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O que são Fundos de Renda Fixa e como investir?

Saiba o que são Fundos de Renda Fixa, os tipos existentes, como investir nesses fundos, prazos e tributação nesse tipo de investimento.

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O que são Fundos de Renda Fixa e como investir?

Um fundo de renda fixa funciona como uma carteira de investimentos segura com rendimentos previsíveis e baixa oscilação, como CDBs, títulos públicos e outros. Ela é administrada por um gestor profissional.

Assim, quando você investe em um fundo de investimentos deste tipo, você estará adquirindo cotas do fundo e seu dinheiro passará a ser gerido pelo gestor. Esse profissional pode gerenciar essa carteira de acordo com suas estratégias de investimentos. Por isso é importante conhecer e confiar bem em seu gestor.

Nunca invista em um fundo sem conhecer o seu gestor, suas estratégias e todos os detalhes contidos no prospecto do fundo.

Investir em fundos de renda fixa é um ótimo início para novos investidores.

Os fundos de renda fixa permitem que você invista em vários produtos de renda fixa a partir de um único investimento. Ele pode ser composto por títulos privados e públicos.

Uma das vantagens dessa categoria de fundo é a capacidade de se adaptar ao mercado, além de ser um fundo gerido por instituições financeiras idôneas.

Dessa maneira, é possível alocar seu dinheiro em diferentes ativos, sem a necessidade de realizar aportes separados. Com isso, os riscos de possíveis perdas também são reduzidos.

O rendimento de um fundo de renda fixa está diretamente ligado ao desempenho dos ativos, além das taxas cobradas.

Nesse artigo vamos falar sobre:

O que são fundos de renda fixa?

Explicando de uma maneira simples, ofundo de renda fixa é uma carteira de investimentos. Neste caso, é uma carteira formada por opções da renda fixa, como LCI / LCA, CDBs e títulos do Tesouro Direto.

Na prática, a maioria dessa categoria de fundos possui, no mínimo, 80% de aplicações em renda fixa. Assim, existe a possibilidade de os outros 20% serem derivativos.

Essa categoria de fundo de investimento é controlado por um gestor especializado, tendo como objetivo entregar um bom rendimento aos investidores, com um baixo risco.

A presença dos derivativos é relativa a possíveis alavancagens, principalmente em momentos econômicos em que o rendimento da renda fixa está em baixa.

Apesar de poder ser composto por títulos cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), os fundos de renda fixa não são cobertos por essa garantia.

Afinal, muito deles são compostos por títulos de créditos privado como debêntures e outros produtos da renda fixa que possuem mais risco.

Como funciona fundo de renda fixa

Ao investir em um fundo de renda fixa, você compra parte dele. Essa parte é conhecida como cota. O gestor então pode realizar aportes em diferentes ativos, conforme a política do fundo em questão. Ele, aliás, é o único que pode ajustar a composição desse fundo.

Quando investe em um fundo de renda fixa, é importante que você acompanhe todos os relatórios e informativos que são divulgados acerca dos fundos. Só assim é possível identificar se o rendimento em questão está de acordo com seus objetivos financeiros.

Tipos de fundo de renda fixa

Os fundos de renda fixa possuem diferentes classificações baseadas em sua composição, prazo e objetivo, previstas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Os principais tipos são:

Simples

Um fundo de renda fixa simples é focado em investidores pequenos e iniciantes. Isso se dá porque, normalmente, suas metas são de custos menores.

Por conta disso, 95% da sua formação é referente a títulos públicos e alternativas privadas de baixo risco.

Neste caso, não é permitido que o gestor do fundo realize aportes em investimentos do exterior. Com isso, ele proteger os investidores de uma possível volatilidade.

Curto prazo

Esses fundos possuem títulos com prazos de vencimentos menores. Seu prazo é de 365 dias, sendo que o limite da carteira não pode ultrapassar 60 dias.

Apesar disso, seu risco também é baixo. Assim, o gestor só pode compor sua carteira ou com títulos privados – atrelados à Taxa Selic, ou prefixados. Existem também as demais opções do Tesouro Direto.

Longo prazo

Um fundo de longo prazo possui um vencimento acima de 365 dias, flexibilizando a atuação do gestor.

Em sua composição pode haver títulos privados e títulos públicos, pós e pré fixados. Dessa maneira, o risco envolvido é um pouco maior. Existe também a vantagem de a rentabilidade ser maior que das outras categorias.

Referenciado DI

O fundo de renda fixa referenciado tem seu rendimento baseado em um índice de referência, como o IPCA. Assim, 95% dos aportes realizados pelo gestor são em títulos indexados ao índice em questão.

