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Cripto Mensal: O que aconteceu com o Bitcoin em outubro?

Outubro -2022

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Este é um relatório mensal publicado pelo time de Research XP, mostrando o que movimentou o mercado de cripto no último mês, além de análises e comentários das principais notícias em relação a Instituições & Regulação, Infraestrutura & DeFis, e NFTs. Por fim, trazemos uma seção temática que varia mensalmente.

Conheça a Xtage, a plataforma de cripto da XP Inc.

O que movimentou o mercado?

Ao contrário do mês de setembro, o mercado de criptoativos não foi impactado negativamente por fatores macroeconômicos, como a inflação persistente ao redor do mundo e a alta nas taxas de juros.

Na principal economia do mundo – os EUA – o nível de desemprego ainda em baixa e dados que mostraram um sólido crescimento no PIB no terceiro trimestre reforçam que a economia americana continua resiliente e a tese de que o Federal Reserve deve continuar o ciclo de alta de juros por lá.

Apesar disso, o S&P 500 subiu 8,1% e o Nasdaq, 3,9% em outubro. Conforme a correlação ainda positiva do Bitcoin e Ethereum com esses índices nos últimos tempos, os dois maiores criptoativos também terminaram o mês com um desempenho positivo.

Fonte: Coinglass

Nos últimos dias, presenciamos um short squeeze, movimento repentino de forte alta das duas maiores criptomoedas, levando o valor de mercado total a ultrapassar US$1 trilhão novamente. Em um único dia, a Ethereum chegou a subir mais de 15% e o Bitcoin, mais de 6%.

Fonte: Coingecko, XP Research. *Os dados acima são até às 22:00 de 31/10/2022

Maiores altas do mês passado

Dentre as maiores altas do mês passado, o token HT da corretora de criptomoedas, Huobi, sediada em Singapura, obteve uma alta expressiva em razão da chegada do Justin Sun, fundador da Tron, como consultor da empresa.

A alta da Dogecoin se deve à aquisição do Twitter por US$43 bilhões feita pelo Elon Musk, sinalizando uma possível integração à rede social, dado o seu favoritismo da memecoin.

Elrond (EGLD), uma blockchain para desenvolvimento de dApps, concluiu sua atualização tão esperada na mainnet, impulsionando o preço do token.

Por fim, a alta do stETH, token sintético proveniente da plataforma Lido com seu valor atrelado ao Ether, é atrelada a demanda por staking na rede Ethereum.

Maiores baixas do mês passado

Em relação aos destaques negativos do mês, a queda da Terra Classic USD (USTC) e Ethereum Classic ainda são causados pelos mesmos motivos vistos em setembro. A primeira, referente a volatilidade resultante do colapso da Terra (LUNA) e todos processos jurídicos envolvendo o fundador.

Já a segunda, atrelada ao movimento de mineradores em busca de outras redes que utilizam o mecanismo de consenso Proof-of-Work (PoW).

Instituições e Regulações

  • Das empresas mais tradicionais, podemos citar a BNY Mellon, um dos bancos mais antigos dos EUA que lançou uma plataforma de custódia de Ether e Bitcoin para clientes selecionados e a Fidelity, com o anúncio do novo fundo, Ethereum Index Fund, que visa permitir aos clientes uma exposição ao Ethereum.
  • Destaque para o Google que anunciou que começará a aceitar pagamentos com criptomoedas para serviços em nuvem no início do próximo ano, em parceria com a Coinbase e também lançou serviço em nuvem para validadores do Ethereum.
  • Em relação as regulações do setor, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) publicou um parecer com orientações sobre a atuação dos criptoativos no mercado mobiliário. Ao que tudo indica, o órgão pretende exercer sua autoridade sobre os ativos enquanto não há regras mais claras sobre como regular este setor.
  • Nos Estados Unidos, reguladores agência governamental FOSC (Financial Stability Oversight Council), presidido pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, dos EUA propuseram uma nova legislação sobre ativos digitais.
  • Na Europa, os representantes nacionais no Conselho Europeu avançaram em direção à regulamentação de criptoativos na região, após a votação das diferentes regras da MiCA (Markets in Crypto-Assets) da União Europeia (UE), que os reconheceram como instrumentos financeiros.

