Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,1% e 1,9%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Orizon anunciou a formação de uma joint venture com a Gás Verde, subsidiária da Urca Energia, com o objetivo de quadruplicar a produção de biometano da empresa e aumentar em 50% a produção no Brasil - o projeto vai produzir biometano a partir de resíduos urbanos provenientes dos aterros sanitários de São Gonçalo e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, ambos operados pela Orizon; e (ii) a BYD anunciou, na noite de segunda-feira (23), a rescisão do contrato com a Jinjiang Construction Brazil, empresa terceirizada chinesa que foi contratada pela fabricante para operar nas obras da fábrica de Camaçari (BA) - a decisão foi tomada após uma força-tarefa composta por diversos agentes públicos resgatar 163 funcionários da Jinjiang, que estavam em condições análogas à escravidão nas obras do complexo.
• Na política, o presidente Lula sancionou, sem vetos, na segunda-feira (23), a Lei de Bioinsumos (15.070/24), que regulamenta a produção, uso e comercialização dos bioinsumos, produtos naturais utilizados como substitutos para defensivos e outros produtos químicos na agricultura e pecuária, no país - de imediato, o texto já dispensa de cadastro a unidade de bioinsumos da agricultura familiar.
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Brasil
Empresas
Orizon faz JV para quadruplicar produção de gás a partir do lixo
"A Orizon anunciou que vai quadruplicar sua produção de biometano com duas novas usinas, aumentando em 50% a produção do combustível renovável no País. O projeto, uma joint venture entre a Orizon e a Gás Verde, vai produzir biometano a partir de resíduos urbanos provenientes dos aterros sanitários de São Gonçalo e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, operados pela Orizon. A Gás Verde já tem clientes como Ternium, Ambev, Nestlé e L’Oréal. O CEO da Gás Verde, Marcel Jorand, disse que o investimento nas duas usinas será de “centenas de milhões de reais,” mas não quis ser mais específico. Hoje a produção de biometano da Orizon é de aproximadamente 50 mil metros cúbicos por dia. Com as novas unidades, esse volume subirá para 200 mil metros cúbicos/dia. A produção de biometano em todo o País – que hoje gira em torno de 400 mil metros cúbicos por dia – deve atingir 2,15 milhões de metros cúbicos/dia até 2028, segundo estimativas da Orizon. O biometano – um substituto renovável para o gás natural derivado do petróleo – é obtido a partir do refino do biogás, a matéria-prima resultante da decomposição do lixo. Por isso, os aterros sanitários funcionam como grandes reservas de biogás. Com o biometano, é possível substituir o gás natural em indústrias e até o diesel no transporte pesado, o que faz dele “um produto premium,” disse o CEO da Orizon, Milton Pilão. “Uma multinacional com metas de redução de carbono, por exemplo, em vez de comprar créditos para compensação, pode substituir parte do gás natural por biometano,” disse Pilão."
Fonte: Brazil Journal; 23/12/2024
Índice Dow Jones de Sustentabilidade destaca 11 empresas brasileiras; veja lista completa
"O Índice Dow Jones de Sustentabilidade Global, publicado nesta segunda-feira, 23, inclui 11 empresas brasileiras. Trata-se de uma lista com as empresas que mais se destacaram em iniciativas ambientais, sociais e de governança dentro das 2.500 companhias que integram a S&P Global Broad Market Index (BMI), índice de investimentos globais. As companhias brasileiras que integraram a lista são: Bradesco; Banco do Brasil; Cemig; Itaú; Itaúsa; Lojas Renner; Cosan; Petrobras; Klabin; Vivo (Telefônica Brasil); e Rumo. Três dessas empresas brasileiras entram na lista pela primeira vez: Cosan, Petrobrás e Vivo (Telefônica Brasil). Em nota, o vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto, conta que o resultado integra a trajetória da companhia pelo net zero. "A presença da Vivo no DJSI World reflete o resultado de uma estratégia de Sustentabilidade que desenvolvemos há vários anos, com redução de mais de 90% nas emissões de gases de efeito estufa, energia renovável, diversidade e uma sólida governança", disse. Já na lista para mercados emergentes também foram destacadas as empresas: Embraer, B3, Fleury, Klabin e Engie Energia."
