- Carteiras Viva de Renda: Composta por ativos dispostos entre carteiras conservadora, moderada e agressiva, oferecendo as melhores oportunidades para renda passiva.
- Para quem é esta carteira? Para que você desenvolva estratégias diversificadas e otimize suas alocações, como Expert.
- Como o conteúdo ajuda a tomar uma decisão? Oferece, de acordo com o perfil, carteira de ativos que buscam entregar fluxo de renda recorrente através do pagamento de juros e dividendos.
- Periodicidade: Mensal.
“Em investimentos, não há nada que sempre funciona, já que o ambiente está sempre mudando e os esforços dos investidores para responder a essas mudanças amplificam-nas.”
Howard Marks
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Todos já pensaram em viver apenas dos rendimentos de seu patrimônio. Mas como todo bom sonho, nem sempre é simples de colocar em prática.
Rapidamente, aparecem perguntas: Quanto preciso? Onde aplico? Quanto meu dinheiro pode render? Não é arriscado? É possível? Será que isso é para mim?
De tudo que pode ser dito, o mais importante é: SIM! É possível, e é para você!
Não há mágica nem receita pronta, como mostra a frase de Howard Marks. É necessário disciplina, paciência e algo que as pessoas tendem a ignorar: diversificação!
Vamos explorar tudo isso nesta nova versão do relatório para que você Viva de Renda!
O ambiente atual
Setembro foi um mês que trouxe um clima de tensão na política no Brasil entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que tomou conta do noticiário nos primeiros dias do mês, dificultando mais ainda a resolução de questões econômicas que impactam principalmente o cenário fiscal do país. Também pesaram sobre a economia a trajetória da inflação ainda ascendente.
Incertezas se traduzem em volatilidade e por isso tivemos um mês de bastante oscilação nos mercados com o Ibovespa tendo seu pior desempenho desde o primeiro mês da crise do coronavírus em março de 2020, fechando setembro em -6,57%. O Real não escapou das pressões negativas e desvalorizou 5,3% frente ao Dólar. As taxas de juros futuras seguiram projetando um ciclo mais intenso de alta da taxa Selic, que foi para 6,25% em setembro.
No lado internacional as maiores preocupações se tornaram (i) a crise energética em âmbito global, com a escassez de gás na Europa e de carvão na China; (ii) a retirada dos estímulos por parte do Fed (banco central americano) e demais bancos centrais; e (iii) o ritmo de desaceleração da economia chinesa, com destaque para o caso da empresa Evergrande que gerou tensões adicionais sobre o possível contágio para outros segmentos da economia do país.
Na reta final do mês o aumento das Treasuries americanas de 10 anos para patamares acima de 1,5% e as discussões sobre o teto da dívida dos EUA, com os riscos de um shutdown nas atividades do governo federal, trouxeram ainda mais aversão a risco aos mercados e contribuíram para o S&P 500 fechar setembro em -4,82%.
Sobre os fundos imobiliários, o IFIX apresentou queda de -1,24% no mês, após queda de -2,94% em agosto. O índice XPFP, índice de fundos imobiliários de papel da XP, apresentou queda de -0,56%. O Índice de dividendos de ações (IDIV) recuou 4,1%, enquanto o IDA IPCA Infra, que reflete a rentabilidade de uma carteira teórica de debêntures de infraestrutura, teve variação de +0,41%.
Carteiras recomendadas
Para montar as carteiras, vamos usar diversas de nossas ferramentas por dois motivos primordiais: garantir que o risco esteja alinhado com o perfil do investidor, e diversificar nossas fontes de risco e retorno.
Lembrando que não podemos simplesmente montar a carteira e esquecer. Temos que sempre nos adaptar a novas realidades, tanto em relação ao cenário, quanto em relação aos ativos individualmente. Estaremos presentes para lhe ajudar nesta tarefa.
Neste mês, mantivemos a distribuição de pesos entre as classes de ativos, visando manter uma carteira equilibrada de maneira geral, ainda que a parcela de fundos imobiliários esteja com perfil mais conservador. A longo prazo, um fator deve prevalecer: para o perfil moderado, tende a ser sempre mais relevante o peso dos ativos de renda fixa, enquanto para a carteira agressiva, fundos e ações terão preponderância. As carteiras estão detalhadas nas próximas páginas.
