Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,3% e 1,4%, respectivamente.
• Do lado das empresas, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, anunciou, em evento no BNDES, que a instituição fez os primeiros testes com intermediação financeira com créditos de carbono - a executiva ainda defendeu a instalação de uma certificadora nacional de créditos de carbono e de uma bolsa para negociar esses ativos.
• Na política, (i) o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, regulamenta hoje o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que estabelece critérios ambientais para a fabricação de veículos e amplia exigências de sustentabilidade para o setor automotivo - a regulamentação inclui a criação do programa Carro Sustentável, que define metas de redução de emissões e estímulos ao uso de biocombustíveis, eletrificação e outras tecnologias de baixo carbono aplicadas à mobilidade e logística; e (ii) Brasil e Índia formalizaram nesta terça-feira um memorando de entendimento que amplia a cooperação bilateral em tecnologias ligadas à transição energética, com foco em fontes renováveis como solar, eólica, hidrelétrica e bioenergia, além de sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde - o acordo foi assinado em Brasília pelos ministérios de Minas e Energia do Brasil e de Energias Novas e Renováveis da Índia, durante visita oficial do primeiro-ministro indiano.
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Brasil
Empresas
Marco legal para o carbono é oportunidade para 44% dos industriais, diz CNI
"O mercado de carbono é visto como oportunidade de negócios, segundo a pesquisa Sustentabilidade e Indústria, divulgada na segunda-feira (7/7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 44% dos industriais dizem enxergar o novo marco legal do mercado regulado de carbono como uma oportunidade de negócio e inovação. A pesquisa também revela que 66% das indústrias têm interesse em linhas de financiamento para investir em ações sustentáveis. Esse índice é maior na amostra das regiões Norte/Centro-Oeste, com 85%, seguido pelas regiões Nordeste (77%) e Sul (65%). Aprovado no final de 2024, o marco legal é uma importante medida para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A entidade lembra que o próximo passo é o Plano de Implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), de responsabilidade do governo federal. O Brasil assumiu compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 59% a 67%, em 2035, e atingir a neutralidade climática em 2050. “O interesse da indústria pela sustentabilidade e aumento da competitividade, mesmo diante de desafios como o aumento de custos, mostra a disposição do setor em avançar nessa agenda”, diz o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz. “Esses dados reforçam nosso otimismo com o potencial de promover investimentos e bons negócios sustentáveis.” O levantamento aponta ainda que, entre as motivações para o investimento em sustentabilidade, a redução de custos segue, pelo terceiro ano consecutivo, apontada como o principal fator (32%)."
Fonte: Eixos; 09/07/2025
Presidente do BB defende criação de certificadora nacional de créditos de carbono
"A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse há pouco, em evento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que a instituição fez os primeiros testes com intermediação financeira com créditos de carbono. A executiva defendeu a instalação de uma certificadora nacional de créditos de carbono e de uma bolsa para negociar esses ativos. “Fizemos as primeiras operações de intermediação de contratos de crédito de carbono. Então, tenho empresas ou clientes ou produtores que têm o crédito de carbono disponível para comercialização, e a gente tem as empresas que têm como objetivo o net zero na sua produção.” A executiva disse que a intenção do banco é criar uma mesa robusta no país para a intermediação dessas operações e que almeja uma certificadora nacional de créditos de carbono. “A nossa intenção é criar uma mesa robusta no país para a intermediação dessas operações”, contou. “Então a gente almeja no futuro muito próximo que nós tenhamos uma certificadora nacional de crédito de carbono.” Medeiros defendeu também uma bolsa para negociação de créditos de carbono no país. “É fundamental e muito importante uma bolsa de negociação do crédito de carbono que tenha condição de receber todos os projetos que produzem crédito de carbono. E, de um outro lado, que a gente tem a condição de viabilizar o net zero de todas as empresas que tem que queiram.”"
Fonte: Eixos; 09/07/2025
Política
Congresso desmonta leis ambientais enquanto governo Lula isola Marina, diz Economist
"A crescente desidratação da política ambiental no Brasil ganhou repercussão internacional nesta quarta-feira (9), com uma reportagem da revista britânica The Economist. Com o título “Brasil ataca sua santa padroeira do meio ambiente”, a publicação retrata o cenário como um retrocesso institucional acelerado, em meio à fragilização do Ministério do Meio Ambiente sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto alerta para o impacto desse cenário na imagem do Brasil às vésperas da COP30, prevista para ocorrer em Belém (PA) em 2025. A revista chama atenção para o episódio de 2 de julho, quando Marina Silva foi convocada pela Comissão de Agricultura da Câmara e se tornou alvo de ataques verbais por parte de parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Segundo o texto, o tom adotado pelos deputados revela o nível de polarização no debate ambiental brasileiro. A reportagem retrata Marina como uma voz respeitada internacionalmente, mas acuada por um Congresso de perfil mais conservador, que dá prioridade ao agronegócio e à expansão dos combustíveis fósseis. A resistência à ministra, segundo a The Economist, reflete uma nova correlação de forças na política nacional. A publicação aponta que, para aprovar medidas prioritárias no Congresso, o Palácio do Planalto tem flexibilizado sua atuação na área ambiental. Projetos como o novo marco do licenciamento ambiental, criticado por especialistas por abrir brechas à corrupção, têm avançado com apoio do governo."
