XP Expert

Investimentos para as nossas crianças

Essa é a semana das crianças, esses pequenos seres humanos que enchem as nossas vidas de alegrias, amor, e de muitas preocupações constantes também. Como será o mundo daqui 30 anos para os nossos filhos e filhas? Quais as profissões serão as mais importantes no futuro? Quais serão as habilidades e línguas mais relevantes que […]

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Essa é a semana das crianças, esses pequenos seres humanos que enchem as nossas vidas de alegrias, amor, e de muitas preocupações constantes também. Como será o mundo daqui 30 anos para os nossos filhos e filhas? Quais as profissões serão as mais importantes no futuro? Quais serão as habilidades e línguas mais relevantes que eles devam aprender? Essas são apenas algumas das muitas perguntas que os pais e mães pensam constantemente.

Tenho 2 filhas pequenas, e sempre recebo a pergunta se elas já têm alguma conta de investimentos separadas para elas. A resposta curta é não, faço os meus investimentos de uma forma agregada, e não apartadas.

Mesmo assim, a provocação é bastante válida, porque se eu fosse investir para um horizonte bem longo, de 20 a 30 anos adiante, como seria essa carteira? Quais ativos estariam nela? O que evitar e quais os pontos mais relevantes temos que levar em consideração?

1) Impostos

Imagino que você leitor deva estar achando estranho a primeira consideração da lista ser impostos, e não alocação de ativos. Mas vou explicar. Em um horizonte de longuíssimo prazo, impostos são provavelmente uma das principais considerações a se preocupar.

Quer um exemplo prático? Considere dois investimentos com o mesmo retorno bruto anual, de 10% ao ano. O primeiro deles está em um fundo de previdência, ou um fundo de ações (FIA), onde o imposto é diferido, e só é cobrado no resgate do investimento (considerei 10% dos rendimentos do período no exemplo, como funciona na regra atual de tabela regressiva).

O segundo investimento não está alocado em um produto que tenha diferimento de impostos, e é cobrado um imposto anual de hipotéticos 15% sobre os rendimentos. Na prática, o “come-cotas” funciona um pouco diferente, e é cobrado duas vezes ao ano, com alíquotas de 15% ou 20%. Mas para simplificar, o exemplo ilustra bem as diferenças.

O investimento com imposto diferido teve um retorno líquido de impostos de 9,0% ao ano, enquanto o investimento com “come-cotas” retornou 8,2% ao ano. No total, o investimento diferido subiu 13x no período, e R$100 iniciais se tornaram R$1,338, enquanto no outro investimento, R$100 iniciais se tornaram R$1,065, ou 20% a menos.

Fonte: XP Investimentos

Quer ler mais sobre fundos de previdência. Leia o relatório do nosso time de Alocação “A recente evolução dos fundos de previdência

2) Alocação de ativos

Acredito que muitos leitores querem saber quais ações, ou quais ativos eles devam investir que serão os melhores investimentos em um horizonte de longuíssimo prazo. Obviamente, caso você acerte qual será a “próxima Magalu” ou a “próxima Amazon ou Apple”, certamente o seu retorno será excepcional.

Porém, vários estudos mostram que a alocação correta entre “classes de ativos” explica mais de 90% dos retornos de longo prazo, ao invés da “seleção de ativos” específica. Ou seja, acertar o percentual correto de alocação entre Renda Fixa, Renda Variável e Investimentos Internacionais é muito mais relevante para explicar os seus retornos no longo prazo do que acertar se devo comprar a ação A ou ação B para os próximos 30 anos.

Pensando nisso, os fundos da família DNA são uma excelente opção de investimento. Além de estarem adaptados a cada perfil de investidor, eles já trazem uma carteira completa de alocação entre uma série de classes de ativos.

Clique aqui e conheça a família DNA

3) Alocação internacional

Até muito pouco tempo atrás, o investidor brasileiro não tinha opção de alocar parte dos seus recursos em ativos internacionais. Esses investimentos eram reservados apenas para os investidores de alta renda, que podiam se beneficiar dessas opções globais.

O investidor brasileiro ainda tem 2% ou menos de alocação em ativos internacionais, um percentual ínfimo e que seguirá crescendo fortemente nos próximos meses, e anos. O Brasil é um mercado pequeno, representando cerca de 1% do valor das ações globais e 2% do PIB global. Ou seja, investir seus recursos apenas no Brasil é perder 98-99% das oportunidades que existem lá fora.

Investimentos globais ajudam a: 1) melhorar os seus retornos no longo prazo, 2) reduzir o risco da sua carteira, que não estará exposta apenas ao risco Brasil, e 3) reduzir a volatilidade da carteira, pois quando existe um cenário de estresse, o dólar tende a subir, o que protege a sua carteira nesses cenários – assumindo que o investimento internacional não seja “com hedge”.

Qual o % ideal da carteira em dólares (ou em outras moedas)

Uma pergunta que sempre me fazem é qual o percentual indicado da carteira que deveria estar “dolarizado”, ou em outras moedas além do Real. Minha resposta para esse questionamento é: não existe uma receita de bolo e um % ideal que valha para todos.