Performance das carteiras
No mês de setembro, a carteira moderada apresentou performance de 1,7%,. Com isso, a sua performance acumulada desde o início desse relatório é de +10,2%, sendo 1,9 pontos percentuais acima do IMA-B.
A carteira agressiva apresentou alta de 3,3% no mês de setembro, impulsionada pela performance positiva dos fundos imobiliários RBRF11 e HGRU11 e das ações da AES Brasil (AESB3) no mês. Assim, a sua performance acumulada apresentou ganho de 10,4%, sendo 2,1 pontos percentuais acima do
IMA-B no acumulado.
Vemos essas performances como compatíveis com os perfis de risco de cada carteira, equilibrando maior risco/volatilidade com maior potencial de retorno no longo prazo.
(1) Performance do CRA da Vamos considerada a custo
Carteira Moderada
Ao lado, você vê a carteira atual com a consolidação completa, seguindo nossos pesos recomendados, e com possíveis ajustes em relação às carteiras de Fundos Imobiliários e Top Dividendos, adaptadas aos pesos desta carteira.
Na parcela de fundos imobiliários, continuamos conservadores com o segmento de shopping centers por conta dos impactos das restrições comerciais no início do ano e, consequentemente, das incertezas quanto à velocidade da recuperação econômica. A carteira continua concentrada em papéis mais defensivos, como recebíveis e galpões logísticos.
As principais características que buscamos na renda variável são a perspectiva de pagamento contínuo de dividendos, um dividend yield atrativo, gestão de qualidade, modelo de negócios sólido e natureza mais defensiva.
*Caso você ainda não possua o ativo e ele não esteja disponível no momento da compra, sugerimos com opção o CRA Minerva com vencimento em Abril/2028 (CRA021000RX) ou completar a alocação em um dos fundos de debêntures Incentivadas recomendado.
Carteira Agressiva
Ao lado, você vê a carteira atual com a consolidação completa, seguindo nossos pesos recomendados, e com possíveis ajustes em relação às carteiras de Fundos Imobiliários e Top Dividendos, adaptadas aos pesos desta carteira.
Na parcela de fundos imobiliários, continuamos conservadores com o segmento de shopping centers por conta dos impactos das restrições comerciais no início do ano e, consequentemente, das incertezas quanto à velocidade da recuperação econômica. A carteira continua concentrada em papéis mais defensivos, como recebíveis e galpões logísticos.
As principais características que buscamos na renda variável são a perspectiva de pagamento contínuo de dividendos, um dividend yield atrativo, gestão de qualidade, modelo de negócios sólido e natureza mais defensiva.
*Taxas de títulos de renda fixa podem variar. Esta é, portanto, uma taxa indicativa. Verifique a taxa vigente no momento da aplicação. Caso o ativo indicado não esteja disponível, indicamos a alocação no fundo XP Debêntures Incentivadas Crédito Privado FIC FIM.
Rebalanceamento – Carteira Moderada
Para a carteira de fundos imobiliários, alteramos a composição dos pesos nos fundos de tijolos, aumentando a alocação no segmento de logística através do Bresco Logística (BRCO11), que apresenta descontos atrativos e potencial de upside em seus dividendos no futuro.
Para a nossa carteira Top Dividendos XP, novamente não realizamos alterações esse mês.
Ressaltamos que a rentabilidade dos títulos de renda fixa (debêntures, por exemplo) é sempre um indicativo apenas, por ser um ativo trabalhado “no balcão” – ou seja, caso o investidor queira vendê-lo antes do vencimento, é necessário verificar exatamente qual seria o preço de venda com a corretora e compará-lo com o preço pelo qual foi adquirido. Além disso, os ativos são sujeitos à disponibilidade. Por esse motivo, trazemos como alternativa para o investidor que está iniciando seus aportes o CRA Minerva, com vencimento em Abril/2028 (CRA021000RX) ou completar a alocação em um dos fundos de debêntures Incentivadas recomendado.
Rebalanceamento – Carteira Agressiva
Para a carteira de fundos imobiliários, alteramos a composição dos pesos nos fundos de tijolos, aumentando a alocação no segmento de logística através do Bresco Logística (BRCO11), que apresenta descontos atrativos e potencial de upside em seus dividendos no futuro.
