IPO de empresas investidas por fundos de private equity: casos de sucesso e casos que não deram tão certo

Encerrando o segundo dia das transmissões ao vivo da Alternative Week, evento 100% online e gratuito da XP Investimentos sobre o universo dos Investimentos Alternativos, Pedro Mesquita, Sócio da XP e Head de Investment Banking, mediou um papo sobre as IPOs de empresas que receberam investimentos de Fundos de Private Equity.

Com Priscila Rodrigues, Senior Partner da Crescera Capital, Ricardo Leonel Scavazza, Sócio Pátria Investimentos e CIO Private Equity, Bruno Zaremba, Sócio da Vinci Partners e Head de Private Equity, e Wilson Rosa, Managing Director da Advent International, entre os convidados, a conversa abordou cases de sucesso impulsionados por Private Equity e também exemplos negativos, que enaltecem pontos de atenção importantes.

Principais características

Diferente de ativos de Venture Capital, mais focados no setor de tecnologia, os Fundos de Private Equity estão presentes em maior diversidade de setores. A semelhança fica por conta da proximidade da gestão e tomadas de decisão, e entrada em um estágio mais inicial da empresa, que também é o que garante a rentabilidade acima do mercado de balcão.

Ricardo Leonel Scavazza, Sócio e CIO da Pátria Investimentos, uma das mais experientes do setor, estima um retorno na casa dos 30%, visualizando também a abertura de IPOs ou uma saída estratégica.

Bons exemplos

Como foi proposto no painel, um dos exemplos apresentados foram as editoras Ática e Scipione. Priscila Rodrigues, responsável por esse investimento, relatou a mudança nas empresas que saíram da estrutura de editora, para a criação de um sistema de educação. Após o aporte, a empresa se consolidou em dois anos e abriu capital, resultando em 25% de rentabilidade.

Bruno Zaremba, Head de Private Equity da Vinci Partners, relembrou a participação no Burger King, construído numa operação de parceria para expandir o número de franquias no Brasil. Com 100 lojas no Brasil no início da parceria, o trabalho resultou numa média de abertura de 30 a 40 lojas por ano, alcançando 700 lojas após 6 ano além da IPO no Brasil.

Managing Director da Advent International, Wilson Rosa, relatou 53 empresas vendidas no seu histórico mas destacou a recente IPO das Lojas Quero-Quero, partindo de uma loja regional. Além da expansão do número de lojas, Wilson falou sobre investimentos em sistemas e estruturas focadas num ciclo muito maior do que o previsto pelo fundo. “Começamos com cerca de 1 mil pessoas e saímos com 6 mil, faturando 3 vezes mais e 4 vezes mais lojas. Nós investimos para crescer em qualquer circunstância e com essa estruturação de longo prazo, passamos por crises e alcançamos o nosso objetivo”, disse o gestor.

Ricardo Scavazza teve uma experiência em que além do investimento, atuou também como CEO. O caso é o da Faculdade Anhanguera, que alcançou a IPO em 4 anos. Ricardo destacou a necessidade de investimento financeiro e também da estruturação da governança da empresa, passando por duas fusões no mesmo período.

Gestão de risco

Com todas essas variantes influenciando o caminho da empresa, o risco anda próximo das Private Equities. Olhando para a realidade brasileira, o principal deles são as incertezas e variações de ciclo que a nossa economia está sujeita. A defesa entra na clareza e força ao traçar a estratégia de crescimento e de parceria, como relata Priscila Rodrigues: “As principais empresas brasileiras nos últimos 10 anos passaram por processos de Private Equity. Então, o método e o cuidado nesses investimentos fazem com que a expansão fique mais próxima do objetivo”.

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