verdes e serviços e inovações verdes. Para os financiamentos voltados para a geração de energia eólica, há uma redução da taxa de juros de 8% para 6,5% ao ano e o prazo de reembolso é estendido de 16 para 24 anos, uma vez que investimentos em projetos do setor possuem um prazo de retorno mais longo. Já para a geração de energia solar, que mostrou necessitar de menos incentivo para manter a atratividade dos financiamentos, há um aumento da taxa de 8% para 9,5% ao ano, afirmou a pasta. “As alterações nas condições financeiras para os financiamentos de transição energética buscam incentivar investimentos que permitam manter a diversificação e a segurança da matriz energética brasileira, ao mesmo tempo em que mantêm a competitividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo Clima”, disse a Fazenda."

Fonte: InfoMoney; 19/12/2024

Dino cobra explicações do governo de São Paulo sobre queimadas na Mata Atlântica

"O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou explicações do governo do Estado de São Paulo sobre as medidas que vêm sendo adotadas para preservar os biomas do Cerrado e da Mata Atlântica, cuja devastação foi intensificada pelas queimadas este ano. Ele atendeu parcialmente a um pedido apresentado pelo Psol, que alegou que os dois biomas “vêm sendo dizimados” e criticou a redução das verbas para combate aos incêndios para 2025, chamando as autoridades estaduais de “negligentes”. Dino determinou, entre outras medidas, que o governo de São Paulo apresente relatório contendo a explicação detalhada da execução orçamentária dos programas de proteção ao meio ambiente nos anos de 2023 e 2024 e informações sobre as autorizações expedidas nos últimos cinco para o uso de fogo em queima controlada da cana-de-açúcar e para o manejo agrícola e florestal. “Revela-se indispensável que os requeridos reforcem a fiscalização e o controle ambiental, visando à redução de novos focos de incêndio. Além disso, é crucial a implementação de uma infraestrutura adequada para o combate e a prevenção desses eventos para o ano de 2025”, defendeu. Para o ministro, “é inegável que a emergência climática constitui uma ameaça global sem precedentes, marcada pelo aumento constante das temperaturas médias, pela intensificação de eventos climáticos extremos e pela rápida perda de biodiversidade”. De acordo com o Psol, mesmo diante do recorde consecutivo de focos de incêndio, o governo do Estado de São Paulo anunciou uma redução da verba de combate a queimadas para 2025."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

Governo reforça restrições ambientais para concessão de crédito rural

"O governo federal vai impor novas exigências ambientais para as concessões de crédito rural como forma de tentar frear mais o desmatamento no país. A intenção é desvincular totalmente os incentivos públicos previstos nos financiamentos ao setor agropecuário de eventuais ilegalidades. Resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quinta-feira (19/12) amplia restrições e impedimentos ambientais aos bancos que financiam o campo, cria novos mecanismos para a comprovação de desmatamentos legais no momento da contratação do crédito e veda operações com recursos subsidiados para ações de supressão da vegetação. A partir de 2026, as instituições financeiras terão que conferir uma “lista negativa” elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente com dados do Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e verificar se o produtor rural que busca o empréstimo realizou algum tipo de desmatamento a partir de 31 de julho de 2019 na área a ser financiada. Caso seja constatado desmatamento no período, a instituição financeira deverá exigir a apresentação de documentos que comprovem a regularidade da ação antes de prosseguir com a operação. O produtor poderá apresentar, por exemplo, a Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), que comprova que o desmate foi legal, e obter o financiamento. Se o desmate for irregular, ele poderá comprovar que está em processo de adequação, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA) ou de algum Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) equivalente já firmado."

Fonte: Globo Rural; 19/12/2024

Internacional

Empresas

Walmart diz que provavelmente não cumprirá as metas de mudança climática para 2025 e 2030

"O Walmart disse que provavelmente não atingirá suas metas para 2025 e 2030 de redução das emissões de gases que causam o aquecimento do planeta devido aos desafios relacionados à política energética, à infraestrutura e à disponibilidade de tecnologias econômicas de baixo carbono. A varejista sediada nos EUA havia se comprometido a reduzir as emissões de gases de efeito estufa de suas operações em 35% em 2025 e 65% em 2030, em comparação com os níveis de 2015. Nenhuma dessas metas parecia estar ao alcance e seu progresso foi atrasado, disse a empresa em uma atualização publicada em seu site na quarta-feira. Apesar de ter uma pegada de carbono menor por unidade de vendas em comparação com fabricantes e processadores de alimentos mais poluentes, o Walmart está enfrentando algumas dificuldades para reduzir as emissões devido à abertura de mais lojas e ao envio de mercadorias. O Walmart citou três fatores que impulsionarão o aumento das emissões em 2023: a poluição causada pelo envelhecimento dos equipamentos de refrigeração, as emissões de combustível do transporte e a desaceleração da expansão da energia renovável em relação ao crescimento de seus negócios."