Para a nossa carteira Top Dividendos XP, novamente não realizamos alterações esse mês.
Ressaltamos que a rentabilidade dos títulos de renda fixa (debêntures, por exemplo) é sempre um indicativo apenas, por ser um ativo trabalhado “no balcão” – ou seja, caso o investidor queira vendê-lo antes do vencimento, é necessário verificar exatamente qual seria o preço de venda com a corretora e compará-lo com o preço pelo qual foi adquirido. Além disso, os ativos são sujeitos à disponibilidade. Por esse motivo, trazemos com alternativa para o investidor que está iniciando seus aportes a alocação no fundo XP Debêntures Incentivadas Crédito Privado FIC FIM.
Ativos em carteira
Aqui você encontra uma descrição de cada um dos ativos que estão nas carteiras recomendadas.
Ativos de renda fixa – emissores
Debênture Eneva – Setembro/2035
O ativo possui duration de cerca de 9,7 anos, com taxa em torno de IPCA + 4,8%*, sendo avaliado com rating AA+(bra) pela Fitch Ratings. A Eneva é o maior grupo privado de geração térmica no país, contando com parque de 2,8 GW de capacidade instalada. Por conta de seu sistema verticalizado de produção, o custo de despacho é o mais baixo entre os pares e, portanto, é chamada a operar com frequência. A maior parte da sua receita é fixa, reajustada anualmente pelo IPCA, o que garante relativa previsibilidade de resultados. Considerando-se os poços atuais da empresa, ela conseguiria operar por mais 18 anos sem a necessidade de novas campanhas de exploração ou aquisição de novos ativos. O EBITDA ajustado da empresa apresentou crescimento de 8% em 2020, para R$ 1,6 bilhão. A alavancagem relativamente alta (dívida líquida/EBITDA de 3,3x) é mitigada pelo perfil alongado da dívida, com prazo médio de vencimento de 6 anos. Esperamos que a alavancagem esteja próxima ao seu pico, devido ao intenso cronograma de investimento em desenvolvimento de projetos dos últimos anos, que deve passar a desacelerar em 2021.
CRA Vamos – Novembro/2030
O ativo possui duration de cerca de 6,6 anos, com taxa em torno de IPCA + 5,2%*, sendo avaliado com rating AA-(bra) pela Fitch Ratings. A empresa emissora, Vamos, é uma das principais subsidiárias da Simpar, holding que controla seis empresas independentes, e que é fruto da reestruturação societária do Grupo JSL: JSL, Movida, Vamos, CS Brasil, Original Concessionárias e BBC Leasing. A Simpar é garantidora das dívidas da Vamos e, portanto, representa o risco final da emissão. A empresa possui um forte perfil de negócios e portfólio de serviços diversificado, o que permite que apresente desempenho operacional constante mesmo em ciclos econômicos distintos. Em 2020, a companhia acumulou receita líquida de R$ 9,8 bilhões e EBITDA de R$ 2,2 bilhões, com margem de 23%. No mesmo período, o forte crescimento do EBITDA levou à redução da alavancagem para 3,5x, o que confere à empresa relativo conforto em relação ao seu covenant de alavancagem de 4,4x.
CRA Minerva – Abril/2028
O ativo possui cerca de 5,6 anos de duration, com taxa indicativa de IPCA + 4,9% e rating AA(bra) pela Fitch Ratings. A Minerva é a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, e uma das líderes locais na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados e no processamento de carne bovina, suína e de aves. O atual desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de carne bovina global e a desvalorização cambial vêm beneficiando as operações dos exportadores da América do Sul. A receita líquida da empresa apresentou avanço de 43% no 2T21 frente ao 2T20 para R$ 6,3 bilhões. O EBITDA totalizou R$ 545 milhões, retração anual de 7,7%. A Minerva reportou endividamento líquido de R$ 5,3 bilhões ao fim de junho de 2021, em linha com o registrado em dezembro, enquanto a razão dívida líquida / EBITDA foi de 2,4x, confortavelmente abaixo de seu covenant de 3,5x.
