Investimentos sustentáveis: você já pensou em investir sob um novo olhar?



Nos últimos meses, você provavelmente ouviu falar sobre estas três letras: ESG. A sigla ESG é uma abreviação em inglês das palavras meio ambiente, social e governança. Ela foi utilizada dessa forma pela primeira vez em 2004, no relatório Who Cares Wins (Ganha Quem se Importa, tradução livre), elaborado pelo Banco Mundial e parceiros a convite da Organização das Nações Unidas (ONU). Seu propósito era estabelecer uma gama de recomendações sobre como integrar melhor as questões ambientais, sociais e de governança corporativa na gestão de investimentos. Foi o ponto de partida do que chamamos de investimento responsável ou sustentável.

A partir desse momento, a sustentabilidade deixou de ser um tema aplicado prioritariamente ao mundo corporativo e passou a ser um aspecto relevante também no mercado financeiro. Esse movimento ganhou força em 2006, quando a ONU lançou os Princípios para o Investimento Responsável (PRI). Desde então, gestores de recursos estão progressivamente desenvolvendo maneiras de incorporar esses critérios na análise de investimentos e tomada de decisão.

No campo das finanças sustentáveis, existem diferentes opções que vão do investimento tradicional, aquele que tem uma visão exclusiva para a relação entre o risco e retorno financeiro, sem levar em consideração fatores sociais, ambientais e de governança, à filantropia. De um extremo ao outro, existem diferentes estratégias para integração dos fatores socioambientais nos investimentos, com destaque para:

  • Filtro negativo: baseia-se na exclusão de setores ou empresas não alinhadas com os fatores ESG do universo de investimento, em geral considerando a perspectiva individual do investidor. Por exemplo, alguns investidores têm restrições pessoais em investir em setores como tabaco, jogos de azar e bebidas alcoólicas.
  • Filtro positivo ou best in class: refere-se à seleção ativa de empresas que se destacam em melhores práticas ESG para a composição de uma carteira. Nesse sentido, você priorizaria as companhias mais bem posicionadas no tema em detrimento daquelas que ainda tem um longo caminho a percorrer na jornada da sustentabilidade.
  • Integração ESG: consiste em uma visão mais transversal, em que dados referentes às questões ambientais, sociais e de governança são incorporados na análise financeira, inclusive impactando o processo de decisão de investimentos.
  • Engajamento acionário: aposta na transformação por meio do diálogo constante com as empresas para desenvolvimento de planos de ação focados na adoção de melhores práticas ESG, apoiando as companhias nesse sentido.
  • Investimento temático: foca em setores e temas voltados para um futuro mais sustentável, como energias renováveis ou liderança feminina.
  • Investimento de impacto: trata-se de conceito que anda paralelamente ao investimento sustentável, mas com ele não se confunde. Enquanto o investimento sustentável pode englobar empresas de qualquer setor, o investimento de impacto foca naquelas que buscam resolver um problema social ou ambiental como parte do seu core business, de forma mensurável e gerando retorno financeiro. Por exemplo, uma empresa focada em dar acesso a soluções de saúde a populações desassistidas por um preço justo.

Ou seja, existem diversas estratégias para o investidor que deseja integrar os fatores ESG em seus investimentos escolher. Vale ressaltar, contudo, que o conceito ESG não é um selo ou um produto específico, mas, sim, uma metodologia aplicada ao processo de análise e tomada de decisão sobre investimentos. Ou seja, é um conceito transversal, que pode ser aplicado para qualquer tipo de investimento, por meio de diferentes abordagens, como as detalhadas acima.

A mensagem que os investimentos sustentáveis buscam ecoar é simples: em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, os aspectos ESG devem entrar definitivamente para a gestão de qualidade das empresas e, consequentemente, dos investimentos. Faça parte dessa jornada. 

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