Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,13% e 0,88%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a inclusão dos veículos elétricos entre os sujeitos ao Imposto Seletivo (IS) criado pela reforma tributária não deve significar aumento da tributação sobre essa rota tecnológica, segundo fala do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, nesta quarta (24/7) – Alckmin disse que o governo está finalizando a regulamentação do Mover e deve apresentar, nas próximas duas semanas, a definição das alíquotas para o IPI verde, que servirá como base para o IS após a reforma tributária; e (ii) o BID e os bancos públicos do Brasil devem anunciar ainda hoje o desenvolvimento de um fundo negociado em bolsa (ETF) focado em investimentos sustentáveis na floresta amazônica – segundo a Reuters, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal fazem parte da iniciativa.
• No internacional, usando dados da primeira metade do ano, foi a primeira vez que as usinas elétricas movidas a carvão na China geraram menos que 60% da produção total de eletricidade do país (59,6%) - embora a geração de energia a carvão tenha registrado um aumento de 2,4% em relação aos mesmos meses de 2023, a participação do carvão na matriz caiu frente ao aumento expressivo da produção de fontes de energia limpa.
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Brasil
Empresas
Ambipar elege João Daniel Piran de Arruda como CFO
"A Ambipar (AMBP3) informou que seu conselho de administração aprovou João Daniel Piran de Arruda como novo diretor financeiro da companhia, em substituição a Thiago da Costa Silva, que passará a ocupar o cargo de diretor de integração e finanças. A eleição de Arruda, ex-executivo do Bank of America, tem efeito a partir de 5 de agosto, segundo fato relevante divulgado na terça-feira. A Ambipar é especializada na gestão de resíduos."
Fonte: InfoMoney; 24/07/2024
Greenwashing Olímpico? Riachuelo exagera atributos sustentáveis de uniformes
"As redes sociais foram tomadas nos últimos dias por críticas ao visual – para alguns simples demais, para outros conservador e pouco representativo da rica cultura brasileira – dos uniformes fabricados pela Riachuelo que atletas brasileiros usarão durante o desfile de abertura dos Jogos Olímpicos, nesta sexta-feira, em Paris. Gostos pessoais à parte, a varejista, parceira do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 2020 e responsável também pelos trajes de viagem da delegação, foi alvo de uma crítica objetiva: a empresa teria feito greenwashing na divulgação da coleção. O questionamento principal partiu da jornalista de moda, também especializada em sustentabilidade, Alexandra Farah, em um post publicado na terça-feira à noite, no Instagram. “Tudo começou porque eu escutei que essa jaqueta era muito sustentável, feita com 100% de fios reutilizados da fábrica, de resíduos”, diz ela no post. “Logo pensei: ‘Gente, isso é um marco na história da moda mundial!’”. Farah, então, acionou suas fontes especializadas na fabricação de jeans, que logo confirmaram que não havia possibilidade de a informação ser verdadeira. Nenhuma indústria no mundo é capaz de produzir uma peça do tipo apenas com fibras reutilizadas. Em vez dos 100% de material reaproveitado, na realidade as jaquetas foram confeccionadas com 23% de fibras provenientes de aparas da fábrica de Natal da Riachuelo. “Não é um número pequeno, ao contrário, é bastante significativo”, diz Farah. “E deveria ser celebrado.” O problema foi o número inflado."
Fonte: Capital Reset; 25/07/2024
SP pode ficar até 6°C mais quente até 2050 e ter ondas de calor com mais de 150 dias, diz pesquisa
"Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Geológico e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) aponta que parte do estado pode ficar até 6°C mais quente até 2050, além de ter ondas de calor que passam dos 150 dias. O artigo foi divulgado pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que cobra do governo paulista medidas para conter o avanço do aquecimento no estado (leia mais abaixo). Em nota, o governo afirma que "a Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP tem compromisso com a sustentabilidade ambiental e resiliência climática e possui um aparato de programas voltados para o equilíbrio ambientalista do Estado. Desde 2022, a pasta possui o Plano de Ação Climática (PAC) 2050 e o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-SP), que mapeiam cenários climáticos globais para aplicação e gestão de riscos ao estado" (leia a íntegra mais abaixo). Os pesquisadores analisaram dados climáticos entre 1961 e 1990 e os compararam com projeções para o período de 2020 a 2050. O estudo foi assinado por Gustavo Armani e Nádia Lima, do Instituto de Pesquisas Ambientais, por Maria Fernanda Pelizzon Garcia, da Cetesb, e Jussara de Lima Carvalho, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de SP, e publicado no fim de 2022. "Os pesquisadores utilizaram modelos climáticos e fizeram uma regionalização dessas simulações a partir da meteorologia. Por exemplo, as previsões para cenários futuros estavam com resolução espacial na casa dos 100 km a 200 km. Essas regionalizações fizeram com que os espaçamentos caíssem para 20 km", apontou o professor de meteorologia Ricardo de Camargo, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP."