Fundos que investem em debêntures de infraestrutura
XP Debentures Incentivadas Crédito Privado FIC FIM
Lançado em 2014, é um fundo de renda fixa com estratégia Debêntures Incentivadas, ou seja, investe em ativos de crédito privado incentivados, isto é, isentos de imposto de renda. A tomada das decisões de investimento para o fundo é feita de forma colegiada, com uma abordagem de investimentos que combina análises bottom-up e top-down. Com foco em ativos locais, o fundo investe principalmente nos mercados de crédito. O fundo possui objetivo de superar o IMA_GERAL no longo prazo com uma volatilidade esperada de 5,0% ao ano. O fundo possui nível de caixa médio entre 12% e 15%.
ARX Elbrus Advisory Debêntures Incentivadas FIC FIM CP
Lançado em 2019, é um fundo de renda fixa com estratégia Debêntures Incentivadas, ou seja, investe em ativos de crédito privado incentivados, isentos de imposto de renda. A tomada das decisões de investimento para o fundo é feita de forma colegiada, com uma abordagem de investimentos que combina análises bottom-up e top-down. O fundo possui objetivo de retorno de IMA-B 5+0,5% a IMA-B 5+1,3% ao ano no longo prazo com uma volatilidade esperada entre 2 e 4% ao ano. O fundo possui nível de caixa médio entre 10% e 15%, e geralmente possui seus recursos aplicados em algo entre 60 e 80 emissores. O tamanho das posições do fundo usualmente fica entre 1% e 4%, não ultrapassando o valor de 5% por emissor.
Capitânia FIC FI-INFRA RF CP
Lançado em 2018, é um fundo de renda fixa com estratégia Debêntures Incentivadas Não Hedgeado, ou seja, investe em ativos de crédito privado incentivados, ou seja, isentos de imposto de renda. A tomada das decisões de investimento para o fundo é feita de forma colegiada, com uma abordagem de investimentos majoritariamente bottom-up. O fundo possui objetivo de retorno de IPCA+6% a.a. no longo prazo e aloca seus recursos em cerca de 25 emissores, procurando não ultrapassar o limite de 5% por cada caso de investimento. O fundo possui objetivo de ter um nível de caixa médio abaixo de 5%.
Fundos Imobiliários
Capitania Securities II (CPTS11) – Recebíveis
O Capitânia Securities é um fundo imobiliário do segmento de recebíveis com o objetivo de proporcionar rentabilidade por meio do investimento em ativos de origem imobiliária como CRIs e cotas de outros fundos imobiliários. Atualmente, o portfólio do fundo conta com 47,4% em CRIs, 38,9% alocado em outras cotas de fundos imobiliários e o restante em ativos de renda fixa com alta liquidez. Sobre seu portfólio de CRIs, ela possui grande diversificação de segmentos e também um mix saudável de ativos com maior risco e retorno (high yield) e de menor risco (high grade). Sobre seu portfólio de FIIs, grande parte está alocado em FIIs do segmento de CRIs e o restante está estrategicamente alocado em outros segmentos como renda urbana, residencial e lajes corporativas. Com os recursos da última oferta a gestão informou que pretende manter o foco em aumentar a exposição aos CRIs que já estavam em carteira ou similares. Continuando, portanto, com um viés de investimento em ativos mais high grade e com boa liquidez. Esperamos um retorno total de 12,3% nesse ativo para os próximos 12 meses, sendo +2,1% advindo de ganho de capital e +10,1% advindo dos rendimentos do fundo.
RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11) – Recebíveis
O fundo RBR Alpha Multiestratégia é um Fundo de Fundos Imobiliários com objetivo de auferir rendimentos e ganho de capital na aquisição Fundos Imobiliários, Certificados de Recebíveis (“CRIs”) e outros ativos líquidos ligados ao mercado imobiliário. O RBRF11 busca a diversificação de seus investimentos em quatro estratégias, sendo essas: Ativos “Alpha”: (44% da carteira): Principal estratégia do fundo. Foco em FII de imóveis prontos com potencial de valorização; CRI: (38% da carteira): Dívidas imobiliárias com garantias e recebíveis no setor; Ativos “Beta” (17% da carteira): Posições táticas. Foco em FIIs mais sensíveis às oscilações de curto prazo; Liquidez (2% da carteira): Recursos aguardando alocação futura. Do ponto de vista de alocação por segmento, o portfolio está atualmente alocado 39% em Recebíveis, 26% no Segmento Corporativo, 12% no Segmento Logístico, 7% no segmento de Shoppings e 16% em outros segmentos.
