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Resumo Diário de Política 25/11/2020: Jair Bolsonaro fala sobre auxílio emergencial

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar no fim do dia sobre o futuro do auxílio emergencial — e o fez em linha com o discurso adotado pela equipe econômica, de que a prorrogação só vem em caso de segunda onda (https://glo.bo/3o7Er07 e https://bit.ly/3fwr2vj). “A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil”. O discurso fortalece a tese de que, sem segunda onda, a ideia do governo não é prorrogar o auxílio emergencial. Com pouco tempo para aprovação de um programa definitivo no Congresso, os esforços caminham para o Bolsa Família dentro dos limites possíveis, com a discussão sobre o teto se estendendo para 2021.

Mesma linha adotaram o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, o da Fazenda, Waldery Rodrigues (https://glo.bo/2JaN6j6 e https://bit.ly/377Dkq7) — que disseram que, ainda que haja segunda onda, o gasto seria em “escala muito menor”.

E, com o período eleitoral chegando ao fim e entraves para a extensão do auxílio, o governo intensifica suas conversas com o Congresso para tentar destravar a PEC Emergencial, em um últimos esforço para abrir espaço no teto e acomodar o programa de transferência de renda (https://glo.bo/2V0vk4Q e https://bit.ly/2J5sgBO). O governo fala em tentar votá-la na segunda ou terceira semanas de dezembro. Entrariam no texto os gatilhos; a “semidesindexação” (para benefícios maiores que um salário mínimo); e um corte de subsídios, de 20% a 25% (https://glo.bo/3fBnbwX) (que não abre espaço no teto); além da tentativa de descarimbar receitas de fundos públicos, mecanismo presente na PEC dos Fundos, mas que também não permite novos gastos.

É concreta a disposição de congressistas de criar um programa para substituir o auxílio, mas esse último esforço do governo esbarra no calendário. Se não houver consenso — e, com essas medidas, é difícil haver — os prazos de tramitação praticamente impedem a aprovação ainda em 2020, e as disputas pelas mesas dificultam votações em janeiro de 2021.

Ganham os jornais também as conversas dos candidatos à presidência da Câmara com a esquerda (https://bit.ly/3fwYBNO) — que, nas nossas apurações, está mais próxima do grupo de Rodrigo Maia do que do de Arthur Lira. Há negociações em relação à pauta do próximo presidente e por espaço na mesa — e ressalvas às possibilidade de Maia se candidatar à reeleição. Ainda na temática da disputa, o Supremo formou maioria para manter Lira réu em ação de corrupção passiva (https://bit.ly/2J5NjE6).

O plenário do Senado deve votar hoje a projeto de lei de falências (https://glo.bo/2KIphA1) — o relatório de Rodrigo Pacheco não deve conter alterações de mérito, apenas de redação, o que evita a necessidade de uma nova votação pelos deputados.

Nas redes

O monitor XP-Conatus registrou uma continuação da alta de menções sobre a fala de Paulo Guedes de não prorrogar o auxílio emergencial, principalmente entre opositores ao governo Bolsonaro. Entre os apoiadores do presidente, posicionamentos são dispersos, com críticas aos governadores. Entre as notícias, destaque paras a reação ANGRY (54%), em reforçada pela declaração de Bolsonaro (“Pergunta para o vírus”) e pela fala de Funchal sobre a “poupança” feita com recursos do auxílio.

Internacional

Covid-19: Segundo a OMS, são 58.900.547 casos confirmados 1.393.305 óbitos (https://bit.ly/3ge3REZ).

Notícias sobre vacinas contra a doença continuam em alta: União Europeia fechou acordo para comprar 160 milhões de doses da vacina da Moderna, e a Rússia anunciou que novos testes da Sputnik V mostraram eficácia de 91,4% https://glo.bo/3ftqQwU). 

Nos EUA, após agência do governo americano autorizar o início da transição para o governo Joe Biden, o democrata informou que o processo está avançando rapidamente e que tem acesso a briefings de inteligência diários (https://bloom.bg/33dUbGP). 

Apesar de ter dado aval para o início do processo de transição, Donald Trump ainda não aceitou a vitória de Biden formalmente e continua apresentando recursos no Judiciário para reverter resultados ou postergar a certificação. No entanto, suas ações não têm produzido os resultados desejados. Os ‘swing states’ Michigan, Geórgia, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Minnesota já certificaram os resultados (https://cnn.it/3l2qBde). Vale lembrar que estados devem resolver disputas até 8 de dezembro, e o colégio eleitoral se reúne para votar no dia 14 de dezembro

No Congresso do país, o noticiário indica que parlamentares republicanos e democratas chegaram a um acordo sobre o orçamento público, evitando a paralisação do governo americano após 11 de dezembro (https://bloom.bg/361BR5h).

Hoje é o 695° dia do governo Jair Bolsonaro.

Hoje é o 259° dia da pandemia de Covid-19.

Faltam 4 dias para o segundo turno das eleições municipais.

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