Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território neutro, com o IBOV andando de lado (0,1%), enquanto o ISE avançou 0,2%.
• No Brasil, (i) na maior mudança em sua gestão desde o IPO, a Cosan anunciou uma ampla reformulação de seu management, buscando um novo foco em suas operações num momento em que a ação negocia na mínima de cinco anos – a partir de 1° de novembro, o CEO da Cosan será Marcelo Martins, enquanto Nelson Gomes, o atual CEO da empresa, passará a comandar a Raízen, substituindo Ricardo Mussa, que assumirá a Cosan Investimentos e um assento no conselho da holding; e (ii) o acordo definitivo de reparação integral da tragédia de Mariana (MG) tem expectativa de ser assinado nos próximos dias em um arranjo que quase dobrou os valores a serem pagos por Vale, BHP e Samarco em relação aos números considerados na primeira fase das negociações, em 2021 (de R$90 bilhões) – nos últimos dias, as três empresas divulgaram comunicados falando em um acordo de R$ 170 bilhões, dos quais R$ 132 bilhões em dinheiro novo e R$ 38 bilhões correspondentes a investimentos já feitos.
• No internacional, a nova rodada da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, a COP 16, começou ontem em Cáli, na Colômbia, com pelo menos dois temas contenciosos e ambos relacionados a financiamento – como ajudar países biodiversos para que conservem a natureza é o ponto central do impasse que opõe países do Sul, em desenvolvimento e com florestas, com os doadores do Norte.
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Brasil
Empresas
Em dança das cadeiras, Cosan e Raízen têm novos CEOs
“Na maior mudança em sua gestão desde o IPO, a Cosan anunciou uma ampla reformulação de seu management e trocou o comando da Raízen, buscando um novo foco em suas operações num momento em que a ação negocia na mínima de cinco anos. A partir de 1° de novembro, o CEO da Cosan será Marcelo Martins, o executivo que é o braço-direito de Rubens Ometto e costurou todos os M&As da companhia nas últimas duas décadas. Nelson Gomes, o atual CEO da Cosan, passará a comandar a Raízen, substituindo Ricardo Mussa, que estava há quase cinco anos no cargo. Mussa, um veterano com 15 anos de Cosan, agora assumirá a Cosan Investimentos e um assento no conselho da holding. “Recrutei o Mussa pra me ajudar na nossa estratégia de transição energética,” Rubens disse ao Brazil Journal. “A Raízen está numa nova fase e precisa de uma revisão de seu plano de negócios, e o perfil do Nelson é ideal para isso. Já o Marcelo, com todo o seu perfil estratégico, é o que a holding precisa agora.” A Raízen anunciou que o CFO Carlos Moura está deixando a companhia, e será substituído por Rafael Bergman, o atual CFO da Rumo.Na Rumo, Bergman será substituído por Guilherme Machado, o atual CFO da Compass. A dança das cadeiras sugere que Rubens está se voltando para a gestão do endividamento e dos investimentos da empresa, em vez do crescimento que foi a tônica dos últimos anos.”
Fonte: Brazil Journal; 21/10/2024
Nordeste amplia envio de energia renovável ao país, com entrada de 3 novas linhas de transmissão
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ampliou a capacidade de escoamento de energia renovável do Nordeste para o restante do país, com a entrada em operação de três linhas de transmissão e uma subestação de energia. Os ativos receberam autorização para iniciar operação na semana passada. Segundo o ONS, as linhas vão permitir que o operador reduza as restrições de geração de eólicas e solares aos níveis verificados antes de um apagão ocorrido em agosto de 2023. As linhas que receberam autorização para operar, todas em 500 quilovolts (kV) de tensão, são Pecém-II – Pacatuba C, Fortaleza II – Pacatuba C e Pacatuba – Jaguaruana II. Também entrou em operação a subestação Pacatuba. Assim, o Nordeste, que concentra grande quantidade de usinas eólicas e solares, aumenta a capacidade de envio da energia que vinha sendo restringida desde o dia 15 de agosto, quando um apagão afetou 25 Estados e o Distrito Federal devido a falhas em equipamento numa linha localizada naquela região. O corte de energia levou o ONS a adotar uma operação mais restrititva até a adoção de medidas que garantissem a confiabilidade do sistema, com isso limitou o envio de energia renovável do Nordeste para o restante do país. A prática é conhecida no setor elétrico pelas expressões em inglês “constrained off” e “curtailment”. Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, os ativos permitiram ampliar em 12% o envio de energia do submercado Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste do país, ao aumentar a capacidade de 11.600 megawatts (MW) para 13 mil MW.”