Bresco Logística (BRCO11) – Ativos Logísticos
O Bresco Logística é um fundo com um portfólio de ativos de alta qualidade e bem localizados (principalmente próximos na cidade de São Paulo), composto por 11 propriedades que somam 446 mil m² de ABL. 71% desses imóveis são propriedades consideradas last-mile. Em geral, os imóveis do fundo são de alto padrão construtivo, possuem elevada taxa de ocupação (94%) e seus contratos são majoritariamente atípicos (59%), o que traz maior segurança em períodos de incertezas. A maior parte (56,8%) dos vencimentos está concentrada a partir de 2025. Ainda, o fundo possui inquilinos com baixo risco de inadimplência e com alta exposição ao e-commerce destaque para o Mercado Livre, Magazine Luiza e B2W além de outros grandes players globais como Whirlpool e Carrefour. O fundo acumula queda de -8,1% no ano após performance de -3,7% no mês de Agosto, nesses níveis acreditamos que o fundo está negociando em patamares atrativos ao considerar a qualidade do seu portfólio.
CSHG Renda Urbana (HGRU11) – Híbridos
O CSHG Renda Urbana é um fundo imobiliário híbrido com alocações em ativos de varejo (tanto supermercados, quanto de vestuário) e educacional. Em nossa opinião, o fundo possui um portfólio com ativos resilientes como o segmento de supermercados, alta concentração em contratos atípicos (91,3% da receita contratada), vencimentos concentrados somente após 2025 (100%) e inquilinos com boa qualidade de crédito (Lojas BIG, Pernambucanas, YDUQS). O patrimônio líquido do fundo está alocado majoritariamente em imóveis físicos (citados acima), mas também cotas do fundo SPVJ11, FIIs e CRIs (somados representam 24,9% do patrimônio do fundo). No mês de maio, o fundo anunciou uma possível aquisição de 10 ativos imobiliários destinados à atividade de varejo para uma grande varejista de tamanho nacional. No entanto, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) solicitou esclarecimentos por parte do fundo e do proprietário dos imóveis a fim de aprovar a transação. Caso as condições precedentes sejam resolvidas e o CADE aprove a transação, com a aquisição acreditamos em um impacto positivo na distribuição de dividendos. Continuamos com recomendação de compra e estimamos um dividend yield de aproximadamente 6,4% para 2021, o que vemos como atrativo considerando a relação de risco-retorno do fundo.
BTG Pactual Logística (BTLG11) – Ativos Logísticos
O Bresco Logística é um fundo com um portfólio de ativos de alta qualidade e bem localizados (principalmente próximos na cidade de São Paulo), composto por 11 propriedades que somam 446 mil m² de ABL. 71% desses imóveis são propriedades consideradas last-mile. Em geral, os imóveis do fundo são de alto padrão construtivo, possuem elevada taxa de ocupação (100%) e seus contratos são majoritariamente atípicos (58%), o que traz maior segurança em períodos de incertezas. A maior parte (56,8%) dos vencimentos está concentrada a partir de 2025. Ainda, o fundo possui inquilinos com baixo risco de inadimplência e com alta exposição ao e-commerce destaque para o Mercado Livre, Magazine Luiza e B2W além de outros grandes players globais como Whirlpool e Carrefour . O fundo acumula queda de -8,1% no ano após performance de -2,9% no mês de Setembro, nesses níveis acreditamos que o fundo está negociando em patamares atrativos ao considerar a qualidade do seu portfólio.
