Destaques da semana: 30/12 a 08/01
Ibovespa: 5,09% | 125.076 pontos
Apesar da semana com noticiário agitado, o Ibovespa fechou em forte alta de 5,09%, aos 125.706 pontos, quebrando o recordo nominal do índice na quinta-feira. Apesar dos novos lockdowns anunciados na Europa e na Ásia, a bolsa brasileira foi impulsionada pelas notícias positivas da eficácia da CoronaVac e também pela performance das ações ligadas a commodities.
No cenário político internacional, destaque para os conflitos políticos nos EUA. Após o vazamento da ligação do Presidente Donald Trump ao secretário de estado da Geórgia pressionando-o a reverter o resultado das eleições no estado, o partido Democrata conseguiu reverter e confirmar a 50° cadeira no Senado o que lhe garante a maioria na casa, uma vez que o voto de minerva em casos de empate será da Vice-Presidente democrata, Kamala Harris. Em resposta, apoiadores de Trump invadiram e vandalizaram o Capitólio, sede do Congresso dos EUA, durante a sessão que certificaria a vitória eleitoral de Joe Biden. Assim que as manifestações foram dispersas, o Congresso retomou a sessão e oficializou Joe Biden como presidente eleito. A posse será no próximo dia 20. Apesar de ter insuflado o eleitorado, Trump afirmou que fará uma transição de poder pacífica mesmo tendo reafirmado que discorda do resultado das eleições.
Na Europa, os destaques ficam pela extensão de lockdowns anunciados durante a semana. No Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johnson estabeleceu um novo e mais severo lockdown para conter o contágio da nova variante da Covid-19. Na Alemanha, a medida foi estendida até o final do mês. Para ajudar empresas a atravessar esse período de restrições, o governo anunciou hoje um novo pacote de £ 4,6 bilhões.
Do lado da economia, o PMI chinês abriu o calendário de indicadores de 2021, desacelerando de 54,9 para 53,0 pontos em dezembro, por conta do menor volume de exportações para a Europa. Já o PMI da Zona do Euro subiu de 53,8 em novembro para 55,2 em dezembro, com destaque para as performances do Reino Unido (57,5 pontos) e Alemanha (58,3 pontos). Apesar dos números positivos do lado da indústria, os dados do varejo europeu decepcionaram em dezembro, apresentando queda de 6,1% no mês.
No Brasil, as preocupações quanto ao risco fiscal voltam a ganhar força, corroboradas pela afirmação do Presidente Jair Bolsonaro de que o “Brasil está quebrado” e com a incerteza em relação a eleição no Congresso. Além disso, houve discussões quanto a ampliação do Bolsa Família, com a inclusão de 200 mil famílias, mas sem a fonte de recursos novos para o programa. Em meio ao aumento do número de casos da Covid-19 no Brasil, o mercado continua temerário sobre novos estímulos do Governo Federal, que possam elevar o risco fiscal do país.
Do lado da política nacional, a eleição do Presidente da Câmara continua em foco, com o candidato do Governo, Arthur Lira (PP), atrás nas pesquisas, perdendo para o candidato do atual Presidente da Casa, Baleia Rossi. No Senado, o nome de Rodrigo Pacheco (DEM) aparece como favorito ao pleito. Na economia brasileira, a FENABRAVE divulgou que o país licenciou 2.973 mil veículos em 2020, volume 23,1% menor que o visto em 2019. No mês de dezembro, o licenciamento caiu 4,0% em relação a novembro.
Do lado das empresas, iniciamos a cobertura de JHSF (JHSF3) com preço-alvo de R$9,70/ação para 2021 e recomendação de COMPRA. A JHSF é uma holding focada em entregar os melhores serviços e produtos imobiliários para seus clientes de alta renda e construir um ecossistema visando atender suas demandas. Nossa visão construtiva para o papel é atribuída principalmente ao seu robusto potencial de crescimento, impulsionado pelo ambiente positivo para o setor imobiliário nos próximos anos bem como os recursos levantados em seu recente follow-on (oferta subsequente de ações). Para mais detalhes, acesse nosso relatório completo.
Do lado das commodities, ontem os preços de petróleo Brent encerraram o pregão em forte alta de +4,99%, aos US$53,64/barril. A forte alta reflete o otimismo com a conclusão da reunião da OPEP+, com destaque para anúncio pela Arábia Saudita que realizará cortes voluntários de produção de petróleo de 1 milhão de barris ao dia em fevereiro e março de 2021. Vemos o anúncio da OPEP+ como positivo, por sinalizar menores pressões do lado da oferta de petróleo em um momento em que há potenciais incertezas de curto prazo relacionadas a fatores como o surgimento da nova cepa do vírus causador da COVID-19 e a imposição de lockdowns em países europeus como Reino Unido e Alemanha. Em face do movimento de rápida elevação dos preços de petróleo no pregão de ontem, atualizamos nossas projeções e preços-alvo para Petrobras com base na curva futura mais atualizada de preços de petróleo. Reiteramos também nossa recomendação de Compra para as ações. Nossos novos preços-alvo para um horizonte de 12 meses para as ações são de R$35/ação para PETR4/PETR3. Para mais detalhes, acesso nosso relatório completo.
Câmbio e juros
O Dólar fechou a semana em alta de 4,4% em relação ao Real, em R$ 5,42 USD. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta, fechando 58 bps acima na semana, atingindo 7,78%.
O que esperar
No Brasil, o IPCA de dezembro, a pesquisa mensal de serviços (PMS) e do comércio (PMC) serão os principais destaques da agenda econômica da próxima semana. No cenário internacional, os dados de inflação (CPI e PPI) e de produção industrial das principais economias serão as divulgações mais importantes. Clique aqui para ler o relatório completo.
Ações