Fonte: Capital Reste; 25/07/2024
Política
Tributação verde vai incentivar carros que poluem menos, inclusive elétricos, defende Alckmin
"A inclusão dos veículos elétricos entre os sujeitos ao Imposto Seletivo (IS) criado pela reforma tributária não deve significar aumento da tributação sobre essa rota tecnológica, defendeu o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), nesta quarta (24/7). “A reforma tributária diz que você pode prever uma variação. Aquele que polui mais, eu tenho uma alíquota um pouco maior. O que polui menos, eu tenho uma alíquota um pouco menor. Não quer dizer que vai aumentar [a tributação sobre elétricos]”. Segundo o vice-presidente, o governo está finalizando regulamentação do Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação) e deve apresentar, nas próximas duas semanas, a definição das alíquotas para o IPI verde, que servirá como base para o IS após a reforma tributária. A diferenciação do imposto sobre produtos industrializados está prevista no programa sancionado no final de junho. A ideia é incentivar a fabricação de carros menos poluentes no Brasil, a partir da análise de critérios como fonte de combustíveis e energia usada nos motores, eficiência e reciclabilidade após a vida útil. “O objetivo é estimular a descarbonização. A inovação. E também a parte dos veículos de menor preço, ajudar a baratear os veículos para a população poder adquirir”, disse Alckmin a jornalistas. O vice-presidente rebateu críticas relacionadas à inclusão dos veículos elétricos entre as tecnologias sujeitas à tributação. “Eu tenho ouvido na imprensa, às vezes, alguém dizer que vai aumentar o IPI do carro elétrico. Não, não vai aumentar o IPI. Porque, na realidade, é o IPI Verde. Agora, não tem só elétrico. Tem híbrido, tem híbrido com etanol, tem etanol, tem várias rotas tecnológicas."
Fonte: Epbr; 24/07/2024
Haddad: “Mudança climática é um desafio global e requer uma resposta global”
"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu, nesta quarta-feira (24), a participação mais ativa dos países desenvolvidos, em parceria com as nações em desenvolvimento, para combater as mudanças climáticas em todo o mundo e fomentar o financiamento de projetos e iniciativas voltadas à em sustentabilidade e à economia verde. Depois de ter participado, pela manhã, da cerimônia de abertura da reunião da força-tarefa do G20 e do pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro (RJ), Haddad fez um discurso durante o evento “Emirados Árabes Unidos COP28-G20: Tornando o Financiamento Sustentável Disponível e Acessível”, paralelo à agenda oficial do encontro. Além do chefe da equipe econômica, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), também participou do debate. Segundo o ministro da Fazenda, a crise climática global é “um dos desafios mais urgentes do nosso tempo”. “Nos reunimos em um momento crítico. Tragédias ambientais como as inundações que devastaram o Rio Grande do Sul provam que a urgência de agir contra a mudança do clima nunca foi tão grande”, afirmou Haddad. “Mais de um terço dos setores da economia real estão altamente expostos a riscos físicos relacionados às mudanças climáticas”, prosseguiu o ministro. “As decisões que tomarmos e as ações que realizarmos em foros como o G20 e a COP ressoarão globalmente e definirão o legado que deixaremos para as futuras gerações.” Depois de elencar algumas iniciativas e programas do governo brasileiro, Haddad conclamou os demais países a agirem no combate à mudança do clima."
