Nesta publicação, trazemos a definição de diversos conceitos relacionados aos fundos de investimentos internacionais, desde aspectos regulatórios e operacionais até características gerais, indicadores estatísticos e classificações, entre outros parâmetros. Confira o dicionário sobre os Mutual Funds.
Mutual Fund (Fundos Mútuos) – Fundos de Investimentos destinados ao investidor público em geral que podem investir em Ações, RF e/ou combinações de classes.
Glossário Fundos de Investimentos Globais
Administrador – agente responsável pela constituição do fundo, o cálculo do valor de sua cota e a divulgação da carteira, entre outros serviços prestados.
Alavancagem – é o ato de se ter, em determinada operação realizada pelo fundo, exposição financeira maior do que o patrimônio líquido. Isso ocorre principalmente por meio de derivativos, como contratos futuros.
Aplicação Mínima – valor mínimo que o cotista deve aplicar em um fundo de investimento pela primeira vez.
Assembleia Geral de Cotistas – é a instância máxima de decisão de um fundo, reunião dos cotistas em que pode ser deliberado sobre demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador, alteração da política de investimento ou aumento da taxa de administração, entre outros assuntos.
Auditor – agente responsável pelo serviço de auditoria das contas e documentos de um fundo. Exemplos comuns de auditores de fundos da plataforma XP são KPMG e Ernst & Young.
ACC: correspondente a classe accumulation, ou seja, que reinveste qualquer dividendo recebido pelo fundo.
Benchmark – indicador de desempenho tomado como base pelo fundo de investimento para a definição de seu objetivo de retorno e o cálculo de rentabilidade relativa. Exemplos comuns de benchmark para os fundos internacionais são MSCI ACWI, Nasdaq, S&P 500, ente outros. Há fundos que não possuem benchmark.
Capacity – termo técnico dado pelo volume máximo do patrimônio líquido de um fundo que o gestor define, a fim de manter a capacidade de entrega de retornos. Por exemplo, se o capacity de um fundo de ações é R$ 5 bilhões, então é possível que seu gestor tenha dificuldades e possa realizar prejuízos caso esse volume ultrapassado.
Captação Líquida – em todo dia útil, o fundo de investimento pode receber aplicações e resgates. A captação líquida corresponde à entrada líquida de recursos, isto é, a soma das aplicações menos a soma dos resgates, o que pode ser medido para diferentes períodos.
Classificação Morningstar – é uma classificação baseada na avaliação quantitativa do desempenho passado de um fundo, calculada a partir de parâmetros próprios de retorno ajustado ao risco, criada pela empresa Morningstar. A classificação é dada em estrelas, variando de 1 (mínima) a 5 (máxima).
Classificação XP: classificação de fundos criada pela XP, de forma que os fundos sejam agrupados com características e fatores de risco similares.
Correlação – parâmetro estatístico que mede a relação entre duas variáveis, como o retorno de um fundo e um índice de mercado. A correlação pode variar entre 1 (perfeitamente positiva) e -1 (perfeitamente negativa). Por exemplo, se a correlação de um fundo com o Ibovespa valer 1, então o fundo performa na mesma direção e magnitude que o índice.
Cota – fração do patrimônio líquido de um fundo de investimento. Seu valor é calculado pela divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas existentes. Por exemplo, se o fundo tem patrimônio líquido de R$ 100 milhões e 1 milhão de cotas, então o valor de cada cota vale 100 reais. Vale comentar que o investidor pode deter uma parcela fracionária de cotas, como 1,576400.
Cotista – aquele que detém cotas de um fundo.
Custodiante – agente responsável pelo serviço de guarda dos ativos e liquidação das operações de um fundo de investimento.
Data de Início – data em que o fundo inicia suas operações e passa a ter o valor de sua cota calculado.
Drawdown – conceito comumente utilizado quando se fala de perdas de um fundo de investimento, o drawdown mede o valor da queda de um fundo em relação ao seu pico (valor máximo), em determinada janela. Por exemplo, se a cota de um fundo vale 100 e, um mês depois, cai para 93, o drawdown foi de 7%.
Gestão Ativa – conceito de gestão denominado a fundos que busquem superar um índice de referência ou obter um dado nível de retorno absoluto. Em geral, cobram taxas mais elevadas do que os fundos de gestão passiva, dado que as equipes de gestão são usualmente maiores.
Gestão Passiva – conceito de gestão denominado a fundos que busquem a rentabilidade de um índice de referência (benchmark). Como a carteira do fundo será replicada do índice, o trabalho da gestão é principalmente operacional, de forma que os fundos tenham taxas mais baixas do que os fundos de gestão ativa.
Gestor – agente responsável pelo serviço da gestão profissional dos ativos da carteira do fundo.
Índices MSCI: são uma medida do desempenho do mercado de ações em uma determinada área ou representando um conjunto de ações globais que entram, juntas, em um quesito específico. Assim como em outros índices, o valor é medido conforme se obtém a média do desempenho das ações que compõem os índices MSCI.
