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Brasil inova com emissão dos primeiros créditos de carbono por agricultura regenerativa na América Latina | Café com ESG, 04/07

Créditos de carbono de agricultura regenerativa no Brasil; Programa "Carro Sustentável" do governo federal

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,3% e 1,7%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a climate tech NaturAll Carbon emitiu os primeiros créditos de carbono por agricultura regenerativa nas Américas, sendo o segundo no mundo desse tipo - a certificação histórica foi concedida pela Verra e marca o início de uma nova era para o setor agropecuário que é hoje a maior fonte das emissões nacionais pela gestão do uso da terra; e (ii) o governo federal está prestes a lançar o programa “Carro Sustentável”, que promete reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos zero quilômetro produzidos no país - a medida tem como objetivo incentivar a compra de carros com motores 1.0 flex, que atendam a critérios específicos de eficiência e sustentabilidade.

• No internacional, segundo um novo relatório da Wood Mackenzie publicado ontem, a capacidade eólica onshore na América do Sul deve atingir 83 gigawatts (GW) até 2034, com uma taxa de crescimento anual de 6,5% - Brasil, Chile e Argentina representam 84% da projeção regional de expansão.

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Brasil

Empresas

Brasil emite primeiros créditos de carbono por agricultura regenerativa nas Américas

"O Brasil acaba de conquistar uma posição de destaque no mercado global de carbono ao emitir os primeiros créditos por agricultura regenerativa nas Américas e desponta como um 'celeiro de oportunidades' neste ano de COP30. A certificação histórica foi concedida pela Verra, maior referência mundial no mercado voluntário, e marca o início de uma nova era para o setor agropecuário que é hoje a maior fonte das emissões nacionais pela gestão do uso da terra. O projeto foi desenvolvido pela climate tech anglo-brasileira NaturAll Carbon e segue a metodologia Agriculture Land Management, sendo o segundo do mundo deste tipo, apenas atrás de um recente na Romêmia. A Fazenda Flórida, localizada no Mato Grosso do Sul, foi a contemplada para ser modelo por suas práticas regenerativas. Com cerca de 3 mil hectares e histórico de pecuária extensiva, a propriedade comprovou possível remover carbono da atmosfera de forma "mensurável, permanente e replicável". Um estudo recente do BCG demonstrou que o Cerrado pode gerar US$ 100 bilhões ao PIB brasileiro com agricultura de baixo carbono, por meio de ações que conciliam aumento de produtividade com sustentabilidade. Para quantificar os créditos, foi utilizada a tecnologia "DayCent", a principal para simulações de carbono em solos agrícolas. O monitoramento é realizado por sensoriamento remoto, imagens de satélite e uma base de dados geoespacial."

Fonte: Exame; 03/07/2025

Governo prepara programa Carro Sustentável com corte no IPI para 1.0 flex, diz jornal

"O governo federal está prestes a lançar o programa “Carro Sustentável”, que promete reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos zero quilômetro produzidos no país. A medida tem como objetivo incentivar a compra de carros com motores 1.0 flex, que atendam a critérios específicos de eficiência e sustentabilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. O corte no IPI seria aplicado a modelos equipados com motor 1.0 flex de até 90 cavalos de potência, fabricados nacionalmente e que apresentem baixa emissão de poluentes, com limite de até 83 gramas de CO² por quilômetro rodado. Além disso, os veículos deverão atender a requisitos relacionados à “reciclabilidade”, embora esse critério ainda esteja em definição. O programa exclui da lista de beneficiados carros eletrificados, importados e aqueles com motorização turbo, mesmo que apresentem baixo consumo ou emissões. Entre os modelos que devem ser contemplados estão o Chevrolet Onix, Fiat Argo, Hyundai HB20, Renault Kwid, Volkswagen Polo, entre outros, todos com versões que se enquadram nas especificações do programa. A redução do imposto deve vigorar até dezembro de 2026, período que inclui o próximo ano eleitoral. A iniciativa pode impulsionar as vendas de veículos no Brasil, seguindo o exemplo do decreto do carro popular de 2023, que também ofereceu descontos para a indústria automotiva. Os benefícios fiscais serão válidos tanto para pessoas físicas quanto jurídicas."

Fonte: InfoMoney; 03/07/2025

Diplomacia brasileira cobra urgência em regulação tecnológica e financiamento climático

"O avanço da agenda climática no Brics e no cenário global exige, na visão de representantes do Itamaraty, mais do que promessas, mas ação coordenada, financiamento ambicioso e tecnologias que promovam equidade. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (3), no evento “Construindo coalizões para a ação climática no âmbito do Brics Expandido”, no Rio. Ao abordar as desigualdades entre países, o embaixador Laudemar Aguiar, secretário de tecnologia e inovação do Itamaraty, alertou para o impacto da revolução tecnológica. “Hoje usamos inteligência artificial para tudo. Quando chegarmos à computação quântica, será como ir para uma nova galáxia. A diferença de acesso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento já é enorme”, afirmou. Para Aguiar, regulações internacionais para o ambiente digital devem ajudar a impulsionar a inovação por meio da cooperação. Segundo o embaixador, o Brics precisa criar uma política digital e garantir a continuidade institucional a cada rotação de presidência. “Quando você tem regulação, consegue inovar mais porque tem parâmetros do que pode fazer e da cooperação possível”, disse. Aguiar defendeu que o desenvolvimento sustentável deve ser compreendido para além do meio ambiente e incluir aspectos econômicos e sociais. “Imagine o que é para um ribeirinho, um indígena, um quilombola não ter acesso a nada. Com internet e energia, eles podem acessar educação, cultura, vender e comprar on-line, acessar saúde digital. E mais do que isso: passam a influenciar o processo”, afirmou."

