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Ibovespa fecha semana encurtada pelo feriado em queda de -1,8% em meio a cautela com temporada de resultados dos EUA e novo arcabouço fiscal

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: -1,80% | 104.367 pontos

Em semana mais curta devido ao feriado de Tiradentes, o Ibovespa acumulou queda de -1,8%, com investidores cautelosos em meio à temporada de resultados nos EUA e a apresentação do arcabouço fiscal ao Congresso.

No Brasil, o destaque da semana foi a entrega do governo federal ao Congresso o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal. O projeto veio em linha com o que foi apresentado há algumas semanas pelo ministro da Fazenda: uma regra de limite de gastos, cuja variação está atrelada à inflação do período mais uma parcela da variação das receitas (70%), limitado a 0,6% no mínimo e 2,5% no máximo. No entanto, o detalhamento trouxe algumas novidades que acabam por fragilizar a regra, segundo o nosso time de Economia (veja mais detalhes aqui).

Globalmente, dados de atividade da China confirmaram que a recuperação econômica está em pleno vapor. O PIB do 1º trimestre desse ano cresceu 4,5%, acima das expectativas. Além disso, a produção industrial e vendas do varejo também vieram acima do esperado em 3,9% e 10,6%, respectivamente, na comparação anual, evidenciando que a China está em uma forte trajetória de recuperação. O nosso time de Economia projeta o crescimento da China em 5,6% para 2023.

Nos EUA, a temporada de resultados do 1º trimestre de 2023 começou a ganhar força. Até agora, 82 empresas do S&P 500 já reportaram e, depois de um forte início na sexta-feira passada, os resultados dos últimos dias foram mistos. Nomes como Goldman Sachs e Morgan Stanley foram os últimos grandes bancos americanos a divulgar balanços, mas os mercados reagiram negativamente ao impacto da menor atividade no mercado de capitais em ambos os casos. Por outro lado, os bancos regionais apresentaram números melhores do que temidos, com o KRE (principal ETF de bancos regionais) subindo quase 3% até o fechamento de quinta-feira, enquanto os principais índices americanos acumulam queda. Destaque também para os resultados da Tesla, cujas margens preocuparam e contaminaram o mercado. O consenso espera uma contração de lucros de 5% na comparação com o 1º tri de 2022, número que deve ser ajustado a medida que os próximos resultados forem divulgados.

Por fim, na Europa, o foco ficou para os dados de inflação. A inflação núcleo da zona do euro de março se manteve em alta de 5,7%, apesar da inflação cheia ter desacelerado fortemente para 6,9%. E no Reino Unido, a inflação ao consumidor também caiu para 10,1%, mas ainda assim foi um patamar acima das expectativas.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 20/04/2023


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de +2,16% em relação ao Real, em R$ 5,05/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -15 bps na semana, atingindo 12,57%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 20/04/2023


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi positivo em cerca de R$500 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 20/04/2023


O que esperar para semana que vem?

No Brasil, a agenda de indicadores será carregada na semana que vem. No campo da atividade econômica, destaque para os resultados do comércio (PMC), setor de serviços (PMS) e proxy mensal do PIB (IBC-Br) referentes a fevereiro. Além disso, teremos estatísticas sobre o mercado de trabalho, com a publicação da PNAD Contínua e do CAGED (saldo de emprego formal) relativos a março. No lado da inflação, atenções voltadas ao IPCA-15 e IGP-M de abril. Por fim, as notas de crédito, setor externo e contas públicas (governo central e setor público consolidado) de março também serão monitoradas pelos agentes de mercado.   

No resto do mundo, os dados do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA (PCE, sigla em inglês) – índice de inflação preferido do Federal Reserve – serão protagonistas. Além disso, também nos EUA, destaque para o PIB do 1º trimestre, renda e gastos pessoais. Na Europa, a agenda traz as publicações de PIB, inflação e taxa de desemprego na Alemanha. Por fim, na China, os índices de gerentes de compras (PMI, sigla em inglês) de abril devem atrair as atenções.

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