Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa terminou a semana passada em território positivo, subindo 0,29%, enquanto o ISE fechou a semana em queda (2,48%). Já na sexta-feira, o pregão terminou em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,02%) e o ISE recuando 0,11%.
• No Brasil, (i) o grupo Fleury inaugurou no Rio de Janeiro duas usinas solares fotovoltaicas, instaladas para atender ao consumo de unidades da companhia no Estado – combinada com a compra de energia renovável no mercado livre e o uso de medidas de eficiência energética, o Fleury tem 90,5% do consumo das unidades atendidas por energia renovável; e (ii) a Corsan, controlada pela Aegea, anunciou uma oferta de debêntures “sustentáveis e azuis” que deve movimentar R$ 1,5 bilhão – será a terceira emissão de um título “azul” no país, ou seja, títulos de dívida usados no financiamento de projetos ligados à preservação de recursos hídricos.
• Ainda no país, o BNDES aprovou financiamento de dois projetos de complexos fotovoltaicos dos grupos EDP e Powechina – localizados nos estados de São Paulo e Ceará, os projetos somam cerca de R$ 1,14 bilhão e adicionam aproximadamente 402 MW de potência instalada ao sistema elétrico nacional, segundo informações divulgadas pelo Banco.
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Brasil
Empresas
Siderurgia busca soluções renováveis para reduzir emissões
“Diante do cenário que combina as metas do Acordo de Paris e os impactos das mudanças climáticas, a indústria siderúrgica tem buscado formas de reduzir as emissões de poluentes globais. Integram a agenda de descarbonização no Brasil investimentos em hidrogênio verde, o aumento do uso de sucata nos processos produtivos, a diversificação da matriz de energia com o avanço do uso de renováveis e de gás, além de projetos de uso de briquete, um aglomerado de minério de ferro de alta qualidade que reduz em até 10% as emissões de carbono na produção do aço. Responsável por 8% das emissões globais, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia, o setor siderúrgico é considerado de difícil abatimento de poluentes globais. A produção de aço é altamente dependente do carvão, usado principalmente como agente redutor para extrair ferro do minério e fornecer o teor de carbono necessário ao produto. Cerca de 70% do aço produzido no mundo usa o coque, cuja queima gera gás carbônico. Em dezembro, a Vale inaugurou a primeira planta de briquete de minério de ferro do mundo, na unidade Tubarão, em Vitória (ES). O produto tem o potencial de reduzir em até 10% as emissões de Gases de Efeito Estufa no alto-forno ou possibilitando, no futuro, a produção de aço de zero emissão, quando o hidrogênio verde estiver disponível. Os testes com carga na primeira planta tiveram início em agosto de 2023. Uma segunda planta em Tubarão tem inauguração prevista para este ano. Juntas, terão capacidade de produzir 6 milhões de toneladas por ano — resultado de um investimento de R$ 1,2 bilhão e que gerou 2,3 mil empregos no pico das obras.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Fleury inaugura duas usinas solares no RJ e alcança 90% de consumo atendido por energia renovável
“O grupo Fleury, rede de medicina diagnóstica dona de marcas como Labs e a+, inaugurou no Rio de Janeiro duas usinas solares fotovoltaicas, instaladas para atender ao consumo de unidades da companhia no Estado, a fim de diminuir custos com energia elétrica e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, dentro da política ESG da companhia. Com as usinas, o grupo conclui o plano de investimentos em energia solar iniciado em 2022. Combinada com a compra de energia renovável no mercado livre e o uso de medidas de eficiência energética, o Fleury tem 90,5% do consumo das unidades atendidas por energia renovável. Os 9,5% restantes são provenientes das distribuidoras, no mercado cativo. O modelo adotado pelo Fleury é o de minigeração distribuída, feito em parceria com empresas do segmento, que envolveu a construção das usinas, nos municípios de Paty do Alferes e Carmo. Segundo o diretor de expansão, engenharia clínica e “facilities” do Grupo Fleury, Clóvis Porto, com as cinco usinas em operação, o conglomerado terá economia de 20% nos custos com eletricidade, o que corresponde a cerca de R$ 2,66 milhões por ano, e deixa de emitir anualmente cerca de 1 mil toneladas de carbono. Considerando as compras de energia renovável no mercado livre, o Fleury economiza próximo de R$ 10 milhões por ano com eletricidade, estimou Porto. As despesas com energia elétrica consomem 1% das receitas do grupo. Todos os números, salientou, já consideram a combinação de negócios feita recentemente com a rede Hermes Pardini.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Corsan amplia lista de debênture ‘azul’ com oferta de R$ 1,5 bilhão