VBI Prime Properties (PVBI11) – Lajes Corporativas
Os ativos que compõem o portfólio do fundo possuem qualidade ímpar e localização privilegiada na cidade de São Paulo (Ed. Faria Lima 4440, Ed. Park Tower e Torre B Complexo JK). Ainda, seus inquilinos são companhias de grande porte (por exemplo, CCB, UBS, Prevent Senior, Jhonson & Jhonson entre outros) que suportariam um aumento de aluguel cobrado e/ou correção dos alugueis pela inflação. Acreditamos que o fundo está bem posicionado para a retomada do mercado de escritórios, eventual aumento de aluguel real, ou seja, acima da inflação dado que os inquilinos são companhias bem consolidadas e em grande parte do setor de saúde e financeiro. Recentemente o fundo adquiriu 50% do edifício Union Faria Lima que ainda será desenvolvido com previsão de entrega em 2023. O valor total da transação foi de R$ 176,4 milhões e o pagamento será realizado em parcelas após superadas as condições suspensivas. Além disso, o fundo adquiriu 20% da Torre B do Complexo JK de R$ 184,7 milhões sendo que, o pagamento de R$ 41,3 milhões foi efetuado com caixa do Fundo e o saldo remanescente de R$ 143,4 milhões foi pago através da emissão de instrumento de securitização em duas séries. Em nossa visão, a alocação está em linha com a estratégia do fundo e é positiva ao finalizar a parcela em caixa. Por fim, o fundo anunciou a 2ª emissão de cotas com valor total de até R$334,5 milhões.
Renda Variável
Copel (CPLE6) – Setor Elétrico
Destacamos como positiva a nova política de dividendos anunciada pela Copel em janeiro de 2021. De acordo com a nova política as propostas de dividendos regulares serão calculadas conforme os critérios: (i) alavancagem abaixo de 1,5x = 65% do Lucro Líquido Ajustado, (ii) alavancagem entre 1,5x e 2,7x = 50% do Lucro Líquido Ajustado e (iii) alavancagem acima de 2,7x = 25% do Lucro Líquido Ajustado. Com isso, estimamos um dividend yield de 11,8%% em 2021-22 para CPLE6. Mantemos nossa recomendação de Compra nas ações da Copel, com um preço-alvo de R$ 7,5/ação.
Engie (EGIE3) – Geração de Energia
A Engie se destaca pela capacidade diferenciada de se proteger dos efeitos de baixa incidência de chuvas, além de ter expandido sua atuação para os setores de transmissão de energia e transporte de gás, diversificando e mostrando sua eficiência em alocação de capital. Acreditamos que a distribuição de dividendos da Engie se normalize em 2021 para o patamar de distribuição de 100% dos lucros, tendo em vista a situação confortável de liquidez da companhia. Estimamos um dividend yield de 9,8% em 2021-22. Mantemos nossa recomendação neutra em Engie, com preço-alvo de R$ 48/ação.
Banco do Brasil (BBAS3) – Banco
Durante o mês de agosto, as ações do Banco do Brasil performaram abaixo do índice Ibovespa, sendo impactado pelo aumento dos riscos políticos e fiscais. No entanto, os resultados do segundo trimestre foram positivos com revisão de projeção de lucro para cima e boa qualidade de balanço. Com isso, mantemos nossa recomendação de Compra pois acreditamos que o banco apresente uma assimetria de investimento positiva, principalmente com base no valuation atraente do banco, enquanto mantém uma operação defendida e com possível destravamento de valor com uma maior distribuição de dividendos.
Taesa (TAEE11) – Transmissão de Energia
Vemos a posição da Taesa como confortável para manter a distribuição de 100% de lucros em 2021. De acordo com o Estatuto Social da Companhia, o dividendo anual mínimo distribuído é de 50% do lucro líquido ajustado do exercício. Entretanto, a companhia tem apresentado um histórico de pagamento de dividendos bem acima da remuneração mínima que consta em seu Estatuto. Estimamos um dividend yield de 7,8% em 2021-22 para TAEE11. Mantemos nossa recomendação neutra em TAESA, com preço-alvo de R$ 37/unit.
O primeiro passo
Este relatório é apenas o início da jornada que vamos trilhar juntos. Ao se apoiar nele, você conta com uma equipe multidisciplinar de mais de 50 pessoas, focadas em entender o mundo em que vivemos e desdobrar essas conclusões para classes de ativos e, subsequentemente, para cada uma das posições em carteira.
Apesar de todo o conhecimento acumulado por essa equipe, sabemos que aprenderemos coisas novas no caminho, pois o mundo nunca é o mesmo.
Queremos ajudar você a conquistar a independência financeira e a viver uma aposentadoria mais confortável.
Ficaremos muito felizes caso se junte a nós!
Fernando Ferreira, Renan Manda e Camilla Dolle