Fonte: Exame; 23/12/2024
Raízen vende ativos de geração distribuída e mobilidade
"A Raízen vendeu 31 projetos de geração distribuída da fonte solar fotovoltaica à Brasol, numa capacidade total de 128 megawatts-pico (MWp). A transação gira em torno de R$ 475 milhões. A transferência será iniciada em janeiro de 2025 e a conclusão das obras está prevista para março de 2027. A Raízen deve receber os valores à medida que os projetos forem concluídos. A Brasol manterá os contratos de locação até 2045, com o fornecimento garantido para os clientes de geração distribuída da própria Raízen. Segundo a Brasol, a operação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas depende de algumas condições precedentes para ser finalizada. As usinas estão localizadas em 10 estados brasileiros. A Brasol, que tem como acionistas a Siemens e a BlackRock, está ampliando a participação em energia renovável e já conta com usinas em todos os estados do país e no Distrito Federal. Além disso, a Raízen também anunciou que reduziu as operações de mobilidade no Paraguai. A companhia repactuou com os demais acionistas da Raízen Paraguay S.A. a opção de diminuir gradualmente a sua participação na sociedade. A empresa vai reduzir sua fatia de 50% para 27,4%. Com essa alteração, a companhia deixará de desembolsar 54 milhões de dólares até 2026."
Fonte: Eixos; 23/12/2024
BYD rescinde contrato com empresa denunciada por trabalho análogo à escravidão
"A BYD anunciou na noite de segunda-feira (23) a rescisão do contrato com a Jinjiang Construction Brazil Ltda, empresa terceirizada chinesa que foi contratada pela fabricante para operar nas obras da fábrica de Camaçari (BA), comprada pelo grupo junto do Governo da Bahia no ano passado após ter sido desocupada pela Ford. A decisão foi anunciada depois que uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou 163 funcionários da Jinjiang flagrados em condições análogas à escravidão nas obras do complexo. No processo, a força-tarefa decidiu interditar todos os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang, além de determinar a rescisão imediata dos contratos de trabalho, que não seguiam os parâmetros da legislação brasileira. Segundo a denúncia do MPT, que já havia sido divulgada há algumas semanas e deflagrou a operação da última segunda-feira, os trabalhadores da Jinjiang tinham jornadas semanais de trabalho muito acima do que permite a legislação brasileira e com descanso semanal passível de ser cancelado caso a empresa solicitasse. Havia relatos de funcionários trabalhando há 25 dias sem descanso. Além disso, segundo o Ministério Público do Trabalho, as condições de alojamento e alimentação nas instalações foram consideradas degradagantes. Alguns funcionários eram vítimas de maus tratos e agressões, e todos tinham parte de seus salários retidos para ser enviada diretamente a seus familiares na China."
Fonte: Valor Econômico; 24/12/2024
"O Jinjiang Group, empreiteiro da fabricante chinesa de veículos elétricos BYD, disse na quinta-feira que a descrição das autoridades brasileiras de que seus funcionários eram “escravizados” era inconsistente com os fatos e que havia mal-entendidos na tradução. Na quarta-feira, as autoridades trabalhistas brasileiras disseram ter encontrado 163 chineses trabalhando em “condições análogas à escravidão” em um canteiro de obras para uma fábrica de propriedade da BYD no estado da Bahia, no Brasil. A BYD disse então que havia cortado relações com a empresa que contratou os trabalhadores e que estava trabalhando com as autoridades. “Ser injustamente rotulado como 'escravizado' fez com que nossos funcionários sentissem que sua dignidade foi insultada e seus direitos humanos violados, ferindo seriamente a dignidade do povo chinês. Assinamos uma carta conjunta para expressar nossos verdadeiros sentimentos”, disse a Jinjiang em sua conta oficial no Weibo. A declaração foi republicada por Li Yunfei, gerente geral de branding e relações públicas da BYD, em sua própria conta no Weibo. Ele acusou “forças estrangeiras” e alguns meios de comunicação chineses de “deliberadamente difamar marcas chinesas e o país e minar o relacionamento entre a China e o Brasil”. Um representante da BYD direcionou a Reuters para o post de Li no Weibo quando perguntado sobre os comentários de Jinjiang e a situação. Jinjiang não respondeu a um pedido de comentário da Reuters. A BYD está construindo a fábrica com capacidade anual de produção de 150.000 carros inicialmente no Brasil, o maior mercado externo da gigante chinesa de veículos elétricos, como parte dos planos para iniciar a produção no país em 2024 ou no início de 2025."
