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O que pode impactar o mercado hoje
Destaques da semana
Mercados amanhecem sem direção definida, com a Bolsa americana fechada devido a um feriado. Na agenda internacional da semana, além da provável votação sobre o acordo do teto da dívida americana, indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos estarão no centro das atenções, assim como a divulgação do Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria, serviços e composto de maio na China. No Brasil, o destaque da semana será a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2023.
Inflação nos EUA
Nos Estados Unidos, o gasto de consumo pessoal (PCE) – a medida de inflação preferida do Federal Reserve – aumentou 0,84% m/m (consenso: 0,5% m/m). Já o núcleo do índice de preços PCE registrou alta de 0,38% em abril (consenso: 0,31%; XP: 0,25%). O processo desinflacionário tem sido mais lento do que o esperado, e deve ganhar tração no segundo semestre de 2023. A atividade econômica também mostra maior resiliência, embora a perspectiva seja de desaceleração adiante, à medida que os efeitos de condições financeiras mais restritivas se tornam mais evidentes no comportamento de empresas e consumidores.
Mercados globais
Os mercados amanhecem de olho nas negociações do teto de dívida americano que finalmente avançaram durante o final de semana. O presidente Joe Biden e o líder do Câmara, Kevin McCarthy, chegaram um acordo no último sábado para suspender o teto americano por dois anos e em contrapartida, haverá um limite de gastos do governo. Agora, a proposta deverá ser votada pelo Congresso na próxima quarta-feira. Nos EUA, o S&P 500 futuro sobe +0,25%, mas o mercado ficará fechado hoje em função de um feriado. Na Europa, o Stoxx 600 negocia de lado e o dia deverá ser marcado por baixa liquidez por conta outro feriado também no Reino Unido. Já na Ásia, as Bolsas Ásia fecharam mistas em meio às notícias sobre o teto americano, com o índice japonês Nikkei avançando +1,0%, enquanto na China, o CSI 300 caiu -0,4%, enquanto Hang Seng registrou queda de -1,0% na volta de um feriado.
O final de semana também foi marcado pelo segundo turno das eleições presidenciais na Turquia, na qual o atual presidente Recep Tayyip Erdogan foi reeleito. Com isso, a lira turca cai 0,5% contra o dólar, perto da sua mínima histórica.
Mercado na semana passada
Na última semana o Ibovespa encerrou a semana em leve alta de 0,2%, mas voltando aos 110 pontos, e o dólar ficou de lado, fechando em R$5,00. No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou por ampla maioria, o texto-base do novo arcabouço fiscal. O projeto de lei introduz um limite de gastos para despesas primárias, estabelece gatilhos automáticos para controlar os gastos caso o governo não alcance as metas definidas na lei de diretrizes orçamentárias. Já nos EUA, a agência Fitch Ratings colocou o rating de crédito AAA do país sob observação dada a falta de um acordo até o momento. Além disso, a ata da última reunião do Fed reforçou o cenário de juros estáveis até o início do próximo ano. Embora não tenha descartado aumento adicional, o documento diz que, se a economia evoluir de acordo com as perspectivas atuais, não será necessário maior aperto da política monetária, e também reiterou que o Fed não planeja cortar juros em 2023, mantendo a abordagem dependente de dados.
As taxas futuras de juros fecharam a semana em queda, principalmente devido ao otimismo com o arcabouço fiscal e a desaceleração da inflação. O placar robusto do arcabouço na Câmara e a perspectiva de uma aprovação rápida do texto no Senado deram condições para a queda dos juros, especialmente nos vértices mais longos da curva. Enquanto isso, os vértices curtos cederam com os dados da inflação abaixo do consenso de mercado, o que poderia acelerar o início do corte de juros pelo Banco Central. DI jan/24 recuou de 13,185% para 13,165%; DI jan/25 caiu de 11,470% para 11,425%; DI jan/26 cedeu de 10,97% para 10,895%; e DI jan/27 passou de 11,025% para 10,93%.
