Prévia do 1T20: os primeiros impactos do coronavírus
Nos dois primeiros meses de 2020, mesmo estando sob o efeito considerável de estímulos, a economia brasileira apresentava alguns sinais de perda de dinamismo. Em meados de março, a situação econômica começou a piorar de forma significativa em decorrência do alastramento do contágio do novo coronavírus e das medidas de isolamento social. Assim, os principais indicadores antecedentes de março passaram a apontar para um quadro de deterioração abrupta da atividade econômica brasileira.
O nosso entendimento era de que os efeitos negativos da crise ficariam restritos à Ásia e de que esse episódio seria caracterizado por um choque negativo de oferta com impactos limitados sobre a economia brasileira. No entanto, o desenrolar da pandemia mostrou com mais clareza que o contágio e as medidas de isolamento social provocaram um choque negativo de demanda de maiores proporções. Nesse contexto, a economia brasileira já começa a sentir os impactos da pandemia no primeiro trimestre de 2020, ainda que seu efeito máximo deva ser sentido apenas no segundo trimestre desse ano.
Com base nos dados disponíveis até o momento, acreditamos que o PIB apresentará contração de 1,2% na comparação trimestral do 1T20 (1T20/4T19) e expansão de apenas 0,5% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1T20/1T19).
Apesar do cenário ainda confortável para a inflação, com IPCA de 3,30% no 1T20, e do cenário de juros baixos, com Selic em 3,75% no final do trimestre (contra 6,5% no 1T19), acreditamos que alguns riscos podem impactar diretamente o ambiente macro e microeconômico das empresas, como: as medidas anunciadas até agora terem um alcance mais limitado do que imaginávamos, a polarização política voltar a crescer e impactar ainda mais a confiança de empresários e consumidores, as medidas fiscais não ficarem restritas apenas ao ano de 2020 e a retomada da economia acontecer de forma desorganizada. Todos esses elementos contribuiriam para uma frustração ainda maior da atividade econômica brasileira nos dois primeiros trimestres desse ano.
Para mais detalhes, consolidamos os principais indicadores no quadro abaixo:
Essa temporada de resultados será bastante relevante, na nossa visão, pois mostrará os primeiros impactos e medidas sendo tomadas pelas principais empresas brasileiras em relação à crise do novo coronavírus.
Os números reportados pelas empresas talvez importem menos do que o normal nesse trimestre. Isso porque a crise chegou ao final do trimestre, e as quarentenas se iniciaram principalmente em março. Assim, várias empresas não terão impactos tão relevantes neste período, e veremos esse reflexo principalmente acontecendo no 2º trimestre.
Foco nas teleconferências pós-resultados
Acreditamos que as teleconferências de resultados (conference calls) serão mais importantes que os números do trimestre em si. Os investidores devem se debruçar sobre as seguintes questões:
- Impactos diretos e indiretos da covid-19 e das quarentenas sobre as cadeias de suprimentos, sobre a demanda e nas operações de cada companhia.
- Planos de preservação de caixa e de capital durante a crise, incluindo possíveis retenções no pagamento de dividendos.
- Endividamento de curto prazo, caixa disponível e refinanciamento da dívida feito (montante e custo) até agora.
- Renegociações em curso com fornecedores, funcionários, clientes e outros (como aluguéis de imóveis, fretes, hedges, etc).
- Expectativa dos executivos para o 2º trimestre e para o restante do ano.
- Efetividade ou não dos benefícios e medidas anunciadas pelo governo até agora.
O que esperar para os resultados do primeiro trimestre das empresas da bolsa
Abrindo a temporada de balanços com o setor financeiro, esperamos um trimestre ainda positivo para bancos, uma vez que a maior parte dos impactos da crise devem ser sentidos nos próximos trimestres. Em se tratando de lucros, esperamos um trimestre inferior ao 4T19 devido a: i) sazonalidade desfavorável; ii) um final de trimestre de baixos volumes no varejo devido ao isolamento social; iii) maior volume de provisões para antecipar inadimplência; e iv) menos receita de serviços também no atacado devido a pausa de negócios importantes. Porém acreditamos que a o setor como um todo ainda apresenta um retorno sobre patrimônio líquido de ~17% e que a maior parte do impacto devem ser sentida apenas no 2T20 e 3T20. Em relação aos bancos especificamente, esperamos um bom trimestre para Santander e Banco do Brasil, neutro para Banrisul e negativo para Itaú e Bradesco. Importante também considerar que este será o primeiro trimestre com aumento da taxa de imposto de 15 para 20%.
Bebidas: esperamos um resultado fraco para Ambev, com queda de volume de cerveja no Brasil de 8,5% na comparação anual devido (i) aos efeitos do coronavírus, que afetou a última quinzena do trimestre; (ii) à base comparável forte no 1T19, devido ao Carnaval mais longo e ao clima mais quente no ano passado. Vemos com bons olhos as iniciativas de fortalecimento de marca por parte da empresa durante este período, mas mantemos nossa recomendação Neutra em função da manutenção de um cenário de competição acirrada e de custos ainda bastante pressionados no curto prazo.