Fonte: Valor Econômico; 21/10/2024
Demora em acordo elevou valores de Mariana
“O acordo definitivo de reparação integral da tragédia de Mariana (MG) tem expectativa de ser assinado nos próximos dias em um arranjo que quase dobrou os valores a serem pagos por Vale, BHP e Samarco em relação aos números considerados na primeira fase das negociações, em 2021. Entre sexta-feira (18) e sábado (19), as três empresas divulgaram comunicados falando em um acordo de R$ 170 bilhões, dos quais R$ 132 bilhões em dinheiro novo e R$ 38 bilhões correspondentes a investimentos já feitos. Há três anos, os valores totais mencionados para um acordo eram de cerca de R$ 90 bilhões. A demora nas negociações levou a um entendimento que pode ser considerado como uma vitória do governo nas três esferas (União, Estados e municípios). Com o acordo, as três empresas conseguem resolver o contencioso jurídico de Mariana no Brasil, embora ainda haja processos sobre o caso no Reino Unido, na Holanda, na Austrália e nos Estados Unidos. Ontem começou no Reino Unido julgamento sobre Mariana envolvendo a BHP e ao qual a Vale aderiu. A mineradora brasileira pode ter que dividir o custo de eventual condenação ou acordo em processo cujo valor de indenização pedido é de cerca de R$ 260 bilhões, segundo a britânica BBC.No Brasil, a primeira tentativa para um acordo, ainda em 2021, se deu via mediação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mas as negociações não avançaram por falta de entendimento em relação ao efeito sobre o fluxo de caixa das empresas.”
Fonte: Valor Econômico; 22/10/2024
A ANP está esvaziada – e terá de cuidar de hidrogênio, biometano e captura de carbono
“O marco legal do hidrogênio de baixo carbono foi sancionado em agosto em uma cerimônia concorrida no Palácio do Planalto. Em discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o protagonismo do Brasil na nova fonte energética e a previsão de investimentos da ordem de US$ 30 bilhões, ajudados por R$ 18 bilhões em incentivos fiscais ao longo de cinco anos. “Quando vejo esse pessoal falar de hidrogênio verde, de energia solar, eólica, biomassa, hidrogênio verde, eu fico pensando: qual país do mundo que pode competir com o Brasil? Qual é o país que tem condições de competir com o nosso nessa questão da transição energética?”, disse Lula. A resposta a essa pergunta do presidente é simples: um país que tenha um órgão de controle efetivamente estruturado para regular, implementar e fiscalizar o assunto. E este não é o caso do Brasil. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é hoje um órgão esvaziado, sem condições orçamentárias e sem os recursos humanos para lidar de forma plena com suas responsabilidades atuais, quanto mais a nova tarefa de assumir uma série de novas atribuições. Em entrevista ao Reset, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, descreveu o quadro atual da agência. A ANP conta com 597 servidores ativos, dos quais 51 estão lotados em outros órgãos. Outros cem funcionários, entre terceirizados e estagiários, completam os quadros.”
