O eTrend RPM FIC FIM é o fundo multimercado da Família eTrend que segue uma estratégia de Paridade de Risco (em inglês: Risk Parity).
O objetivo é obter retornos acima do CDI à partir da construção de uma carteira eficiente com os principais fatores de risco ligados à economia global, equilibrados entre ativos cíclicos e defensivos. Esse equilíbrio é feito em termos de risco alocado a cada uma das classes, buscando uma volatilidade anualizada de 5%. Dentro de cada categoria o risco também é equilibrado entre os diversos ativos subjacentes.
Como todos os fundos eTrend trata-se de uma estratégia de smart beta, nesse caso se aproveitando das diferentes velocidades de ajuste dos mercados cíclicos e defensivos, com o papel do gestor limitado a elencar os ativos elegíveis e garantir que o equilíbrio do portfólio seja eficiente.
O produto é uma alternativa de alta liquidez e custo reduzido aos fundos multimercado de gestão ativa, e pode ser utilizado para:
- tornar mais líquida e barata a parcela de multimercados ativos do investidor;
- permitir uma maior alocação de risco a investidores que não querem abrir mão de liquidez;
- buscar maiores retornos que uma alocação passiva de risco
Principais mercados de atuação
O eTrend RPM FIC FIM atua de forma abrangente em muitos mercados como bolsas brasileira e estrangeira, juros do Brasil e dos Estados Unidos e diversas moedas. Quanto mais descorrelacionados forem, melhor.
Como o fundo se beneficia diretamente da diversificação de riscos, explorar cada vez novos mercados pode melhorar ainda mais a estratégia.
Qual a estratégia do fundo?
A estratégia completa do fundo gira em torno de um principal pilar: a construção de uma carteira eficiente por meio de um modelo matemático conhecido como paridade de risco. Este tipo de modelagem visa gerar exposições que igualem a contribuição de risco de cada ativo no risco final da carteira.
Num primeiro momento pode parecer, mas a tarefa não é tão simples quanto igualar os pesos dos ativos. A dificuldade mora em:
- Cada ativo ter um nível de risco. Isto significa que você precisa de quantidades diferentes de cada um deles para gerar o mesmo risco final. Por exemplo, suponha que dois ativos A e B possuam 5 e 10 pontos de risco, respectivamente. Para que uma carteira final tenha 5 pontos de risco, ela poderia comprar 100% do meu patrimônio em A ou 50% em B e deixar o resto sem risco;
- A relação entre os ativos ser complexa. Ao colocar duas posições em uma mesma carteira elas podem se afetar, de forma que seria errado pensar nelas de maneira isolada. Um exemplo comum é falar de posição em bolsa americana e dólar. Cada um desses ativos possui um risco próprio, porém seria um erro dizer que uma carteira com os dois ativos possui a soma dos riscos deles. Isto porque sabemos que é muito comum a bolsa americana subir ao mesmo tempo que o dólar cai e vice e versa. Dizemos que eles tem correlação negativa, de forma que não é de se esperar que os dois caiam juntos com muita frequência. Assim, na verdade, uma carteira com os dois ativos possui menos risco do que a soma dos riscos individuais.
Dessa forma, o segredo desta modelagem reside em: (i) saber escolher uma boa cesta inicial de ativos; (ii) modelar o risco de cada um adequadamente e (iii) modelar a relação entre os ativos adequadamente.
Como o fundo gera retornos?
Segundo a clássica teoria de mercados eficientes, todas as classes de ativos premiam a tomada de risco ao longo do tempo. A estratégia de paridade de risco busca a diversificação verdadeira. Ou seja, levando em conta tudo que foi destacado acima, dividir de fato o risco do fundo entre os potenciais geradores de risco.
Ao fazer isso, a estratégia toma risco da forma mais eficiente possível maximizando retorno ajustado a risco.
Para reassegurar que os riscos de fato estão se balanceando, o fundo conta com um modelo acessório que visa separar os ativos em dois grupos:
- Cíclicos: ativos que tendem a gerar retornos positivos em momentos bons de economia. Exemplos principais são mercados de juros de países emergentes e de ações.