Alimentos: esperamos que o setor de proteínas seja novamente um dos destaques positivos no trimestre. Apesar das recentes notícias de fechamento de plantas nos EUA, frigoríficos são considerados atividade essencial tanto nos EUA quanto no Brasil, logo, trata-se de um dos setores mais resilientes à crise do coronavírus, enquanto a demanda norte-americana continua positiva. Entendemos que as empresas devem reportar resultados sólidos, sobretudo em função das fortes exportações que, aliadas a um câmbio mais desvalorizado, devem ser capazes de compensar o mercado doméstico mais fraco.
Setor de transportes: as companhias aéreas já deverão reportar números parcialmente impactados pelas políticas de distanciamento social, e a consequente redução nas malhas aéreas. Esperamos margens pressionadas (i) pelo câmbio mais desvalorizado e (ii) por um crescimento mais modesto de receitas. Já nas companhias de aluguel de veículos, esperamos impactos ainda limitados da Covid-19 e do distanciamento social. Esperamos crescimento sólido de volumes nas operações de aluguel em geral, com impactos mais aparentes em Seminovos, com vendas reduzidas de veículos.
Setor de shoppings: parte relevante dos ativos fechou ao longo da segunda quinzena de março. As companhias vêm implementando políticas mais flexíveis nos contratos de aluguel, parte já sendo refletida no 1T20. Entretanto, é importante reforçar que até o momento as políticas contábeis para o tratamento dos descontos não está 100% fechada. Esperamos impacto relevante vindo (i) dessa concessão de descontos e/ou suspensão dos aluguéis, (ii) da forte redução no fluxo de estacionamento na segunda quinzena de março, e (iii) redução no aluguel percentual.
Elétricas: acreditamos que os resultados do 1Q20 do setor elétrico não reflitam os efeitos da crise desencadeada pela pandemia do COVID-19, tendo em vista que a queda de demanda de energia começou a ocorrer na segunda metade de março, quando começaram a ser decretadas quarentenas. Nesse sentido, os resultados das distribuidoras de energia ainda devem ser saudáveis, mas não refletem a atual crise relacionada à queda de demanda e aumento de inadimplência. O resultado das geradoras deve refletir a evolução positiva das condições hidrológicas ao longo do trimestre (começando de elevados preços no mercado de curto prazo para preços próximos ao mínimo no final do trimestre com o aumento de chuvas e queda da demanda). As margens em compra e venda de energia vão depender da estratégia de alocação de cada empresa, que costuma refletir uma sazonalidade dos volumes para os meses mais secos (abril a novembro). Finalmente, não esperamos quaisquer surpresas nos resultados de transmissoras.
Distribuição de combustíveis: acreditamos que os resultados destas companhias já comecem a refletir a deterioração de demanda como efeito da pandemia do COVID-19, com notícias sobre quedas significativas de volumes de vendas com o início da pandemia. Em particular, temos cautela adicional com nomes expostos ao mercado de querosene de aviação, como Raízen (Cosan). Finalmente, acreditamos que não tenha ocorrido grande deterioração de margens pela queda do petróleo dado o aumento de estoques das empresas, o que implica um maior tempo para repasse de menores preços na refinaria.
Siderurgia e Mineração: Esperamos resultados mais fracos na mineração com volumes menores – menor diluição de custo – com fortes chuvas no sudeste do Brasil e preços realizados próximos da estabilidade. Em siderurgia, os impactos do Covid-19 sobre as vendas devem ser sentidos de forma completa no 2T20. No 1T20, os impactos do Covid-19 estão restritos às duas últimas semanas de março. Portanto, os resultados serão relativamente bons, em nossa opinião. O principal destaque é a implementação de aumentos de preços no mercado doméstico no início do ano, que acreditamos atingir de 3 a 4%, na comparação trimestral, no 1T20.
Papel e Celulose: No segmento de papel, estimamos fortes volumes suportados por uma demanda mais resiliente, com pequenos impactos do Covid-19, até o momento. Em Celulose, acreditamos que as empresas conseguiram manter volumes fortes com a normalização de estoques da Suzano e Klabin produzindo próxima da máxima capacidade. Além disso, esperamos preços estáveis, sustentados por preços spot inalterados na China. Do lado negativo, o principal ponto de preocupação no curto prazo é a questão da alavancagem com o dólar mais alto.