“A Corsan, controlada pela Aegea, anunciou uma oferta de debêntures “sustentáveis e azuis” que deve movimentar R$ 1,5 bilhão. Será a terceira emissão de um título “azul” no país. Também nesta semana, a Sabesp anunciou uma oferta de R$ 2,5 bilhões de debêntures desse tipo. Os “blue bonds”, ou debêntures azuis, são títulos de dívida usados no financiamento de projetos ligados à preservação de recursos hídricos, com impacto nos oceanos e na vida marinha. O conceito é parecido com os dos “green bonds”, voltados para projetos com impacto ambiental. No caso da Corsan, o dinheiro será usado para investimentos na implantação, ampliação e adequação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de municípios no Rio Grande do Sul. Os papéis são incentivados, ou seja, com isenção fiscal para o investidor pessoa física. As debêntures serão divididas em duas séries. A primeira vence em dez anos, com amortização ao final do 8º, 9º e 10º ano. Já a segunda vence em 15 anos, com amortização no 13º, 14º e 15º ano. A remuneração será definida após coleta de intenções dos investidores. O Itaú BBA é coordenador líder da operação. Também atuam na oferta BTG Pactual, XP, Safra, Santander, ABC, Citi e Bradesco BBI. A primeira emissão de debêntures “azuis” do país foi feita em novembro de 2022 pela BRK Ambiental para uma concessão em Alagoas. A venda dos papéis movimentou R$ 1,95 bilhão e a demanda superou R$ 3 bilhões. Os papéis foram do tipo incentivado e com prazo de 20 anos. O dinheiro foi destinado para a implantação de serviços de água e esgoto em 13 cidades alagoanas.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
BNDES financia com R$ 1,1 bilhão complexos fotovoltáicos em SP e CE
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de dois projetos de complexos fotovoltaicos dos grupos EDP e Powechina. Localizados nos estados de São Paulo e Ceará, os projetos somam cerca de R$ 1,14 bilhão e adicionam aproximadamente 402 MW de potência instalada ao sistema elétrico nacional, informou o BNDES. Segundo o BNDES, os projetos com garantia física de geração de 116,5 MW médios têm energia suficiente para abastecer cerca de 524 mil domicílios. O banco informou que, com os novos projetos, atinge a marca de R$ 11,8 bilhões em financiamentos a usinas fotovoltaicas, desde a primeira operação, em 2017. Em Ilha Solteira, no noroeste paulista, os R$ 805 milhões de crédito são destinados a seis sociedades de propósito específico do grupo EDP para implantação do complexo fotovoltaico Novo Oriente, com potência instalada de 254,6 MW, e de um sistema de transmissão de uso restrito, compartilhado pelas centrais geradoras que formam o complexo. Com garantia física de geração de 73,5 megawatts médios, o empreendimento produzirá energia suficiente para abastecer cerca de 331 mil domicílios. Com de seis usinas de 40,6 MW e duas de 46 MW, o complexo se conectará ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio de uma subestação coletora e uma linha de transmissão de 4,35 quilômetros. A outra operação destina financiamento de R$ 339 milhões a três empresas – Sunco Energy Brasil Mauriti 3, 4 e 10 – controladas pelo grupo Powerchina, para implantação de três centrais geradoras fotovoltaicas em Mauriti, no Sul do Ceará.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Por protagonismo em veículos elétricos, Brasil precisa de “bateria” de investimentos
“A busca por carros elétricos no Brasil mais que dobrou nos sete primeiros meses deste ano e o dado joga luz sobre uma indústria que disputa investimentos à unha. Os principais players do setor automobilístico que trabalham com modelos elétricos e híbridos enxergam potencial de protagonismo no país em transição energética, mas reconhecem que existem inúmeras barreiras, tanto do ponto de vista da acessibilidade desses veículos quanto a necessidade de regulamentação. Luciana Costa, diretora do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), diz que o Brasil se depara com uma janela de oportunidade inédita em termos de transição energética. “Nenhuma grande economia, nem