Apesar disso, é preciso possuir um mínimo de 80% de títulos de baixo risco na composição desse tipo de carteira.

Dívida externa

Este fundo possui, no mínimo, 80% de suas aplicações em títulos da dívida externa do Governo Federal. Com isso, o gestor não pode realizar aportes em títulos nacionais.

Crédito privado

Esse fundo oferece risco um pouco maior, já que ele costuma ser mais flexível. Pelo menos metade dessa carteira é composta por títulos privados, como debêntures, emissões bancárias e FIDCs. Podem ser divididos em três tipos de produto:

  • Grau de Investimento (high grade) – investem em ativos de baixa classificação de risco de crédito, como letras financeiras, CDBs de grandes bancos e debêntures de liquidez elevada. Usualmente, os fundos apresentam prazo curto de cotização de resgate, variando de 0 a 15 dias.
  • High Yield – possuem perfil de risco mais elevado, se comparado aos fundos grau de investimento, e consequentemente maiores objetivos de retorno. Em geral, os fundos possuem prazo de cotização de resgate de 15 a 30 dias, podendo chegar a 60 dias ou mais, a depender da liquidez dos ativos da carteira.
  • Debêntures Incentivadas – investem em debêntures de infraestrutura, de acordo com a Lei 12.431. Dada a importância do financiamento dessas empresas com projetos de longo prazo, o investidor pessoa física que aplica nesses fundos possui isenção fiscal do imposto de renda.

Nota 1: há fundos da estratégia crédito privado que pertencem à classe multimercado, mas investem prioritariamente nos mesmos ativos que os fundos de renda fixa, com a diferença de que possuem liberdade para fazer operações com derivativos como forma de proteger o portfólio ou comprar ativos no exterior. Ex.: AZ Quest Altro FIC FIM CP

Nota 2: os ativos de crédito privado, por serem negociados em mercado de balcão, tendem a apresentar volume reduzido de negociação, o que dificulta seu processo de precificação. Com isso, nem sempre a volatilidade do papel reflete o risco de crédito associado. No caso de inadimplência de uma empresa ou instituição, ocorre o chamado evento de crédito, e o ativo sofre uma desvalorização brusca, o que traz descontinuidade à performance do fundo.

Além dos fundos de crédito, existem produtos focados no investimento em juros ou inflação.

  • Juros: investem apenas em taxas de juros, a partir de LTNs ou contratos futuros de DI. Podem apresentar gestão ativa ou passiva.
  • Inflação: investem apenas em inflação, por meio de NTN-Bs ou contratos futuros de juro real. Assim, como os fundos de juros, podem apresentar gestão ativa ou passiva.

Vantagens de investir no fundo de renda fixa

Ao investir em um fundo de renda fixa, você conta com diversas vantagens, que podem ajudar a alcançar seus objetivos financeiros.

É fundamental que você conheça as principais vantagens dos fundos de renda fixa:

  • Gestão profissional: ao contar com a administração de um profissional especializado, você não precisa gerir a compra e venda de ativos da sua carteira
  • Praticidade: ao investir em fundos de renda fixa, não há a necessidade de acompanhar todos os dias os resultados do mercado financeiro;
  • Diversificação: através desse tipo de fundo, é possível investir em diversas opções de aplicações ao mesmo tempo;
  • Rentabilidade: a rentabilidade de um fundo de renda fixa costuma ser maior que a do CDI;
  • Liquidez elevada da aplicação: se comparado ao investimento em emissões bancárias, cujo resgate é feito de 1 a 2 anos em geral;
  • Facilidade operacional: na aplicação via fundo de investimento, dado que não é preciso resgatar a aplicação ao vencimento dos ativos do portfólio;

Um fundo de renda fixa pode ser agressivo?

Sim. Tudo vai depender da composição do fundo de renda fixa escolhido. Assim, é importante que você conheça quais ativos compõem cada um deles, a fim de alcançar mais rapidamente seus objetivos financeiros.

Rendimento do fundo de renda fixa

Antes de investir em qualquer tipo de ativo da renda fixa, é importante entender o funcionamento de sua rentabilidade.

É essencial realizar simulações com base na quantia que você possui e no tempo que seu dinheiro irá permanecer aplicado.

Calculadora de fundo de renda fixa (simulação de investimento)

Por exemplo, caso você possua R$ 50 mil para investir em um período de um ano, uma ótima opção seria realizar um aporte em um fundo DI da XP.