Varejo: O setor de varejo tem sido um dos mais impactados pela crise desencadeada pelo coronavírus. Dito isso, esperamos resultados mistos para as empresas de nossa cobertura, impactados principalmente pelo início do período de quarentena a partir da segunda quinzena de março. Empresas de consumo básico, como Pão de Açúcar, Carrefour e RD, são os destaques positivos para o 1T20, com aceleração de vendas decorrente de (1) estocagem de produtos por parte dos consumidores e (2) aumento do consumo em casa. Além disso, também esperamos que a B2W apresente resultados sólidos, em função do foco exclusivo da companhia no varejo eletrônico. Por outro lado, os resultados de varejistas cujas operações são principalmente compostas por lojas físicas, como C&A, Renner e Vivara serão negativamente impactados pelo fechamento de lojas de rua e shoppings no final do trimestre. Por fim, empresas com sólida operação de ecommerce como Magazine Luiza e Via Varejo devem conseguir compensar parte da perda de vendas por meio de uma aceleração do canal, mas não o suficiente para evitar o impacto negativo da pandemia.
Abaixo consolidamos nossas estimativas do 1T20 para as empresas da cobertura, organizadas por setor. Para facilitar a leitura, recomendamos o uso da ferramenta “Navegue pelo conteúdo” localizada à esquerda.
ALIMENTOS E BEBIDAS
Ambev (ABEV3) – Neutro
Esperamos um resultado fraco para a Ambev no 1T20 devido (i) aos impactos do coronavírus a partir da segunda quinzena de março; (ii) à pressão de custos, já antecipada pela empresa no final de 2019; (iii) ao ambiente de competição acirrada, principalmente por parte da Heineken. Tais fatores devem se traduzir, nas nossas estimativas, em um EBITDA de R$ 4 bilhões no 1T20, com uma margem de 33,8%, representando uma queda de 22% em relação ao EBITDA do 1T19, e uma perda de 670 pontos-base de margem. Especificamente para Cerveja Brasil, estimamos queda de volume de 8,5% na comparação anual, e um EBITDA de R$ 1,8 bilhão, 28% inferior A/A, com margem de 33,3%.
JBS (JBSS3) – Compra
Esperamos resultados robustos para a JBS neste trimestre, seguindo (i) cenário bastante positivo para a Seara, com exportações fortes, sobretudo para a China, beneficiadas pelo dólar mais alto, além de um mercado doméstico saudável, com volumes elevados a partir do início da quarentena; (ii) cenário robusto nos Estados Unidos, com um pouco mais de instabilidade por conta dos fechamentos de plantas diante da crise do coronavírus, além dos impactos no canal de restaurantes e bares, sobretudo para a Pilgrim’s Pride, e da volta da planta da Tyson, que teria afetado a JBS USA Beef. Tais fatores devem se traduzir, nas nossas estimativas, em um EBITDA de R$ 3,8 bilhão no 1T20, com uma margem de 6,7%, representando um aumento de 30% em relação ao EBITDA do 1T19, e um leve queda na margem.
Marfrig (MRFG3) – Compra
Esperamos novamente resultados fortes para a Marfrig neste trimestre, sendo a empresa de maior destaque positivo, seguindo: (i) continuidade de um cenário pujante nos Estados Unidos, pouco impactado pela queda no canal de bares e restaurantes (foodservice) com o início do surto do coronavírus; (ii) aumento das exportações da América do Sul, sobretudo para a China, beneficiadas também pelo dólar mais alto. Tais fatores devem se traduzir, nas nossas estimativas, em um EBITDA de R$ 1,1 bilhão no 1T20, com uma margem de 8%, representando um aumento de 72% em relação ao EBITDA do 1T19, e um ganho 80 pontos-base de margem.
BRF (BRFS3) – Compra
Esperamos resultados sólidos para a BRF no 1T20, seguindo: (i) mercado doméstico saudável, com crescimento tanto de volumes quanto de preços, além de uma base de comparação fraca no 1T19; (ii) mercados internacionais fortes, impulsionados pela forte demanda chinesa; (iii) mercado Halal ainda fraco, com preços e volumes praticamente estáveis na comparação anual. Tais fatores devem se traduzir, nas nossas estimativas, em um EBITDA de R$ 1 bilhão no 1T20, com uma margem de 12,2%, representando um aumento de 45% em relação ao EBITDA do 1T19, e um ganho de 240 pontos-base de margem.
BANCOS
Banco do Brasil (BBAS3) – Compra
Esperamos um trimestre inferior ao anterior em termos de lucro, mas ainda bom para o Banco do Brasil. Acreditamos que a dinâmica de crédito, inadimplência e margem financeira devem vir positivas, impulsionadas por: i) dois primeiros meses e meio sem crise; ii) expansão da carteira de grandes empresas no início da crise, uma vez que o mercado de capitais está sem demanda; iii) ganhos de tesouraria por marcação a mercado de títulos pré-fixados que se beneficiam da queda de juros; e iv) menor despesa de captação devido a queda na SELIC. Já se tratando de gastos, acreditamos que a linha deva vir em linha com o último trimestre, uma vez que a redução causada por menores provisões operacionais já apresentada deve ser compensada pelos gastos com o fundo de pensão. Por fim, acreditamos que o grande destaque do trimestre será a expansão das provisões, que devem antecipar eventual aumento de inadimplência.