Nenhuma notícia específica da empresa. Os setores de Siderurgia & Mineração e Papel & Celulose seguiram as altas do minério de ferro e da celulose na semana.

Nenhuma notícia específica da empresa. Os setores de Siderurgia & Mineração e Papel & Celulose seguiram as altas do minério de ferro e da celulose na semana.

Sem notícias específicas da companhia.

Atribuímos a alta do papel às perspectivas positivas da oferta de fusão feita pela Hapvida à Intermédica nesta sexta-feira (8), primeiramente divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do Jornal “O Globo”, e, posteriormente, confirmada pelas companhias.

A queda das ações na semana pode ser justificada (i) pela preocupação dos investidores em relação aos resultados do quarto trimestre do setor; (ii) movimento de rotação de posicionamento (fluxo para papéis de empresas ligadas a commodities e bancos); (iii) aumento de casos de Covid-19 e (iv) notícia de compra de aviões pela Amazon Brasil para reforçar sua logística.

Apesar das notícias relacionadas a vacinação no Brasil, os papéis do setor aéreo sofreram na semana após novos lockdowns anunciados na Europa e Ásia. Além disso, o movimento de queda também pode ser explicado pela forte valorização do Dólar frente ao Real na semana.

A queda das ações na semana pode ser justificada (i) pela preocupação dos investidores em relação aos resultados do quarto trimestre do setor; (ii) movimento de rotação de posicionamento (fluxo para papéis de empresas ligadas a commodities e bancos); (iii) aumento de casos de Covid-19 e (iv) incertezas em relação à campanha de vacinação no Brasil.

Sem notícias específicas da companhia. A queda das ações pode ser justificada pelo aumento do número de casos do coronavírus e do movimento de rotação dos investidores para papeis ligados a commodities e bancos.

Apesar das notícias relacionadas a vacinação no Brasil, os papéis do setor aéreo sofreram na semana após novos lockdowns anunciados na Europa e Ásia. Além disso, o movimento de queda também pode ser explicado pela forte valorização do Dólar frente ao Real na semana.
Fluxo de negociações na Bolsa brasileira
Nessa semana, o volume total de negociações foi de R$ 173,3 bilhões*, sendo a média diária de R$ 34,7 bilhões*, e o saldo da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi de R$ 4,6 bilhões**.
*Até dia 07/01/2021
**Até dia 06/01/2020
Performance das Bolsas mundiais

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