É importante conhecer o seu perfil de investidor e avaliar com o seu assessor qual o melhor % no seu caso específico. Dito isso: 1) as Carteiras Recomendadas da XP por perfil de investidor têm entre 15-30% de alocação internacional sugerida, e 2) uma conta interessante para você fazer é calcular quanto dos seus gastos anuais são dolarizados  – por exemplo em viagens internacionais (quando elas retornarem), em produtos importados, em eletrônicos e outros. Aposto que esse percentual é maior do que você imagina.

Por exemplo, caso você conclua que tem 20 a 30% dos seus custos anuais diretamente ligados ao dólar, você deveria ter esse mesmo % alocado em ativos internacionais dolarizados. Dessa forma, seu patrimônio estará mais protegido no longo prazo.

4) Renda Variável

No relatório recente da nossa equipe de alocação, “A recente evolução dos fundos de previdência”, fiquei surpreso com uma estatística. Hoje, 98% dos ativos em fundos de previdência se encontram alocados na Renda Fixa.

Olhando para trás, no caso brasileiro, essa estatística até que faz sentido e não me surpreende. Afinal, o CDI teve um retorno médio de 16% ao ano desde a criação do Plano Real em 1994, e sem risco. Por muitos anos, a taxa básica de juros no Brasil superou 30% ao ano. Essa forma, sempre foi difícil para que outras classes de ativos superassem tais retornos, especialmente para a Bolsa.

Ações para o Longo Prazo

Em um horizonte de muito longo prazo, e assumindo que os juros no Brasil não retornem para a marca de 15-20% ao ano, o retorno das ações é imbatível. Isso porque você está investindo no crescimento da economia, e no crescimento dessas empresas a longo prazo.

Um título de renda fixa não provê acesso à crescimento, mas sim a um cupom fixo. Quando você investe R$100 em um título de renda fixa, você irá receber aqueles R$100 de volta + os juros do período (também chamado de cupom).

Num ativo de renda variável, os R$100 iniciais podem se tornar R$300 no vencimento caso aquela empresa cresça, e você ainda receberá os dividendos do período, assim como na renda fixa.

O livro do professor Jeremy Siegel, “Ações para o Longo Prazo”, ilustra bem esse exemplo. De 1802 até 2012, as ações americanas tiveram um retorno médio de 6,6% ao ano, em dólares, o que se compara com 3,6% para títulos de crédito corporativo, 2,7% para títulos do governo americano, e 0,7% para o ouro. O Dólar perdeu 1,4% de valor ao ano, pelo efeito da inflação.

Fonte: Livro “Ações para o Longo Prazo”, Jeremy Siegel

“Nada bate o CDI”

Essa é uma frase famosa e muito conhecida no mercado financeiro brasileiro, afinal foi difícil bater os retornos do CDI historicamente. Mas como vemos no gráfico abaixo, do terminal da Bloomberg, comparamos o retorno de 4 classes de ativos desde a criação do Plano Real, em 1994: 1) S&P500 em Reais, 2) o Ibovespa, 3) o CDI acumulado, e 4) Ouro em Reais.

Para a nossa (e provavelmente a sua) surpresa, o CDI não foi o ativo com o melhor retorno no período. O campeão foi o S&P500 em Reais, com 18% de retorno anual, seguido pelo CDI com 16%, o Ibovespa com 12,95% em terceiro, e o Ouro em reais por último, com 12,7% de retorno.

O S&P500 em dólares retornou em média 11% ao ano, mas a moeda brasileira, o Real, desvalorizou em média 7% ao ano no período. Dessa forma, o S&P500 em Reais teve esse retorno de 18% ao ano. Lembrando da fórmula dos retornos de ativos dolarizados abaixo.

Retorno em Reais = Retorno em Dólares + Variação cambial.

Melhor retorno desde o início do Plano Real? Entre S&P500, Ibovespa, CDI e Ouro

Fonte: Bloomberg, XP Investimentos

Espero que essas considerações ajudem na construção de um portfólio equilibrado, mas que também maximizem retornos no longo prazo. No longo prazo, as quedas e volatilidade do mercado de renda variável são amortecidas pela tendência de crescimento dos ativos.

Quer iniciar com uma carteira acessível composta por fundos e ETFs, para investidores em geral? Clique aqui

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório de análise foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos ou XP”) de acordo com todas as exigências na Resolução CVM 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A XP Investimentos não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório. Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à XP Investimentos e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela XP Investimentos.

O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da XP Investimentos estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da XP Investimentos. O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da XP Investimentos ou por agentes autônomos de investimento que desempenham suas atividades por meio da XP, em conformidade com a ICVM nº 497/2011, os quais encontram-se registrados na Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários – ANCORD. O agente autônomo de investimento não pode realizar consultoria, administração ou gestão de patrimônio de clientes, devendo atuar como intermediário e solicitar autorização prévia do cliente para a realização de qualquer operação no mercado de capitais. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. SAC. 0800 77 20202. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da XP Investimentos: www.xpi.com.br. A XP Investimentos se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo. A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas. O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.