Fonte: Capital Reset; 22/10/2024
Política
São Paulo planeja expansão de capacidade solar e de biomassa para atender data centers
“O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda (21/10) que os investimentos em data centers no estado devem atingir R$ 70 bilhões nos próximos meses, e que a intenção é expandir a oferta de energia fotovoltaica e bioeletricidade para suprir a demanda. “São hoje R$ 50 bilhões em projetos já em execução de obra, isso deve crescer nos próximos meses para R$ 70 bilhões”, apontou durante evento sobre transição energética promovido pela Veja. Segundo o governador, a chave para atrair investidores internacionais está na capacidade de São Paulo de fornecer “energia limpa, relativamente barata, oferta de água, boa infraestrutura e mão de obra qualificada”. Para suportar a crescente demanda desses centros de processamento de dados, o governo estadual planeja expandir as fontes de energia renovável, com foco na solar fotovoltaica e bioeletricidade a partir do setor sucroalcooleiro. “O estado tinha zero de fotovoltaica há poucos anos e hoje já tem 6% da sua produção em fotovoltaica. Foi um crescimento relevante, e que deve continuar nos próximos anos”. Freitas reconheceu ainda que os incentivos fiscais concedidos ao setor solar nos últimos anos foram fundamentais para esse avanço. Um dos pilares da estratégia de São Paulo para garantir a segurança energética é o aproveitamento do potencial da biomassa de cana-de-açúcar. O estado, historicamente conhecido pela produção de etanol, está agora ampliando seu horizonte de uso da cana, com foco na produção de etanol de segunda geração, biogás, biometano, hidrogênio e combustível sustentável de aviação (SAF).”
Fonte: Eixos; 21/10/2024
COP16: Em abertura, André do Lago pede que economia seja aliada da natureza
“Nesta segunda-feira, 21, começou oficialmente a Convenção da ONU sobre biodiversidade (COP16). O evento acontece na cidade de Cali, na Colômbia, e deve receber mais de 15 mil pessoas, entre especialistas, empresas, ONGs, representantes da sociedade civil e chefes de Estado. Sob o tema “Paz com a Natureza”, o encontro promete reunir 190 países com o objetivo comum de implementar ações efetivas contra a perda da biodiversidade até 2030, evitando que o planeta chegue a níveis irreversíveis. Em cerimônia de abertura no domingo, 20, o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que ao fim da conferência, em 1º de novembro, a expectativa é “sair de Cali com um investimento significativo no fundo do Marco Global Diversidade Biológica (GBFF, de Global Biodiversity Framework Fund, na sigla em inglês)”, além de compromissos que mobilizem outras formas de aporte público e privado. O GBFF foi estabelecido durante a última Conferência, com o intuito de ajudar países subdesenvolvidos a cumprir com a agenda estabelecida no Marco Global de Kunming-Montreal: são 23 metas que visam principalmente acelerar a mudança contra a perda na natureza e a vida animal até 2030 e 2050, respectivamente. Nesta segunda, durante a primeira Sessão Plenária do evento, que contou com a apresentação das delegações e alianças globais, o secretário de Clima e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, André Corrêa do Lago, salientou que a união dos países na Conferência é fundamental para salvar a Terra. O secretário disse que o mundo deve se unir para resolver os problemas atuais da biodiversidade, sem que se criem ou acentuem as desigualdades entre as nações em desenvolvimento.”
Fonte: Exame; 21/10/2024
Internacional
Empresas
BHP tenta evitar responsabilidade por Mariana, dizem advogados em Londres
“A BHP está tentando evitar responsabilidade pelo pior desastre ambiental do Brasil, disseram advogados que representam milhares de vítimas ao Tribunal Superior de Londres nesta segunda-feira, quando teve início o julgamento de uma ação no valor de até 36 bilhões de libras (47 bilhões de dólares). Mais de 600 mil pessoas, 46 governos locais e cerca de 2 mil empresas estão processando a BHP pelo colapso, em 2015, da barragem de Mariana (MG), estrutura que pertencia e era operada pela Samarco, uma joint venture entre a BHP e a Vale. O rompimento da barragem desencadeou uma onda de lama tóxica que matou 19 pessoas, deixou milhares de desabrigados, inundou florestas e poluiu toda a extensão do Rio Doce. A BHP, a maior mineradora do mundo em valor de mercado, está contestando sua responsabilidade e diz que o caso em Londres duplica os processos legais e os programas de reparação e reparo no Brasil e deve ser rejeitado. A companhia também afirma que quase 8 bilhões de dólares já foram pagos aos afetados por meio da Fundação Renova, sendo que cerca de 1,7 bilhão foi destinado aos reclamantes envolvidos no processo inglês. O processo judicial, um dos maiores da história jurídica inglesa, entrou em estágio decisivo nesta segunda-feira, com o início de um julgamento de 12 semanas para determinar se a BHP é responsável. O advogado dos requerentes, Alain Choo Choy, disse em documentos judiciais tornados públicos na segunda-feira que “há um abismo entre o que a BHP considera ‘aceitável’ e a indenização à qual os requerentes consideram ter direito a receber legal e moralmente”.”