Fonte: InfoMoney; 09/07/2025
Política de mineração para a transição energética terá incentivos para empresas de menor porte
"O Ministério de Minas e Energia (MME) quer ampliar a participação das empresas de menor porte na Política Nacional de Mineração e Transformação Mineral para a Transição Energética. Em apresentação durante o seminário sobre minerais críticos e estratégicos na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (9/7), o coordenador de minerais estratégicos e transição energética da pasta, Gustavo Masili, afirmou que o ministério tem apoiado iniciativas para estimular o investimento em empresas de pequeno porte. O MME lançou neste ano um guia para o investidor estrangeiro em minerais críticos para a transição energética. O guia oferece uma visão geral das características demográficas e territoriais brasileiras, bem como aspectos econômicos como PIB, taxas de juro, câmbio e reservas internacionais. Traz, ainda, aspectos como infraestrutura nacional, abrangendo rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, internet e energia, destacando a matriz elétrica renovável. “Até 2050, o mundo vai precisar de 15 vezes mais geração eólica, 25 vezes mais capacidade solar instalada, três vezes mais redes elétricas e 60 vezes a necessidade de baterias. Esse crescimento exponencial nos próximos anos vai demandar uma quantidade muito grande de alguns minerais, principalmente o lítio, mas também o níquel, grafite e terras raras”, disse o coordenador do MME. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem sido o principal agente para esse financiamento. Em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) selecionou planos de negócios para investimentos, incluindo terras raras, lítio, grafite, cobre, silício, titânio, entre outros."
Fonte: Eixos; 09/07/2025
Brasil e Índia firmam cooperação para ampliar renováveis e bioenergia
"Brasil e Índia formalizaram nesta terça-feira (8/7) um memorando de entendimento que amplia a cooperação bilateral em tecnologias ligadas à transição energética, com foco em fontes renováveis como solar, eólica, hidrelétrica e bioenergia, além de sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio de baixas emissões. O acordo foi assinado em Brasília pelos ministérios de Minas e Energia (MME) do Brasil e de Energias Novas e Renováveis da Índia, durante visita oficial do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse o MME. Segundo a pasta, a iniciativa estabelece diretrizes para ações conjuntas no setor energético, incluindo formação técnica, troca de especialistas e desenvolvimento de projetos e pesquisas em tecnologias limpas. Entre as medidas previstas, está a criação de um grupo de trabalho bilateral para coordenar as atividades e facilitar o intercâmbio de experiências e boas práticas. Para o MME, o acordo, válido por cinco anos, amplia a cooperação Sul-Sul e aproxima Brasil e Índia das ações globais contra a mudança do clima, ao incentivar o uso de tecnologias limpas e reforçar a segurança energética. “A parceria com a Índia reforça o protagonismo do Brasil na transição energética global. Estamos unindo forças com uma nação estratégica para acelerar o desenvolvimento de tecnologias limpas, gerar empregos verdes e garantir segurança energética com responsabilidade ambiental. É a diplomacia da energia a serviço de um futuro mais sustentável”, disse o ministro Alexandre Silveira (PSD)."
Fonte: Eixos; 09/07/2025
Bélgica vê Brasil como potencial parceiro em hidrogênio e SAF
"O Brasil tem potencial na diversificação energética da Bélgica, que busca reduzir sua dependência de fontes fósseis, enfrentar os efeitos da guerra na Ucrânia e cumprir metas climáticas. Em entrevista exclusiva à agência eixos, a cônsul geral da Bélgica no Rio de Janeiro, Caroline Mouchart, afirma que Brasil é estratégico para o fornecimento de novas moléculas como o hidrogênio verde, além de biocombustíveis, e vê com interesse insumos para a cadeia do aço verde. “A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia foi para nós um alerta para garantir e diversificar o nosso abastecimento energético”, comenta Mouchart. A Bélgica segue sendo uma das maiores importadoras de GNL russo. Uma parte significativa chega aos portos belgas, onde é regaseificado e transportado por gasodutos para o resto na União Europeia — que atualmente discute se expande as sanções hoje restritas ao gás russo importado via gasodutos. “A Bélgica precisa garantir seu abastecimento energético e também pretende aumentar a participação das energias renováveis em seu mix energético. E parceiros fiáveis como o Brasil ganham mais importância nesse contexto de um mundo que não é tão estável”, pontua a cônsul. “O Brasil oferece oportunidades com potencial para produzir novas moléculas, como o hidrogênio, a partir de energias renováveis. Isso abre caminho para projetos de corredores marítimos verdes entre nossos dois continentes”, afirma. Com US$ 25,3 bilhões investidos no Brasil em 2022, a Bélgica foi o sexto maior investidor estrangeiro no país."