Fonte: Valor Econômico; 03/07/2025

Chefe da cúpula climática do Brasil na ONU defende expansão da Petrobras

"O chefe da cúpula climática da ONU no Brasil defendeu a produção de petróleo e gás como compatível com os esforços internacionais para limitar o aquecimento global, antes do país sul-americano sediar as negociações climáticas mais importantes do mundo. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca transformar o Brasil no quarto maior produtor mundial de petróleo. No mês passado, o país realizou um leilão de blocos petrolíferos, incluindo áreas marítimas próximas à foz do rio Amazonas. Quase 200 países concordaram em abandonar os combustíveis fósseis até 2050 durante a cúpula climática COP28 da ONU, realizada em Dubai em 2023. O progresso nas metas climáticas nacionais será avaliado na próxima COP30 da ONU, em novembro, enquanto o mundo permanece fora da rota necessária para reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2030, em relação aos níveis de 1990, para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima da era pré-industrial. André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, que ocorrerá na cidade amazônica de Belém, minimizou as preocupações de que a postura do Brasil em relação à expansão do petróleo conflite com os esforços globais para alcançar emissões líquidas zero. “Estamos considerando um ‘zero líquido’ que permita alguns anos de uso contínuo de petróleo. A transição [dos combustíveis fósseis] oferece uma flexibilidade considerável”, afirmou o diplomata sênior ao Financial Times."

Fonte: Financial Times; 04/07/2025

Internacional

Empresas

Expansão eólica onshore deve desacelerar na América do Sul até 2034, aponta Woodmac

"A capacidade eólica onshore na América do Sul deve atingir 83 gigawatts (GW) até 2034, com uma taxa de crescimento anual de 6,5%, segundo relatório da Wood Mackenzie, divulgado nesta quinta (3/7). Brasil, Chile e Argentina representam 84% da projeção regional de 39 GW de expansão. De acordo com o relatório South America onshore wind power, grandes clientes comerciais e industriais estão impulsionando o crescimento da energia eólica por meio de PPAs corporativos nos mercados mais maduros, enquanto os países menos desenvolvidos ainda dependem de leilões governamentais. No entanto, restrições na transmissão representam grandes desafios para a integração das renováveis, com aumento nas ocorrências de cortes de geração, a exemplo do Brasil. “O excesso de oferta de energia está dificultando o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Chile, após o recente boom das renováveis”, comenta Kárys Prado, analista sênior da Wood Mackenzie. “De forma geral, os obstáculos relacionados à rede elétrica e a forte concorrência da energia solar contribuem para a desaceleração nos próximos anos”, acrescenta. No longo prazo, Prado enxerga outros mercados atraindo mais atenção de investidores, à medida que gargalos relacionados ao licenciamento são resolvidos."

Fonte: Eixos; 03/07/2025

Tribunal latino-americano pede ação climática unificada à medida que aumentam as disputas judiciais

"Os Estados-membros devem cooperar para combater as mudanças climáticas e evitar ações que prejudiquem a proteção ambiental, afirmou a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em um parecer consultivo não vinculativo divulgado na quinta-feira. Com jurisdição sobre 20 países da América Latina e do Caribe, a corte, em resposta a uma solicitação da Colômbia e do Chile, destacou que os países também devem regulamentar e monitorar as atividades corporativas, especialmente aquelas que geram gases de efeito estufa. O parecer ressalta que as empresas devem adotar medidas “eficazes” para enfrentar as mudanças climáticas, e que os Estados devem desencorajar práticas de “greenwashing” e a influência indevida das empresas na formulação de políticas e regulamentações relacionadas ao tema. Além disso, os Estados devem aprovar legislações que exijam das empresas a “devida diligência” em relação aos direitos humanos e às mudanças climáticas ao longo de suas cadeias de valor. Os países também devem estabelecer metas vinculativas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) que sejam “tão ambiciosas quanto possível”, com prazos definidos. A cooperação deve ir além dos danos transfronteiriços, abrangendo não apenas mitigação e adaptação, mas todas as medidas necessárias para responder de forma abrangente à emergência climática."

Fonte: Reuters; 03/07/2025

Ministério da Indústria da China está pronto para enfrentar a guerra de preços no setor solar

"O Ministério da Indústria da China anunciou na quinta-feira que tomará medidas para coibir a concorrência desordenada baseada em preços baixos na indústria fotovoltaica, numa tentativa de impulsionar o setor. Muitos dos principais fabricantes chineses de energia solar têm enfrentado perdas devido ao excesso de capacidade e a uma prolongada guerra de preços. Durante uma reunião com empresas do setor e representantes de associações industriais, Li Lecheng, chefe do Ministério da Indústria, afirmou que as autoridades devem orientar as empresas a melhorar a qualidade e “promover a saída ordenada da capacidade de produção obsoleta”, conforme comunicado divulgado pelo ministério. Li também destacou que o ministério intensificará a orientação e a governança do setor, e pediu que as associações industriais assumam a responsabilidade de fortalecer a autodisciplina do segmento. No início desta semana, os principais líderes chineses anunciaram que reforçarão a regulamentação para conter os cortes agressivos de preços praticados pelas empresas do país. Separadamente, a maior fabricante chinesa de painéis solares, LONGi Green Energy Technology, informou à mídia estatal Securities Times, na quinta-feira, que acelerará a comercialização de produtos de alta eficiência para superar o desafio dos preços baixos. A empresa acrescentou que a participação de mercado da “capacidade de alta qualidade” no setor deverá crescer mais rapidamente após a eliminação gradual da capacidade “obsoleta”."

Fonte: Reuters; 03/07/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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