Fonte: Reuters; 26/12/2024
Política
Nova lei regulamenta produção e comércio de bioinsumos no país
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na segunda (23/12), a Lei de Bioinsumos (15.070/24), que regulamenta a produção, uso e comercialização dos bioinsumos no país. Não houve vetos ao texto, que tem origem no projeto nº 658/21 do deputado Zé Vitor (PL/MG), aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado. O relator na Câmara foi o deputado Sergio Souza (MDB/PR). Bioinsumos são produtos naturais (como microrganismos e extratos vegetais) utilizados em substituição a defensivos e outros químicos, usados na agricultura e pecuária. A nova lei dispensa de registro a produção própria, contanto que não seja comercializada. É instituída ainda uma taxa para financiar o trabalho de registro e fiscalização por parte da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. As normas previstas na lei serão aplicáveis a todos os sistemas de cultivo, incluindo o convencional, o orgânico e o de base agroecológica. A unidade de produção de bioinsumo estará sujeita apenas a cadastro simplificado, dispensável a critério da secretaria federal de Defesa Agropecuária. De imediato, o texto já dispensa de cadastro a unidade de bioinsumos da agricultura familiar. Essa produção própria poderá se dar inclusive por meio de associação de produtores ou cooperativas, produção integrada, consórcio rural, condomínio agrário ou formas similares. O bioinsumo produzido para uso próprio também estará isento de registro, mas sua produção deverá seguir instruções de boas práticas a serem fixadas em regulamento. Quanto à produção de bioinsumo para comercialização, a Lei 15.070/24 exige o registro das biofábricas, dos importadores, dos exportadores e dos comerciantes, assim como dos inóculos."
Fonte: Eixos; 24/12/2024
Mudanças climáticas e IA serão pautas do Brasil à frente do Brics
"O Brasil assume a presidência do Brics em 1º de janeiro do ano que vem e receberá, pela quarta vez, a reunião de cúpula do grupo. Para o governo brasileiro, essa será uma oportunidade de buscar entendimento, entre as dez nações que compõem o grupo, na direção da construção de um mundo melhor e mais sustentável. Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador Eduardo Saboia, sherpa (ou seja, o negociador-chefe) do Brics em 2025, afirma que o grupo, pelo tamanho de sua população (mais de 40% do total global) e de sua economia (37% do PIB mundial por poder de compra), tem uma grande importância no cenário global. “Se você quer construir um mundo melhor, um mundo sustentável, o Brics tem que ser parte dessa construção. E é importante que haja um entendimento entre esses países, porque esse entendimento ajuda você a alcançar um entendimento mais amplo [com outros países]”, disse Saboia. Além de temas que já vêm sendo discutidos no Brics, como a possibilidade do uso de moedas locais no comércio entre os países e a reforma da governança global, o Brasil aproveitará sua posição à frente do grupo, para buscar entendimento em temas como as mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável com redução da pobreza e uma governança sobre a inteligência artificial. A questão do clima é de especial interesse porque o Brasil sediará também neste ano, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém. “Como a gente pode aproveitar a presidência do Brics para construir um entendimento que possa ajudar para o êxito da COP-30? Os países que são membros do Brics têm um papel central na questão da energia, que é a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa”, afirma."
Fonte: InfoMoney; 25/12/2024
Internacional
Empresas
Reino Unido busca opiniões do setor automotivo sobre metas de veículos elétricos
"O Reino Unido iniciou nesta terça-feira (24) uma consulta para revisar as regras que obrigam montadoras a produzir mais veículos elétricos, após alertas do setor de que o plano atual poderia levar ao fechamento de fábricas e à perda de empregos. A consulta vai colher opiniões do setor sobre a mudança do chamado mandato de Veículos Zero Emissões (VZE), que exige que as montadoras vendam uma proporção maior de VZE a cada ano, ou pagarão multas. As montadoras afirmam que a demanda por veículos elétricos, menor do que a esperada, forçou-as a gastar bilhões de libras em descontos para atrair clientes e cumprir as metas de vendas. No mês passado, a Stellantis, proprietária da Vauxhall, disse que fecharia uma fábrica de vans no sul da Inglaterra, colocando em risco mais de 1.000 empregos, refletindo parcialmente o impacto do VZE. O governo trabalhista do país disse que faria consultas para atualizar as metas sem comprometer a direção geral das regulamentações, que fazem parte de suas metas climáticas."