Índice Beta – entre os fundos de investimento, o índice beta representa a sensibilidade do fundo em relação a determinado índice de mercado, calculado pelo retorno excedente do fundo sobre a taxa livre de risco, dividido pelo retorno do índice de mercado. Em outras palavras, o índice indica o comportamento do fundo frente às alterações do índice de mercado.
Índice de Sharpe – parâmetro estatístico que mede a relação entre retorno e risco de um fundo de investimento, dada pelo retorno excedente do fundo sobre a taxa livre de risco, dividido pela volatilidade do fundo. Em outras palavras, o índice mede o quanto de retorno excedente que o fundo entrega, para cada unidade de risco que toma. Em geral, o índice de Sharpe é mais utilizado para fundos de ações e multimercado.
Investidor em Geral – é o investidor para o qual não há restrições a respeito de seu perfil.
Investidor Profissional – pessoa física ou jurídica que possui mais de R$ 10 milhões aplicados no mercado financeiro que ateste essa condição por escrito. Também são considerados investidores profissionais instituições financeiras, seguradoras, fundos de pensão, fundos de investimento, entre outros.
Investidor Qualificado – pessoa física ou jurídica que possui aplicações financeiras em valor igual ou superior a R$ 1 milhão e que ateste essa condição por escrito. Porém, o investidor pode se tornar qualificado mesmo que não tenha R$ 1 milhão aplicados, através da aprovação em algum exame de certificação aceito pela CVM que conceda esse status.
ISIN – É a abreviação para International Securities Identification Number – um código emitido para ativos financeiros e que visa identificá-los de maneira única. Assim, podemos considerar como uma comprovação da sua confiabilidade ao investidor
Movimentação Mínima – valor mínimo que o cotista pode movimentar, seja aplicação ou resgate, em um fundo de investimento, depois de já ser um cotista.
Objetivo de Retorno – valor definido pelo gestor do fundo de investimento como meta de retorno médio no longo prazo. Por exemplo, se o objetivo de retorno de um fundo multimercado vale ACWI+5% a.a., então, no longo prazo, o gestor busca o rendimento médio do fundo igual ao retorno do ACWI mais 5% ao ano. Nem todo fundo apresenta objetivo de retorno definido.
Objetivo de Volatilidade – valor definido pelo gestor do fundo de investimento como meta de volatilidade média do fundo. Por exemplo, se o objetivo de volatilidade de um fundo multimercado vale 5% a.a., então o gestor busca que a oscilação média do fundo, medida pela volatilidade, seja igual a 5% ao ano. Nem todo fundo apresenta objetivo de volatilidade definido.
Patrimônio Líquido – é calculado pela soma do valor dos ativos de um fundo, menos suas obrigações. Representa o volume financeiro total aplicado no fundo, também calculado pelo valor de sua cota multiplicado pelo número total de cotas.
Patrimônio Líquido Médio – valor médio do patrimônio líquido do fundo em determinado período. O cálculo pode ser feito de diferentes formas, com base nos valores diários ou mensais de patrimônio líquido, por exemplo.
Política de Investimento – expressa em regulamento, a política de investimento compreende o conjunto das diretrizes de alocação do fundo de investimento, incluindo as restrições às quais ele está submetido.
Prazo de Carência (para resgate) – período durante o qual o cotista tem restrições para solicitar o resgate do fundo, o que deve estar expresso em regulamento.
Prazo de Cotização de Aplicação – período determinado para a apuração do valor da cota para efeito de aplicação no fundo. Geralmente, vale 0 ou 1 dia.
Prazo de Cotização de Resgate – período determinado para a apuração do valor da cota para efeito de resgate no fundo. Geralmente, varia entre 0 e 30 dias, para fundos mais líquidos, podendo valer 180 dias ou mais de um ano, para fundos menos líquidos.
Prazo de Liquidação de Resgate – período determinado para o pagamento, pelo fundo, do valor líquido devido ao cotista que efetuou pedido de resgate.
Público-Alvo – perfil de investidor para o qual o investimento no fundo é destinado. Exemplos de público-alvo são investidores em geral e investidores qualificados.
Regulamento (Prospectus) – é o documento que rege o fundo de investimento. Entre outras informações, dispõe sobre política de investimento do fundo, taxas aplicadas e condições para aplicação e resgate de cotas.
Risco de Mercado – consiste no risco de variação no valor dos ativos financeiros da carteira de um fundo, devido às flutuações de preços e cotações de mercado, taxas de juros ou resultados de empresas emissoras.
Risco de Liquidez – consiste no risco de haver baixa ou mesmo falta de demanda pelos ativos financeiros integrantes da carteira do fundo, de forma que vender os ativos a preços mais baratos a fim de cumprir com os resgates solicitados no prazo.