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Economia
Payroll nos Estados Unidos e PIB no Brasil são destaques dessa semana
- Nos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços PCE (deflator PCE, sigla em inglês), a medida de inflação preferida do Fed, registrou alta de 0,38% em abril (consenso: 0,31%; XP: 0,25%). O índice headline aumentou em 0,36% (consenso: 0,3%). O processo desinflacionário tem sido mais lento do que o esperado, e deve ganhar tração no segundo semestre de 2023. Do lado da atividade, o gasto de consumo pessoal (PCE) aumentou 0,84% m/m (consenso: 0,5% m/m). A atividade econômica também mostra maior resiliência, embora a perspectiva seja de desaceleração adiante, à medida que os efeitos de condições financeiras mais restritivas se tornam mais evidentes no comportamento de empresas e consumidores;
- Na agenda internacional desta semana, indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos estarão no centro das atenções. Além do aguardado Relatório de Emprego (Nonfarm Payroll, em inglês) que será divulgado na sexta-feira, os agentes de mercado irão acompanhar estatísticas sobre oferta de mão de obra (JOLTS) na quarta-feira e geração de vagas no setor privado (ADP) na quinta-feira. O ISM PMI de Manufatura também será divulgado na quinta-feira. Todas essas publicações são referentes a maio. Por fim, mercados reagem ao acordo anunciado para suspender o teto da dívida americana até o início de 2025, com contrapartida na limitação de gastos para os próximos dois anos. O acordo precisa agora ser aprovado em ambas as Casas do parlamento. Na Europa, inflação ao consumidor (maio) e taxa de desemprego (abril) merecem destaque. Na China, haverá a divulgação das leituras finais dos Índices de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) da indústria, serviços e composto de maio. Hoje, a agenda está vazia devido ao feriado federal nos EUA, no Reuni Unido, e outros países na Europa;
- No Brasil, o Banco Central divulgou na sexta-feira (26 de maio) que a conta corrente registrou déficit maior do que o esperado em abril (realizado: USD -1,7 bilhão; XP: USD -1,2 bilhão; consenso: USD -0,2 bilhão). O saldo em transações correntes ficou em US$ -54,2 bilhões no acumulado de 12 meses até abril (-2,76% do PIB), de US$ -52,4 bilhões até março (-2,67% do PIB) e US$ -44,6 bilhões até mesmo mês de 2022 (-2,56% do PIB). Do lado da conta financeira, os ingressos líquidos de IED (Investimento Estrangeiro Direto) somaram US$ 3,3 bilhões em abril, abaixo das estimativas (XP: US$ 3,9 bilhões; consenso: US$ 4,6 bilhões), e do resultado registrado um ano antes (US$ 11,1 bilhões ). Assim, o IED totalizou US$ 82,0 bilhões no acumulado de 12 meses até abril (4,17% do PIB), abaixo dos US$ 89,7 bilhões até março (4,57% do PIB), mas bem acima do montante de US$ 54,3 bilhões ( 3,12% do PIB) no mesmo mês de 2022. Olhando para frente, esperamos que o déficit em transações correntes diminua para US$ 40,0 bilhões até o final deste ano (1,9% do PIB), na esteira de uma balança comercial robusta e desaceleração da demanda interna. Enquanto isso, os fluxos líquidos de IED devem permanecer em níveis historicamente elevados (USD 80,0 bilhões ou 3,7% do PIB), apesar da perda de fôlego em relação ao ano passado;
- Na agenda doméstica, essa será uma semana importante para a atividade econômica. Destaque para a publicação do PIB do 1º trimestre de 2023 (5ª-feira), que deve mostrar forte expansão em comparação ao 4º trimestre de 2022. Prevemos alta de 1,4% no período, puxada principalmente pela Agropecuária. Além disso, o IBGE divulgará os resultados da produção industrial em abril (6ª-feira), para a qual prevemos recuo de 0,5% ante março. No que diz respeito ao mercado de trabalho, tanto a PNAD Contínua quanto o saldo de emprego do CAGED de abril serão conhecidos (4ª-feira). Nossas estimativas apontam para taxa de desemprego de 8,7% e criação líquida de 180 mil vagas com carteira assinada no mês passado. A agenda doméstica também traz a nota de crédito do Banco Central (3ª-feira) e as contas fiscais (Governo Central na 3ª-feira e Setor Público Consolidado na 4ª-feira) referentes a abril.