- Defensivos: ativos que tendem a gerar retornos positivos em momentos ruins. Majoritariamente juros de países desenvolvidos, Dólar dos Estados Unidos vs. Moedas de exportadores de commodities e, na maior parte do tempo, metais preciosos.
Este modelo é dinâmico, visto que reconhece que determinados ativos podem mudar seu comportamento. Um notável exemplo é o do ouro, que por períodos prolongados se comporta de forma cíclica e em outros de forma defensiva.
Uma vez definidos estes grupos (ou clusters, no jargão técnico) o modelo principal encontra pesos que equilibrem também a contribuição de risco do cluster cíclico e do cluster defensivo. O fundo ajusta suas posições diariamente, ainda quem em pequenas magnitudes.
Por causa das diferenças de risco e natureza das relações entre ativos, o fundo precisa de alavancagem para conseguir equilibrar as contribuições e atingir o risco alvo. O equilíbrio entre cíclicos e defensivos mitiga o risco oriundo do uso de alavancagem.
“Equilibrar os riscos” pode parecer algo extremamente simples, mas na verdade é um tema bastante complexo. Nosso modelo é capaz estimar a relação entre os ativos, porém não é esperado que ele funcione em absolutamente qualquer cenário.
Existem cenários que fogem ao “comportamento médio” dos ativos e ,nestes cenários, é possível que os comportamentos fujam significativamente da nossa estimativa.
É por isso que é importante olhar para o nosso portfólio de uma forma que não seja puramente matemática, mas sim um pouco qualitativa. De forma que conseguimos controlar temas de investimento e estarmos suficientemente pulverizados entre eles.
Por esta razão, nós separamos o portfólio em sub-carteiras ou books que refletem teses de investimento.
Em geral, ativos de um mesmo book apresentam comportamento parecido mesmo em cenários bastante diversos e nos ajudam a olhar para a carteira do eTrend RPM de uma forma mais intuitiva.
No gráfico a esquerda temos em cinza os books cíclicos e em azul os books defensivos. Abaixo uma pequena explicação do que cada um deles representa:
- Juros e Renda Fixa: Tese cíclica que tende a se beneficiar de ciclos econômicos prósperos ou, no caso brasileiro, especialmente se beneficiando de um potencial equilíbrio de contas públicas.
- Ações: Tese cíclica que se beneficia de condições econômicas favoráveis dentro e fora do Brasil. Em última instância uma alta demanda agregada e boas condições de negócios se refletem em resultados nas empresas e por fim no preço de suas ações.
- Moedas de países exportadores de commodity: Neste book estamos vendidos em tais moedas. O book se beneficia de ciclos ruins para commodities, contrapondo um pouco do risco de ações vindo de países exportadores de commodities, como o próprio Brasil.
- Portos seguros: Este book possui moedas de países cujas economias são vistas como extremamente estáveis e já se provaram neste quesito ao longo de diversos ciclos econômicos. O book possui o fundamental papel de capturar retornos em momentos de extrema aversão à risco, quando os agentes econômicos buscam segurança acima de tudo.
- Metais: Este book tem um papel misto e um pouco mais complexo ora atuando como cíclico ora como defensivo. O book pode também se beneficiar de momentos de aversão à risco, mas não é uma regra. Em outros momentos, ele pode se beneficiar de choques nos juros globais. Contanto que você seja capaz de identificá-lo como cíclico ou defensivo nas horas certas, ele atua como um bom diversificador.
- Tesouro americano: O tesouro americano, representando em última instância os juros globais, são ativos essencialmente defensivos, gerando bons retornos em momentos de redução de expectativas sobre as condições econômicas.
Implementando as teses
Pensar as teses é uma coisa. Implementá-las de forma fidedigna na carteira do fundo é outro desafio completamente diferente.
Acontece que frequentemente os ativos padecem de riscos que são altamente específicos.