Fonte: InfoMoney; 24/07/2024
BID e bancos públicos do Brasil lançarão ETF da Amazônia, dizem fontes
"O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e os bancos públicos do Brasil anunciarão na quinta-feira o desenvolvimento de um fundo negociado em bolsa (ETF) focado em investimentos sustentáveis na floresta amazônica, disseram duas pessoas com conhecimento direto. O banco estatal de desenvolvimento BNDES, o Banco do Brasil (BBAS3.SA), abre nova aba e a Caixa Econômica Federal (CEF.UL) fazem parte da iniciativa, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os planos não são públicos. O objetivo, de acordo com as fontes, era lançar o ETF “Amazônia Brasil” nos mercados de capitais antes da conferência climática COP30 na cidade brasileira de Belém no próximo ano. Espera-se que o novo fundo replique um índice de referência ainda a ser criado, com recursos alocados para empréstimos sustentáveis na Amazônia brasileira. O Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES e o BID não responderam aos pedidos de comentários. No ano passado, o BNDES e o BID lideraram o lançamento da chamada “Coalizão Verde” para promover soluções financeiras e incentivar investimentos sustentáveis na região. De acordo com as fontes, o BID fornecerá apoio técnico e financeiro aos bancos brasileiros para o novo ETF."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
Brasil e EUA sinalizam parceria mais intensa na área climática
"Brasil e Estados Unidos sinalizaram nesta quarta-feira (24) que vão reforçar a parceria na área do clima. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou estar feliz com o trabalho conjunto entre Tesouro e Fazenda na questão climática. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou conversas dos dois países em relação a uma cooperação técnica em transformação ecológica e transição energética. “Estou muito feliz que Tesouro e Fazenda têm estado particularmente focados em um trabalho conjunto na área do clima, [tema] que o Brasil transformou em prioridade de sua presidência no G20”, afirmou Yellen, em sua primeira agenda no Brasil, onde participa de eventos relacionados ao G20. Haddad disse que há anúncio a ser feito sobre uma aproximação dos dois países em relação à transformação ecológica e transição energética. “Temos insistido com os EUA que uma cooperação técnica entre os países que lideram a produção de energia limpa no mundo e podem fazer um intercâmbio tecnológico para acelerar a transição energética seria muito benéfica para a região”, afirmou ele. “Temos todas as condições de promover uma transformação ecológica mais acelerada em relação às outras regiões do mundo e isso deveria ser usado em benefício de maior intercâmbio comercial, de investimentos e serviços entre nossos países”, notou. Em discurso no evento COP28-G20 Brasil Finance Track: Tornando o financiamento sustentável disponível e acessível, Haddad defendeu solução global para a mudança climática, por ser um desafio global. “Precisamos potencializar todo o capital público e privado nesse combate e fortalecer as instituições de fomento”, disse. A reunião bilateral entre EUA e Brasil foi realizada em um hotel na zona Sul do Rio, com vários representantes das duas equipes. No início do encontro, Yellen e Haddad celebraram a parceria entre os EUA e o Brasil."
Fonte: Valor Econômico; 24/07/2024
Judicialização e fiscalização “frouxa”desestimulam o mercado de CBios
"A comercialização de CBios (créditos de descarbonização) vem diminuindo ao longodesse ano, tanto em preço quanto em volume. Os números em queda fizeram dispararum alerta entre os especialistas sobre as perspectivas de liquidez desse ativo, quenasceu para ser um precursor do mercado regulado de carbono do Brasil. O CBio, que chegou a ser negociado a R$ 99,45 em abril, estava cotado a R$ 75 naterça-feira (23), de acordo com dados da consultoria Datagro – um recuo de quase 25%em apenas três meses. Em junho, segundo cálculos do Itaú BBA, o preço estava 21%abaixo da média do ano, tendo atingido em 10 de junho o menor valor desde setembrode 2022.
E os volumes também estão recuando. Mesmo com aumento de 5% das negociações emjunho – para 6,1 milhões de créditos – o volume ficou 11% abaixo do negociado no mesmomês do ano passado – e menor que os
7,9 milhões de janeiro, conforme noticiou o AgFeed no começo do ano. “Esse cenário é reflexo tanto do pessimismo do mercado quanto da tolerância dogoverno com as distribuidoras que judicializam e descumprem as metas individuais deCBios”, alertaram os analistas do Itaú BBA em relatório. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em2023, as distribuidoras cumpriram 81% do total das metas fixadas pelo ConselhoNacional de Política Energética (CNPE), cujo prazo final foi março de 2024. Das 145distribuidoras, apenas 74 cumpriram integralmente o combinado para o ano. Em 2022, a meta também deixou de ser cumprida e a solução encontrada pelo governofoi flexibilizar os prazos para permitir que as empresas inadimplentes pudessem seajustar. Mas não foi o que aconteceu."