Empresas
Educação: Recuperação micro em meio a volatilidade macro
- Estamos atualizando as estimativas para Cogna, Yduqs, Ânima, Cruzeiro do Sul e Ser Educacional;
- Consideramos que o setor em geral está subvalorizado, com múltiplos EV/EBITDA para 2023 variando de 4,8x a 7,2x;
- Temos uma visão construtiva, porém cautelosa, em relação às ações de educação, com os números de captações do 1T23 sendo o principal fator que sustenta nossa postura otimista, enquanto a incerteza macroeconômica respalda nossa visão cautelosa;
- A alavancagem continua sendo um ponto importante para as empresas de educação, embora esperemos que o crescimento e a geração de caixa a reduzam futuramente.
- Estamos posicionando a Yduqs como nossa top-pick no setor e atualizando a Ser Educacional para uma recomendação de Neutro;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
SLC (SLCE3): Queda de commodities semeia perspectiva difícil
- Conforme analisamos em nosso relatório de revisão do WASDE, a última atualização do USDA com as primeiras estimativas para a safra 23/24 reforçou nossa visão baixista sobre os preços das commodities. Assim, atualizamos nossas estimativas e preço-alvo da SLC incorporando preços de grãos mais baixos no curto prazo, o que reduziu nosso preço-alvo de R$ 58,8/ação para R$ 43,9/ação;
- Embora ainda vejamos a empresa negociando com um valuation descontado, acreditamos que uma perspectiva de commodities mais pessimista desencadeará uma revisão de lucros para a Companhia (temos EBITDA ajustado 5% e 18% abaixo do consenso para 2023E e 2024E, respectivamente) e portanto, deve continuar pesando no desempenho das ações;
- Como resultado, também rebaixamos a SLCE3 de Compra para Neutro;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Natura&Co. (NTCO3): Data Expert: Etiqueta XP – Beleza #6
- Esta é a 6ª edição do nosso Etiqueta XP, um relatório em que acompanhamos os preços de SKUs da Natura, Avon, O Boticário e The Body Shop (TBS);
- Nossas principais conclusões foram: i) Avon está liderando os aumentos de preços em 2023, com preços aumentando em ~10% em média; ii) Natura está se aproximando, aumentando os preços em uma média de ~9%, impulsionada principalmente pelos Perfumes; iii) Os preços do O Boticário e TBS permaneceram estáveis em relação ao nosso relatório anterior; e iv) Avon está fazendo mudanças tanto nas linhas de beleza quanto nas de casa e estilo, enquanto continuamos a ver iniciativas que devem pavimentar o caminho para a implementação da Onda 2;
- Mantemos nossa recomendação de Compra e nosso preço-alvo para o final de 2023 de R$18,0/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bens de Capital: Endereçando principais discussões após resultados do 1T23
- Neste relatório, resumimos os principais temas e implicações da divulgação dos resultados do 1T23 para as empresas brasileiras de Bens de Capital;
- Destacamos:
- (i) a forte rentabilidade da WEG no 1T23, que esperamos continuar ao longo do 2T23, apoiada principalmente por margens sólidas de produtos de ciclo longo, com expectativas de melhora de receita devido a uma sazonalidade mais forte no 2T (queda de receita vs. 4T22 foi a principal preocupação que ouvimos dos investidores);
- (ii) os resultados fracos da Embraer no 1T23 ainda não são suficientes para assumir um não atingimento do guidance para 2023, em nossa visão, dada a fraca sazonalidade de entregas no 1T, e
- (iii) impactos mistos da implementação do Euro 6 para as empresas brasileiras de Auto Peças, com expectativas de melhora para Iochpe-Maxion e Tupy no 2T23, e uma perspectiva mais desafiadora para Marcopolo e para a divisão de implementos rodoviários da Randoncorp no próximo trimestre.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Crédito deve ficar estável em abril, diz Febraban (Valor);
- Exclusivo: fim do rotativo poderia reduzir juro sem afetar parcelado sem juros, afirma Pagbank (Broadcast);
- HDI adquire operação da Liberty Seguros na América Latina por quase R$ 7 bilhões, diz jornal (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Casino e Cnova, braço digital do grupo, abrem conversas com credores; GPA tem 34% da Cnova (Valor);
- Shein e Shopee: Haddad diz que governo pode rever alíquota de 60% do imposto de importação (Estadão);