Bradesco (BBDC4) – Compra
Esperamos um trimestre negativo para o banco da Cidade de Deus, com menores receitas de serviços e aumento de provisões para enfrentar possíveis aumentos de inadimplência. Em se tratando de crédito, acreditamos que o banco deve continuar expandindo sua carteira em linha com os outros bancos. Em seguros, esperamos um bom resultado com sinistralidade abaixo da média devido ao isolamento social, porém acreditamos que o crescimento de prêmios e inadimplência podem começar a impactar o resultado da seguradora. Em se tratando de receitas de serviços, acreditamos que o banco deve sofrer no varejo devido ao baixo volume, mas principalmente no atacado, com receitas performando pior do que no último trimestre devido a baixa atividade econômica. Por fim, embora a crise não dura a tempo suficiente para atingir a inadimplência do trimestre, esperamos que o banco aumente o volume de provisões para fazer frente ao possível futuro aumento da mesma.
Itaú (ITUB4) – Neutro
Esperamos um resultado negativo para Itaú, marcado pela queda de receitas e aumento do volume de provisões para perdas no crédito. Em se tratando de crédito, acreditamos que o Itaú deve continuar expandindo sua carteira, principalmente pela fuga de grandes empresas do mercado de capitais para bancos, enquanto a inadimplência ainda não deve afetar este primeiro período. Gastos devem se manter controlados, uma vez que o final do trimestre foi marcado por uma redução no uso das instalações físicas da instituição, porém acreditamos que essa queda pode se intensificar nos próximos trimestres.
Santander (SANB11) – Neutro
Acreditamos que o banco espanhol deve continuar apresentando uma boa margem financeira e um resultado sólido neste primeiro trimestre, uma vez que uma pequena parte do semestre foi afetada pela crise, mas já sentir impacto de baixa nas receitas de serviços. Em relação à dinâmica de crédito e inadimplência, esperamos uma expansão da carteira de grandes empresas, que estão buscando os bancos devido a escassez de demanda no mercado de crédito privado, e inadimplência ainda controlada devido ao trimestre ter se encerrado no início da crise. Por fim, esperamos que o Santander siga a tendência do mercado em aumentar suas provisões no trimestre para cobrir eventuais aumentos de inadimplência no segundo e terceiro trimestre de 2020.
Banrisul (BRSR6) – Compra
Esperamos um trimestre estável para Banrisul, com lucro um pouco menor e dados ainda não impactados pela crise do coronavírus. Em se tratando de crédito, esperamos um aumento da participação do consignado na carteira, linha principal do banco e segura neste ambiente instável, além de inadimplência estável, sem refletir a atual crise. Não esperamos deterioração da margem, uma vez que 42% da carteira do banco (consignado) é estável e o banco deve se beneficiar da queda do custo de captação. Por fim, acreditamos que as receitas de serviços devem ser a parte mais afetada pelo isolamento social no final do trimestre e pela competição no ramo de adquirência (Vero).
MINERAÇÃO E SIDERURGIA
Vale (VALE3) – Compra
Esperamos que os preços estáveis no trimestre (benchmark 62%Fe em US$89/t) compensem parcialmente os volumes mais baixos. Conforme destacado no relatório de produção da Vale no 1T20, fortes chuvas no Sistema Sul e manutenção não programada no Norte afetaram os volumes. Como resultado, estimamos margens mais baixas com uma menor diluição de custo. Em relação ao segmento de metais básicos, temos um EBITDA menor, principalmente por conta de preços mais baixos de níquel (-17% no trimestre).
Gerdau (GGBR4) – Compra
Esperamos resultados relativamente bons no 1T, com números melhores no início do período, compensando volumes mais baixos no Brasil após paradas na segunda quinzena de março (Covid-19). Além disso, a empresa conseguiu implementar parcialmente aumentos de preços no início do ano – estimamos +3% QoQ no mercado doméstico. Nos EUA e no Brasil, a empresa interrompeu parte da produção devido aos impactos do Covid-19. Em relação aos aços especiais, temos o impacto principal vindo da paralisação no setor automotivo. Mantemos nossa recomendação de compra com preço-alvo de R$13/ação.
Usiminas (USIM5) – Neutro
Acreditamos que a empresa deve reportar números estáveis de EBITDA do QoQ no 1T20, com resultados totalmente impactados pelo Covid-19 apenas no 2T20. No segmento de aço, esperamos volumes em linha, preços mais altos (+ 4% no trimestre) e custos mais baixos (-2,5% no trimestre). Na mineração, os menores embarques com fortes chuvas são o destaque do trimestre, mas os resultados do minério de ferro continuam ajudando os números consolidados da empresa. Mantemos nossa recomendação Neutra com preço-alvo de R$5,70/ação.