um país do G20 possui a vantagem competitiva que nós temos”, afirmou, durante o painel “O papel da eletrificação na transição energética”, esta sexta-feira (30), durante a Expert XP 2024. Segundo Luciana, o BNDES é o maior financiador de energia renovável do mundo. “Nós já temos as hidrelétricas, nós já temos energia solar e eólica. Agora, precisamos entrar na segunda onda de transição energética que é a eletrificação”, complementou. Na General Motors, “o direcionamento é 100% elétrico”, afirmou Raquel Mizoe, diretora de engenharia de produtos da GM na América do Sul. A companhia acabou de lançar um SUV elétrico no mercado brasileiro e em breve vai trazer o Equinox, da Chevrolet. Na Stellantis, um grupo jovem, porém formado por empresas experientes do setor automotivo (Fiat Chrysler e Peugeot Citroen), a preocupação com descarbonização vai além do que sai do escapamento do veículo.”
Fonte: InfoMoney; 31/08/2024
Incêndios na floresta amazônica brasileira em agosto atingem o maior número em 14 anos
“O número de incêndios na região da floresta amazônica do Brasil no mês de agosto subiu para o nível mais alto desde 2010, segundo dados do governo no domingo, após uma seca recorde que vem assolando o bioma. As chuvas do ano passado chegaram tarde e foram mais fracas do que o normal porque um padrão climático, conhecido como El Nino, foi sobrecarregado pela mudança climática, deixando a floresta tropical especialmente vulnerável aos incêndios deste ano. Os satélites detectaram 38.266 focos de incêndio na Amazônia em agosto, mais do que o dobro em relação ao ano anterior e o maior número para esse mês desde 2010, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Brasil. Os dados de agosto, que atingiram um recorde de 14 anos, vêm depois que os focos de incêndio do mês passado na região atingiram um recorde de duas décadas. Embora os dados sejam o indicador mais rápido da situação dos incêndios na região, que geralmente atingem o pico entre agosto e setembro, eles não indicam a intensidade. Os incêndios no bioma naturalmente úmido e molhado geralmente começam em fazendas de gado, onde os habitantes locais estão convertendo a selva em pastagens para a criação de gado. O ar mais quente e a vegetação mais seca criaram condições para que os incêndios se espalhem mais rapidamente, além de queimarem com mais intensidade e por mais tempo. O desmatamento também reduziu a capacidade da floresta tropical de produzir chuva e umidade. Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil, disse em uma avaliação inicial dos dados de agosto, na semana passada, que os incêndios foram causados por uma combinação de clima, mudanças climáticas e ações humanas.”
Fonte: Reuters; 01/09/2024
‘Birô verde’ do BC vetou R$ 726 milhões em crédito rural em 2024
“Um dos destaques da agenda de sustentabilidade do Banco Central, o ‘birô verde’ começa a mostrar seus primeiros resultados. Espécie de ‘Serasa da sustentabilidade’ para o crédito rural, ele bloqueou 1.235 registros de operações que estavam em desconformidade ambiental ou social em 2024 até junho, no valor de R$ 726 milhões, segundo a quarta edição do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos do Banco Central, publicada no dia 28. O regulador investiu, nos últimos quatro anos, em tecnologia e cruzamento de dados com outros órgãos (como o Ibama, Funai e Ministério da Justiça) para construir o sistema, diz Claudio Filgueiras, chefe do departamento de regulação, supervisão e controle das operações do crédito rural e do Proagro do Banco Central. “Hoje conseguimos fazer 1300 verificações em tempo real de qualquer crédito rural”, diz. O birô analisa, no momento da contratação, se a propriedade financiada pelo crédito rural não tem sobreposição com terras indígenas, quilombolas, unidades de conservação, áreas embargadas, florestas públicas, além da situação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e existência de trabalho escravo. O crédito rural tem papel de destaque na agenda do BC devido à sua importância para a economia e para o sistema financeiro, representando 11,8% da carteira total de empréstimos dos bancos. Além disso, o setor agropecuário é fundamental nos esforços de mitigação das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Com o tratamento e a análise de dados pelo BC, os bancos passaram a ser confrontados com indícios de operações com maiores riscos frente às próprias políticas e limites internos.”