Fonte: Reuters; 19/12/2024

Emissão de títulos sustentáveis deve ter retomada em 2025

"Avanços regulatórios, domésticos e internacionais, e o afrouxamento monetário nas principais economias do mundo tendem a impulsionar em 2025 a emissão de títulos de dívida sustentável, que registraram o recorde de US$ 1,1 trilhão em 2021. “Este ano [2024] é o ano da recuperação. Vimos um pico em 2021 e uma queda em 2022, mas não foi só o mercado de finanças sustentáveis que caiu, foi o mercado de dívida como um todo. O ‘share’ da dívida rotulada no mercado total de dívida se manteve, não aumentou e nem diminuiu”, lembra Leonardo Gava, gerente sênior de transição agrícola no Brasil da Climate Bonds Initiative (CBI), organização internacional sem fins lucrativos que certifica, escrutina e agrega dados globais sobre finanças sustentáveis. Gava explica que o sobe e desce generalizado das emissões no mercado mundial de dívida respondeu às sequelas econômico-financeiras da pandemia de covid-19, como pressões inflacionárias, gargalos nas cadeias de suprimento globais e elevação geral das taxas de juros, condições que estão se invertendo. O último balanço da CBI apontava um montante global de US$ 818,2 bilhões em títulos emitidos neste ano, até setembro, o que representa um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2023 (US$ 738,3 bilhões). Desse total (que representa meros 4% do mercado mundial de dívida), 65%, ou US$ 535,3 bilhões, são títulos rotulados como “verdes” (“green bonds”), isto é, dirigidos específica e exclusivamente para projetos, ativos e atividades ambientais que têm um benefício ambiental claro e provado, normalmente, ligado à mitigação das mudanças climáticas, como conservação de florestas e o reflorestamento."

Fonte: Valor Econômico; 20/12/2024

Reverter perda de natureza pode resultar em US$ 10 trilhões

"Agir imediatamente para deter a perda global de biodiversidade pode resultar em US$ 10 trilhões em oportunidades de negócios e manter 395 milhões de empregos até 2030. O ponto de virada deve ser a transformação dos sistemas econômicos para lidar com a natureza. A estimativa é que são necessários entre US$ 722 bilhões e US$ 967 bilhões ao ano para manejar a biodiversidade de modo sustentável. Atualmente, US$ 135 bilhões são gastos na conservação. A lacuna de financiamento, portanto, é algo entre US$ 600 bilhões a US$ 800 bilhões anuais. Os dados são do último relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Ipbes, em inglês), o equivalente ao IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, mas para a biodiversidade. O relatório “Transformative Change Assessment Report” indica as causas da perda de biodiversidade global mas dá opções para uma visão para 2050. É o resultado da análise de relatórios sobre o tema e da observação de mais de 100 pesquisadores de 42 países durante três anos. “Uma mudança transformadora para um mundo justo e sustentável é urgente porque há uma janela de oportunidade se fechando para reverter a perda de biodiversidade e evitar desencadear um declínio potencialmente irreversível”, diz Karen O’Brien, copresidente da avaliação. Entre as principais causas da perda de biodiversidade mencionadas pelos pesquisadores está a desconexão das pessoas com a natureza, o desejo e as ações de domínio, a concentração desigual de poder e renda e a prioridade aos ganhos de curto prazo."

