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Crescimento chinês e temporada de resultados movimentam os mercados | 🌎 Top 5 temas globais da semana

PIB chinês acelera, Apple na indústria bancária, Bing vs. Google e resultados da Tesla e Netflix.

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1. Reabertura da China ganha tração e PIB supera estimativas

O PIB chinês cresceu 4,5% A/A no primeiro trimestre, superando as estimativas do consenso da Reuters de 4,0%, à medida que as autoridades não mediram esforços para encerrar a política de zero-covid e reaquecer a economia local. A recuperação foi puxada por consumo, investimentos em infraestrutura e serviços.

Ainda assim, economistas seguem reticentes quanto a intensidade da demanda, ao passo que o volume de capital alocado em depósitos bancários continua elevado. Ainda vemos a confiança do consumidor chinês em níveis baixos vs. o período pré-pandemia, mas acreditamos que, no segundo semestre, com uma economia mais forte a retomada do consumo ganhará velocidade conforme a poupança acumulada ao longo dos últimos 2 anos retorne para a economia.

2. Apple balança a indústria bancária com lançamento de nova conta poupança

Nesta semana, a Apple lançou uma nova conta poupança, em parceria com o Goldman Sachs, que rende 4,15% ao ano, sem cobrança de tarifas ou requisitos mínimos de depósitos. Segundo dados do FDIC, o rendimento oferecido pela bigh tech é cerca de 12x maior que a média nacional das contas poupança, girando em torno de 0,35%.

O novo anúncio reverberou na indústria bancária, uma vez que a empresa possui uma forte infraestrutura tecnológica e, poderá, futuramente, disruptar algumas frentes de serviços bancários. Até o momento, a companhia já acumula as seguintes modalidades de serviços financeiros: parcelamento de compras (Apple Pay Later) e cartão de crédito (Apple Card).

3. Samsung apimenta batalha entre Alphabet vs. Microsoft

Samsung cogita trocar o Google pelo Bing da Microsoft para ser o navegador padrão de seus dispositivos. O golpe inesperado para a Alphabet, poderá custar cerca de US$ 3bi por ano. Segundo fontes do The New York Times, o Google também poderá perder cerca de US$ 20bi de outro contrato com a Apple.

A competição na indústria de inteligência artificial vem se intensificando ao longo dos últimos meses. Novos competidores como o Bing estão começando rapidamente a se tornar uma ameaça significante para o mecanismo de busca da Alphabet, líder de mercado há 25 anos.

Na outra ponta, o Google segue com planos para renovar seu produto e torná-lo ainda mais competitivo. Contudo, o novo projeto aparenta estar ainda em estágio inicial e sem um cronograma claro sobre o seu lançamento.

4. Tesla é impactada por política de redução de preços

Tesla ($TSLA) reportou resultados em linha com as expectativas do mercado tanto em receita quanto em LPA, porém decepcionou bastante nas margem operacional quanto na geração de caixa:

Lucro por ação: US$0.85 vs. US$0.87 esperado (-20.5% A/A)

Receita: US$23.33bi vs. US$23.35bi esperado (+24.4% A/A)

Fluxo de Caixa Livre: US$$0.44bi x US$3.24bi esperado (-80% A/A)

Margem Bruta: 19,3% x 21,2% esperado (-9.8pp A/A)

A empresa não divulgou a margem bruta automotiva (havia sido 25,9% no trimestre anterior) e limitou-se a dizer que foi negativamente impactada por: i) política de precificação agressiva (hoje de manhã a empresa anunciou seu 6º corte de preços somente neste ano); ii) preços de insumos, logística e commodities mais caros. Na teleconferência de resultados, Elon Musk disse que, diante deste ambiente macroeconômico, “é melhor enviar um grande número de carros com uma margem menor e, posteriormente, compensar essa margem conforme melhoramos a direção autônoma”.

Vale também destacar que, se excluíssemos os US$521mi em vendas de créditos regulatórios (referentes à produção de veículos que não emitem gases poluentes), a companhia teria queimado caixa no trimestre.

A Tesla negocia a cerca de 40x próx. 12 meses P/L e ações caíram 9,7% no dia posterior à divulgação

5. Netflix desacelera crescimento de assinantes, porém acelera geração de caixa

Netflix (NFLX) reportou resultados em linha com o mercado.

LPA de US$2,86 vs US$2,88 (-11% A/A)

Receita de US$8,15bi x US$8,18bi (+3.7% A/A)

A grande decepção foi com o número de adições líquidas de assinantes (+1,75mi vs. +2,41mi esperados) sendo que o número teria sido muito pior caso Ásia (+1,46mi vs. 0,99mi) não houvesse surpreendido para cima. Esta foi a principal razão da primeira reação bem negativa do mercado (chegou a cair mais de 10%, abaixo dos US$300/ação).

Porém, as ações logo se recuperaram e chegaram ficar positivas no período pós-mercado. O otimismo veio da confiança do management em atingir seus objetivos financeiros para o ano de 2023, mesmo tendo baixado as estimativas para o 2º trimestre.

A empresa mencionou estar bastante satisfeita com os modelos de assinatura que permitem o compartilhamento de senhas, no qual é possível compartilhar logins com outras pessoas por um adicional de custo, a qual ainda está sendo testada em mercados selecionados, mas que será lançada globalmente (inclusive nos EUA) já neste 2º trimestre.

Ainda do lado positivo, vale mencionar a forte geração de caixa (+US$2,1bi vs. US$0,9bi esperado) e o aumento nas projeções para 2023 de US$$3,0bi para, no mínimo, US$$3,5bi.

Numa última nota, a empresa anunciou que descontinuará seu serviço de entrega de DVDs (sim, ele ainda existia) após 25 anos. Essa linha de receita se tornou irrelevante (caiu de US$911mi em 2013 para apenas $146mi em 2022) e o último DVD será postado no dia 29 de setembro de 2023.

Em resumo, um resultado misto com uma reação levemente negativa do mercado após o susto inicial. A geração de caixa mais forte ajuda a acalmar os ânimos e a empresa joga as expectativas acerca das mudanças operacionais para o próximo trimestre.

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