Fonte: Capital Reset; 02/09/2024
Política
‘Pastel de vento’, política de transição energética chega vazia – e na companhia do gás
““Faltou recheio”. É esse o consenso entre diferentes especialistas do setor de energia e da área ambiental sobre a Política Nacional de Transição Energética, lançada no início da semana pelo governo federal. O “pastel de vento”, como foi caracterizada a política, trouxe as linhas gerais do que será feito, mas deixou de fora prazos para o desenvolvimento de um plano nacional e orientações concretas para a descarbonização do setor. E, para aumentar o mal estar com a falta de um plano concreto, paralelamente o governo publicou medidas que fomentam a indústria do gás natural – combustível fóssil que divide opiniões sobre sua participação na transição energética – e avançam na licitação de novos blocos para exploração de petróleo. A política anunciada cria dois instrumentos: o Plano Nacional de Transição Energética (Plante), com o papel de sistematizar e consolidar as ações dos programas do governo na área, e o Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), um espaço permanente para debate com a sociedade civil. “Depois de tantas menções pelo Ministério de Minas e Energia, o Plante ainda não veio de fato. O que sabemos é que ele vai ser elaborado, sem prazo definido, com base nessa política que dá comandos genéricos”, afirma Marta Salomon, analista do Instituto Talanoa. A política pretende “orientar os esforços nacionais no sentido da transformação da matriz energética nacional para uma estrutura de baixa emissão de carbono”, de acordo com o texto, mas não faz qualquer menção ao estímulo de fontes renováveis, por exemplo. Com apoio do BNDES e da FGV em seu desenvolvimento, o Plante deverá ser desenhado em concordância com outros planos governamentais, como o Plano Clima.”
Fonte: Capital Reset; 30/08/2024
Internacional
Empresas
Taxa de carbono pode mobilizar US$ 2,5 bi para navios net zero em emergentes
“Uma proposta de taxa de carbono apresentada pela Câmara Internacional de Navegação (ICS, em inglês), junto com os governos das Bahamas e da Libéria, pretende mobilizar cerca de US$ 2,5 bilhões por ano para financiar a transição energética do transporte marítimo em países emergentes. O documento (.pdf) entregue à Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês), no início de agosto, defende que o cumprimento das metas de redução de GEE impostas para o setor para 2030, 2040 e 2050 só será plausível se os governos “enfrentarem a situação” e adotarem um mecanismo de precificação de emissões em 2025, para implementação global em 2027. No cerne da proposta está uma taxa cobrada de navios por tonelada de CO2 equivalente emitida, combinada com um mecanismo de feebate (recompensa) para incentivar a produção acelerada e a adoção de combustíveis zero/quase zero carbono. Amônia e metanol derivados de hidrogênio verde, biocombustíveis sustentáveis e novas tecnologias, como captura de carbono a bordo são algumas das possíveis soluções, mas custam caro e não têm escala ainda. O principal objetivo do mecanismo é justamente reduzir a significativa lacuna entre o custo dos combustíveis marítimos convencionais, derivados do petróleo, e essas novas alternativas. Ao mesmo tempo, um fundo de navegação net zero receberia parte dos recursos arrecadados com o imposto para apoiar esforços de redução de GEE marítimo em países em desenvolvimento. “Isso é para ajudar a garantir que a transição do transporte marítimo para o zero líquido seja verdadeiramente global e que os combustíveis verdes estejam disponíveis em todos os portos do mundo”, explica a ICS.”