CSN (CSNA3) – Compra
Esperamos números relativamente baixos em relação ao 4T19, com os resultados da siderurgia sendo totalmente impactados pelo Covid-19 somente no 2T20. O destaque do trimestre é o menor volume de vendas de minério de ferro (-30% T/T) causado por fortes chuvas no sudeste do Brasil. Como resultado, estimamos o EBITDA do segmento R$807 milhões. Além disso, a alavancagem é um grande risco para a empresa no curto prazo, devido à sua dívida em dólares. Esperamos que a relação Dívida Líquida / EBITDA feche o 1T20 em 4,0x. Mantemos nossa recomendação de compra (preço-alvo de R$ 12/ação), com expectativa de níveis saudáveis para os preços do minério de ferro: (i) estímulo chinês após reabertura da economia e (ii) redução do guidance de produção da Vale para 2020.
PAPEL E CELULOSE
Suzano (SUZB3) – Compra
Esperamos volumes relativamente bons (-3,5% QoQ) com continuidade da normalização de estoques e preços estáveis, seguindo preços na China (celulose de fibra curta ~US$460/t). No segmento de papel, esperamos preços relativamente estáveis e volumes mais baixos. É importante destacar que um dólar mais alto no trimestre deve impactar negativamente o lucro líquido e a alavancagem da empresa, podendo atingir 5,6x Dívida Líquida / EBITDA (com Fibria). Mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$43/ação).
Klabin (KLBN11) – Compra
Estimamos números sólidos no 1T20, suportados por preços e volumes saudáveis nos segmentos de celulose e papel. Em celulose, a companhia está rodando próxima da máxima capacidade e os custos estão bem comportados, considerando os altos níveis do dólar, em nossa opinião. Em relação ao segmento de papel, acreditamos em melhores volumes (+5% A/A em média). É importante destacar que um dólar mais alto no trimestre deve impactar negativamente o lucro líquido e a alavancagem da empresa, podendo atingir 4,1x dívida líquida / EBITDA. Temos recomendação de Compra (preço-alvo de R$18,5/ação), devido à demanda saudável por papel/embalagem daqui para frente.
SHOPPINGS E BENS DE CAPITAL
Multiplan (MULT3) – Neutro
Esperamos que o 1T20 já seja parcialmente impactado pelo efeito negativo gerado pelas políticas mais restritivas de distanciamento social. Embora a solução contábil para os descontos ainda não tenha sido definida, assumimos que ela será refletida na linha de receita de aluguel por ora. Dessa forma, esperamos uma queda de ~9% a/a nas receitas de aluguel, parte devido ao desconto de 50% no aluguel mínimo de março, e parte devido à queda no aluguel percentual. Esperamos queda de ~12% a/a nas receitas de estacionamento. Por fim, devido ao fechamento dos shoppings em parte do mês de março, esperamos um indicador SSS (vendas mesmas lojas) fraco. Importante ressaltar que regra contábil utilizada poderá resultar em números materialmente diferentes desses colocados acima.
brMalls (BRML3) – Compra
Devido ao fechamento da maioria dos shoppings da brMalls já em parte de março, esperamos (i) vendas mesmas lojas (SSS) no campo negativo, (ii) queda de ~13% a/a no aluguel percentual e (iii) queda de ~23% a/a nas receitas de estacionamento no 1T20. Seguindo a política da empresa em relação aos aluguéis, também esperamos queda no aluguel mínimo na comparação anual e um aumento nas provisões.
Iguatemi (IGTA3) – Compra
Esperamos que o 1T20 já seja parcialmente impactado pelo efeito negativo gerado pelas políticas mais restritivas de distanciamento social. Embora a solução contábil para os descontos ainda não tenha sido definida, assumimos que ela será refletida na linha de receita de aluguel por ora. Dessa forma, esperamos uma queda de ~9% a/a nas receitas de aluguel, parte devido ao desconto de 50% no aluguel mínimo de março, e parte devido à queda no aluguel percentual. Esperamos queda de ~12% a/a nas receitas de estacionamento. Por fim, devido ao fechamento dos shoppings em parte do mês de março, esperamos um indicador SSS (vendas mesmas lojas) fraco. Importante ressaltar que a regra contábil utilizada poderá resultar em números materialmente diferentes desses colocados acima.
Weg (WEGE3) – Neutro
Esperamos impactos ainda limitados nas operações decorrentes do surto de Covid-19, que limitou operações em países como Colômbia, Argentina e África do Sul. Esperamos que os segmentos de motores para uso doméstico e tintas e vernizes apresentem sinais de desaceleração, segmentos que tendem a responder mais rápido à atividade econômica, enquanto a desvalorização cambial na comparação anual deverá ter um papel representativo no crescimento das operações internacionais.