- A maior e mais faminta: os planos da L’Oréal para seguir crescendo (agora com a Aesop) (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- Grupo Petrópolis propõe venda de ativos de energia e deságio de até 70% da dívida – Pipeline;
- Ministérios vão cooperar no combate à gripe aviária – Valor;
- Agro
- Falta de chuvas no leste do Corn Belt preocupa nos EUA e pode se estender por 40% das áreas de milho – Notícias Agrícolas;
- FS inicia operação de sua terceira unidade industrial, em Primavera do Leste, Mato Grosso – Notícias Agrícolas;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- El Niño: quem ganha e quem perde, segundo o Santander. (Brazil Journal);
- Equatorial pagará R$ 385,1 milhões em dividendos. (Canal Energia);
- Eletrobras diz que não considera contratação de empresas como ‘ato relevante’. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Sem margem Equatorial, Brasil terá que importar Petróleo em 2033, dizem fontes do governo (Valor Econômico);
- O que vai acontecer com a Vibra? (Brazil Journal);
- Petrobras lança novos tipos de contrato de gás e promete preço mais competitivo (EPBR);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Crédito deve ficar estável em abril, diz Febraban (Valor Econômico);
- Desalavancagem dá o tom em ano fraco para fusões e aquisições (Valor Econômico);
- Fitch Afirma Ratings da Caixa em ‘BB-‘/’AA(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
- Fitch Afirma Ratings do BNDES em ‘BB-‘/’AA(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Ifix tem 7ª semana seguida de alta e alcança maior nível desde fevereiro de 2020 (InfoMoney);
- HAAA11, FPNG11 e TRXF11: Confira novidades em FIIs; IFIX sobe (Investing);
- MXRF11 tomba forte e outro fundo imobiliário reduz dividendos para o menor nível em 3 anos; Veja as mais lidas da semana (FIIs);
- FII “high yield” deixa maré baixa de lado e tem maior dividendo em maio; confira os maiores pagadores (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brunch com ESG: RAIZ4 e CBAV3 investem em baixo carbono; HAPV3 fortalece governança
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP, que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana no Brasil e no exterior;
- Na última semana, destacamos: (i) Raízen expande investimento em soluções de energia limpa e tira o foco de fontes não renováveis; (ii) CBA amplia seu papel na transição energética por meio do alumínio verde; e (iii) Hapvida fortalece governança com 44% de membros independentes;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Belém é escolhida como sede da COP30 | Café com ESG, 29/05
- O mercado encerrou a semana em território positivo, com o Ibovespa e o ISE com leves ganhos de +0,15% e +0,45% respectivamente. O pregão de sexta-feira também terminou em território positivo com o Ibov e o ISE em alta de +0,77% e +0,49%, respectivamente;
- No lado das empresas, a Bayer apresentou no fim da semana passada um programa que atesta a pegada de carbono dos grãos desenvolvido em parceria com a Embrapa – batizada de PRO Carbon Commodities, a iniciativa criou uma metodologia 100% brasileira para fazer a medição dos gases de efeito estufa emitidos do plantio à entrega para a trader, e inclui o impacto climático de insumos usados no campo, o diesel queimado pelo maquinário e o carbono mantido no solo com técnicas de agricultura regenerativa;
- Na política, (i) a capital do Estado do Pará, Belém, foi confirmada nesta sexta como cidade sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), a cúpula do clima da ONU, que ocorrerá em novembro de 2025 – a notícia foi dada pelo presidente Lula em vídeo divulgado pelas redes sociais, após a candidatura da cidade ter sido oficializada pelo governo em janeiro; e (ii) líderes de países mundiais se reunirão em Paris no próximo mês para apresentar um plano de US$100B para direcionar recursos financeiros para o financiamento climático e de desenvolvimento em países mais pobres, fornecendo garantias cambiais aos investidores – a ideia depende da adesão e do apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros bancos multilaterais de desenvolvimento;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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