Fonte: InfoMoney; 21/10/2024
Combustíveis alternativos respondem por menos de 1% da operação do transporte marítimo
“O setor marítimo e portuário tem metas de neutralidade de emissões líquidas de CO2 para 2050, o que requer uma grande transformação no consumo energético, já que mais de 99% do combustível consumido por embarcações é de origem fóssil, segundo dados da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês). A urgência de reduzir emissões e migrar do bunker derivado de petróleo para outros combustíveis tem motivado a encomenda de embarcações movidas a combustíveis com menor intensidade de carbono, mas os fósseis continuarão abastecendo o setor. Segundo a IMO, o gás natural é o principal combustível alternativo para a frota encomendada, com 9,07% dos pedidos de navios novos movidos a GNL. O hidrogênio e a amônia – principais combustíveis da transição energética de baixo carbono – representam, juntos, apenas 0,9% das encomendas. Para o líder de engenharia, meio ambiente e transição energética no Oil Companies International Marine Forum (OCIMF), Filipe Santana, o biometano poderia acelerar a descarbonização do setor, por ser renovável e possuir pegada de carbono menor do que a opção fóssil. Ele pontua, entretanto, que o methane slip – emissão de metano não queimado – está sendo considerado pela IMO. “O methane slip refere-se à liberação não intencional de metano não queimado durante o processo de combustão nos motores dos navios, o que pode prejudicar significativamente os benefícios ambientais do uso de biometano”, afirma Santana. O metano é um gás de efeito estufa potente, com um potencial de aquecimento global quase 30 vezes maior que o do dióxido de carbono em um período de 100 anos.”
Fonte: Eixos; 21/10/2024
Política
Presidência da COP29 publica textos finais da agenda de ação climática em Baku
“Em meio a um cenário mundial marcado por conflitos e guerras na Ucrânia, Israel, Líbano e países vizinhos, a COP29 faz um chamado pela paz. O “apelo de trégua” é um dos destaques dos textos finais de Declarações e Compromissos publicados nesta segunda-feira (21) pela Presidência da COP29 e assinada por Mukhtar Babayev, Ministro da Ecologia e Recursos Naturais da República do Azerbaijão. A 29º da Cúpula do Clima, realizada em Baku de 11 a 22 de novembro, será uma oportunidade para que os atores globais endossem os documentos, lançados oficialmente durante o grande evento. Neste ano, uma discussão está em foco: o financiamento climático global, pensando em fornecer recursos de países em desenvolvimento para os mais vulneráveis combaterem a crise do clima. Nos últimos cinco anos, o valor que era inicialmente de US$ 100 bilhões, já se mostrou insuficiente para resolver as questões urgentes do mundo e se conectam com a (in)justiça climática. Ao mesmo tempo que os países concordaram em se afastar dos combustíveis fósseis na última COP em Dubai, o Azerbaijão é um grande produtor de gás e petróleo e levanta ambiguidades. Em falas recentes, o presidente da COP29 chegou a defender o uso do combustível fóssil para a transição energética e acenou para a sua expansão. Em atuação conjunta com as negociações formais da ONU, os textos finais fornecem caminhos adicionais para impulsionar os compromissos e ações de governos, empresas e sociedade civil na resposta global à emergência climática e acelerar os progressos dos objetivos do Acordo de Paris firmado em 2015 — sendo o principal, limitar o aumento da temperatura do planeta em 1,5°C até 2030.”