TRANSPORTES
Gol (GOLL4) – Neutro
Os números apresentados para o 1T20 incluem R$ 595 milhões relacionados à venda de aeronaves e excluem despesas não recorrentes de R$ 159 milhões. Os resultados do trimestre já refletem em parte (i) um Real mais depreciado e (ii) uma menor oferta de voos, que por sua vez reflete a resposta da companhia a políticas mais restritivas de distanciamento social e o consequente impacto negativo sobre a demanda.
Azul (AZUL4) – Compra
Esperamos que os números do 1T20 já reflitam parcialmente os impactos da disseminação da Covid-19, com (i) crescimento de oferta e demanda desacelerando já em meados de março por conta de políticas restritivas de distanciamento social (crescimento anual de 12% e 11%, respectivamente), (ii) um câmbio mais depreciado, (iii) queda na receita unitária (por ASK), estimada em ~1% a/a e crescimento no custo unitário próximo a 6,5% a/a.
Localiza (RENT3) – Compra
Em geral, esperamos um trimestre positivo nas operações de aluguel, com crescimento sequencial e impacto limitado do surto de Covid-19. Estimamos crescimento de ~28% a/a nos volumes de RAC e de ~20% a/a nos volumes de Aluguel de Frotas. Já em Seminovos, devido ao fechamento das lojas durante parte da segunda quinzena de março, estimamos volumes modestos. Nossa estimativa é de crescimento de volume de 3% a/a, apesar do forte crescimento da frota (~30% a/a).
Movida (MOVI3) – Compra
Esperamos mais um trimestre com crescimento sequencial nos volumes de aluguel, impulsionados principalmente pelo segmento de gestão de frotas (GTF) e com reflexo limitado do surto de Covid-19. Esperamos crescimento de ~30% a/a nos volumes de GTF e de ~20% a/a nos volumes de aluguel de veículos (RAC). Esperamos margem de Seminovos melhor sequencialmente (em 0,2%). O aumento na depreciação, no entanto, deverá limitar parcialmente o crescimento de lucro.
Unidas (LCAM3) – Compra
Esperamos mais um trimestre com volumes fortes, especialmente no segmento de aluguel de veículos (RAC), com um crescimento de ~37% a/a nos volumes desse segmento e crescimento de ~9% a/a nos volumes de terceirização de frotas. Em Seminovos, já esperamos volumes e margens parcialmente impactados pelo fechamento das lojas durante a segunda quinzena de março (esperamos ~16,3 mil veículos vendidos).
CCR (CCRO3) – Neutro
Estimamos uma queda de aproximadamente 4% a/a no tráfego das rodovias em bases comparáveis (ex-ViaSul), uma queda de ~9% a/a no volume de passageiros no segmento de Mobilidade Urbana e uma redução aproximada de 14% a/a no volume de passageiros nos Aeroportos. Com isso, estimamos uma receita líquida consolidada em leve queda na comparação anual (de ~2% a/a), acompanhada de uma redução de ~1,8 p.p. na margem EBITDA consolidada.
Ecorodovias (ECOR3) – Compra
Conforme já reportado pela Ecorodovias, o tráfego deve totalizar ~ 90mn veículos equivalentes, queda de ~4% a/a em bases comparáveis (desconsiderando Eco050 e Eco135), ou +21% a/a considerando esses projetos. Os números já foram impactados por políticas mais restritivas de distanciamento social, que resultaram em uma redução de 25% a/a no tráfego comparável na segunda quinzena de março. Esperamos margem EBITDA nas rodovias de ~73,5% (-~ 20 pontos-base a/a).
VAREJO
RD (RADL3) – Neutro
No geral, esperamos um resultado sólido, em parte suportado pela aceleração no volume de vendas, decorrente da crise desencadeada pelo coronavírus. Entretanto, esperamos que as vendas tenham sido negativamente impactadas por uma desaceleração nas vendas durante a última semana de março. Esperamos um crescimento de vendas no conceito mesmas lojas de +12,1% (vs. 11,3% no 4T19 e 5,6% no 1T19) e +7,2% para lojas maduras. Em relação à rentabilidade, estimamos uma leve contração de margem EBITDA de -0,4 p.p. A/A em função de um aumento de despesas no período. Por fim, esperamos um crescimento de lucro de 16,4% A/A.
Lojas Americanas (LAME4) – Neutro
Esperamos um resultado neutro, negativamente impactado pelo período de quarentena relacionado ao COVID-19, especialmente durante as duas últimas semanas de março, mas com a companhia tendo fechado apenas 200 das suas ~1700 lojas. Esperamos que as vendas da empresa tenham crescido +3,6% A/A, e permanecido estáveis no conceito mesmas lojas (vs. +6,5% no segundo semestre de 2019). Também esperamos um progresso importante em relação às iniciativas de multicanalidade (“ship from store” e “pegue na loja hoje”), com uma maior integração com o e-commerce (B2W) em grande parte das lojas da companhia. Por fim, projetamos um crescimento de EBITDA de +3,9% A/A, com margem estável na comparação anual, e um crescimento de lucro de +12,7% A/A, atingindo R$ 35 milhões no 1T20.
