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Economia em Destaque: PIB brasileiro volta a crescer, com sinais de acomodação

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

Nesta semana, o destaque internacional foram dados dos EUA e a fala do presidente do Fed, que indicam que o banco central americano deve reduzir o ritmo de elevações de juros na próxima reunião. Na Europa, dados já indicam desaceleração econômica e alívio na inflação ao produtor. Na China, o governo sinalizou mudanças na política de controle ao coronavírus.

No Brasil, dados de atividade econômica foram o destaque da semana, com a divulgação do PIB do terceiro trimestre, mercado de trabalho e produção industrial, todos apontando para uma acomodação da economia. No campo político, a PEC da Transição ainda é o foco.

Cenário internacional

BC dos EUA deve desacelerar o rimo de alta de juros este mês

O presidente do Fed (banco central americano), Jerome Powell, sinalizou redução no ritmo de alta das taxas de juros no próximo mês, de 0,75pp para 0,50pp. Powell equilibrou seus comentários com a promessa de que o Fed não desistirá de sua luta contra a inflação até que as projeções voltem para sua meta de 2%. Vale lembrar que 0,50pp é um ritmo historicamente forte de alta de juros, especialmente depois de quatro altas consecutivas de 0,75pp.

Entre os indicadores econômicos, dados mistos. Os gastos do consumidor aumentaram 0,8% no mês em outubro, mantendo o bom ritmo de expansão. Já o deflator de consumo pessoal (PCE deflator), medida de inflação preferida pelo Fed, desacelerou. O mercado de trabalho continua mostrando resiliência, enquanto a atividade da indústria contraiu em novembro pela primeira vez em dois anos e meio, indicando redução da demanda.

Tudo considerado, parece claro que a economia americana está esfriando, mas não o suficiente para deixar o Fed tranquilo de que a inflação vai recuar tempestivamente.

Dados indicam desaceleração também na Europa

Os preços ao produtor da zona do euro caíram 2,9% em outubro em relação a setembro, embora ainda acumule alta de 30,8% em 12 meses (de 41,9% em setembro). O número reforça as expectativas de moderação dos custos globais de produção. Do lado da atividade econômica, o índice da sondagem empresarial com Gerentes de Compras (PMIs) apontam para enfraquecimento da indústria em novembro.

Produção industrial encolhe na China, governo sinaliza mudanças na política de controle ao coronavírus

A atividade fabril da China encolheu em novembro, uma vez que as restrições generalizadas por causa da Covid-19 interromperam a produção da indústria. Como resposta à queda da economia e à onda de protestos populares, o governo chinês vem sinalizando afrouxamento da política de Covid zero e abertura mais rápida da economia. A sinalização empolgou os mercados esta semana.

Enquanto isso, no Brasil…

PEC da Transição é protocolada

A chamada “PEC da Transição” foi protocolada no Senado, prevendo a retirada do programa Bolsa Família do teto de gastos, no valor de R$ 175 bilhões, com validade de quatro anos – o prazo fixo é novidade. Além disso, a proposta permite a utilização de eventuais receitas extraordinárias para investimentos públicos, com limite máximo de R$ 23 bilhões. O governo de transição tem negociado com o Congresso, no qual há resistência ao texto. O noticiário indica que parlamentares preferem um valor menor, e por tempo mais curto.

O tamanho do gasto inicial e a sinalização de como vão evoluir as despesas públicas nos anos seguintes são fundamentais para a estabilidade das contas públicas, dado alto endividamento do país.  

PIB do terceiro trimestre cresce 0,4% no terceiro trimestre

O PIB do Brasil cresceu 3,6% no 3º trimestre de 2022 em relação ao 3º trimestre de 2021 (expectativa XP: 3,6%; consenso de mercado 3,7%. A maioria dos componentes do PIB pela ótica da oferta avançou no 3º trimestre em relação ao 2º trimestre. O setor de Serviços foi novamente protagonista, com alta pelo nono trimestre consecutivo. Pela ótica da demanda o crescimento foi espalhado, com avanços sólidos no consumo das famílias, do Governo (1,3%) e no investimento. Se o PIB ficar não crescer no último trimestre, a alta do ano já alcançará 3,1%.

Nossa prévia para o PIB do 4º trimestre aponta para um ligeiro ganho de 0,1% ante o 2º trimestre. Assim, nossa projeção de expansão de 2,8% para o PIB de 2022 em viés de alta. Para 2023, mantemos nossa projeção de crescimento de 1,0%, sem viés.

Mercado de trabalho segue melhorando, ainda que a taxas menores

Dados divulgados esta semana (PNAD, CAGED) indicaram que o mercado de trabalho segue melhorando, ainda que em taxas menores, na esteira da desaceleração da atividade doméstica. A taxa de desemprego caiu para 8,3% no trimestre móvel até outubro de 8,7% no terceiro trimestre (XP e consenso: 8,5%). O rendimento médio real habitual subiu 1,1% em outubro ante setembro, o sexto ganho consecutivo. Por fim, o país criou 159,4 mil empregos formais em outubro, um pouco abaixo do esperado por nós e pelo mercado (210 mil).

O que esperar para a semana que vem?

No cenário internacional, os destaques serão dados de inflação de novembro ao consumidor e ao produtor nos EUA. Na Zona do Euro, serão divulgados importantes dados de atividade como o PIB da região para o terceiro trimestre, os índices de gerentes de compras e a confiança do consumidor de novembro. Na China, dados de inflação e atividade são termômetro para o desempenho do país na espera de reduções nas restrições à mobilidade.

No Brasil, a transição de governo e a evolução da PEC que autoriza gastos acima do teto seguem como principal destaque. O mercado fica atento às sinalizações do presidente eleito Lula quanto a eventuais nomes para a equipe econômica. Destaque também para a decisão de política monetária do BCB, para inflação medida pelo IGP-DI de novembro e vendas no varejo de outubro.

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