Fonte: AGFeed; 24/07/2024
Internacional
Empresas
China reduz a participação do carvão na produção de eletricidade no primeiro semestre de 2024
"As usinas elétricas movidas a carvão geraram 59,6% da produção total de eletricidade da China durante o primeiro semestre de 2024, a primeira vez que o carvão produziu menos de 60% da eletricidade total do país durante esse período. A geração de energia a carvão da China de janeiro a junho foi de 2.793,5 terawatts-hora (TWh), um aumento de 2,4% em relação aos mesmos meses de 2023 e o maior registro para o primeiro semestre do ano desde pelo menos 2015, segundo dados do think tank de energia Ember. No entanto, a participação do carvão no mix de geração total da China caiu para novos mínimos durante os primeiros seis meses de 2024, já que a produção de fontes de energia limpa atingiu novos máximos. A geração total de eletricidade limpa foi de 1.751,4 TWh durante o primeiro semestre de 2024, quase 17% a mais do que no primeiro semestre de 2023. As fontes de energia limpa geraram uma participação recorde de 37,3% do total de eletricidade da China durante o primeiro semestre do ano. O aumento acentuado da produção de fontes limpas permitiu que os produtores de energia da China reduzissem a produção de eletricidade a partir de combustíveis fósseis até o momento em 2024, ao mesmo tempo em que elevou o fornecimento total de eletricidade a um recorde durante o primeiro semestre do ano. O crescimento de dois dígitos na geração de eletricidade por represas hidrelétricas, parques solares e parques eólicos foram os principais catalisadores por trás do aumento da geração limpa neste ano. As represas hidrelétricas foram a maior fonte individual de eletricidade limpa, gerando 558,1 TWh, segundo dados da Ember."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
O mundo bate novamente o recorde de dia mais quente, apesar do fim do El Niño
"O mundo registrou novamente o dia mais quente já registrado na segunda-feira, ultrapassando o recorde anterior registrado apenas 24 horas antes, no domingo, de acordo com dados preliminares de uma agência de monitoramento da União Europeia. Com ondas de calor em todo o mundo e incêndios florestais em partes do Mediterrâneo, Rússia e Canadá, a temperatura média global do ar na superfície subiu para 17,15 graus Celsius (62,87 graus Fahrenheit) na segunda-feira, 22 de julho. Esse valor foi 0,06 C (0,11 F) mais alto do que o recorde de domingo, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da UE, que tem monitorado esses dados, abre nova aba desde 1940. Isso inclui as temperaturas no Hemisfério Sul, que atualmente está no inverno, o que reduz a média mundial. Os cientistas disseram que é possível que a terça ou quarta-feira desta semana supere novamente o recorde de segunda-feira, já que os picos de temperatura geralmente ocorrem em grupos. O último dia quente recorde foi em julho de 2023, quando o recorde foi repetidamente quebrado em quatro dias consecutivos, de 3 a 6 de julho. Antes disso, o recorde foi registrado em agosto de 2016. O que torna o recorde deste ano incomum é que, diferentemente de 2023 e 2016, em abril o mundo saiu do padrão climático El Niño, que geralmente amplia as temperaturas globais devido às águas mais quentes do que o normal no Pacífico Oriental. Karsten Haustein, cientista climático da Universidade de Leipzig, na Alemanha, disse que era “notável” o fato de o recorde ter sido quebrado novamente, agora que o mundo está na fase neutra do El Nino-Oscilação Sul."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
Nestlé, Mars Wrigley e Ferrero apoiam lei de desmatamento da UE, mostra documento
"Gigantes do setor de bens de consumo, incluindo a Nestlé (NESN.S), abre nova aba, Mars Wrigley e Ferrero, apoiaram a futura proibição da União Europeia sobre produtos importados ligados ao desmatamento, em meio a pedidos de algumas empresas para adiá-la, segundo um documento visto pela Reuters. A lei de desmatamento exigirá, a partir de 30 de dezembro, que as empresas que vendem cacau, café, óleo de palma e outros produtos no bloco de 27 nações provem que suas cadeias de suprimento não contribuem para a destruição das florestas. O governo dos EUA e grupos do setor, incluindo a Confederação das Indústrias Europeias de Papel, querem que a política seja adiada, citando reclamações, inclusive de que os sistemas da UE para gerenciar a conformidade estão inacabados. No entanto, alguns dos principais fabricantes de chocolate pediram a Bruxelas que