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Economia em Destaque: Juros sobem, bolsa sente

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

Nesta semana, o destaque foram as reuniões de política monetária pelo mundo e elevações das taxas básicas de juros para conter a inflação. Nos EUA, o FOMC decidiu por uma elevação de 0,5 pp, e no Brasil o Copom decidiu por uma elevação de 1 pp na Selic. Juros mais altos aumentam risco de desaceleração da economia global.

Publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de maio, no qual analisamos o cenário dado o aumento de fatores globais de risco.

Atualizações Covid-19 no Brasil

No Brasil, tanto a média móvel de sete dias de novos casos quando a de óbitos caíram para 12,6 mil e 95, respectivamente. Ao todo, 83,9% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 77,7% já tomou dose única ou duas doses e 42,1% já teve o reforço da vacinação.

Cenário internacional 

Altas de juros no mundo sugerem desaceleração da economia global

O FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) elevou a taxa básica de juros em 0,5 pp, para o intervalo de 0,75%-1,00% a.a. A alta dá continuidade ao ciclo de aperto monetário em resposta ao aumento da inflação. O Fed sinalizou que o ciclo deve continuar nesse ritmo adiante .  Os juros da economia, como as taxas para o crédito imobiliário, já estão refletindo a ação do Fed (ver gráfico).

Os mercados leram a decisão e a coletiva de imprensa pós-reunião conduzida pelo presidente Jerome Powell como uma sinalização menos dura, já que alguns participantes acreditavam que uma alta de 0,75 pp poderia ser uma opção (o que foi descartado por Powell). A bolsa reagiu bem no primeiro dia, mas caiu fortemente na sequência.

Também nessa semana, o Banco Central do Brasil (BCB), o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Central do Chile (BCCh), entre outros, elevaram suas taxas de juros de referência. O mundo passa por um momento de inflação historicamente alta. A política monetária mais apertada em diferentes países sugere que a economia global desacelerará – possivelmente para uma recessão – nos próximos trimestres.

Criação de vagas de emprego nos EUA supera expectativas

O mercado de trabalho nos EUA continua bastante aquecido, como é possível observar pelos dados de emprego, como o payroll ou a criação de vagas de emprego fora do setor agrícola. O resultado, de 428 mil novas vagas (contra consenso de 391 mil) e a taxa de desemprego em 3,6% (mesma do último mês), além da alta mensal de 0,3% (5,5% contra o mesmo mês do ano anterior) em salários demonstram sobreaquecimento da economia, que também sofre com inflação elevada. 

Guerra na Ucrânia: novas sanções

A UE propôs uma proibição progressiva das importações de todo o petróleo russo, do qual a região é bastante dependente) enquanto os estados membros tentam chegar a um acordo sobre um sexto pacote de penalidades contra Moscou por sua invasão na Ucrânia. Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a proibição abrangerá todo o petróleo russo. Ela prometeu eliminar gradualmente os suprimentos de forma “ordenada”, atingindo petróleo bruto dentro de seis meses e produtos refinados até o final do ano.

Os preços das commodities ligadas à guerra, como trigo e petróleo, voltaram a subir.

Lockdowns na China para além de Xangai

Após um mês de lockdowns em Xangai, com crescente descontentamento da população e agravamento de problemas em cadeias de suprimentos globais, outras importantes cidades chinesas, como Pequim, aumentam restrições de circulação e tentam evitar a severidade das medidas de isolamento de Xangai.

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Enquanto isso, no Brasil...

Brasil Macro Mensal

Nesta semana, publicamos o relatório Brasil Macro Mensal do mês de abril. A deterioração do cenário global em meio à guerra na Ucrânia e problemas nas cadeias de suprimentos são risco para a inflação, e alta de juros nos EUA causa depreciação de moedas emergentes, como o real.   Clique aqui para acessar na íntegra.

Copom eleva Selic para 12,75% a.a.

O Copom, comitê de política monetária do Banco Central do Brasil, decidiu elevar a taxa básica de juros para 12,75% a.a., conforme esperado. Avaliamos que o BCB tenha sinalizado que o momento da pausa está se aproximando. Ainda assim, o comunicado pós-reunião apontou como provável outra alta na reunião de junho, ainda que menor, o que torna provável que a Selic atinja um pico de 13,25% ou 13,50%. 

Mantemos nossa projeção de 13,75% como taxa terminal, pois acreditamos que, como as perspectivas de inflação continuam desafiadoras, o Copom acabará optando por manter o ritmo de 1,0 pp (ou mesmo fazer duas altas adicionais de 0,5 pp).

Logo após a decisão fizemos uma live com nossa equipe de análise sobre os efeitos da alta de juros nos investimentos. Confira aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=XvSxKq-XLgk&t=2s

Produção industrial acima do esperado em março 

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% entre fevereiro e março, após ajuste sazonal, resultado em linha com nossa estimativa (0,4%) e o consenso de mercado (0,2%). Com isso, o setor industrial registrou expansão de 0,3% no 1º trimestre de 2022 ante o 4º trimestre de 2021, após ajuste sazonal, interrompendo uma longa sequência de quatro quedas trimestrais consecutivas (ou seja, ao longo de todo ano de 2021). Em comparação a março de 2021, o volume produzido na indústria contraiu 2,1% (XP: -2,3%; consenso: -2,9%). 

Os dados desagregados da indústria foram melhores, o que tem efeitos positivos para o PIB do trimestre. 

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, o destaque será a inflação ao consumidor e produtor nos EUA e na China, referentes ao mês de abril. Além disso, também serão importantes os dados de setor externo e crédito na China e produção industrial na Europa. 

No Brasil, os destaques serão a ata da última reunião do Copom, a inflação de abril (IPCA), as vendas no varejo (PMC) e volume de serviços (PMS) de março

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