Para tornar este conceito mais intuitivo, imagine por um momento a tese de moedas de países exportadores de commodities.
O primeiro exemplo que vem à cabeça é exatamente é a nossa moeda, o real brasileiro. Acontece que utilizar apenas a nossa moeda para representar a tese inteira geraria um grande problema: existem momentos em que o brasil passa por problemas específicos, como estresses políticos, e a nossa moeda desvaloriza por razões que não representam a tese de investimento relacionada à commodities.
Dessa forma, a carteira do eTrend RPM conta com diversos ativos de diversos mercados, de forma que estes riscos específicos são, na medida do possível, neutralizados.
A esquerda um gráfico com cada um dos ativos que o fundo possui atualmente na carteira, em cinza os ativos que hoje possuem caráter defensivo e em azul os ativos cíclicos.
No caso das moedas, a posição sempre representa um par de moedas, motivo pelo qual existem barras dos dois lados.
Lâminas anteriores
A equipe de gestão
Além de toda a estrutura da XP Allocation, gestora que possui capacidade instalada de gestão em ações, ETF, fundos de fundos, derivativos, renda fixa e demais classes de investimento, a Família eTrend conta com profissionais ligados diretamente à gestão de seus fundos:
- Felipe Dexheimer: Atual head de alocação da XP Allocation, dedicou a maior parte dos seus 15 anos de experiência em gestão à área de alocação de recursos para clientes alta renda, frequentemente por meio do emprego de métodos quantitativos. Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo. De 2006 a 2012, foi sócio da BAWM Investimentos, responsável pela Alocação das Carteiras. Depois foi sócio da GPS Investimentos, (Julius Baer Family Office), sendo que desde 2018 era responsável pela alocação dos portfólios focados em Brasil.
- Pedro Mattos: Mestre em econometria e atual analista da XP Allocation, Pedro passou boa parte de sua carreira diretamente ligado à modelagem e gestão de estratégias quantitativas. Formado em economia pelo Insper e em Direito pela PUC-SP. Foi estudante-visitante na Singapore Management University e é mestre em economia, com foco em Econometria, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Iniciou a carreira em modelagem quantitativa na Principia Capital Management e Constância Investimentos. Em 2018 co-fundou a Apuama Capital e em 2020 passou a integrar a equipe de Alocação da XP Investimentos.
- Giovanni Boscolo: Atual analista da XP Allocation possui relevante experiência em aplicação de programação aos mais diversos tipos de problema. Formado em Engenharia Elétrica pela UNESP. Em 2019 ingressou no mercado de trabalho como estagiário na área de Prevenção à Fraudes na Cielo. No início de 2020 foi efetivado como Analista de Prevenção à Lavagem de Dinheiro na Cielo. Posteriormente, em outubro do mesmo ano, ingressou no time de Alocação da XP Investimentos.
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Características
Público alvo | Investidores em geral |
Taxa de Administração Base | 1,00% ao ano |
Taxa de Performance | 20% do que exceder o CDI |
Aplicação | |
Mínimo inicial | R$ 100,00 |
Cotização¹ na aplicação | 1 dia útil após aplicação |
Movimentação mínima | R$ 100,00 |
Regra de resgate | cotização e pagamento |
Cotização¹ | 7 dias após o pedido do resgate |
Pagamento | 2 dias úteis após a cotização |
Saldo mínimo | R$ 100,00 |
Tributação | |
Regra tributária | Longo Prazo |
Sujeito a come-cotas² | Sim (15% sobre ganhos) |
Resgates em aplicações com menos de 180 dias | 22,5% |
Resgates em aplicações com menos de 360 dias | 22,0% |
Resgates em aplicações com menos de 720 dias | 17,5% |
Resgates em aplicações acima de 720 dias | 15,0% |
Prestadores de serviço | |
Administrador | BNY Mellon Serviços Financeiros |
Custodiante | BNY Mellon Banco |
Gestor | XP Allocation Asset Management LTDA |
Distribuidor | XP Investimentos CCTVM S.A. |
Auditor | KPMG Auditores Independentes |
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!