avançasse. Em um documento conjunto compartilhado com a equipe da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visto pela Reuters, a gigante de alimentos Nestlé, a fabricante de M&Ms Mars Wrigley e a empresa de chocolate Ferrero apoiaram a lei, mas pediram que a UE fizesse mais para ajudar as empresas a cumprir a data de início em dezembro. “A EUDR (Regulamentação de Desmatamento da UE) representa um importante passo à frente na condução da necessária transformação do setor de cacau e chocolate, ajudando a minimizar o risco de desmatamento associado aos produtos de cacau e chocolate colocados no mercado da UE”, disse o documento. As empresas pediram que a UE lançasse um comitê para coordenar com as autoridades nacionais dos países e fornecer orientações sobre questões como interpretações legais e obrigações de diligência devida das empresas, para ajudar as empresas a se prepararem para cumprir a data de início em 30 de dezembro."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
"Uma iniciativa do Reino Unido para promover o combustível de aviação verde precisará ser adotada em todo o mundo - e desenvolvida - para que a tecnologia tenha alguma chance de cumprir sua promessa de voos radicalmente mais limpos, alertaram executivos de companhias aéreas no Farnborough Airshow. Na semana passada, o novo governo trabalhista da Grã-Bretanha anunciou planos para introduzir uma garantia de preço para o combustível de aviação sustentável (SAF) para incentivar os produtores a abrir mais fábricas e construir infraestrutura para aumentar a produção do combustível. Duas décadas depois que as companhias aéreas se comprometeram a mudar para biocombustíveis, o SAF representa apenas 0,2% do mercado de combustível de aviação. O setor de aviação diz que isso precisará aumentar para 65% até 2050 se quiser atingir emissões de carbono “líquidas zero” até lá. Há anos, as companhias aéreas e os produtores de SAF estão envolvidos em um jogo de culpa paralisante. As companhias aéreas dizem que querem mais combustível verde, enquanto os produtores de SAF dizem que não podem produzir mais até que as companhias aéreas concordem em pagar o preço de mercado. Atualmente, o SAF custa até cinco vezes mais do que o combustível de aviação tradicional. Julie Kitcher, diretora de sustentabilidade da Airbus (AIR.PA), abre uma nova aba, disse que planos de investimento mais sólidos e financiamentos mais ousados de todo o setor ajudariam a dar escala ao setor e a aumentar a oferta. O apoio de políticas, como o mecanismo do Reino Unido ou a taxa SAF de Cingapura, pode aliviar a carga de custos das companhias aéreas, se for elaborado de forma construtiva, disseram Kitcher e outros executivos."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
"Os Jogos Olímpicos de Paris estabeleceram um novo padrão em eventos esportivos de baixo carbono. No entanto, o trabalho ainda não terminou; isso deve criar um novo modelo para os futuros organizadores de eventos. Isso se deve ao fato de que, ao contrário de muitos Jogos Olímpicos do passado, Paris adotou um orçamento de carbono pré-evento. No passado, o cálculo das emissões era feito após o evento, o que, em alguns casos, levou a uma criativa contabilidade retrospectiva de carbono. Este ano, o Comitê Olímpico de Paris estabeleceu a meta de reduzir em pelo menos 50% as emissões de carbono em relação aos eventos anteriores. Então, como essas reduções drásticas estão sendo feitas? Cerca de 25% das emissões, abre nova aba das Olimpíadas anteriores, vêm do ambiente construído, por isso os organizadores de Paris se comprometeram a ter 95% de seus estádios como estruturas existentes ou temporárias. A reutilização de estádios não é algo novo. Apenas oito das 34 instalações olímpicas de Londres, abre nova guia, foram construídas recentemente, enquanto 17 das 32 instalações do Rio, abre nova guia, foram novas construções. Reduzir esse número para apenas 5% deve se tornar o novo padrão global não apenas para as Olimpíadas, mas para todos os eventos esportivos internacionais de grande escala. Até mesmo a construção dessas novas edificações foi menos intensiva em carbono do que a maioria. Para o Parisien Aquatics Centre, o concreto com uso intensivo de carbono foi trocado por madeira. Além disso, o calor dos centros de dados locais está sendo capturado e reutilizado para aquecer a piscina, abre nova guia."
Fonte: Reuters; 24/07/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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