Fonte: Eixos; 30/08/2024
TotalEnergies investe US$ 100 milhões nos EUA para compensar as emissões climáticas
“A TotalEnergies, uma das maiores empresas petrolíferas francesas assinou um acordo de US$ 100 milhões para ajudar a preservar as florestas dos Estados Unidos em um esquema que permitirá que a empresa desconte a quantidade de gases que causam o aquecimento do planeta que emite em relatórios ambientais oficiais. O acordo com os parceiros Anew Climate e Aurora Sustainable Lands prevê a redução da extração de madeira em 300.000 hectares em 10 estados – a ideia é que as árvores preservadas sequestrem CO2 e evitem que ele entre na atmosfera e aumente os níveis de temperatura global. A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, incentivou o uso voluntário de tais programas, que produzem créditos de carbono que as empresas usam para compensar o CO2 liberado por seus próprios negócios. No entanto, estudos recentes descobriram que vários grandes projetos de proteção florestal não conseguiram cumprir as reduções de emissões prometidas, abalando a confiança no mercado de compensação, que encolheu pela primeira vez em pelo menos sete anos em 2023. “A TotalEnergies recebeu de forma muito positiva os princípios orientadores recentemente publicados pelo governo dos EUA sobre os Mercados Voluntários de Carbono e está comprometida em segui-los para contribuir com o fortalecimento da integridade e da transparência nesses mercados”, disse Adrien Henry, vice-presidente de soluções baseadas na natureza da TotalEnergies, em um comunicado na sexta-feira. As empresas não informaram quantas compensações seriam geradas pelo investimento. A TotalEnergies tem a meta de gastar US$ 100 milhões por ano em projetos que compensem pelo menos 5 milhões de toneladas métricas de CO2 anualmente até 2030.”
Fonte: Reuters; 30/08/2024
A influência da Amazon e do fundo de Bezos sobre o mercado de crédito de carbono gera alarme
“A influência do grupo filantrópico de US$ 10 bilhões da Amazon e de Jeff Bezos sobre o mercado de crédito de carbono está gerando alarme, em uma batalha crescente sobre como as grandes empresas de tecnologia e os grupos corporativos buscam atingir metas climáticas rigorosas. O Bezos Earth Fund está entre os maiores financiadores da iniciativa Science Based Targets (Metas Baseadas na Ciência), um órgão de renome mundial no qual grupos como Apple e H&M confiam para estabelecer padrões voluntários e limites rigorosos para o uso de créditos de carbono para compensar emissões. Separadamente, a Amazon está expandindo sua própria iniciativa de compromisso voluntário, assinada por mais de 500 empresas, incluindo Uber, IBM e Microsoft, que poderia fornecer uma maneira alternativa de atingir as metas climáticas e que não tem limite para o uso de créditos de carbono. A SBTi também está no meio de um processo de repensar sua abordagem em relação às compensações, uma decisão que pode ser crucial para os grupos de Big Tech em um momento em que a inteligência artificial está resultando em um salto nas emissões causado pelo maior uso de centros de dados. Especialistas e ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de a Amazon e o fundo Bezos, cujo presidente e vice-presidente são Bezos e sua noiva Lauren Sánchez, influenciarem a SBTi, que controla a possibilidade de muitos grupos corporativos obterem um rótulo confiável de “net zero”. Uma pessoa próxima à Amazon disse que ela é uma empresa “totalmente diferente” do fundo de Bezos: “Operamos de forma independente uma da outra”.”
Fonte: Financial Times; 01/09/2024
Política
O “renascimento nuclear” está incluído em um possível governo de Harris
“A jovem campanha de Kamala Harris tem sido visivelmente discreta em relação a questões políticas importantes, como a mudança climática. Mas os analistas dizem que as ações de tecnologia limpa – especialmente a nuclear – poderiam prosperar em uma presidência de Harris. Os especialistas de Washington disseram que a reticência da campanha é intencional. Há uma regra na política que diz que “quando você está explicando, está perdendo”. Qualquer anúncio de política requer inevitavelmente uma explicação e será imediatamente atacado. Então, por que se preocupar? Especialmente se Harris continuar a ganhar terreno de Donald Trump nos estados em que há batalhas, em grande parte apenas com base em vibrações. Muitos ambientalistas também têm relutado em falar sobre Harris no registro. Embora alguns tenham pressionado a candidata a manter a linha em relação à política de mudança climática, discretamente, eles me disseram que se abstiveram de incomodar a campanha de Harris – pelo menos por enquanto. Eles sabem que Trump, como alternativa a Harris, seria devastador. Portanto, eles dizem que faz sentido manter o fogo cerrado, construir relacionamentos com a campanha de Harris e jogar a longo prazo. Sem uma política específica de Harris, os analistas se voltaram para a plataforma do Partido Democrata em busca de pistas. A plataforma do partido destaca o apoio democrata ao aço e cimento verdes, bem como a expansão da implantação de energia solar e eólica. A plataforma também apoia a energia nuclear, desde que “elimine os resíduos associados à tecnologia nuclear convencional”.”