Fonte: Valor Econômico; 20/12/2024

EUA estabelece nova meta climática de Paris que Trump deve ignorar

"O governo do presidente Joe Biden estabeleceu uma nova meta para os EUA no âmbito do acordo climático de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 61%-66% abaixo dos níveis de 2005 até 2035, uma meta que as autoridades consideraram alcançável pelos estados, mesmo que o presidente eleito Donald Trump cumpra suas promessas de reverter as políticas federais. A nova “contribuição determinada nacionalmente” reflete os impactos contínuos da Lei de Redução da Inflação e do projeto de lei de infraestrutura sobre a descarbonização da economia e as políticas dos estados que enfrentam a mudança climática, disseram as autoridades dos EUA. “Nossos investimentos sob esta administração são duráveis e continuarão a pagar dividendos para nossa economia e nosso clima nos próximos anos, permitindo-nos definir uma meta ambiciosa e alcançável para 2035”, disse John Podesta, assessor sênior de Biden para política climática internacional. “Estamos confiantes na capacidade dos Estados Unidos de se unirem em torno dessa nova meta climática”, disse ele, acrescentando que, embora Trump ‘possa colocar a ação climática em segundo plano, o trabalho para conter as mudanças climáticas continuará nos Estados Unidos’. De acordo com o Acordo de Paris, as nações devem entregar planos de ação climática nacionais novos e mais fortes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes do prazo final em fevereiro do próximo ano. As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) devem estar alinhadas com a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit)."

Fonte: Reuters; 19/12/2024

Países fabricantes de automóveis pressionam a UE para flexibilizar as regras sobre multas de CO2

"Os líderes dos polos de fábricas de automóveis da Alemanha, Itália e República Tcheca pressionaram Bruxelas, na quinta-feira, para que renuncie às penalidades financeiras impostas às montadoras que não cumprirem as metas de emissões da UE a partir do próximo ano. Falando antes de uma cúpula dos líderes dos países da União Europeia, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que não fazia sentido aumentar as dificuldades que o setor enfrenta. “A Comissão deve, portanto, encontrar uma maneira de garantir que as multas, se forem necessárias, não afetem a liquidez financeira das empresas que agora precisam investir em eletromobilidade”, disse Scholz aos repórteres. Scholz, que está sob pressão de uma eleição antecipada em fevereiro do próximo ano, disse que discutiria a situação da indústria automobilística da Europa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quinta-feira. Os primeiros-ministros da Itália e da República Tcheca também usarão a reunião de quinta-feira para pedir a von der Leyen que reduza as multas às montadoras que não cumprirem as metas de CO2, disseram diplomatas da UE, falando sob condição de anonimato. As montadoras europeias poderiam enfrentar cerca de 15 bilhões de euros (US$ 15,62 bilhões) em penalidades por não atingirem as metas, de acordo com estimativas do setor, sendo a maior montadora da região, a Volkswagen (VOWG_p.DE), abre nova aba a mais afetada. As montadoras alertaram sobre o fechamento de fábricas e a perda de milhares de empregos, à medida que lutam contra a fraca demanda, a concorrência chinesa e as vendas de veículos elétricos abaixo do esperado."

Fonte: Reuters; 19/12/2024

Regra climática da UE para navios deve aumentar custos de combustível

"A União Europeia (UE) irá implementar no próximo ano uma nova regra destinada a reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo, mas que pode aumentar os custos de combustível da indústria. Segundo o bloco, a regulamentação ‘FuelEU Maritime’, que entra em vigor em 1º de janeiro, exige uma redução de 2% na intensidade de gases de efeito estufa da energia utilizada por embarcações. Isso deve aumentar os custos do setor, embora os valores exatos dependam, em parte, de como os armadores abordarão as novas regras, segundo consultas realizadas pela “Bloomberg”. Uma opção potencial para cumprir as regras é incorporar uma pequena quantidade de biocombustível ao uso geral de combustível. Se utilizarem o chamado B30 — que contém pelo menos 30% de biocomponente — os armadores pagarão cerca de US$ 30 a mais por tonelada de combustível marítimo do que se continuassem a usar exclusivamente óleo combustível pesado. Já outra opção potencialmente mais barata seria que um navio se juntasse a um grupo de outras embarcações, em que outro navio do grupo poderia usar um combustível com emissões especialmente baixas, como e-metanol, compartilhando suas economias de poluição com outros navios mais poluentes. Nessa opção o custo adicional de conformidade para um navio que ainda usa óleo combustível pesado poderia ser inferior a US$ 20 por tonelada. A indústria global de transporte marítimo emite centenas de milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera todos os anos e está sob crescente pressão para descarbonizar."

Fonte: Valor Econômico; 19/12/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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