Fonte: InfoMoney; 24/12/2024
"Os Emirados Árabes Unidos se tornaram o maior patrocinador de novos projetos empresariais na África, principalmente aqueles focados em energia verde, segundo uma pesquisa do “FT Locations” divulgada nesta terça-feira (24). No entanto, a empresa de dados pertencente ao jornal “Financial Times” (FT) destaca a preocupação de que os investimentos possam comprometer os direitos dos trabalhadores e as proteções ambientais. Entre 2019 e 2023, empresas dos Emirados anunciaram projetos no valor de US$ 110 bilhões, dos quais US$ 72 bilhões foram destinados à energia renovável, segundo a FT Locations. Os projetos prometidos foram mais do que o dobro do valor feito por empresas do Reino Unido, França ou China, que recuaram de grandes projetos de infraestrutura na África após muitos deles não entregarem os retornos esperados. Líderes africanos também ficaram decepcionados com as promessas de financiamento climático por parte de governos ocidentais. Na conferência climática COP 29, por exemplo, países ricos prometeram US$ 300 bilhões anuais, enquanto os países em desenvolvimento haviam solicitado US$ 1,3 trilhão. Por outro lado, alguns ativistas e analistas expressaram temores de que o histórico ruim dos Emirados Árabes Unidos em direitos trabalhistas para trabalhadores migrantes, o apoio contínuo a combustíveis fósseis e a falta de atenção às questões ambientais possam caracterizar seus investimentos na África."
Fonte: Valor Econômico; 24/12/2024
Como os tênis da Nike expuseram uma ‘brecha’ no mercado de crédito de carbono
"Os executivos da Nike fizeram uma descoberta surpreendente no início da década de1990. O gás bombeado para as solas dos tênis Nike Air criou um amortecimento excepcionalmenteresistente. Mas as moléculas grandes e fortemente ligadas do hexafluoreto de enxofre também otornam o gás de efeito estufa mais potente do planeta – 24.300 vezes mais potente que o dióxido decarbono. Os Air Jordan e outros tênis populares da Nike, ao que parece, superaqueceram o planeta tantoquanto metade dos carros do estado natal da empresa – o Oregon. A gigante dos tênis gastou dezenas de milhões de dólares nos 14 anos seguintes para encontrar umsubstituto, acabando por declarar em 2006 que havia eliminado todos os gases estufa de seus tênis. No entanto, em vez de desaparecer nos anais da história do clima, o problema ambiental de décadasda Nike de repente se tornou relevante novamente – e expõe uma fraqueza fundamental no mercadode crédito de carbono atual. Isso porque a Nike, ao concluir seu trabalho de substituição de gás há duas décadas, decidiutransformar suas reduções de hexafluoreto de enxofre em um projeto de compensação de carbono. Isso permitiu que a empresa vendesse créditos por suas emissões eliminadas a outras entidades, quepoderiam então subtrair essa quantidade de poluição de seus próprios relatórios ambientais. A Nike recebeu cerca de 8 milhões de créditos de carbono – aproximadamente o equivalente àsemissões anuais de uma grande usina de carvão – do antecessor do American Carbon Registry(agora chamado ACR), um dos poucos registros sem fins lucrativos que sustentam o mercado de carbono."