B2W (BTOW3) – Neutro
Esperamos um resultado positivo, com a empresa tendo mantido um forte ritmo de vendas totais (GMV) no trimestre. Projetamos um crescimento de +29% A/A, em linha com o resultado apresentado no segundo semestre de 2019. Com isso, esperamos que as vendas líquidas tenham crescido +15,9% (contra +12,2% no 4T19), com uma expansão de margem EBITDA de +0,7p.p A/A, atingindo 7,2%. Por fim, estimamos um prejuízo de R$ 80 milhões no 1T20, uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 139 milhões reportado no mesmo trimestre do ano anterior.
LOCAWEB (LWSA3) – Compra
Esperamos resultados sólidos, com crescimento de 22,6% A/A nas vendas, impulsionado pela forte aceleração da operação de Commerce. Entretanto, esperamos uma pressão de margem EBITDA de 2,4bp A/A, em função principalmente de impactos negativos (efeitos pontuais) no segmento de Be Online/Saas relacionados ao coronavírus. Por fim, projetamos um lucro líquido de R$ 3 milhões no trimestre.
PÃO DE AÇÚCAR (PCAR3) – Compra
Esperamos um resultado neutro para o trimestre. As vendas já foram divulgadas. No Brasil, a receita bruta atingiu R$ 15,9 bilhões, tendo crescido 15% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1T19), com destaque para a operação de atacarejo (Assaí). Em relação à rentabilidade, na operação brasileira estimamos uma expansão de 76bp na margem EBITDA no trimestre para o Assaí, porém uma contração de 116bp A/A de margem EBITDA para a operação de Varejo.
C&A (CEAB3) – Compra
Esperamos um resultado fraco, essencialmente em função dos efeitos da crise desencadeada pelo coronavírus. Estimamos uma queda de vendas de -11,9% na comparação anual, no conceito mesmas lojas, parcialmente compensada pelo crescimento robusto da operação de e-commerce (+63% A/A), ainda que pouco representativa (~3% das vendas). Em relação à rentabilidade, apesar da margem bruta relativamente estável, esperamos que a queda de vendas gere uma pressão de margem EBITDA consolidada de 5,2bp A/A.
VIVARA (VIVA3) – Compra
Esperamos um resultado fraco, com queda de vendas de -5,9% A/A no conceito mesmas lojas, decorrente dos efeitos causados pela crise desencadeada pelo coronavírus. Apesar da sólida expansão de margem bruta no trimestre, (2,6p.p A/A), mesmo com a alta significativa do preço do ouro, esperamos uma pressão de margem EBITDA de 4,1bp A/A, em função da queda de vendas.
CARREFOUR (CRFB3) – Neutro
Esperamos um resultado neutro para o trimestre. As vendas já foram divulgadas, com destaque para a receita total que apresentou um sólido crescimento de +12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior (+7,4% no conceito mesmas lojas), tendo atingido R$ 15,9 bilhões, decorrente principalmente da aceleração de vendas nas duas últimas semanas de março. Por outro lado, estimamos uma leve contração de 38bp e 18bp A/A na margem EBITDA no trimestre para o Varejo e Atacadão, respectivamente – parcialmente afetada por um efeito mix.
Lojas Renner (LREN3) – Compra
Esperamos um resultado fraco, essencialmente em função do fechamento temporário das lojas. Na operação de varejo (85% do EBITDA total) estimamos uma queda de vendas no conceito mesmas lojas de -9,4% na comparação anual, e uma pressão de margem EBITDA de -7p.p. A/A. Já na Realize (operação financeira), esperamos uma contração de EBITDA de -63.9% A/A, em função de maiores provisões relacionadas à potencial deterioração dos índices de inadimplência em meio à crise.
Magazine Luiza (MGLU3) – Compra
Esperamos um resultado fraco, essencialmente em função do fechamento temporário de lojas físicas. Estimamos uma queda de vendas no conceito mesmas lojas de -8,0% A/A, parcialmente compensado pelo crescimento de vendas totais no canal online (GMV) de +76,4% incluindo a Netshoes (+51% A/A orgânico), porém com desaceleração em relação ao 4Q19 (96,0% A/A). Em relação à rentabilidade, apesar da margem bruta relativamente estável, esperamos que a queda de vendas no trimestre gere pressão de margem EBITDA de -2,8 p.p. A/A.