No final deste período (12 meses), seu dinheiro teria rendido R$ 18.183. Caso você tivesse optado por investir em um fundo DI de um banco tradicional, seu rendimento teria sido de R$ 409 a menos, por exemplo.


gráfico rendimento de fundos de renda fixa

Quando investir no fundo de renda fixa

Um fundo de renda fixa pode ser uma ótima opção para investidores iniciantes. Principalmente porque, por meio deles, é possível ter uma boa rentabilidade com um baixo risco. O mesmo serve para perfis de investimento conservadores ou moderados.

Por ser um fundo gerido por profissionais, você só se preocupa com seu rendimento. Fundos de renda fixa também são ideais para investidores que possuem patrimônios reduzidos. Isso porque com esse fundo, é possível investir em diversos produtos de renda fixa, como derivativos e títulos públicos.

Eles também costumam oferecer baixo risco e um rendimento maior que o CDI, o que diminui a volatilidade no curto prazo.

Como investir em fundos de renda fixa com a XP Investimentos

Para começar, é importante abrir sua conta na XP Investimentos. Ela é 100% gratuita e digital. A partir disso, fica mais fácil conhecer seu perfil de investidor dentro do seu acesso na plataforma.

Também é necessário conhecer a política do fundo de renda fixa em questão. Acesse os documentos dos fundos, as lâminas de dados e seu regulamento.

Apesar de rentabilidade apresentada não garantir uma performance futura, você precisa analisar o histórico do fundo. Principalmente, analise seu comportamento em períodos de crise econômica e de estresse do mercado.

Para isso, você pode utilizar os rankings disponibilizados pela XP.

Tributação: Custos e taxas

Existem algumas taxas e custos para investir em fundos de renda fixa. Então, procure conhecer essas taxas antes de realizar qualquer aporte.

IOF

O IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras. Sua incidência se dá sobre o investimento nos primeiros 30 dias de aplicação.

Então, caso você venha a resgatar seu patrimônio dentro desse período, sua rentabilidade será reduzida.

tributação em fundos de renda fixa

Imposto de Renda

Além do IOF, o Imposto de Renda (IR) regressivo também é cobrado sobre o rendimento dos seus investimentos de fundos de renda fixa.

Quanto mais tempo você deixar seu dinheiro aplicado, menor será a porcentagem de IR cobrado. A alíquota do imposto varia conforme uma tabela regressiva, que depende da classificação tributária do fundo, seja curto prazo ou longo prazo.

Esse valor incide automaticamente sobre o lucro do investimento, seja no momento do resgate da aplicação, ou nos meses de maio e novembro, em que a cobrança do imposto é antecipada pela Receita Federal por meio do come-cotas.

Confira abaixo como funciona a regressão da alíquota desse imposto:

gráfico - imposto sob fundos de renda fixa

     Tabela regressiva do Imposto de Renda – Fonte: Receita Federal 

Taxa de administração

A taxa de administração está presente em todos os tipos de fundo. Ela é cobrada anualmente, e é destinada ao pagamento da estrutura, do gestor e da instituição emissora desse investimento.

Esse percentual pode variar de acordo com o fundo.

Taxa de performance

A taxa de performance incide sobre a rentabilidade de um determinado fundo, quando ele rende acima do esperado. Quando isso acontece, dizemos que ele superou o benchmark.

No entanto, não são todos os fundos que cobram esse tributo.

Conclusão

Um fundo de renda fixa é uma carteira que possui, em média, 80% de títulos públicos. Além disso, seu rendimento é sempre comparado com o CDI.

Ele é controlado por um profissional que possui o know-how necessário para gerir seu investimento da melhor forma possível. Esse gestor controla a venda e compra de ativos da sua carteira, buscando obter a melhor rentabilidade para seus investidores.

Para investir em um fundo, você precisa adquirir partes deles, as chamadas cotas. Ele conta com a incidência do IOF, Imposto de Renda, taxa de administração e, em alguns casos, taxa de performance.

Essa é uma opção bastante indicada para investidores iniciantes ou conservadores, já que é considerado de baixo risco.

Existem alguns modelos de fundo de renda fixa:

  • Simples
  • Curto prazo
  • Longo prazo
  • Referenciado
  • Dívida externa
  • Crédito privado

É fundamental conhecer a fundo todos esses fundos de renda fixa antes de investir.

Não esqueça de analisar o histórico de rentabilidade do fundo em questão, além das tributações adotadas.

Essa alternativa de investimento não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos. Então, é importante investir com uma instituição financeira idônea.

Temos ótimos produtos para compor sua carteira, de modo a melhorar seus resultados. Assim, você consegue alcançar seus objetivos financeiros mais rapidamente.

Caso você queira saber mais sobre as opções da renda fixa, continue aprendendo com os conteúdos da XP.

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