Infraestrutura e DeFi

  • Após o The Merge, a Ethereum está cumprindo uma das principais promessas, mantendo seu status deflacionário em seu primeiro mês completo como uma blockchain no modelo de Proof-of-Stake (PoS). Ainda sobre ela, lançou sua rede de testes para atualização Shangai, no qual, saques de Staked Ether (sETH) e taxas de gás mais baixas são alguns dos avanços esperados nesta próxima etapa.
  • Quanto as outras L1s, em outubro, ocorreram dois grandes ataques hackers na BNB Chain e Solana. O primeira foi causada por uma falha encontrada na BSC Token Hub, uma ponte que conecta as diferentes versões da rede, onde o invasor roubou 2 milhões de BNB, o equivalente a US$565 milhões. O segundo ataque foi na plataforma de DeFi, Mango Markets, da rede Solana, que teve um prejuízo de US$100 milhões.

Sobre as soluções de segunda camada (L2s) e stablecoins, vimos algumas novidades:

  • Polygon: Um dos maiores protocolos desse segmento lançou sua rede de testes ZK-EVM. Uma ZK é um “rollup”, um tipo de solução de escalabilidade e o EVM é o software que executa contratos inteligentes na Ethereum.
  • Optimism: Também focada na tecnologia de rollups, a Optimism melhorou sua arquitetura de escalabilidade com a introdução do OP Stack, que permitirá maior compatibilidade entre L2s e L3s.
  • Stablecoins: A emissora de stablecoin Tether (USDT) anunciou que reduziu suas participações em papéis comerciais para zero, substituindo por títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A MakerDAO fez diferente e alocou US$500 milhões nos dois ativos como lastro da DAI.

NFTs

  • Apesar da queda no volume de vendas no mês, vimos diversas empresas renomadas se envolvendo no segmento de NFTs, além de novidades nos marketplaces. A Formula 1 entrou com pedido de marcas registradas ´F1´ cobrindo tokens não-fungíveis e criptomoedas.
  • A X2Y2, lançou um recurso de empréstimos de NFTs, permitindo que credores façam a operação com diferentes durações. No fim do mês, a LooksRare anunciou 0% de royalties para criadores, e em contrapartida, irá compartilhar 25% das taxas de negociação com eles e os outros usuários da plataforma.

O que aconteceu com o Bitcoin?

Abaixo abordamos algumas métricas e acontecimentos da maior criptomoeda:

Volatilidade

Durante o mês passado, a volatilidade do Bitcoin chegou a ser menor que a Nasdaq e S&P 500, oscilando a maior parte dos dias entre os patamares de US$18.00 e US$20.000. Ela não só diminuiu em relação as ações como também para as principais moedas. Com as incertezas macroeconômicas, o dólar ganhou força impactando negativamente seus pares.

Investidores de longo prazo

Apesar dos fatores comentados acima, que contribuem para um desempenho negativo dos ativos, o Bitcoin mostrou resiliência e convicção dos HOLDers (Investidores de longo prazo). O gráfico de HOLD Waves sugere que o grupo de investidores com moedas “mais antigas” (adquiridas mais de 2 anos atrás) permaneceu firme, recusando-se a vender sua posição. Isso mostra que muitos investidores estão buscando o retorno financeiro que pode ser proporcionado a longo prazo.

Fonte: Glassnode

Hashrate

Outra métrica que podemos destacar, é o Hashrate, que alcançou seu seu topo histórico em outubro. Ele mede a quantidade de poder computacional dos mineradores para incluir os blocos da rede Bitcoin. Quando este número é alto, indica que a segurança da blockchain é elevada.

Fonte: Glassnode

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