Construção Civil
EZTec (EZTC3) – Compra
Esperamos uma queda nos resultados da EZTec para o 1T20 em relação ao trimestre anterior principalmente devido a uma menor contribuição das vendas de lançamentos grandes projetos (como o Parque da Cidade no 4T19). Isso deve levar a companhia a reportar um reconhecimento menor de receita no primeiro trimestre, porém sem impacto na sua margem bruta do período. Estimamos uma geração de caixa no trimestre próxima de zero, pressionada pincipalmente pela aquisição de novos terrenos durante o primeiro trimestre. Apesar da pressão momentânea na geração de caixa, ressaltamos que a companhia possui mais de R$1bilhão de caixa líquido (mais caixa do que dívidas), o que lhe garante uma liquidez confortável para atravessar a crise advinda do COVID-19 nos próximos meses.
Cyrela (CYRE3) – Compra
Apesar dos números operacionais positivos reportados no primeiro trimestre, esperamos uma queda significativa nos resultados da Cyrela no período versus o trimestre anterior devido a maior proporção de projetos não consolidados em seu balanço (projetos lançados através de parceiros/JVs). Adicionalmente, estimamos uma queda na geração de caixa operacional (ex-dividendos), impactada principalmente pelos gargalos nos repasses de unidades do programa Minha Casa Minha Vida no 1T20 e que deve levar a Cyrela a reportar geração próxima de zero no período.
ELÉTRICAS
AES Tietê (TIET11) – Compra
Os resultados da AES Tietê no 1T20 devem refletir a melhora das condições de hidrologia e menores preços no mercado de curto prazo ao longo do trimestre.
Engie (EGIE3) – Neutro
Os resultados da Engie no 1T20 devem refletir a melhora das condições de hidrologia e menores preços no mercado de curto prazo ao longo do trimestre e a incorporação dos resultados da TAG na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Taesa (TAEE11) – Neutro
Não enxergamos grandes surpresas nos resultados da TAESA, tendo em vista que o segmento de transmissão é pautado em receitas fixas corrigidas pela inflação.
Equatorial (EQTL3) – Neutro
Os resultados da Equatorial devem refletir os dados de venda de energia apresentados no resultado operacional do 1T20, o qual não demonstrou impactos relevantes relacionados à pandemia do coronavirus.
Cemig (CMIG4) – Neutro
Os resultados da Cemig no 1T20 devem refetir uma deterioração inicial dos volumes na divisão de distribuição de energia como consequencia da pandemia do COVID-19 e as subsequentes quarentenas.
EdP (ENBR3) – Compra
Os resultados da EdP no 1T20 devem refletir a performance apresentada no release operacional da companhia, segundo o qual o segmento de distribuição apresentou uma queda de volumes, o que acreditamos que reflita os efeitos iniciais da pandemia do COVID-19 e as subsequentes quarentenas.
Copel (CPLE6) – Compra
Os resultados da Copel no 1T20 devem refetir uma deterioração inicial dos volumes na divisão de distribuição de energia como consequencia da pandemia do COVID-19 e as subsequentes quarentenas.
Omega (OMGE3) – Compra
Os resultados da Omega devem refletir a incorporação de vários ativos ao longo dos últimos trimestres.
SANEAMENTO
Sabesp (SBSP3) -Neutro
Apesar de estimarmos fortes resultados operacionais para a Sabesp devido a um maior consumo de água, estimamos que a empresa reporte um prejuízo no 1T20 devido aos impactos da desvalorização do real de -30% sobre financiamentos em moeda estrangeira (R$6,36 bilhões de um total de R$13,2 bilhões).
Sanepar (SAPR11) – Compra
Estimamos resultados fortes para a Sanepar no 1T20 como reflexo de notícias referentes a um maior consumo per capita de água por questões de higiene em meio à pandemia do coronavírus, sendo tal efeito parcialmente compensado por nossa expectativa de aumento de provisões para inadimplência.
DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS
Ultrapar (UGPA3) – Neutro
Esperamos que os resultados da Ultrapar no 1T20 reflitam os efeitos negativos da pandemia do COVID-19 devido à natureza cíclica dos diferentes negócios do grupo. Em particular, destacamos como potencial surpresa negativa a performance da distribuidora de combustíveis Ipiranga no trimestre, tanto do ponto de vista de volumes (queda de -2,6% no 1T20 em relação ao mesmo período no ano anterior, com base nos dados do Sindicom) como em função dos impactos negativos em estoques como resultado da queda dos preços de petróleo. Por outro lado, parte da deterioração de resultados de grupo pode ser compensada na divisão de petroquímicos Oxiteno, devido aos efeitos positivos da depreciação cambial no trimestre e da queda de preço de commodities que compõem a base de custos da subsidiária.
Cosan (CSAN3) – Compra
Nossa previa dos resultados do 1T20 reflete (i) os volumes de distribuição de combustíveis conforme divulgados pelo SINDICOM, (ii) fatores sazonais da safra 2019/20 de cana de açúcar, (iii) menores preços de etanol devido à queda dos preços de petróleo e (iv) pequenos impactos associados à pandemia do COVID-19, haja visto que as quarentenas começaram em meados de março.
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