Fonte: Financial Times; 30/08/2024
Como Trump tentaria desmantelar o legado climático de Biden?
“A campanha presidencial de Donald Trump definiu uma plataforma de política energética centrada na maximização da produção de combustível e energia dos EUA, em parte por meio do desmantelamento dos esforços centrais do governo Biden para combater as mudanças climáticas. Em uma reviravolta irônica, os Estados Unidos se tornaram o maior produtor mundial de petróleo e gás durante o mandato de Biden, e suas agências têm aprovado projetos em um ritmo mais rápido do que sob Trump. Mesmo assim, Biden aprovou legislação no Congresso e emitiu regulamentações que visam acelerar a transição para uma energia mais limpa. Aqui estão algumas das iniciativas climáticas do governo Biden que Trump procuraria atacar caso vencesse a vice-presidente democrata Kamala Harris nas eleições de novembro. Em abril, a Agência de Proteção Ambiental de Biden finalizou as regras que visam à poluição por carbono, ar e água das usinas elétricas, um setor responsável por quase 25% das emissões de carbono dos EUA. As regras exigirão efetivamente que as usinas elétricas movidas a carvão e os novos geradores movidos a gás natural na próxima década capturem as emissões antes que elas cheguem à atmosfera. Em uma ligação com repórteres em 29 de agosto, o ex-secretário do Interior de Trump, David Bernhardt, disse que Trump derrubaria as regras e “colocaria o país do carvão de volta ao trabalho para que todos os americanos tenham acesso a energia acessível”. Ele não entrou em detalhes. O emprego nos campos de carvão dos EUA e a produção do mineral caíram durante o mandato de quatro anos de Trump.”
Fonte: Reuters; 30/08/2024
Países ainda distantes em relação à meta financeira da COP29
“Faltando menos de três meses para as negociações climáticas da COP29 da ONU deste ano, os países continuam longe de chegar a um acordo sobre a maior tarefa da cúpula: estabelecer uma nova meta de financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas. Um documento de negociações publicado pelo órgão climático da ONU na quinta-feira definiu as divisões entre as nações, antes de uma reunião em Baku no próximo mês, onde os negociadores tentarão avançar em algumas das questões mais difíceis. O documento sugere sete opções, refletindo as posições concorrentes dos países, para um possível acordo na COP29. A nova meta substituirá o compromisso atual das nações ricas de fornecer US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático aos países em desenvolvimento. Os países vulneráveis e em desenvolvimento querem uma meta de financiamento muito maior. Os países doadores, como o Canadá e a União Europeia de 27 nações, afirmam que os orçamentos nacionais apertados significam que um grande salto no financiamento público não é realista. “Percorremos um longo caminho, mas ainda há posições claramente diferentes que precisamos superar”, disse o novo presidente da cúpula da COP29, Mukhtar Babayev. Babayev, que é ministro de ecologia e recursos naturais do Azerbaijão, disse que a presidência da COP29 organizaria negociações intensas sobre a meta financeira antes da cúpula da COP29 em Baku, em novembro. Uma opção do documento estabelece uma meta para que os países desenvolvidos forneçam US$ 441 bilhões por ano em subsídios, combinados com o objetivo de mobilizar um total de US$ 1,1 trilhão em financiamento de todas as fontes, incluindo financiamento privado, anualmente de 2025 a 2029. Essa opção reflete a posição dos países árabes.”
Fonte: Reuters; 30/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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