Fonte: Eixos; 21/10/2024
Financiamento climático deve pautar COP29 no Azerbaijão
“A menos de um mês, a cidade de Baku, no Azerbaijão, reunirá representantes de 198 países e territórios durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que ocorrerá entre os dias 11 e 22 de novembro. Durante o encontro, líderes mundiais debaterão a crise climática e dezenas de acordos e negociações acerca do tema, mas este ano, uma discussão prevalecerá: o desenho de um financiamento climático global. Uma nova geração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) alinhadas à missão de manter o planeta 1,5 grau Celsius acima do período pré-industrial é o principal dever das partes que assinam o Acordo Paris. Nelas, os países apresentarão as ambições que pretendem transformar em ação para contornar a crise climática, mas para que tudo funcione é necessário saber quanto tudo isso custará e quem pagará a conta. Segundo a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, há cinco temas que dominam esses impasses que são transparência, valor para atualização do financiamento global, quem deve pagar, o tempo de atualização da nova obrigação e como os recursos devem financiar proporcionalmente mais ações de mitigação, de adaptação ou de forma equivalente. Nos últimos cinco anos, o valor que deveria ser financiado por países ricos aos países em desenvolvimento era de US$100 bilhões, valor que já se mostrou insuficiente, mas, segundo Ana Toni, ainda é necessário mais clareza na metodologia adotada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o repasse desses valores, para confirmar se os países pagadores estão cumprindo o compromisso firmado.”
Fonte: Exame; 21/10/2024
O que está em pauta na cúpula da natureza da COP16 na Colômbia?
“Durante a Cúpula da ONU sobre Biodiversidade, conhecida como COP16, a ser realizada este mês na cidade colombiana de Cali, cerca de 200 países debaterão como poderão salvar a natureza do atual ritmo acelerado de destruição. Dois anos depois de intermediar o marco mundial da Estrutura Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, os países agora precisam explicar como planejam cumprir mais de duas dúzias de metas acordadas globalmente. Essas metas incluem a reserva de 30% de seus territórios para conservação, a redução de subsídios para empresas que prejudicam a natureza e a exigência de que as empresas informem seu impacto ambiental. Espera-se que os países apresentem esses planos nacionais de biodiversidade, conhecidos como NBSAPs, até o início da cúpula de Cali, que ocorrerá de 21 de outubro a 1º de novembro. Os delegados usarão as apresentações para avaliar quanto progresso foi feito desde a cúpula da COP15 em 2022 e o que precisa ser priorizado no futuro. As informações genéticas obtidas de plantas, animais e micróbios podem ser usadas na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos, cosméticos ou outros compostos comerciais. Historicamente, as leis nacionais e o Protocolo de Nagoya de 2010 se concentraram em como pagar o país de origem pelo compartilhamento de amostras físicas. Porém, agora que os genomas podem ser sequenciados em horas, em vez de anos, a quantidade de informações genéticas digitais compartilhadas on-line explodiu e está cada vez mais separada das amostras originais.”
Fonte: Reuters; 21/10/2024
Cúpula da biodiversidade busca superar impasse de quase 10 anos
“A nova rodada da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, a COP 16, começou em Cáli, na Colômbia, com pelo menos dois temas contenciosos e ambos relacionados a financiamento. Como ajudar países biodiversos para que conservem a natureza é o ponto central do impasse que opõe países do Sul, em desenvolvimento e com florestas, com os doadores do Norte. A discussão é complexa e adquiriu contornos mais sofisticados à medida em que o planeta perde biodiversidade. A base da negociação na Colômbia, que segue até 1º de novembro, é a implementação do Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal, o GBF, na sigla em inglês. Fechado em Montreal há dois anos, o marco tem 23 metas a serem alcançadas até 2030. Entre as mais importantes estão garantir 30% de áreas conservadas em terra, mar e rios e lagos, 30% de restauração de ecossistemas degradados, redução pela metade na introdução de espécies invasoras e redução de US$ 500 bilhões ao ano em subsídios danosos à natureza. O Marco Global está para a biodiversidade como o Acordo de Paris está para o clima. Um dos pontos fundamentais para preservar a biodiversidade, contudo, está nos meios de implementação – ou seja, recursos para implantar unidades de conservação, ter muita gente para fiscalizar e evitar incêndios ou crimes ambientais, aviões prontos para apagar o fogo, recursos para pesquisar novos usos da sustentabilidade e assim por diante.”
Fonte: Valor Econômico; 22/10/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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