Fonte: Eixos; 09/07/2025
Governo anuncia regulamentação do Mover com programa para carros sustentáveis
"O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSD), regulamenta nesta quinta-feira (10/7), em cerimônia no Palácio do Planalto, o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que estabelece critérios ambientais para a fabricação de veículos e amplia exigências de sustentabilidade para o setor automotivo. A regulamentação inclui a criação do programa Carro Sustentável, que define metas de redução de emissões e estímulos ao uso de biocombustíveis, eletrificação e outras tecnologias de baixo carbono aplicadas à mobilidade e logística. Uma das expectativas da indústria é a definição das alíquotas do IPI Verde (Imposto sobre Produtos Industrializados), para redução da carga tributária de carros populares com tecnologia flex. Ligado à política industrial Nova Indústria Brasil (NIB), o Mover busca condicionar benefícios fiscais à adoção de medidas ambientais. Segundo o governo, a medida já motivou anúncios de investimento que somam mais de R$ 190 bilhões no setor automotivo, incluindo fabricantes de veículos e de autopeças. A cerimônia de assinatura do decreto será realizada às 15h30 no Salão Leste do Palácio do Planalto."
Fonte: Eixos; 09/07/2025
COP30 vai acelerar ações, afirma Ana Toni
"A presidência brasileira da COP30, marcada para novembro, em Belém, terá como eixo central o interesse por ação climática, financiamento, adaptação e sociobiodiversidade. Segundo a diretora-executiva da conferência climática no Brasil e secretária Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, as ações vão partir do Balanço Global abordado na COP28, em Dubai. “Vamos entrar na COP30 em um momento de aceleração da implementação”, disse Toni nessa quarta-feira (9), em evento sobre transição energética na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES), no Rio. O documento citado por ela traz a necessidade de acelerar a transição para sistemas energéticos com fontes renováveis e o afastamento gradual de combustíveis fósseis. Também aborda a necessidade de crédito para a adaptação climática. “A adaptação sempre foi um tema menos discutido nas COPs do que deveria e agora precisa acelerar muito”, disse. “ O setor público vem fazendo muito, mas o setor privado ainda é tímido”, completou. A ideia, disse a secretária, é envolver os diferentes setores da economia para que a agenda de implementação tome corpo, após anos de compromissos acumulados pelos países. “O principal é entender o que priorizar na economia para alcançar o que é necessário”, afirmou. De acordo Toni, a economia é o principal vetor de indução para a descarbonização, por isso é tão importante para alcançar as metas desenhadas. “Na COP30 vamos ter uma oportunidade incrível de acelerar essa implementação”, disse."
Fonte: Valor Econômico; 10/07/2025
Internacional
Empresas
Orsted levanta US$ 3 bilhões para o parque eólico Greater Changhua 2
"A desenvolvedora dinamarquesa de energia eólica offshore Ørsted anunciou na quinta-feira que fechou um acordo de financiamento de 90 bilhões de dólares taiwaneses (US$ 3,08 bilh"
Fonte: Reuters; 10/07/2025
Política
Enchentes no Texas disparam alarme sobre sistemas globais de alerta
"Uma enchente catastrófica que matou mais de 100 pessoas no Texas aumentou as preocupações de que os países estão mal preparados para alertar os cidadãos sobre perigos iminentes, mesmo com as mudanças climáticas tornando os eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos. As autoridades dos EUA enfrentam perguntas difíceis sobre por que muitas pessoas não foram evacuadas e se foram emitidos alertas suficientes antes do transbordamento do rio Guadalupe, após fortes chuvas na madrugada de sexta-feira. Cerca de 170 pessoas continuam desaparecidas. A enchente, que ocorreu durante o fim de semana do Dia da Independência dos EUA, quando turistas visitavam a região, é o mais recente desastre em que críticos afirmam que vidas foram perdidas devido a alertas inadequados. Mesmo em países desenvolvidos, onde os serviços de comunicação e emergência estão prontamente disponíveis, a falta de alertas suficientes foi citada como um fator significativo por trás das mortes em Valência, Espanha, no ano passado, onde mais de 200 pessoas morreram em enchentes repentinas; no Havaí, durante os incêndios florestais em 2023, onde mais de 100 vidas foram perdidas; e na Alemanha, em 2021, onde cerca de 200 pessoas morreram em enchentes. “Esse tipo de desastre me preocupa, pois nossos sistemas de alerta precoce não estão preparados para lidar com condições climáticas extremas”, disse Erin Coughlan de Perez, especialista em alerta precoce da Universidade Tufts, perto de Boston, e consultora sênior do Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho."
Fonte: Financial Times; 10/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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