Fonte: Bloomberg Línea; 25/12/2024
Política
"Na terça-feira, os ministérios do meio ambiente e da indústria do Japão finalizaram um plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 60% em relação aos níveis de 2013 até 2035, acima de sua meta de corte de 46% para 2030. A medida segue a nova meta do governo Biden para os EUA, no âmbito do acordo climático de Paris, de reduzir as emissões de GEE em 61%-66% abaixo dos níveis de 2005 até 2035, uma meta que as autoridades consideraram alcançável pelos estados, mesmo que o presidente eleito Donald Trump reverta as políticas federais. Em novembro, os ministérios japoneses revelaram um projeto de plano que visa a uma redução de 60% das emissões de GEE até o ano fiscal de 2035 e de 73% até 2040, com base em uma trajetória linear entre a meta atual do Japão de uma redução de 46% até 2030 e a obtenção de zero líquido até 2050. A meta proposta gerou pedidos de cortes mais profundos por parte de ambientalistas e políticos, que argumentam que ela é insuficiente para o quinto maior emissor de carbono do mundo, que continua fortemente dependente de combustíveis fósseis. Os ativistas do clima dizem que a meta está aquém da redução recomendada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. O IPCC afirma que as emissões globais devem cair 60% em relação aos níveis de 2019 até 2035, o que equivale a um corte de 66% em relação aos níveis de 2013 para o Japão."
Fonte: Reuters; 24/12/2024
Região russa declara situação de emergência após derramamento de óleo no Mar Negro
"As autoridades da região de Krasnodar, no sul da Rússia, declararam nesta quarta-feira emergência em toda a região, dizendo que petróleo ainda está chegando ao litoral 10 dias depois que dois navios-tanque antigos enfrentaram uma tempestade na qual um deles se partiu ao meio. A tempestade ocorreu em 15 de dezembro e o outro navio encalhou. A poluição, que cobriu as praias arenosas de Anapa e arredores, um popular resort de verão, causou sérios problemas para aves marinhas e outros animais, incluindo golfinhos, e mais de 10 mil pessoas estão trabahando para conseguir limpar o óleo. Veniamin Kondratiev, governador da região de Krasnodar, disse em um comunicado que havia decidido declarar uma emergência em toda a região porque o petróleo ainda está poluindo a costa nos distritos de Anapa e Temryuk. Anteriormente, ele havia declarado uma emergência menos grave em nível municipal. "Inicialmente, de acordo com os cálculos de cientistas e especialistas, a principal massa de óleo combustível deveria ter permanecido no fundo do Mar Negro, o que teria permitido que fosse coletada na água", escreveu Kondratiev no aplicativo de mensagens Telegram. "Mas o clima dita suas próprias condições, o ar se aquece e os produtos petrolíferos sobem para o topo. Como resultado, eles estão sendo levados para nossas praias." Separadamente, um centro de crise voltado para a limpeza disse que a proa de um dos navios-tanque - o Volgoneft-239 - havia sido descoberta debaixo d'água e que mergulhadores verificarão se há algum vazamento de produtos petrolíferos assim que as condições climáticas permitam."
Fonte: Reuters; 25/12/2024
Peru declara ‘emergência ambiental’ por derramamento de petróleo no mar
"O Peru declarou na noite de quarta-feira (25) 'emergência ambiental' em uma província turística costeira no norte do país, afetada por um derramamento de óleo da empresa estatal Petroperú desde o fim de semana. A medida terá validade de 90 dias, período em que as autoridades "deverão realizar os trabalhos de recuperação e remediação" da área contaminada na província de Talara, de acordo com uma resolução do Ministério do Meio Ambiente citada pela agência estatal Andina. Segundo a Petroperú, as ações de limpeza em cerca de seis praias afetadas no distrito de Lobitos "praticamente foram concluídas", restando os trabalhos de remediação para mitigar o impacto sobre aves, fauna e o comércio da região, cuja população depende da pesca e do turismo. O vazamento foi detectado na sexta-feira (20) na praia Las Capullanas, quando seria realizado o embarque de óleo no navio Polyaigos, informou a empresa em um comunicado no sábado, sem detalhar a causa do incidente. Essa praia está localizada a 10 quilômetros da refinaria de Talara, operada pela Petroperú. O Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (Oefa), vinculado ao governo, verificou na segunda-feira que o óleo derramado se espalhou por uma área de 47 a 229 hectares, desde a refinaria de Talara até a praia Cabo Blanco. O volume de óleo derramado no mar não foi informado pela empresa, mas, segundo a imprensa local, seria equivalente a um barril de petróleo (cerca de 42 galões)."
Fonte: Valor Econômico; 26/12/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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