Risco de Crédito – consiste no risco de os emissores dos ativos financeiros de renda fixa que integram a carteira do fundo não honrarem o pagamento de suas dívidas. Em geral, os fundos de crédito privado apresentam esse tipo de risco
Saldo Mínimo de Permanência – valor mínimo que o investidor precisa manter no fundo para continuar sendo cotista. Se o cotista desejar realizar um resgate que resulte em um saldo menor do que o mínimo de permanência, deverá realizar o resgate total de sua posição.
SOFR – Secured Overnight Funding Rate – É a taxa de juros média que os bancos pagam para tomar empréstimos em dólar garantidos por títulos do governo dos Estados Unidos (US Treasury bonds).
Taxa de Administração – percentual sobre o patrimônio do fundo, pago pelos cotistas, referente à prestação de serviço do gestor, administrador e demais agentes. Para fundos que compram cotas de outros fundos, existe a taxa máxima de administração, dado que o fundo investido também cobra taxa de administração.
Taxa de Performance – taxa cobrada do cotista, desde que prevista em seu regulamento, caso a rentabilidade do fundo supere a de um indicador de referência (benchmark). Além de superar o benchmark, a performance deve ser positiva para que a taxa seja cobrada.
Taxa Máxima de Administração – É possível que o fundo de investimento compre cotas de outro fundo que cobre taxa de administração, representando um custo adicional. Logo, define-se o valor máximo que o custo com taxa de administração pode alcançar, dado pela taxa máxima de administração, o qual deve estar expresso em regulamento.
Volatilidade – parâmetro estatístico que mede as oscilações no preço ou retorno de um ativo, em determinado período. No universo dos fundos de investimento, em geral a volatilidade é calculada para uma janela de 12 meses, utilizando-se a série de retornos diários do fundo, sendo calculada pelo desvio-padrão da série.
Conheça as classes
Renda Fixa Global:
Sovereign: Fundos que investem em títulos ligados ao governo, em títulos similares aos do Tesouro Direto no Brasil, a diferença é que nesse caso a exposição pode ser em diferentes países e regiões ao redor do mundo.
High Grade: Fundos que investem em títulos que apresentam alto grau de qualidade. Essa qualidade é definida a partir da nota de crédito, ou seja, é mensurada a qualidade e a capacidade de um emissor, normalmente uma empresa, de honrar as suas dívidas. As que possuem maiores índices são consideradas high grade.
Aggregate Bond Funds: Buscam oferecer exposição diversificada a um amplo espectro de títulos de renda fixa. Esses fundos são comumente compostos por uma combinação de títulos do governo, títulos corporativos e títulos municipais.
Renda Fixa Flexible Bonds: Possuem em seu mandato flexibilidade para alocar em diferentes setores do mercado de renda fixa, incluindo créditos corporativos, títulos ligados a inflação Americana, posições em crédito securitizado, entre outros.
High Yield: Diferentemente dos fundos High Grade, que foca em empresas de alta qualidade, dentro dos títulos de renda fixa classificados como high yield é possível encontrar títulos com uma nota de crédito menor, mas que, em contrapartida, podem oferecer maiores taxas de remuneração.
Multimercados Global:
Macro/ Multiestrategia: São fundos multimercados cujas teses de investimento são baseadas na elaboração de cenários macroeconômicos. Além disso, não possuem o compromisso de atuação em uma estratégia específica. Podem investir nos mercados de juros, moedas, ações e commodities.
Long Short/ Arbitragem: Também conhecidos como “Hedges Funds” esses fundos possuem seu foco maior no mercado acionário, buscando ganhar retornos na diferença entre carteiras de ações compradas e vendidas.
Sistemáticos: A tomada de decisão desse tipo de fundo é realizada através de algoritmos e programas computacionais. Esses fundos operam a maioria dos mercados, a automatização dos processos visa isentar ou mitigar o aspecto emocional da gestão;
Alternativos: Englobam investimentos em ativos que não se enquadram nas classes de convencionais (como a Renda Fixa, Multimercados e Ações). É comum encontrar na carteira desses fundos ativos que não estão listados em nenhuma bolsa ou mercado de balcão.
Renda Variável Global:
Ações Long Only Large/Mega Caps: Se concentram em investir em ações de empresas de grande capitalização (large caps) ou mega capitalização (mega caps) em âmbito internacional. Esses fundos buscam oportunidades de investimento em empresas líderes e estabelecidas que possuem uma capitalização de mercado significativa.
Ações Long Only Small/Mid Caps: Investem em ações de empresas de média e pequena capitalização (mid caps e small caps) em âmbito internacional. Esses fundos buscam oportunidades de investimento em empresas com menor capitalização de mercado, que geralmente possuem potencial de crescimento e podem estar em estágios iniciais de desenvolvimento.
Ações Long Only Temáticos: Têm como estratégia principal investir em ações de empresas ao redor do mundo que estejam relacionadas a um tema ou setor em particular. Eles buscam aproveitar as oportunidades de investimento dentro desse tema, acreditando que empresas nesse setor específico têm um potencial de crescimento e valorização acima da média.
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